CRF/MA: 2541 Hematologia É a especialidade médica que estuda e trata doenças do sangue e de órgãos hematopoéticos, onde se formam as células do sangue. É a área medicinal que cuida de doenças relacionadas ao sangue, a medula óssea, os linfonodos, o baço e os gânglios linfáticos. Sangue • O sangue é um tipo especial de tecido conjuntivo que pode ser dividido em duas partes: • plasma (parte liquida) • células sanguineas (elementos figurados do sangue). Sangue Sangue SANGUE
• o soro é a parte líquida do sangue sem o
fibrinogênio e fatores da coagulação • Plasma é a parte líquida do sangue com o fibrinogênio e fatores da coagulação. SANGUE
• O fibrinogênio é necessário para a formação
de fibrina, na etapa final da coagulação do sangue; SANGUE PLASMA Funções do sangue • O sangue é principalmente um meio de transporte. • Por seu intermédio, os leucócitos, dos quais alguns são fagocitários e representam uma das primeiras barreiras contra infecção, percorrem todo o corpo e podem concentrar- se nos tecidos atingidos por infecção, atravessando a parede dos capilares. Funções do sangue • O sangue transporta oxigênio e gás carbônico, o primeiro ligado à hemoglobina dos eritrócitos e o segundo ou ligado à hemoglobina ou dissolvido no plasma sob a forma de bicarbonato. • Transporta escórias do metabolismo, que são removidas do sangue pelos órgãos de excreção. HEMATOPOIESE • A hematopoiese significa formação das células do sangue. • Abrange o estudo de todos os fenômenos relacionados com a origem, com a multiplicação e a maturação das células primordiais ou precursora das células sanguíneas, à nível da medula óssea. • A hematopoiese se divide em dois períodos: HEMATOPOIESE • A hematopoiese se divide em dois períodos: • 1.Período Embrionário e Fetal: Iniciando no primeiro mês de vida pré-natal, surgem as primeiras células fora do embrião, são os eritroblastos primitivos. • Na sexta semana, tem início a hematopoiese no fígado; o principal órgão hematopoiético nas etapas inicial e intermediária da vida fetal. HEMATOPOIESE • Na fase intermediária da vida fetal, o baço e os nodos linfáticos desempenham um papel menor na hematopoiese, mas o fígado continua a dominar essa função. • Na segunda metade da vida fetal, a medula óssea torna-se cada vez mais importante para a produção de células sanguíneas. HEMATOPOIESE • Período Pós-natal: Logo após o nascimento, cessa a hematopoiese no fígado, e a medula passa a ser o único local de produção de eritrócitos, granulócitos e plaquetas; Eritropoese Eritropoese Eritropoese • Eritropoese ineficaz • A parcela dos eritroblastos que não chega a completar o desenvolvimento e é destruída na própria medula óssea representa a fração “ineficaz” da eritropoese. Eritropoese • Controle da produção de hemácias • A produção de hemácias é controlada principalmente por fatores de crescimento que agem sobre as células precursoras e estimulam seu desenvolvimento e maturação, como a eritropoetina e a Interleucina 3 (IL-3), e os hormônios tireoidianos e andrógenos, pelo seu efeito sobre o metabolismo. Eritropoetina • A eritropoetina é o principal fator de crescimento que regula a produção de hemácias. • A principal fonte de eritropoetina no organismo é o tecido renal, provavelmente as células intersticiais peritubulares renais, que produzem cerca de 90% do hormônio, sendo os 10% restantes produzidos por hepatócitos que rodeiam as veias centrais no fígado Hemácias • Ciclo vital das hemácias, que são produzidas na medula óssea, circulam cerca de quatro meses, e são finalmente fagocitadas pelas células do sistema de macrófagos mononucleares. • O catabolismo da hemoglobina dá origem ao ferro, que é reaproveitado, e à série de pigmentos derivados do anel tetrapirrólico, incluindo as bilirrubinas e o urobilinogênio. Os glóbulos vermelhos, ou hemácias ou eritrócitos • Os eritrócitos são células anucleadas em forma de disco bicôncavo. • Apresentam uma coloração rósea-clara, quando corados pela hematoxilina-Eosina, com um halo central mais claro em conseqüência da biconcavidade. Os glóbulos vermelhos, ou hemácias ou eritrócitos • Durante