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TROMBOFILIAS
(Professora Flávia Pimenta)
Quando alguns desses mecanismos citados acima falham, haver„ uma forma•‚o de trombos arteriais e venosos
desnecess„rios, podendo manifestar doen•as graves, como ƒ o caso da CIVD. Desta forma podemos definir as
trombofilias como um grupo de patologias em que o sistema da anticoagula•‚o n‚o funciona adequadamente.
Os trombos que s‚o formados devido a essas patologias podem ser de tamanhos variados: pequenos,
acometendo a microcircula•‚o e gerando uma coagulopatia de consumo; ou grandes, gerando isquemia em territ€rios
importantes (como a trombose de veia porta, trombose retiniana, trombose de veias safenas, trombose de membros
inferiores – este ˆltimo apresenta um papel importante, pois quando os trombos se desprendem, podem se impactar nos
ramos arteriais pulmonares ocasionando uma embolia pulmonar, condi•‚o alta morbidade e mortalidade). Entre as
causas de um sistema de anticoagula•‚o falho, temos as etiologias heredit„rias e adquiridas.
ANTICOAGULANTES END•GENOS
Cada mililitro de sangue contƒm uma quantidade de fatores de coagula•‚o necess„ria para coagular todo o
fibrinogŽnio corporal em apenas 15 segundos. Contudo, existe um sistema regulador que funciona como uma espƒcie de
“freio” desse sistema. S‚o os anticoagulantes endógenos. Estas subst‹ncias s‚o ativadas juntamente com o sistema
da coagula•‚o. Os principais s‚o: antitrombina III, prote†na C, prote†na S e TFPI.
A antitrombina III liga-se aos principais fatores da coagula•‚o das vias intr†nseca e comum (especialmente a
trombina e o fator Xa), inativando-os. A heparina pode complexar-se com a antitrombina III, aumentando
bastante o seu poder anticoagulante.
A prote†na C precisa ser ativada pela trombina para adquirir o seu efeito anticoagulante, inativando dois
importantes cofatores da coagula•‚o - fator VIIIa (via intr†nseca) e fator Va (via comum).
A prote†na S aumenta o efeito anticoagulante da prote†na C ativada.
O TFPI (Tissue Factor Pathway Inhibitor) inibe o complexo fator tecidual-fator VIIa, que converte o fator X em Xa
pela via extr†nseca.
Vale ressaltar que tanto a prote†na C como a prote†na S tŽm a sua s†ntese realizada no hepat€cito e depende da
vitamina K (pois precisa da rea•‚o de gama-carboxila•‚o).
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C ONCEITOS B †SICOS
TRÍADE DE VIRCHOW
Os fatores de risco para ocorrência de trombose,
especialmente naqueles pacientes com idade inferior a 50 anos já são
conhecidos e demonstrados pela tríade de Virchow, que leva em
consideração os três parâmetros descritos abaixo:
Lesão endotelial
Estase circulatória
Estado de hipercoagulabilidade (mecanismo da trombofilia)
Diante desse equilíbrio delicado que o organismo adota para manutenção da hemóstase sanguínea, existe uma
série de patologias que podem desviar esse equilíbrio, tanto para um estado de hipercoagulabilidade ou deficiência na
formação de trombos, entre as principais temos:
Diabetes Quimioterápicos
Tabagismo Infecções
Dislipidemias Estresse hemodinâmico
Trauma Diminuição da tensão de O2
Cirurgias Mediadores como a interleucina-1
Doenças inflamatórias Fator de necrose tumoral
Neoplasias malignas Trombina
Imunocomplexos
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OBS : A coagulação intravascular disseminada (CIVD) é uma manifestação hematológica presente em muitas doenças
sistêmicas e deve ser diferenciada da trombofilia. A CIVD é definida como a formação inadvertida de microtrombos na
microcirculação ocorrendo de forma disseminada. Isso é importante para diferenciação das trombofilias, uma vez que,
nestas, ocorre a formação de trombos em vasos localizados, como por exemplo, a artéria retiniana ou veias dos
membros inferiores. Em alguns casos pode ocorrer em mais de um vaso, porém, nunca disseminada como na CIVD.
