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17/02/2019

1 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DISTÚRBIOS


HEMATOLÓGICOS
Prof. Ms. Marco Aurélio Ramos de Almeida

2 HEMATOLOGIA
É o estudo do sangue e dos tecidos que o formam, incluindo a medula óssea, o sangue, o
baço, o fígado e o sistema linfático.
O conhecimento em hematologia é útil para o enfermeiro avaliar a capacidade do paciente
em transportar oxigênio e dióxido de carbono, coagular o sangue e combater infecções. Essa
avaliação é corroborativa com o histórico de enfermagem (anamnese e exame físico).

3 ESTRUTURAS DO SISTEMA HEMATOLÓGICO


Medula óssea: Material macio que preenche o núcleo central dos ossos é responsável pela
produção das células sanguínea, hematopoiese. No adulto é encontrada principalmente nos
ossos chatos e irregulares como ossos do quadril, vértebras, sacro, esterno, costelas, ossos do
crânio e escápula.
A medula óssea é estimulada por vários fatores como a eritropoietina que ajuda na
produção de eritrócitos.
Os três tipos de células sanguíneas: hemácias, leucócitos e plaquetas desenvolvem-se a
partir de uma célula-tronco dentro da medula óssea.
4 DESENVOLVIMENTO DE CÉLULAS
SANGUÍNEAS

5 ESTRUTURAS DO SISTEMA HEMATOLÓGICO


Sangue: Dividido em plasma e células sanguíneas.
O plasma compõe aproximadamente 55% do sangue e é composto por água, proteínas
eletrólitos, gases, nutrientes e resíduos. As proteínas plasmáticas incluem a albumina, globulina
e fibrinogênio. A albumina auxilia na manutenção da pressão oncótica do sangue.
As células sanguíneas compõem cerca de 45% do sangue. Existem três tipos de células no
sangue: eritrócitos, leucócitos e trombócitos (plaquetas).
O sangue realiza três principais funções: transporte, regulação e proteção.

6 FUNÇÕES DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS


Transporte: Oxigênio dos pulmões para as células;
Nutrientes do Trato GI para as células;
Hormônios das glândulas para tecidos e células;
Resíduos metabólicos (CO2, amônia, ureia).
Regulação: Equilíbrio de líquidos e eletrólitos;
Equilíbrio ácido-base;
Temperatura corporal.
Proteção: Homeostasia da coagulação sanguínea
Combate à invasão de patógenos e outras substâncias estranhas.

7 ERITRÓCITO
É uma célula bicôncava flexível. Essa flexibilidade permite que a célula altere sua forma
para atravessar minúsculos capilares.
A membrana da célula é muito fina e permite a difusão dos gases. Essa célula é composta
com por uma molécula grande denominada hemoglobina. A hemoglobina é um complexo
proteína ferro que possibilita sua ligação com o oxigênio e o dióxido de carbono.
Conforme as hemácias circulam através dos capilares pulmonares que envolvem os

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Conforme as hemácias circulam através dos capilares pulmonares que envolvem os


alvéolos, o oxigênio liga-se ao ferro tornando o sangue arterial rico em oxigênio. A hemoglobina
ligada ao oxigênio e chamada de oxi-hemoglobina e é responsável pela cor vermelho-vivo do
sangue.

8 ERITRÓCITO
Conforme as hemácias circulam pelos tecidos, o oxigênio desliga-se da hemoglobina e
difunde-se. O dióxido de carbono, por sua vez, desliga-se dos tecidos e liga-se à hemoglobina
para ser eliminado através da respiração.
A hemoglobina também atua na manutenção do equilíbrio ácido-base - veremos sobre
isso em outro momento desta disciplina.
A eritropoiese é estimulada pela hipóxia e controlada pela eritropoietina que é sintetizada
e liberada pelos rins. A eritropoietina estimula a medula a aumentar a produção de eritrócitos.
A produção de hemácias também é afetada pelos hormônios endócrinos como a tiroxina,
corticoides e testosterona. Por isso que o hipotireoidismo esta associado à anemia.