sua maturação na medula óssea, o eritrócito perde o núcleo e as outras organelas; • possuindo um tempo de vida limitado de cerca de 120 dias. • Após esse período, sua membrana torna-se mais rígida, hemácias são removidas e destruídas intracelularmente, em células do sistema monocítico-macrofágico, especialmente no baço, no fígado e na medula óssea. Os glóbulos vermelhos, ou hemácias ou eritrócitos • A quantidade de hemácias presente no sangue de um indivíduo normal é na ordem de 3 a 4 milhões por decilitro de sangue. • O diâmetro dos eritrócitos varia de 6 μm a 8,5 μm. • A função dos eritrócitos é o transporte de O2 e CO2. Hemoglobina • É uma substância pigmentada, formada por duas partes: (1) porção que contém ferro denominada heme e (2) porção protéica, denominada globina. • A globina consiste de quatro cadeias polipeptídicas, cada uma das quais ligada a um grupo heme. • Cada grupo heme contém um átomo de ferro que se combina reversivelmente com uma molécula de oxigênio. Hemoglobina • Dessa forma, cada molécula de hemoglobina pode potencialmente associar-se com quatro moléculas de oxigênio. • A principal função da hemoglobina e o transporte de oxigênio e gás carbônico, permitindo as trocas gasosas necessárias ao metabolismo orgânico. Hemoglobina Hemoglobina Hemoglobina • Em condições normais, um adulto produz cerca de 200 bilhões de hemácias por dia, substituindo número equivalente de células destruídas e, assim, mantendo estável a massa total de hemácias do organismo. Plaquetas • As vezes chamadas trombócitos são fragmentos celulares produzidos pela medula óssea que circulam na corrente sanguínea e ajudam o sangue a coagular. • A trombopoietina, produzida principalmente no fígado, estimula a medula óssea a fabricar células grandes (megacariócitos) que, por sua vez, fabricam plaquetas a partir do material dentro de seu organismo celular (citoplasma). Plaquetas • As plaquetas não usadas em coágulos circulam por sete a dez dias e são então destruídas. • Cerca de um terço delas estão sempre armazenadas no baço. • A contagem de plaquetas (número de plaquetas que circulam na corrente sanguínea) costuma ser de aproximadamente 140.000 a 440.000 plaquetas por microlitro (140 a 440 × 109 por litro). Plaquetas • As plaquetas desempenham função hemostática, isto é, capacidade de interromper fluxo sanguíneo quando um vaso é rompido. • Nesse processo, a plaqueta age reparando lesões vasculares e impedindo que haja perda de sangue por meio de hemorragias. Plaquetas • O tampão plaquetário consiste num aglomerado de plaquetas que se forma em torno do local da lesão no vaso sanguíneo. • Quando se trata de hemorragias pequenas, o tampão de plaquetas pode ser suficiente para parar a hemorragia. Plaquetas Plaquetas • Um megacariócito produz cerca de 10.000 plaquetas; Plaquetas • Hemostasia é o conjunto de mecanismos que mantém o sangue dentro do vaso, sem coagular, nem extravasar. • O mecanismo de coagulação do sangue é bastante complexo e sofre ação das plaquetas e de diversas substâncias existentes no plasma e nos tecidos, conhecidos como fatores da coagulação, anticoagulantes e fibrinolíticos; Hemostasia • 1. Hemostasia Primária: num primeiro momento o vaso se contrai (vasoconstrição), reduzindo o fluxo sanguíneo naquela região, e as plaquetas se agregam no local, formando um tampão plaquetário (inicial). • 2. Hemostasia Secundária: envolve uma série de reações enzimáticas que terminam na ativação da trombina. A trombina transforma o fibrinogênio em fibrina, e esta precipita-se, formando uma rede de filamentos. Hemostasia • Esta rede de fibrina na extremidade lesada no vaso retém células sanguíneas, formando-se assim, um trombo, capaz de estancar o sangramento (trombo de fibrina). • A trombina é a principal enzima da hemostasia, catalisa a conversão do fibrinogênio em fibrina, ativa fatores pró-coagulantes (V, VIII, XI e XIII), ativa plaquetas, regula a função das células endoteliais e possui uma série de ações diretas em outras células. Hemostasia • 3. Hemostasia Terciária: ocorre a remodelação da rede de fibrina (fibrinólise), o que