Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Chakra é uma palavra sânscrita que significa literalmente roda, disco, círculo. Os
chakras maiores e menores, os marmas (pontos estratégicos trabalhados pelo
Ayurveda, medicina aborígene indiana), e os pontos de acupuntura, por
exemplo, constituem o conjunto de rodas de força / centros de energia / usinas
de força espalhados por todo o corpo, e representam as aberturas por onde o
Prana (força vital) é captado, armazenado, distribuído e emanado devidamente
por todas nossas estruturas físicas e sutis. Quando temos consciência deste
processo e nos permitimos elevar o grau de bem-estar e felicidade através da
utilização da poderosa ferramenta que é o próprio corpo, o grande yantra, em
todos seus níveis vibracionais, então podemos sentir, verdadeiramente, a
possibilidade de manipular a grande energia. As técnicas que envolvem essa tal
prática do Yoga que ficou padronizada no mundo, os métodos de cura e
autocura através da imposição das mãos, do agulhamento na acupuntura, das
massagens terapêuticas, radiestesia, aplicação de calor, técnicas respiratórias,
técnicas de concentração e meditação, de movimentos corporais, de reeducação
alimentar e ingestão de fórmulas magistrais elaboradas com ervas medicinais,
enfim, toda a gama de terapias oferecidas por profissionais habilitados, sérios,
que se dispõem como healers, de alguma forma, são infinitamente
potencializados pelo conhecimento e percepção das funções energéticas dos
principais centros de energia, os sete chakras mais conhecidos. Muitas mazelas
podem ser evitadas com a prática destas técnicas que mantêm em harmonia o
fluxo prânico. O simples ato de meditar e atenuar o turbilhão mental, a
constante invasão e acúmulo de pensamentos, já permite mais espaço para que
o Prana circule e mantenha sua inesgotável função nutriente. Vale lembrar que
o ato de meditar está a anos-luz distante da indefectível cena do indivíduo
sentado de olhos fechados e pernas cruzadas, verbalizando algo parecido com
‘om om om’ e com um incenso queimando ao seu lado. Não é só isso.
Pode-se dizer que os chakras se formam nos locais onde ocorre um aglomerado
de Nadis (canais) como se fossem coágulos de energia vital que vibram em
diferentes frequências. Eles absorvem a Energia Primária (prana / força vital) que
é metabolizada e transportada nas devidas frequências vibratórias de cada kosha
(corpo) até atingir o nível físico através do sistema nervoso, glândulas
endócrinas e circulação sanguínea. É um sistema perfeito considerando que tal
superpotência energética, transformada e adaptada pelo trabalho dos chakras,
alcança o corpo físico até o nível celular influenciando toda a estruturação e
funcionamento do organismo. Se não há harmonia, o que permanece ali é
apenas um nó, um emaranhado de canais aguardando para ser desfeito pela
própria compreensão das nossas dualidades.
1
De acordo com a herança cultural investigativa e metafísica de sábios e videntes
do passado, de cientistas, pesquisadores e observadores capacitados do
presente, e do empirismo yogi maravilhosamente transgressor de todos os
tempos, afirma-se que os aglomerados de canais energéticos que formam as
rodas de força organizam-se em feixes ou vórtices que vibram e giram a uma
velocidade inimaginável. Sendo assim, conforme o número de vórtices que o
compõe, o Chakra metaboliza diferentes vibrações e emite um som específico.
A estrutura auditiva humana não capta essas frequências sonoras especiais, mas
é possível interagir com elas através de reproduções de sons específicos –
mantras – o que constitui mais uma técnica extremamente poderosa para lidar
com as funções dos chakras. A combinação das sílabas que formam os mantras
pode ser expressa verbal ou mentalmente. A forma mental é mais poderosa por
exigir maior capacidade de interiorização e concentração do praticante. Durante
a vocalização de mantras, a combinação estratégica dos sons emitidos entra em
ressonância com os sons produzidos pelas vibrações dos Chakras, mantendo-os
estimulados e equilibrados.
Desenho de um Chakra proposto pela Dra. Barbara Ann Brennan em seu livro
Hands of Light – A Guide to Healing Through the Human Energy Field (Mãos
de Luz – Um Guia para a Cura Através do Campo Energético Humano).