9 ERITRÓCITO
A hemólise é naturalmente causada por macrófagos e monócitos, que removem da
circulação antigas células, danificadas, defeituosas ou anormais. Esse processo ocorre na
medula, no fígado e baço. Como a bilirrubina é um dos componentes da hemácia, a hemólise
dessas células resulta em aumento da bilirrubina a ser processada pelo corpo. Quando a
hemólise ocorre via mecanismos normais, o fígado é capaz de conjugar e excretar toda a
bilirrubina liberada. A meia-vida normal de um eritrócito é de 120 dias.
10 LEUCÓCITO
Parece branco quando separado do sangue. Assim como as hemácias, os leucócitos
originam-se das células-tronco na medula óssea.
Existem diferentes tipos de leucócitos, cada qual com suas funções diferentes. Os que
contêm grânulos no citoplasma são denominados granulócitos e são divididos é três tipos:
neutrófilo, basófilo e eosinófilo.
Os leucócitos que não possuem grânulos no citoplasma são conhecidos como
agranulócitos e incluem os linfócitos e monócitos.
Essas células possuem um vida-média variável. Enquanto alguns granulócitos vivem apenas
algumas horas, alguns linfócitos T podem viver por anos.

11 LEUCÓCITO: GRANULÓCITOS
Sua principal função é a fagocitose, processo pelo qual a célula ingere qualquer organismo
indesejável e então o digere e mata. O neutrófilo é o tipo mais comum de granulócito.

Um neutrófilo maduro é chamado de neutrófilo seguimentado, um neutrófilo imaturo é


chamado de bastão. Um aumento do número de neutrófilos no sangue indício de infecções ou
lesão tecidual. Os neutrófilos representam de 50 a 70 % de todos os leucócitos.

12 LEUCÓCITO: GRANULÓCITOS
Os eosinófilos representam apenas 2 a 4% de todos os leucócitos. Tem uma função similar
de fagocitose dos neutrófilos, mas sua principal função é engolir complexos antígeno-
anticorpo formados durante uma resposta alérgica. Também são capazes de defender o
organismo contra infestações parasitárias.

Os basófilos representam menos de 2% de todos os leucócitos, Possuem grânulos que

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Os basófilos representam menos de 2% de todos os leucócitos, Possuem grânulos que


contêm histamina, serotonina e heparina. Se é estimulado por um estímulo, liberará as
substâncias de seus grânulos (como em reações alérgicas e inflamatórias).

13 LEUCÓCITO: AGRANULÓCITOS
O linfócito é um dos leucócitos agranulados e constituem de 20 a 40% do total de
leucócitos. Sua principal função esta relacionada à resposta imune, formação de anticorpos.
O monócito é um outro tipo de leucócito agranulado e representa de 4 a 8% do total de
leucócitos. São potentes células fagocíticas e podem ingerir grandes massas de matéria, tais
como: bactérias células mortas, restos de tecidos, leucócitos antigos ou defeituosos. Quando
migram para o tecido lesionado tornam-se macrófagos.
O macrófago também interagem com os linfócitos para facilitar a resposta imune celular e
humoral.

14 TROMBÓCITO
A principal função do trombócito ou plaqueta é iniciar o processo de coagulação ao
produzir o tampão plaquetário.
As plaquetas mantêm a integridade capilar e assim como outras células sanguíneas,
originam-se nas células-tronco dentro da medula óssea.
A produção das plaquetas é regulada pela trombopoietina produzida no fígados, rins,
músculo liso e medula óssea.

15 MECANISMOS NORMAIS DE COAGULAÇÃO


Hemostasia é o termo utilizado para descrever o processo de coagulação sanguínea. Este
processo é importante para minimizar as perdas de sangue de estruturas corporais lesadas.
Quatro componentes contribuem para hemostasia normal:

o Resposta Vascular;
o Formação do Tampão Plaquetário;
o Fatores de Coagulação Plasmáticos;
o Lise de Coágulos.

16 MECANISMOS NORMAIS DE COAGULAÇÃO


Resposta Vascular: quando o vaso é lesionado ocorre uma resposta vasoconstritiva local
imediata. A vasoconstrição reduz a saída de sangue e pressiona a superfície do endotélio ao
mesmo tempo.
Formação do Tampão Plaquetário: as plaquetas são ativadas quando expostas ao colágeno
intersticial do vaso sanguíneo lesado. Elas unem-se umas as outras formando um aglomerado
(agregação ou aglutinação).