permite que o fluxo sanguíneo retorne ao seu normal. • A fibrina é degradada pela plasmina, proveniente do plasminogênio. Hemostasia Anticoagulantes • Rolhas - Anticoagulante • Roxa - EDTA • Amarela - Gel separador com ativador do coagulo • Vermelha - Siliconizado sem anticoagulante • Verde- Heparina sódica • Cinza- Fluoreto de sódio+EDTA • Azul - Citrato de sódio Anticoagulantes Anticoagulantes • A anticoagulação é a inibição terapêutica controlada da coagulação do sangue por meio de substancias apropriados (isto é, anticoagulantes). • Alguns anticoagulantes se prestam melhor à hematologia pelas suas propriedades conservadoras da morfologia celular e dos componentes do plasma, especialmente os fatores da coagulação. Anticoagulantes • Algumas substâncias podem impedir a coagulação do sangue após a sua retirada do interior dos vasos sanguíneos, embora não tenham essa propriedade quando administradas aos indivíduos. • Essas substâncias são chamadas de anticoagulantes "in vitro". Anticoagulantes • Esses anticoagulantes são utilizados pelos hemocentros, e laboratórios para impedir a coagulação do sangue coletado nas bolsas plásticas, para as transfusões. • São compostos químicos conhecidos como agentes quelantes, ou seja, agentes que retiram o cálcio do sangue, mediante reação química. Anticoagulantes • As substâncias ou misturas quelantes, reagem com o cálcio ionizado do sangue formando sais fixos de cálcio. • Este mecanismo impede a ação do cálcio (Fator IV) na conversão da protrombina em trombina, nas reações da vida comum da coagulação e, desse modo, a cascata da coagulação não se completa. EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético)
• É anticoagulante mais utilizado na
hematologia, sendo então utilizado para contagens de células sanguíneas. • É semelhante aos oxalatos para a determinação do hematócrito, e superior a eles para os estudos morfológicos, porque os artefatos aparecem mais lentamente e só após uma espera prolongada. EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético)
• Ele impede a agregação de plaquetas e é o
anticoagulante de eleição para a contagem de plaquetas. • Existe no comércio o EDTA de sódio e o EDTA de potássio, sendo utilizado o EDTA de sódio por ser mais barato. • Deve se observar a proporção do sangue/anticoagulante, pois o excesso de EDTA altera a morfologia dos hemácias dificultando assim seu estudo. Heparina • A heparina não afeta o volume corpuscular nem o hematócrito. • É o melhor anticoagulante para impedir a hemólise e para os testes de Fragilidade Osmótica. • Não é satisfatório para as contagens de leucócitos e de plaquetas, devido a aglutinação das células. • Não altera a morfologia e tamanho celular, estando indicado para os teste de fragilidade osmótica dos eritrócitos. Heparina • A heparina interfere nas etapas finais da cascata da coagulação, impedindo conversão da protrombina (fator II) em trombina, que, por sua vez, promove a conversão do fibrinogênio (fator I) em fibrina, originando o coágulo. Citrato De Sódio • É utilizado para os estudos da coagulação sanguínea. • O citrato de sódio atua como anticoagulante quelando o cálcio. • É assim utilizado pois o seu efeito é facilmente reversível com a adição de Ca+2 . ACD (ácido cítrico-citrato de sódio- dextrose), • Antes da II Guerra Mundial o sangue era conservado em uma solução de citrato de sódio e dextrose, permanecendo os eritrócitos viáveis somente por uma semana devido à falta de purinas e energia. • Devido a essa alteração passou-se a se acidificar as soluções de citrato e dextrose com ácido cítrico para evitar a ocorrência desse processo desenvolvendo-se assim a primeira solução conservante efetiva, o ACD, descrito em 1943. • Esse anticoagulante permitia o armazenamento por 21 dias. CPDA1 (citrato de sódio, fosfato, dextrose, adenina) • CPDA-1 é o anticoagulante mais utilizado, tendo propriedades preservativas de hemácias melhores que o ACD. • CPD (ácido cítrico-citrato de sódio-fosfato- dextrose) Esse anticoagulante permitia o armazenamento por 21 dias. Oxalato De Potássio E Oxalato De Amónio