TIPOS DE TROMBOS
Trombo Venoso.
A trombose venosa é mais frequente nos membros inferiores, uma vez que,
nesta região, é marcante a presença de um dos componentes da tríade de Virchow: a
estase sanguínea, determinada pela própria ação gravitacional.
Já os trombos venosos dos membros superiores estão geralmente
associados a procedimentos invasivos, como punções, mais especificamente, punção
venosa de subclávia, veia jugular interna. Comumente, o estado de
hipercoagulabilidade está associado à formação de trombos venosos.
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Trombo Arterial.
O trombo arterial geralmente est„ associado a doen•as vasculares como a aterosclerose, podendo causar
complica•…es isquŽmicas em microcircula•…es distais e embolias.
Trombo intra-cardíaco.
Os trombos card†acos est‚o envolvidos com diversas causas tais como:
Válvulas Danificadas: ocorre comumente devido a febre reum„tica, endocardite
Endocárdio adjacente a regiões de Infarto do Miocárdio;
Câmaras Cardíacas Dilatadas ou Discinéticas: nesses casos a insuficiŽncia card†aca promove uma estase
sangu†nea e com isso, predisp…e a forma•‚o de trombos.
Próteses Valvares: pr€teses met„licas – atualmente est‚o em desuso.
TROMBOGÊNESE
O processo de trombogŽnese est„ relacionado com a ativa•‚o endotelial que promove altera•…es na produ•‚o
de vasodilatadores (prostaglandinas e €xido n†trico) e vasoconstritores (endotelinas). Essas altera•…es de fluxo
altera•…es no fluxo sangu†neo levam a inibi•‚o da atividade fibrinol†tica.
Mecanismos protetores à trombogênese
Elabora•‚o de fatores anticoagulantes pelo endotƒlio intacto
Inibi•‚o de fatores de coagula•‚o pela prote†na C anticoagulante, prote†na S e antitrombina
Fibrin€lise reativa
Trombomodulina e sulfato de heparina na superf†cie endotelial diminuem a atividade da trombina
C ONCEITO DE T ROMBIFILIAS
Entendido os mecanismos que podem levar a trombose, assim como os fatores que s‚o respons„veis pela sua
inibi•‚o, podemos definir trombofilias como: qualquer anormalidade, herdada ou adquirida, associada ‘ tendŽncia
aumentada a trombose, por deficiŽncia ou falhas no sistema de anticoagula•‚o (a ausŽncia destes fatores n‚o ƒ
compat†vel com a vida e, portanto, n‚o define trombofilia).
Estima-se que metade dos pacientes com achados cl†nicos de trombofilia tem uma anormalidade detect„vel. Em
rela•‚o ‘ deficiŽncia prote†na C, ocorre em 1:200 e 1:500 casos, deficiŽncia antitrombina est„ entre 1:200 e 1:400 casos
e o Fator V de Leiden entre 2:100 e 7:100, sendo este ˆltimo o mais comum.
ACHADOS CLÍNICOS
Tromboembolismo em pacientes jovens (com Hist€ria familiar de tromboembolismo
menos que 50 anos) Perdas fetais recorrentes
Tromboembolismo venoso em mais de uma Prƒ-ecl‹mpsia e S†ndrome HELLP – hem€lise
ocasi‚o associada a eleva•‚o das enzimas hep„ticas e
Trombose em s†tios incomuns, como no seio plaquetopenia
cavernoso, trombose mesentƒrica, trombose de Necrose cut‹nea induzida por antagonistas da
veia porta. Vitamina K – Cumar†nicos
Sinais de insuficiência hepática (o f†gado ƒ ResistŽncia a heparina – ocorre nas situa•…es em
produtor da maioria dos fatores de coagula•‚o e que h„ uma deficiŽncia severa de antitrombina.
de anti-coagula•‚o).