17 MECANISMOS NORMAIS DE COAGULAÇÃO


Fatores de Coagulação Plasmáticos: a formação de um coágulo de fibrina visível sobre o
tampão plaquetário é o final de uma série de complexa de reações envolvendo diferentes
fatores de coagulação. As proteínas plasmáticas circulam sob formas inativas até que sejam
estimuladas por meio de um das duas vias: intrínsecas e extrínsecas.
A via intrínseca (dentro do vaso) é ativada pela exposição do colágeno a partir da lesão
endotelial, quando o vaso é danificado.
A via extrínseca (fora do vaso) é iniciada quando o fator tecidual ou a tromboplastina
tecidual são liberadas extravascularmente dos tecidos comprometidos.

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18 MECANISMOS NORMAIS DE COAGULAÇÃO

19 MECANISMOS NORMAIS DE COAGULAÇÃO


Lise de Coágulos: assim como alguns elementos do sangue promovem a coagulação (pró-
coagulantes), outros interferem nesse processo (anticoagulantes). Esse contramecanismo de
coagulação permite a fluidez do sangue no vaso, mantendo seu estado líquido. A
anticoagulação natural ocorro por meios de dois processos: a atividade da antitrombina e a
fibrinólise.
Antitrombina: como o nome indica, antagoniza a trombina.
Fibrinólise: Processo que resulta na dissolução de coágulos de fibrina através da plasmina.
Caso a fibrinólise seja excessiva, o paciente terá predisposição ao sangramento.

20 ESTRUTURAS DO SISTEMA HEMATOLÓGICO


Baço: outra estrutura do sistema hematológico tem função hematopoiética, de filtração,
imunológica e de armazenamento.
Hematopoiética por produzir eritrócitos na formação do feto, de filtração por eliminar
eritrócitos antigos e defeituosos da circulação, além de filtrar bactérias. O baço é rico em
monócitos e imunoglobulinas armazenadas que garante sua função imunológica. Sobre a
função de armazenamento, o baço é responsável por armazenar eritrócitos e plaquetas, logo,
um indivíduo que sofreu uma esplenectomia terá um nível de plaquetas circulantes maior do
que aquele que ainda possui o baço.

21 ESTRUTURAS DO SISTEMA HEMATOLÓGICO


Sistema linfático: Uma função importante do sistema linfático além de controlar o
transporte de líquidos entre espaço intersticial e sangue é a filtração de patógenos e partículas
estranhas carregadas pela linfa até os linfonodos.
Fígado: Também funciona como um filtro, além de possuir todos os pró-coagulantes
essenciais à hemostasia e à coagulação sanguínea. Esse importante órgão ainda armazena ferro
e vitamina K obtidos via dieta alimentar, que ajuda na produção de hemoglobina e na síntese de
protrombina respectivamente.

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23 DADOS LABORATORIAIS

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25 ERITROPENIAS (ANEMIAS)
Deficiência no número de eritrócitos, hemoglobina e/ou volume de eritrócitos
concentrados (Hct). Consiste em condição prevalente em diversas causas como hemorragias,
produção deficiente de eritrócito, ou aumento na destruição deles. Como eritrócitos
transportam oxigênio (O2), os distúrbio dos eritrócitos podem levar à hipóxia tecidual.

26 CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS

27 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
o Taquicardia;
o Taquipnéia;
o Dispneia aos Mínimos Esforços;
o Vertigens;
o Lipotimias;
o Palidez Cutânea/Mucosas;

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o
o Dor Torácica;
o Cefaleia;
o Extremidades Frias.

28 ANEMIA FERROPRIVA
Um do distúrbios hematológicos mais comuns, encontrada em mais de 30% da população
mundial. Os jovens são mais suscetíveis devido a uma dieta pobre. Normalmente 1 mg de ferro
é perdido por dia através das fezes, suor e urina em homens. Em mulheres 1,5 mg é perdido
diariamente devido à menstruação.
Etiologia:
• Ingesta inadequada de ferro
• Má absorção – cirurgias para redução do estômago (gastrectomia)
• Hemólise ou perda de sangue – gastrite, ulcera péptica, perdas menstruais

29 ANEMIA FERROPRIVA – TÉCNICA EM “Z”


Técnica em Z: ideal para evitar o refluxo do medicamento para a camada subcutânea,
evitando o aparecimento de manchas escuras na pele, principalmente no caso de aplicações
feitas com soluções a base de ferro como o Noripurum.
Segurar a pele esticada durante a aplicação com o dedo indicador para que após a retirada
da agulha a inserção inicial mude de lugar evitando extravasamentos e melhor distribuição da
medicação.