• São usados em conjunto na maioria das
determinações hematológicas. • Permitem pequena perda de água pela célula com discretas modificações da morfologia. • Não afeta o volume corpuscular médio e pode ser utilizada para determinações de hemoglobina, hematócrito e contagens eritrócitos e leucócitos. Oxalato De Potássio E Oxalato De Amónio
• A sua utilização para fazer extensões de
sangue está limitada aos dois primeiros minutos devido a intensidade de alterações dos leucócitos tais como vacúolos citoplasmáticos, fagocitose de cristais de oxalatos e lobulação nuclear irregular • Não serve para contagens de plaquetas porque permite a formação de agregados plaquetários. HEMOTERAPIA • A transfusão de sangue e hemocomponentes é uma tecnologia relevante na terapêutica moderna; • Usada de forma adequada em condições de agravos da saúde pode salvar vidas e melhorar a saúde dos pacientes; • O uso de sangue e hemocomponentes é uma prática cara para o SUS, que necessita e utiliza tecnologia de ponta e recursos humanos altamente especializados; HEMOTERAPIA • Os hemocomponentes e hemoderivados se originam da doação de sangue por um doador. • No Brasil, este processo está regulamentado pela Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001, e por regulamentos técnicos editados pelo Ministério da Saúde. • Toda doação de sangue deve ser altruísta, voluntária e não gratificada direta ou indiretamente, assim como o anonimato do doador deve ser garantido. HEMOTERAPIA • Para a obtenção destes produtos, os serviços de hemoterapia são estruturados em rede, com níveis de complexidade diferentes, a depender das atividades que executam. • Serviços mais completos executam todas as etapas do ciclo do sangue: Captação de doadores, à triagem clínica, à coleta de sangue, ao processamento de sangue em hemocomponentes, às análises sorológicas e imuno‑hematológicas no sangue do doador, ao armazenamento e à distribuição destes produtos e à transfusão. HEMOTERAPIA • As técnicas de processamento atuais permitem a produção e o armazenamento de diferentes hemocomponentes em condições adequadas para preservação de suas características terapêuticas; • possibilitando que o receptor receba, em menor volume, somente elementos sanguí‑ neos dos quais necessita, o que minimiza os riscos inerentes à terapêu‑ tica transfusional. HEMOTERAPIA
• Deste modo, a partir de uma única doação,
vários pacientes poderão ser beneficiados de forma mais segura. Produção dos hemocomponentes • Hemocomponentes e hemoderivados são produtos distintos. • Hemocomponentes: Os produtos gerados um a um nos serviços de hemoterapia, a partir do sangue total, por meio de processos físicos (centrifugação, congelamento). • Hemoderivados: produtos obtidos em escala industrial, a partir do fracionamento do plasma por processos físico‑químicos. Produção dos hemocomponentes Produção dos hemocomponentes • Existem duas formas para obtenção dos hemocomponentes. • A mais comum é a coleta do sangue total. • Coleta por meio Aférese: mais específica e de maior complexidade; Produção dos hemocomponentes • Aférese é um procedimento caracterizado pela retirada do sangue do doador, seguida da separação de seus componentes por um equipamento próprio, retenção da porção do sangue que se deseja retirar na máquina e devolução dos outros componentes ao doador. Produção dos hemocomponentes Produção dos hemocomponentes • No Brasil, as bolsas de sangue total coletadas devem ser 100% processadas de acordo com a legislação vigente. • O processamento é feito por meio de centrifugação refrigerada, por processos que minimizam a contaminação e proliferação microbiana, nos quais se separa o sangue total em hemocomponentes eritrocitários, plasmáticos e plaquetários. Produção dos hemocomponentes • Em função das diferentes densidades e tamanhos das células sanguíneas, o processo de centrifugação possibilita a separação do sangue total em camadas; • Sendo que as hemácias ficam depositadas no fundo da bolsa. Produção dos hemocomponentes • Acima delas forma‑se o buffy coat (camada leucopla‑quetária), ou seja, uma camada de leucócitos e plaquetas.
