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2 HEMATOLOGIA
É o estudo do sangue e dos tecidos que o formam, incluindo a medula óssea, o sangue, o
baço, o fígado e o sistema linfático.
O conhecimento em hematologia é útil para o enfermeiro avaliar a capacidade do paciente
em transportar oxigênio e dióxido de carbono, coagular o sangue e combater infecções. Essa
avaliação é corroborativa com o histórico de enfermagem (anamnese e exame físico).
7 ERITRÓCITO
É uma célula bicôncava flexível. Essa flexibilidade permite que a célula altere sua forma
para atravessar minúsculos capilares.
A membrana da célula é muito fina e permite a difusão dos gases. Essa célula é composta
com por uma molécula grande denominada hemoglobina. A hemoglobina é um complexo
proteína ferro que possibilita sua ligação com o oxigênio e o dióxido de carbono.
Conforme as hemácias circulam através dos capilares pulmonares que envolvem os
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8 ERITRÓCITO
Conforme as hemácias circulam pelos tecidos, o oxigênio desliga-se da hemoglobina e
difunde-se. O dióxido de carbono, por sua vez, desliga-se dos tecidos e liga-se à hemoglobina
para ser eliminado através da respiração.
A hemoglobina também atua na manutenção do equilíbrio ácido-base - veremos sobre
isso em outro momento desta disciplina.
A eritropoiese é estimulada pela hipóxia e controlada pela eritropoietina que é sintetizada
e liberada pelos rins. A eritropoietina estimula a medula a aumentar a produção de eritrócitos.
A produção de hemácias também é afetada pelos hormônios endócrinos como a tiroxina,
corticoides e testosterona. Por isso que o hipotireoidismo esta associado à anemia.
9 ERITRÓCITO
A hemólise é naturalmente causada por macrófagos e monócitos, que removem da
circulação antigas células, danificadas, defeituosas ou anormais. Esse processo ocorre na
medula, no fígado e baço. Como a bilirrubina é um dos componentes da hemácia, a hemólise
dessas células resulta em aumento da bilirrubina a ser processada pelo corpo. Quando a
hemólise ocorre via mecanismos normais, o fígado é capaz de conjugar e excretar toda a
bilirrubina liberada. A meia-vida normal de um eritrócito é de 120 dias.
10 LEUCÓCITO
Parece branco quando separado do sangue. Assim como as hemácias, os leucócitos
originam-se das células-tronco na medula óssea.
Existem diferentes tipos de leucócitos, cada qual com suas funções diferentes. Os que
contêm grânulos no citoplasma são denominados granulócitos e são divididos é três tipos:
neutrófilo, basófilo e eosinófilo.
Os leucócitos que não possuem grânulos no citoplasma são conhecidos como
agranulócitos e incluem os linfócitos e monócitos.
Essas células possuem um vida-média variável. Enquanto alguns granulócitos vivem apenas
algumas horas, alguns linfócitos T podem viver por anos.
11 LEUCÓCITO: GRANULÓCITOS
Sua principal função é a fagocitose, processo pelo qual a célula ingere qualquer organismo
indesejável e então o digere e mata. O neutrófilo é o tipo mais comum de granulócito.
12 LEUCÓCITO: GRANULÓCITOS
Os eosinófilos representam apenas 2 a 4% de todos os leucócitos. Tem uma função similar
de fagocitose dos neutrófilos, mas sua principal função é engolir complexos antígeno-
anticorpo formados durante uma resposta alérgica. Também são capazes de defender o
organismo contra infestações parasitárias.
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13 LEUCÓCITO: AGRANULÓCITOS
O linfócito é um dos leucócitos agranulados e constituem de 20 a 40% do total de
leucócitos. Sua principal função esta relacionada à resposta imune, formação de anticorpos.
O monócito é um outro tipo de leucócito agranulado e representa de 4 a 8% do total de
leucócitos. São potentes células fagocíticas e podem ingerir grandes massas de matéria, tais
como: bactérias células mortas, restos de tecidos, leucócitos antigos ou defeituosos. Quando
migram para o tecido lesionado tornam-se macrófagos.
O macrófago também interagem com os linfócitos para facilitar a resposta imune celular e
humoral.
14 TROMBÓCITO
A principal função do trombócito ou plaqueta é iniciar o processo de coagulação ao
produzir o tampão plaquetário.
As plaquetas mantêm a integridade capilar e assim como outras células sanguíneas,
originam-se nas células-tronco dentro da medula óssea.
A produção das plaquetas é regulada pela trombopoietina produzida no fígados, rins,
músculo liso e medula óssea.
o Resposta Vascular;
o Formação do Tampão Plaquetário;
o Fatores de Coagulação Plasmáticos;
o Lise de Coágulos.
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23 DADOS LABORATORIAIS
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25 ERITROPENIAS (ANEMIAS)
Deficiência no número de eritrócitos, hemoglobina e/ou volume de eritrócitos
concentrados (Hct). Consiste em condição prevalente em diversas causas como hemorragias,
produção deficiente de eritrócito, ou aumento na destruição deles. Como eritrócitos
transportam oxigênio (O2), os distúrbio dos eritrócitos podem levar à hipóxia tecidual.
27 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
o Taquicardia;
o Taquipnéia;
o Dispneia aos Mínimos Esforços;
o Vertigens;
o Lipotimias;
o Palidez Cutânea/Mucosas;
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o
o Dor Torácica;
o Cefaleia;
o Extremidades Frias.