A não ser o Ayurveda que trabalha com mais de cem marmas clássicos, e outras
medicinas aborígenes que utilizam uma infinidade de pontos considerados
pequenos chakras, como a acupuntura, quaisquer outros métodos que
pertencem às terapias integrativas, e o Yoga, focam sua atenção e suas técnicas
nos sete chakras maiores e mais conhecidos: Muladhara, Svadhishthana,
Manipura, Anahata, Vishuddha, Ajña e Sahasrara, em ordem ascendente na
imagem:
2
Os sete Chakras principais, mais conhecidos, localizam-se na linha da coluna
vertebral, estrategicamente a partir da região do períneo até o topo da cabeça.
São geralmente representados por lindas e misteriosas flores de lótus ( padma)
recheadas de simbolismos. Cada padma, outro nome para Chakra, possui um
número diferente de pétalas representando os vórtices energéticos, ou feixes de
Nadis. Simbolicamente, em cada pétala aparece inscrito um fonema sânscrito
que simboliza sua manifestação sonora (o Sahasrara – o Lótus das Mil Pétalas –
não entra nesta lista). Se somarmos as pétalas das seis flores de lótus: Muladhara,
Svadhishthana, Manipura, Anahata, Vishuddha e Ajña, encontraremos um total
de 50. Sendo assim, são 50 inscrições, que é exatamente o número de fonemas
sânscritos existentes, 49, + 1. Devido ao seu imenso potencial sonoro e
vibratório, o sânscrito é considerado um idioma sagrado. Sua forma escrita –
devanágarí – é traduzida, também, como ‘a escrita dos deuses’.
3
A rica simbologia ainda apresenta figuras do panteão hindu e animais. Isso não
significa que existam no corpo sutil imagens de desenhos geométricos, animais
imaginários e divindades cheias de braços e cabeças, carregando suas armas e
ferramentas. Tudo é apenas uma representação das latências mentais, tendências
subconscientes, baseadas em nossas idiossincrasias (samskaras), que direcionam
nosso comportamento em todos os aspectos e dão origem aos vórtices de
atividade consciente (vrittis). Esses vórtices são como aquelas ondas que se
formam quando jogamos uma pedra na superfície de uma lago calmo, por
exemplo.
4
força da motivação, desperta insights e permite que detectemos as vrittis para
que sejam trabalhadas e ressignificadas.
5
MULADHARA CHAKRA * EU SOU *
7
Chakra do Assentamento, da Estabilidade e, assim, conseguirá afirmar para si,
sem dúvidas... EU SOU!
Localização: Situa-se no corpo sutil, na altura da raiz dos órgãos genitais, cerca
de quatro dedos abaixo do umbigo. Corresponde à região sacra da coluna no
nível dos genitais internos.
9
negativa cultivando o ‘estado de vazio’, e achar que a vida não tem propósito.
Pode, também, atingir estados de ansiedade profunda com sentimentos
destrutivos. O grande desafio deste indivíduo é aprender a interagir
conscientemente com os outros para que reconheça outros aspectos do ser, além
do físico grosseiro.
10
Número de pétalas e bija mantra: O Manipura é composto por 10 vórtices de
energia / feixes de nadis. Em seu movimento constante, vibram em conjunto
emitindo a frequência de onda sonora que entra em ressonância com o bija
mantra (som semente) RAM रँ
11
‘antenados’. Podem ser arrogantes e fingir humildade para receber em troca
favores e atenção. Na inconstância do Manipura, o ego vai a mil por hora e
resulta em uma busca cega por poder. É a vontade inferior que pode ser
contornada através da prática do desprendimento e do serviço desinteressado.
As várias maneiras de praticar o altruísmo sempre amenizam o grande jogo dos
karmas. O Fogo do Manipura Chakra deveria ser manifestado apenas pela
alegria e entusiasmo na dose certa!
13
Glândula: “No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando
diz ‘eu’, fica uma pequena glândula chamada TIMO. Seu nome em grego,
thýmos, significa energia vital. Precisa dizer mais? Precisa, porque o timo
continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes,
encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos. Essa
característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através
de necropsias e sempre o encontrava encolhidinho. Supunha-se que atrofiava e
parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos
americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com
megadoses de raios X achando que seu ‘tamanho anormal’ poderia causar
problemas. Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a
infância, continua totalmente ativo.” (fragmento de um texto de Sonia Hirsch,
jornalista, pesquisadora e autora de vários livros sobre medicina natural e
oriental).
14
tolerância e paciência, amor incondicional, ternura e generosidade, altruísmo,
positividade e esperança. O comportamento de uma pessoa com o Anahata em
equilíbrio pode ser comparado ao de um adulto entre 21 e 28 anos de idade
que se torna consciente de suas ações e objetivos na vida. Os aspectos positivos
de um ‘coração aberto’ permitirão que suas metas sejam alcançadas com êxito
em todos os níveis. Ela terá sua espiritualidade aflorada e permanecerá vibrando
no estado de felicidade e amor incondicionais, sensação comparada ao
verdadeiro amor maternal.