30 ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
Distúrbio causado pela diminuição da síntese do DNA geralmente associado à falta de
cobalamina (vitamina B12) e ácido fólico. Caracterizado por eritrócitos de dimensões aumentadas
(macrocitose) são facilmente destruídas por apresentar membrana frágil.
Outra situação que pode causar a macrocitose das células é a má absorção da vitamina B12,
decorrente anemia perniciosa (doença autoimune). Esse tipo de anemia ocorre quando a
mucosa gástrica não secreta a proteína FI (fator intrínseco), capaz de absorver a cobalamina. Ou
seja, as células de defesa destroem a mucosa gástrica que fica incapacitada de produzir FI.

31 ANEMIA APLÁSTICA
Condição na qual o paciente apresenta uma pancitopenia (diminuição de todos os tipos de
células do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas).

Etiologia:
Pode ser congênita ou adquirida (doença autoimune, drogas, agentes químicos, irradiação
e infecções virais e bacterianas – hepatite e parvovirus).

32 ANEMIA POR DOENÇA RENAL


Causada pela deficiência na produção de eritropoietina pelos rins ou perda de sangue para
o dialisador.

33 ESFEROCITOSE
Tipo de anemia de transmissão hereditária que se traduz pela presença de hemácias
microcíticas. Clinicamente, os pacientes podem apresentar desde condições assintomáticas até
quadros graves de anemia hemolítica.
Nesta doença, as hemácias que normalmente sobrevivem até 120 dias, passam a ter vida
média mais curta, devido às alterações estruturais da membrana eritrocitária e à destruição
esplênica.
Neste caso o tratamento é a esplenectomia total.

34 ANEMIA FALCIFORME

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Do grupo de anemias hereditárias, caracterizada pela presença de uma forma de


hemoglobina anormal no eritrócito (hemoglobina S). Esta causa um endurecimento e
alongamento do eritrócito que toma a forma de foice, em resposta aos baixos níveis de
oxigênio.
Doença incurável com diversas complicações vasculares, pulmonares e renais.
Mais comum em afrodescendentes e asiáticos.

35 CRISE DE FALCIZAÇÃO
o Principal evento fisiopatológico da doença falciforme. Caracterizada pela hipóxia dos
eritrócitos que pode ser causada por infecções, estresse físico e emocional, altitude elevada,
perda de sangue, desidratação e acidose metabólica.
o Além disso, a formação em foice das hemácias não permite que essas células atravessem os
capilares causando oclusão capilar lesando à lesão tecidual aguda e crônica.
o O paciente apresenta episódio de dor elevada resultado da vaso-oclusão.

36 TALASSEMIA
Doença genética: caracterizada pela ausência ou
redução na síntese de hemoglobina.
Tratamento: Hemotransfusão.

37 ANEMIA HEMOLÍTICA
Destruição do eritrócitos por eventos traumáticos, hemodiálise próteses cardíacas valvares.
Anticorpos também podem destruir células vermelhas em doenças autoimunes (lúpus
eritematoso sistêmico) ou em hemotransfusões.
Agentes infecciosos, parasitas e toxinas também são causa de anemia hemolítica adquirida.

38 POLICITEMIA (ERITROCITOSE)
É o aumento na produção de eritrócitos podendo trazer prejuízos à circulação do sangue
aumentando a viscosidade e volemia.
A policitemia vera ocorre em decorrência de uma mutação cromossômica
mieloproliferativa, elevando também a produção de células brancas e plaquetas.
Esse tipo de agravo também pode ocorre em decorrência de elevadas altitudes, doenças
pulmonares, hipoventilação alveolar e hipóxia tecidual.

39 POLICITEMIA (ERITROCITOSE)
Manifestações clínicas:
o Hipertensão arterial devido aumento de volume sanguíneo;
o Parestesias periféricas;
o Angina;
o Tromboflebites;
o AVE;
o Hemorragias por ruptura de vasos;
o Hepato e esplenomegalia;
o Hiperuricemia devido a hemólise.

Tratamento: Flebotomia para drenagem de 300 a 500 m de sangue em dias alternados com
o objetivo de reduzir o Hct.

40 TROMBOCITOPENIA

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Redução de plaquetas abaixo dos valores de referência.


Pode ocorrer por uso de quimioterápicos, álcool, algumas ervas como o alho e a ginkgo
biloba, medicamentos como o AAS e o Clopidogrel.