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Fisiopatologia.
Em pessoas normais, o fator V funciona como um cofator que permite o fator X ativar a enzima trombina. A
trombina, por sua vez, converte o fibrogŽnio em fibrina, formando um manto que bloueia a passagem do sangue e que
normalmente ƒ respons„vel pela coagula•‚o de machucados e les…es externas, estancando naturalmente uma essa
hemorragia. A prote†na C funciona como um anticoagulante natural que limita a exten•‚o da coagula•‚o necess„ria para
estancar a hemorragia, diminuindo a a•‚o do fator V.
O Fator V de Leiden ƒ uma condi•‚o autoss’mica dominante que resulta numa dificuldade do fator V ser
desativado pela prote†na C ativada, favorecendo uma coagula•‚o excessiva, e, em alguns casos, formar trombos
(trombose), obstruindo as vias circulat€rias.
O gene que codifica essa prote†na ƒ referido como F5. A muta•‚o desse gene (polimorfismo de nucleot†deo
simples) est„ localizado no ƒxon 10 do cromossomo 1.
Achados Clínicos.
Tromboembolismo venoso; I.A.M. em mulheres jovens;
Tromboflebites superficiais; Perda fetal;
Tromboses em s†tios n‚o usuais; Prematuridade.
Tromboses arteriais na inf‹ncia;
Achados Laboratoriais.
O Fator V de Leiden pode ser diagnosticado com precis‚o atravƒs de exames de DNA espec†ficos que s‚o
capazes de identificar a ausŽncia do gene mutante, ou na presen•a dele, diferenciar a condi•‚o heterozig€tica (menos
grave) da condi•‚o homozig€tica (mais grave). Portanto, devemos realizar pesquisa e identificar a muta•‚o (atravƒs de
estudos de biologia molecular) para forma•‚o do Fator V de Leiden.
Tratamento.
O tratamento desta condi•‚o se baseia na anticoagula•‚o profil„tica para aqueles pacientes j„ apresentaram
epis€dios de trombose.
DEFICIÊNCIA DE ANTITROMBINA
‡ uma rara doen•a genƒtica caracterizada pela deficiŽncia da antitrombina III, o que ocasiona em defeitos da
inativa•‚o da trombina (um dos mais importantes fatores de coagula•‚o, pois atua no final da cascata da coagula•‚o) e
uma leve persistŽncia do fator X ativado.
‡ uma doen•a de heran•a autoss’mica dominante: tipo I e II. Estima-se que 70% dos indiv†duos com n†veis de
40 a 60% do normal desenvolvem eventos tromboemb€licos antes dos 50 anos. Os pacientes s‚o tratados com
anticoagulantes ou, mais raramente, com um concentrado de antitrombina.
Achados clínicos.
Tromboembolismo venoso; Tromboses em s†tios n‚o usuais;
Tromboflebites superficiais de repeti•‚o; Perda fetal – hist€rico de pelo menos 2 abortos.
Avaliação laboratorial.
Dosagem da antitrombina
Demais exames s‚o normais
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Tratamento.
Anticoagulação profilática
Nos casos mais graves, especialmente em RN, pode ser realizada transfusão sanguínea com concentrados de
antitrombina.
DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNA C
A proteína C é uma proteína vitamina K-dependente, ativada pela trombina. Sua deficiência é explicada por uma
herança autossômica dominante. Com isso, teremos as seguintes possibilidades:
Heterozigoto: tromboembolismo venoso recorrente e necrose cutânea induzida pelo warfarin.
Homozigoto: púrpura fulminante neonatal, levando a necrose cutânea disseminada, sendo uma condição
incompatível com a vida.
A deficiência da proteína C também pode se manifestar de forma adquirida, como ocorre nos casos de doença
hepática grave, síndrome nefrótica (proteinúria), uso de warfarin e desnutrição.
Achados laboratoriais.