28 ANEMIA FERROPRIVA
Um do distúrbios hematológicos mais comuns, encontrada em mais de 30% da população
mundial. Os jovens são mais suscetíveis devido a uma dieta pobre. Normalmente 1 mg de ferro
é perdido por dia através das fezes, suor e urina em homens. Em mulheres 1,5 mg é perdido
diariamente devido à menstruação.
Etiologia:
• Ingesta inadequada de ferro
• Má absorção – cirurgias para redução do estômago (gastrectomia)
• Hemólise ou perda de sangue – gastrite, ulcera péptica, perdas menstruais
30 ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
Distúrbio causado pela diminuição da síntese do DNA geralmente associado à falta de
cobalamina (vitamina B12) e ácido fólico. Caracterizado por eritrócitos de dimensões aumentadas
(macrocitose) são facilmente destruídas por apresentar membrana frágil.
Outra situação que pode causar a macrocitose das células é a má absorção da vitamina B12,
decorrente anemia perniciosa (doença autoimune). Esse tipo de anemia ocorre quando a
mucosa gástrica não secreta a proteína FI (fator intrínseco), capaz de absorver a cobalamina. Ou
seja, as células de defesa destroem a mucosa gástrica que fica incapacitada de produzir FI.
31 ANEMIA APLÁSTICA
Condição na qual o paciente apresenta uma pancitopenia (diminuição de todos os tipos de
células do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas).
Etiologia:
Pode ser congênita ou adquirida (doença autoimune, drogas, agentes químicos, irradiação
e infecções virais e bacterianas – hepatite e parvovirus).
33 ESFEROCITOSE
Tipo de anemia de transmissão hereditária que se traduz pela presença de hemácias
microcíticas. Clinicamente, os pacientes podem apresentar desde condições assintomáticas até
quadros graves de anemia hemolítica.
Nesta doença, as hemácias que normalmente sobrevivem até 120 dias, passam a ter vida
média mais curta, devido às alterações estruturais da membrana eritrocitária e à destruição
esplênica.
Neste caso o tratamento é a esplenectomia total.
34 ANEMIA FALCIFORME
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35 CRISE DE FALCIZAÇÃO
o Principal evento fisiopatológico da doença falciforme. Caracterizada pela hipóxia dos
eritrócitos que pode ser causada por infecções, estresse físico e emocional, altitude elevada,
perda de sangue, desidratação e acidose metabólica.
o Além disso, a formação em foice das hemácias não permite que essas células atravessem os
capilares causando oclusão capilar lesando à lesão tecidual aguda e crônica.
o O paciente apresenta episódio de dor elevada resultado da vaso-oclusão.
36 TALASSEMIA
Doença genética: caracterizada pela ausência ou
redução na síntese de hemoglobina.
Tratamento: Hemotransfusão.
37 ANEMIA HEMOLÍTICA
Destruição do eritrócitos por eventos traumáticos, hemodiálise próteses cardíacas valvares.
Anticorpos também podem destruir células vermelhas em doenças autoimunes (lúpus
eritematoso sistêmico) ou em hemotransfusões.
Agentes infecciosos, parasitas e toxinas também são causa de anemia hemolítica adquirida.
38 POLICITEMIA (ERITROCITOSE)
É o aumento na produção de eritrócitos podendo trazer prejuízos à circulação do sangue
aumentando a viscosidade e volemia.
A policitemia vera ocorre em decorrência de uma mutação cromossômica
mieloproliferativa, elevando também a produção de células brancas e plaquetas.
Esse tipo de agravo também pode ocorre em decorrência de elevadas altitudes, doenças
pulmonares, hipoventilação alveolar e hipóxia tecidual.
39 POLICITEMIA (ERITROCITOSE)
Manifestações clínicas:
o Hipertensão arterial devido aumento de volume sanguíneo;
o Parestesias periféricas;
o Angina;
o Tromboflebites;
o AVE;
o Hemorragias por ruptura de vasos;
o Hepato e esplenomegalia;
o Hiperuricemia devido a hemólise.
Tratamento: Flebotomia para drenagem de 300 a 500 m de sangue em dias alternados com
o objetivo de reduzir o Hct.
40 TROMBOCITOPENIA
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41 HEMOFILIA
Desordem genética causada por um fator de coagulação defeituoso. Como a coagulação é
uma reação em cascata, a falta de qualquer componente provoca interrupção do processo.
Manifestações clínicas:
o Sangramento lento e persistente;
o Sangramento retardado de ferimentos (pode atrasar horas e dias);
o Hemorragias incontroláveis após extração ou escovação dentária;
o Epistaxe, hematúria, equimoses, hematomas.
Tratamento: Hemotransfusões e medicamentos que promovem a coagulação (vitamina K).
Etiologia:
• Choque hemorrágico, cardiogênico, anafilático;
• Hemotransfusão incompatível;
• Leucemia;
• Queimaduras e traumatismos.
43 LEUCEMIA
Termo utilizado para descrever um grupo de distúrbios malignos que afetam o sangue e os
tecidos formadores do sangue da medula óssea, sistema linfático e baço. Resulta em uma
acúmulo de células disfuncionais por perda da regulação da divisão celular em curso
progressivo e fatal se não tratada.
Não existe uma única causa geral para o desenvolvimento da leucemia. Geralmente esta
relacionada a fatores genéticos e ambientais associados.
É diagnosticada através do mielograma: é um dos exame realizado através de uma punção
óssea, seguida de aspiração, sendo realizada sob anestesia local. Os ossos mais abordados são o
ilíaco, o esterno e a tíbia (este último em crianças).
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48 BIBLIOGRAFIA
BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Medico-Cirúrgica. 12. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.