• Acima do buffy coat fica a camada de plasma
que contém plaquetas dispersas. Produção dos hemocomponentes Produção dos hemocomponentes • Soluções anticoagulantes‑preservadoras e soluções aditivas são utilizadas para a conservação dos produtos sanguíneos, pois impedem a coagulação e mantêm a viabilidade das células do sangue durante o armazenamento. Produção dos hemocomponentes • O sangue total coletado em solução CPDA‑1 (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e adenina) tem validade de 35 dias a partir da coleta; • 21 dias quando coletado em ACD (ácido cítrico, citrato de sódio, dextro‑ se), CPD (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose) e CP2D (citrato, fosfato e dextrose‑dextrose). Produção dos hemocomponentes • As soluções aditivas: são utilizadas para aumentar a sobrevida e a possibilidade de armazenamento das hemácias por até 42 dias em 4 ± 2 °C. • Um exemplo de solução aditiva é o SAG‑M composto por soro fisiológico, adenina, glicose e manitol. Concentrado de hemácias • O concentrado de hemácias (CH) é obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da remoção da maior parte do plasma. • O CH também pode ser obtido por aférese, coletado de doador único. • Nesse caso, frequentemente o procedimento permite a obtenção de duas unidades em um único procedimento (coleta de hemácias duplas). • Seu volume varia entre 220mL e 280mL. Concentrado de plaquetas • O concentrado de plaquetas (CP) pode ser obtido a partir de unidade individual de sangue total ou por aférese, coletadas de doador único; • Dois métodos diferentes são utilizados para a obtenção de plaquetas pela centrifugação de sangue total. • O primeiro consiste na centrifugação do sangue em duas etapas. Concentrado de plaquetas • Na primeira etapa, é feita uma centrifugação leve, em que se obtém o plasma rico em plaquetas (PRP); • Este plasma é novamente centrifugado, desta vez em alta rotação, para a obtenção do CP. • O segundo método baseia‑se na extração do camada leucoplaquetária, geralmente com a utilização de extratores automatizados de plasma e com o uso de bolsas top and bottom. Concentrado de plaquetas • O sangue total é submetido à centrifugação, visando à separação da camada leucoplaquetária. • O plasma sobrenadante é transferido para uma bolsa‑satélite, pela saída superior (top) da bolsa e o concentrado de hemácias é extraído pela saída inferior (bottom) da bolsa. • A camada leucoplaquetária permanece na bolsa original. Plasma • O plasma fresco congelado (PFC) consiste na porção acelular do sangue obtida por centrifugação a partir de uma unidade de sangue total e transferência em circuito fechado para uma bolsa satélite; • Pode ser obtido também a partir do processamento em equipamentos automáticos de aférese. Plasma • É constituído basicamente de água, proteínas (albumina, globulinas, fatores de coagulação e outras), carboidratos e lipídios. • É completamente congelado até 8 horas após a coleta e mantido, no mínimo, a 18°C negativos, sendo, porém, recomendada a temperatura igual ou inferior a 25°C negativos; Plasma • Sua validade se armazenado entre 25°C negativos e 18°C negativos é de 12 meses. • Se mantido congelado a temperaturas inferiores a 25°C negativos sua validade é de 24 meses. Plasma • O plasma isento de crioprecipitado (PIC) é aquele do qual foi retirado, em sistema fechado, o crioprecipitado. • É depletado de FVIII, fibrinogênio e multímeros de alto peso molecular de Fator de von Willebrand, embora contenha a metaloproteinase responsável por sua metabolização. Plasma • O crioprecipitado (CRIO) é uma fonte concentrada