41 HEMOFILIA
Desordem genética causada por um fator de coagulação defeituoso. Como a coagulação é
uma reação em cascata, a falta de qualquer componente provoca interrupção do processo.

Manifestações clínicas:
o Sangramento lento e persistente;
o Sangramento retardado de ferimentos (pode atrasar horas e dias);
o Hemorragias incontroláveis após extração ou escovação dentária;
o Epistaxe, hematúria, equimoses, hematomas.
Tratamento: Hemotransfusões e medicamentos que promovem a coagulação (vitamina K).

42 COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA (CIVD)


Um distúrbio de sangramento sério. Resulta de decréscimos nos fatores de coagulação
levando o indivíduo ao sangramento incontrolável.
Esse termo pode ser enganoso pois sugere que o sangue está coagulando, no entanto,
essa condição é caracterizada por sangramento abundante que resulta de plaquetopenia e
diminuição nos fatores de coagulação.

Etiologia:
• Choque hemorrágico, cardiogênico, anafilático;
• Hemotransfusão incompatível;
• Leucemia;
• Queimaduras e traumatismos.

43 LEUCEMIA
Termo utilizado para descrever um grupo de distúrbios malignos que afetam o sangue e os
tecidos formadores do sangue da medula óssea, sistema linfático e baço. Resulta em uma
acúmulo de células disfuncionais por perda da regulação da divisão celular em curso
progressivo e fatal se não tratada.
Não existe uma única causa geral para o desenvolvimento da leucemia. Geralmente esta
relacionada a fatores genéticos e ambientais associados.
É diagnosticada através do mielograma: é um dos exame realizado através de uma punção
óssea, seguida de aspiração, sendo realizada sob anestesia local. Os ossos mais abordados são o
ilíaco, o esterno e a tíbia (este último em crianças).

44 ESTUDO DE CASO PARA CASA


Durante a uma sessão de hemodiálise o paciente queixa-se de mal-estar e cansaço. O
médico solicita um hemograma e se depara com um Hb de 9 g/dl e Ht de 35%. O paciente não
apresenta nenhum tipo de sangramento. Qual a relação da doença pré-existente com as
alterações no exame laboratorial? Justifique.
45 PARA TREINO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO
NANDA PARA A PRÓXIMA AULA
Quais seriam os Diagnósticos de Enfermagem para um paciente com anemia ferropriva?
E os diagnósticos para o paciente com plaquetopenia relacionada com a Púrpura
Trombocitopênica Imunológica?
Como poderia uma valvulopatia cardíaca levar o paciente à uma anemia?

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Como poderia uma valvulopatia cardíaca levar o paciente à uma anemia?


Como poderia uma anemia provocar um desequilíbrio acidobásico?
46 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
 Nutrição Alterada Menor que as Necessidades Corporais relacionada com a
incapacidade de absorver nutrientes, caracterizada por mucosas pálidas.
 Intolerância à Atividade relacionada com o desequilíbrio entre oferta e demanda de
oxigênio, caracterizada por dispneia aos esforços, fadiga, resposta anormal da frequência
cardíaca à atividade.
 Proteção Ineficaz relacionada com agente farmacológico (corticóide), caracterizada por
calafrios, dispneia, fraqueza.
 Risco de Sangramento relacionado com trombocitopenia/CIVD.
 Dor Crônica relacionada com condição isquêmica, caracterizada por autorrelato e
expressão facial.

47 COMO PODERIA UMA ANEMIA PROVOCAR UM DESEQUILÍBRIO ACIDOBÁSICO?


A anidrase carbônica é uma enzima que se localiza no interior das hemácias e é
responsável por estimular a conversão de dióxido de carbono (CO2) e água (H2O) em ácido
carbônico (H2CO3). Essa enzima também pode dissociar ácido carbônico prótons (H+) e íons
bicarbonato (HCO3-), mantendo a homeostasia acidobásica.
Além disso, hemoglobina auxilia na regulação do pH, desviando ácido clorídrico para
dentro e fora das células em troca de bicarbonato.
Uma perda significativa de hemácias resultaria em um desequilíbrio do pH sanguíneo.

48 BIBLIOGRAFIA
BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Medico-Cirúrgica. 12. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

LEWIS S. L. et al. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica: avaliação e assistência dos


problemas clínicos. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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