A deficiência da vitamina C pode ser quantitativa
(tipo I) ou qualitativa (tipo II). O diagnóstico diferencial é
estabelecido através da investigação laboratorial
(dosagem da proteína C funcional e C antigênica),
com teste funcional (avalia a função da proteína) seguido
do teste antigênico (determinação quantitativa
independentemente da função).
Tratamento.
O tratamento de escolha é a anticoagulação profilática. Nos casos mais graves, podemos utilizar concentrados
de proteína C e/ou reposição de complexo protrombínico.
DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNA S
A proteína S é dita como Vitamina K-dependente (na deficiência de vitamina K, pode ter seus níveis séricos
reduzidos). Estima-se que 60% da proteína S total esta ligada a uma proteína e 40% está na forma livre. Podem-se
detectar dois tipos de deficiência:
Tipo I: deficiência quantitativa da fração antigênica (ligada) e livre.
Tipo II: deficiência qualitativa da fração livre
A proteína S age como um cofator da proteína C ativada. Nos pacientes heterozigóticos tem expressão clínica
quando níveis de proteína S variam entre 15 e 50% do normal.
Achados Clínicos.
Tromboembolismo venoso e 25% dos pacientes Tromboses em sítios não usuais, tromboflebites
poderão desenvolver trombose arterial, incluindo de repetição.
AVC isquêmico. Perdas fetais.
Avaliação Laboratorial.
Dosagem da proteína S total e da fração livre.
Tratamento.
Anticoagulação, quando necessário.
Achados clínicos.
Tromboembolismo venoso recorrente IAM em mulheres jovens.
Trombose arterial na infância Perdas Fetais
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Achados Laboratoriais.
Pesquisa da mutação por biologia molecular.
Tratamento.
Anticoagulação, quando necessário.
HIPERHOMOCISTEINEMIA
A elevação da homocisteína pode ocorrer de forma adquirida ou hereditária. Seus níveis elevados na corrente
sanguínea provocam danos endoteliais elevando o risco de TVP e trombose arterial (AVC isquêmico, IAM).
Hereditária: deficiência enzimática
Adquirida: deficiência de ácido fólico, B12, B6; na insuficiência renal
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OBS : Defeitos combinados são comuns e potencializam o risco trombótico. Mulheres com trombofilia herdada possuem
um risco aumentado de perda fetal, síndrome HELLP e pré- eclâmpsia. Para ser concretizado o risco desses pacientes
deve-se levar em consideração somente aqueles que apresentaram pelo menos dois abortos ou ainda, um aborto e uma
pré-eclâmpsia.
ANORMALIDADES A DQUIRIDAS
No que diz respeito às trombofilias adquiridas, a etiologia mais frequente é a síndrome de anti-fosfolípides
(anticoagulante lúpico e anticorpos anticardiolipina). Nesta situação, ocorre a redução da proteína C anticoagulante.
Apesar de receber a denominação de anticoagulante lúpico, essa substância tem uma intensa atividade pró-
trombótica, e está presente principalmente na LES e outras doenças sistêmicas, como artrite reumatóide. Quando
associado à LES, aumenta a incidência de tromboembolismo venoso. A incidência anual de tromboembolismo venoso é
de 5 a 10 por 1000/ano.
ACHADOS CLÍNICOS
Tromboembolismo venoso
Trombose venosa em sítios não usuais
Tromboses arteriais (AVC isquêmico em idade jovem e oclusão vascular da retina)
Abortamentos
Perdas fetais recorrentes.
ACHADOS LABORATORIAIS
Aumento do TTPA
Pesquisa dos anticorpos positiva.
HEPARINA
A heparina tem como principal mecanismo de ação promover um aumento da atividade fibrinolítica da
antitrombina, tornando esta proteína mais hábil para inibir a coagulação. Com isso, conclui-se que a administração de
Heparina nos pacientes que não possuem antitrombina não terá efeito satisfatório. As Heparinas são utilizadas na fase
aguda, e podem ser divididas em dois tipos para uso clínico, a saber:
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Heparina Padrão (n‚o-fracionada ou alto peso molecular): A heparina de alto peso ter seu s†tio de a•‚o na
trombina, inativando essa molƒcula (por ser uma molƒcula maior e, ao se ligar, a antitrombina promove uma
maior capacidade de inibi•‚o dos fatores de coagula•‚o). A heparina de alto peso molecular inativa
principalmente a trombina e os demais fatores da coagula•‚o).