de algumas proteínas plasmáticas que são insolúveis a temperatura de 1°C a 6°C. • É preparado descongelando‑se uma unidade de PFC à temperatura de 1°C a 6°C. • Depois de descongelado, o plasma sobrenadante é removido deixando‑se na bolsa a proteína precipitada e 10‑15mL deste plasma. Este material é então recongelado no período de 1 hora e tem validade de 12 meses. Plasma Plasma • O plasma fresco congelado de 24 horas (PFC24) é o hemocomponente separado do sangue total por centrifugação entre 8 e 24 horas após a coleta e congelado completamente, no máximo em uma hora; • Portanto possui as mesmas indicações que o PFC. Concentrado de granulócitos • Os concentrados de granulócitos (CG) são hemocomponentes obtidos por aférese de doador único, por meio de máquinas separadoras de células, de fluxo contínuo ou descontínuo; Concentrado de granulócitos • Cada concentrado deve conter granulócitos em 90% das unidades avaliadas, em um volume final inferior a 500mL, (geralmente 200‑300mL) incluindo anticoagulante, plasma e também resíduo do agente hemossedimentante utilizado no procedimento de coleta. • Além dos granulócitos, usualmente estes concentrados contêm outros leucócitos e plaquetas e cerca de 20‑50mL de hemácias. Concentrado de granulócitos • Como a função dos granulócitos se deteriora mesmo durante curto armazenamento, os CG devem ser transfundidos assim que possível após a coleta; • Se for inevitável, seu armazenamento deve ser em temperatura entre 20°C e 24°C, em repouso e por, no máximo, 24 horas. Princípios que devem ser considerados pelo médico antes da decisão de transfundir o paciente • a indicação de transfusão deve ser feita exclusivamente por médico e baseada principalmente em critérios clínicos; • a indicação de transfusão poderá ser objeto de análise por médico do serviço de hemoterapia; • toda a transfusão traz em si riscos, sejam imediatos ou tardios. Princípios que devem ser considerados pelo médico antes da decisão de transfundir o paciente • os benefícios da transfusão devem superar os riscos; • A requisição do produto hemoterápico deve ser preenchida da forma mais completa possível, prescrita e assinada por médico e estar registrada no prontuário médico do paciente. • Não existe contraindicação absoluta à transfusão em pacientes com febre. É importante diminuir a febre antes da transfusão, porque o surgimento de febre pode ser um sinal de hemólise ou de outro tipo de reação transfusional. Princípios que devem ser considerados pelo médico antes da decisão de transfundir o paciente • É rara a necessidade de aquecer um produto hemoterápico antes da transfusão. Quando indicada, deve ser feita de forma controlada, com aquecedores dotados de termômetro e alarme sonoro, sob orientação e monitoramento de profissional responsável. • Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4 horas. Quando este período for ultrapassado a transfusão deve ser interrompida e a unidade descartada; Princípios que devem ser considerados pelo médico antes da decisão de transfundir o paciente • Não deve ser adicionado nenhum fluido ou droga ao produto hemoterápico a ser transfundido. • Os Concentrados de Hemácias (CH) podem ser transfundidos em acesso venoso compartilhado, apenas, com cloreto de sódio 0,9% (SF). É desnecessário diluir o CH antes da infusão. O hematócrito do concentrado de hemácias permite geralmente bom fluxo de infusão. Princípios que devem ser considerados pelo médico antes da decisão de transfundir o paciente • Todo o produto hemoterápico deve ser transfundido com equipo com filtro de 170µ capaz de reter coágulos e agregados.