15
e transformados na mais pura essência, e se dissolvem no Akasha, no vazio. Sem
a influência dos elementos conquista-se mais um passo no caminho da
libertação. Em Vishuddha, AnandaMayaKosha, o corpo intuicional, ilusório,
feito de pura felicidade e bem-aventurança vibra e é experimentado. O sentido
da audição, os ouvidos e a boca também estão associados a esse elemento.
16
medo de falar se dissolve e a coragem aflora. A pessoa torna-se capaz de
transmitir claramente sua mensagem e compreender melhor as entrelinhas da
vida. Ela descobre o prazer da quietude e da interiorização. Este centro
proporciona o renascimento espiritual influenciado pelo refinamento dos
elementos no corpo. Um indivíduo com Vishuddha em equilíbrio comporta-se,
geralmente, como um adulto na faixa entre 28 e 35 anos de idade, que busca a
intelectualidade positiva, o conhecimento verdadeiro, além dos limites do
tempo, de sua cultura e genética. Mas, se ele permanece em desarmonia pode
restar a dúvida e o intelecto negativo. O conhecimento adquirido é utilizado
erroneamente, pois ele ainda não está à vontade com a sua verdade. Ele ainda
não acredita. A partir do momento em que adquire confiança no que sente e
vivencia através das experiências de vida e da meditação, as dúvidas são
removidas e a negatividade também é dissolvida no Akasha.
Significado: ‘comando’
17
Número de pétalas e bija mantra: O Ajña é composto por 2 vórtices / feixes de
nadis. Em seu movimento constante, vibram em conjunto emitindo a frequência
de onda sonora que entra em ressonância com o bija mantra (som semente)
OM औँ
Cromoterapia: No inconsciente coletivo e nas práticas terapêuticas integrativas,
o Ajña ficou associado à cor azul índigo, uma das sete cores que compõem o
arco-íris, fazendo uma linda e romântica associação à relação micro
macrocósmica. Nos textos tântricos clássicos, ele é maravilhosamente branco
como a Lua, suavemente azulado, luminescente. A combinação dos sons
apresentados igualmente na cor branca nos seus dois grandes vórtices formam
o bija mantra que vibra produzindo a cor dourada. A motivação (bhava) e
intenção adequadas na busca da percepção da eterna aproximação à Divindade
farão com que suas práticas de mantra com visualizações sejam muito ricas e
eficazes, na cor que mais facilmente surgir na vastidão e nas infinitas
possibilidades do seu campo mental.
Significado: ‘de mil pétalas’ (sahasra = mil e ara = pétala ou raio de roda)
19
Localização: Situa-se no corpo sutil, na altura do topo da cabeça.
20
das capacidades transcendentais da pineal consideram-na como uma antena
constituída de cristais de apatita, que vibram conforme as ondas
eletromagnéticas captadas. De acordo com Dr. Sérgio Felipe de Oliveira,
médico, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de
São Paulo, a pineal é um sensor capaz de ‘ver o mundo espiritual’ e coligá-lo
com a estrutura biológica. René Descartes afirmava que ela é a conexão entre o
corpo e a alma, um órgão com funções transcendentais. A Doutrina Espírita,
elaborada por Allan Kardec no século XIX, também se empenha em encontrar
justificativas para a atuação da glândula pineal. Segundo a teoria espírita, a
epífise (pineal) é considerada a glândula responsável pela existência da vida no
plano espiritual e mental, além de deter um intenso significado no corpo astral.
Ela comanda as emoções, pois tem acesso irrestrito a todo o sistema endócrino,
atuando principalmente na esfera sexual. A pineal também seria capaz de dirigir
as forças do inconsciente apenas com o poder da vontade. Está relacionada ao
Olho de Hórus dos antigos egípcios, elemento que concede aos iniciados a visão
direta do invisível.
21
conexões. Desapegue-se. O apego é sempre uma escolha nossa. Difícil... não é
mesmo? Experimente... só por um instante, desapegar-se de suas ligações
terrenas. Entregue-se... Sinta como é... Apenas você, uma gota de Prana,
mergulhando no Oceano de Prana... A partir dessa ideia, permita que seus
apegos e suas identificações se desfaçam. Você abrirá seu Chakra do
Entendimento, experimentará a eterna aproximação à Pura Energia Cósmica, e
conseguirá afirmar para si, sem dúvidas... EU ENTENDO!
22