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Hemóstase e Trombose
Tem que haver um equilíbrio entre os fatores que promovem a trombose e os fatores que
permitem a fluidez do sangue (mecanismos sensíveis, complexos e regulados).
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Aula nº13 07/12/2022
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O cerne está na ativação do fator tecidular e na sua ligação ao fator VII. O fator tedicular
habitualmente não está em contacto com o sangue, ele é subendotelial, mas pode entrar em
contacto, mediante determinados mediadores inflamatórios, que levam a que esse fator
tecidular esteja presente em células mononucleares e endoteliais. Depois procede-se à
ativação sequencial de fatores de coagulação. Há alguns mecanismos de feedback positivo
que ampliam e aumentam a capacidade de se produzir a trombina, que começa a atuar
sobre o fibrinogénio, produzindo-se a fibrina. A superfície plaquetária é também importante
neste processo de paragem da hemorragia.
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Anamnese:
• história medicamentosa (anticoagulantes, anti-agregantes, anti-depressivos que
podem interferir com a coagulação)
• Despiste de uma doença sistémica
• História familiar (discrasias hemorrágicas em doentes jovens)
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Doenças vasculares:
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Trombocitopénia
Diminuição da contagem plaquetária. O facto de ter um número inferior ao normal de
plaquetas não significa que haja hemorragia. A clínica com hemorragias espontâneas é
rara se a contagem plaquetária é superior a 30 000 plaquetas. O tempo de hemorragia
prolongado só aparece < 60 000 plaquetas.
como na esplenomegália
Trombocitopénia Imune
Previamente designada por Púrpura trombocitopénica imune, atualmente este termo caiu
em desuso, porque nem sempre o doente tem rash purpúrico. Trata-se de uma doença
hemorrágica autoimune, mediada quer por anticorpos autólogos anti-plaquetários, quer
pela participação de linfócitos T na destruição plaquetária que pode ocorrer no sangue
periférico, a nível esplénico, hepático ou central. Nesta doença há uma diminuição da
produção plaquetária a nível da medula óssea.
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Diagnóstico:
• Quando o doente tem < 100 000/mm3 e outras causas de trombocitopenia foram
excluídas;
• Se o doente tem uma clínica hemorrágica com risco de vida, podemos ter de fazer
transfusão plaquetária imediata para impedir a morte iminente (esta transfusão
plaquetária também é só no momento preciso, uma vez que estas plaquetas
também vão ser destruídas). Neste caso iniciamos logo imunoglobulina intravenosa
numa hemorragia em emergência. Caso não haja uma emergência iniciamos logo
glucocorticoides.
• No doente que não tem hemorragia, ou que não tem uma hemorragia severa, as
decisões terpaêuticas são orientadas pela contagem plaquetária, pela idade, pelas
condições pré-existentes e até pela preferência do doente.
• A primeira linha terapêutica são corticoides, mas devemos evitar o seu uso
prolongado pelos seus efeitos adversos. Há doentes com PTI que não respondem,
ou que vão ter sucessivas recaídas da doença. Para esses temos medicações
diversas: agonistas da trombopoetina; anticorpos monoclonais anti-CD20 e outras
terapêuticas mais modernas.
• Não se recomenda a terapêutica com esplenectomia durante o primeiro ano de
diagnóstico, a não ser que não haja outra terapêutica médica disponível, já que
pode ter efeitos secundários graves, como o risco infeccioso.
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FvW fisiologicamente aumenta com a idade, pelo que a clínica pode melhorar com a idade.
Tipo Frequência %
1 70-80
2 ~20
3 <5*
*<5%- a forma + grave, ausência do fator
Diagnóstico:
✓ Antigénio VWF (VWF: Ag) – Medição quantitativa do nível de fator de Von
Willebrand no plasma
✓ Atividade de VWF (VWF: Act) – Ensaios funcionais de ligação de VWF a plaquetas
ou colágeno – avaliam capacidade do VWF se ligar a essas estruturas, o teste mais
sensível e específico
✓ Atividade do fator VIII da coagulação – A diminuição da atividade do fator VIII
pode indicar VWF reduzido ou disfuncional.
Estudos genéticos são os testes mais específicos para diagnosticar os diferentes tipos da
doença de von Willebrand
Subtipos:
Defeitos Quantitativos
Defeitos Qualitativos
A distinção pode ser feita pelas análises de coagulação, como se apresenta nas imagens
acima.
Armas terapêuticas que aumentam a produção do VWF. A prescrição está relacionada com
a quantidade de fator doseado quando o doente vai ser submetido a alguma agressão,
nomeadamente a uma cirurgia, ou em contexto de hemorragia relacionado com a gravidade
desta hemorragia e do fator doseado nesse doente.
Tratamento:
• Transfusão de plaquetas quando necessário
• DDAVP
• Agentes anti fibrinolíticos
• Fator VII ativado recombinante
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Tratamento:
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Pode-se verificar:
- Hemograma com baixa contagem plaquetária confirmada com ESP (que não seja
apenas um problema de agregação plaquetária) → Vai-se ver o tamanho das plaquetas. Se
este for superior ao normal pode podemos estar no contexto de uma PTI, uma síndrome
de Bernard Soulier ou outras síndromes de plaquetas gigantes.
Se, por outro lado, as plaquetas apresentarem um tamanho normal podemos estar perante
uma aplasia medular (mas as restantes contagens do hemograma deveriam estar
alteradas, nomeadamente com anemia e alteração da contagem leucocitária), uma
trombocitopenia amegacariocítica (rara), ou uma leucemia (ESP com blastos).
- Hemograma com contagem plaquetária normal → podem ser com plaquetas isoladas
como na trombastenia de Glanzmann, em algumas doenças do VWF ou anomalias
vasculares ou podem ser com plaquetas agregadas também observadas em algumas
doenças do VWF ou em disfunções funcionais das plaquetas.
Daí ser importante ver e descrever o hemograma com a quantidade de plaquetas, o seu
tamanho e se estas estão agregadas ou isoladas.
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Alterações da Coagulação:
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A clínica das Hemofílias está relacionada com a gravidade do défice do fator de coagulação.
Nas imagens observa-se Hemorragia SNC, Hemorragia muscular, etc.
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Mecanismo de anticoagulação:
Modulação da Coagulação
Diluição de fatores coagulantes da corrente sanguínea
Remoção de fatores ativados pelo SRE.
✓ Proteina S
✓ Trombomodulina
✓ Heparina
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Fator V de Leyden:
Identificado em 20 a 60% dos pacientes com trombose venosa sem outras causas
aparentes
➢ ↑ ~ 10x risco de trombose em heterozigotia e ~ 50x em homozigotia
➢ Tromboses tanto arteriais como venosas, mas ++ venosas
➢ Diagnóstico – teste genético
➢ Tratamento – Anticoagulação com heparina seguida de varfarina oral
Trombofilia/Hipercoagulabilidade:
Lesão endothelial
Tríade de
Virchow
Hipercoagulabilidade Estase
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Trombofilia adquirida:
Sistema Fibrinolítico:
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