Heparina de baixo peso molecular (LMWH, lowmolecular-weight heparin): ƒ uma molƒcula estruturalmente
menor, que se liga somente a uma molƒcula de antitrombina, tornando a antitrombina menos h„bil a inibir o
processo de coagula•‚o. A heparina de baixo peso molecular inativa principalmente o Fator X da coagula•‚o.
Heparina Padrão.
‡ uma medica•‚o mais antiga derivada de extrato animal (Heparina S€dica). Consiste em uma mistura de
mucopolissacar†deos „cidos altamente eletronegativos. ‡ produzida e liberada pelos mast€citos, encontrada em grandes
quantidades no f†gado, nos pulm…es, intestino.
Seu mecanismo de A•‚o: Sua a•‚o anticoagulante depende de um inibidor end€geno da trombina, ou seja,
antitrombina. Essa droga deve ser administrada por via parenteral (intravenosa ou subcut‹nea) – ƒ importante saber que
por via oral ela n‚o ƒ absorvida e por via muscular tambƒm est„ contra-indicada devido ‘ forma•‚o de grande
hematoma.
A dose deve ser determinada individualmente e prescrita mais em unidades (UI) do que em miligramas. Entre os
benef†cios das vias de administra•‚o temos: (1) administra•‚o IV produz efeito anticoagulante imediato e (2)
administra•‚o SC observa-se um in†cio da a•‚o da droga intervalo de 2 horas para o inicio de atividade.
Outras caracter†sticas s‚o:
N‚o se liga ‘s prote†nas plasm„ticas
N‚o ƒ secretada no leite materno
N‚o atravessa a placenta
Fun•‚o fisiol€gica ainda n‚o elucidada
‡ encontrada em diminutas quantidades no sangue circulante
A terapia com heparina ƒ feita com o paciente internado
Inibe a coagula•‚o do sangue tanto in vivo quanto in vitro
Controle Laboratorial: 2,5x o valor do TTPA prolongado. Ou seja, se o TTPA era de 30, deve ter 60 de TTPA
para ser considerado anticoagulado.
ANTICOAGULANTES ORAIS
Ap€s a utiliza•‚o da heparina na fase aguda, segue-se com os anticoagulantes orais, cujos principais
representantes s‚o: Warfarin e Decumarol. Essas duas drogas inibem a carboxila•‚o de prote†nas vitamina K-
dependentes, inibindo a gera•‚o de fator Xa e trombina.
Esses anticoagulantes v‚o atuar principalmente nos fatores II, VII, IX, X, necessitando de 7 a 10 dias para ter um
efeito anticoagulante.
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OBS : O modelo ideal de anticoagulante teria que obedecer aos seguintes critƒrios:
Efeito antitromb€tico completo
N‚o hemorr„gico
Sem efeitos colaterais
Qualquer via de administra•‚o
Boa biodisponibilidade, 1 - 2x /dia
N‚o atravessar barreira placent„ria
N‚o provocar anticorpos
N‚o animal
F„cil obten•‚o
Baixo custo
N‚o seja necess„rio controle laboratorial
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Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – HEMATOLOGIA – MEDICINA P8 – 2011.1
Outros representantes s‚o: Hirudina (derivada de toxinas da sanguessuga, respons„vel por promover a
persistŽncia do sangramento nos locais de trauma), Bivalirudina, danaparóide (orgaran), Dabigatrana (Pradaxa –
atualmente ƒ liberado apenas para profilaxia de cirurgias ortopƒdicas, naqueles pacientes com pr€teses).
OUTRAS DROGAS
Inibidores diretos da Trombina
Drogas antiplaquet„rias; AAS
Trombol†ticas
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