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=Luanda=
TROMBOSE
O Docente
_________________
Genito Mbange
Luanda, 2024
TROMBOSE
O Docente
_________________
Genito Mbange
Luanda, 2024
INTEGRANTES
Lurdes Kaeke
Marcelina Brandão
Margarida Mateus
Dedicatória
Aos nossos pais, pelos feitos em prol da nossa educação; que sempre nos apoiam e nos
incentivam a seguir nossos sonhos. Aos nossos irmãos que tanto nos auxiliam para que
esta caminhada seja uma realidade.
Agradecimentos
Agradecemos a Deus por nos ter dado forças e sabedoria para fazermos esta pesquiza.
Agradecemos também aos nossos pais, familiares e amigos por tudo quanto são e fazem
por nós.
RESUMO
A trombose é uma doença que está relacionada, pela formação de trombo (coagulo
sanguíneo), impossibilitando o fluxo normal de sangue por uma veia ou artéria, podendo
ser nos membros superiores e inferiores, porém é mais comumente nos membros
inferiores, três mecanismos principais são ápice para o desenvolvimento da trombose
conhecidos como tríade de VIRCHOW, que é lesão endotelial, estase sanguínea,
hipercoagulabilidade, esses processos se desencadeiam devido ao repouso prolongado
provocando estase sanguínea, as cirurgias que ocasionam lesão endotelial, neoplasias, uso
de contraceptivos e terapias hormonais (SANTOS, 2017).
Diversos sintomas podem indicar que o indivíduo está com a doença, podemos citar:
Deformação na cor da pele (vermelhidão); dor na perna ou sensibilidade; abcesso nas
pernas (edema); pele que se sente quente ao toque dentre outros. O tratamento da
trombose é realizado por meio de umdiagnóstico, é hora de começar o tratamento. A
finalidade do tratamento pode ser dividido em três métodos de ação distintas (FAUSTO):
Às vezes pode ocorrer em uma veia situada na superfície do corpo, logo abaixo da pele.
Nesse caso é chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou
flebite.
1.1. Classificação
Trombose venosa
o Trombose venosa profunda (TVP): quando o coágulo se forma em veias
profundas, ao interior dos músculos.
o Trombose da veia renal
o Trombose da veia hepática (Síndrome de Budd-Chiari)
o Síndrome de Paget-Schroetter (Trombose venosa nos membros superiores)
o Trombose da veia porta renal (Trombose que afeta principalmente a face, devido
a choque térmico, em alguns casos os membros superiores, conhecida com mal
de Tairkan).
o Síndrome do desfiladeiro torácico (a causa da maioria das tromboses venosas nos
membros superiores que não têm relação com um trauma)
Trombose arterial
o Acidente vascular cerebral (AVC)
o Trombose da artéria aorta Abdominal.
o Infarto do miocárdio (geralmente uma trombose na coronária devida a uma
ruptura em uma placa aterosclerótica)
o Síndrome do desfiladeiro torácico (pode precipitar uma trombose tanto arterial
como venosa)
Em todo caso, o trombo irá causar uma inflamação na veia ou artéria, podendo ficar
apenas no local inicial de formação ou se espalhar ao longo desta, causando a sua
obstrução parcial ou total.
aguda;
crônica.
Além dessas causas o choque térmico pode levar a um tipo de trombose que pode ser
revertido.
A formação do trombo é geralmente causada por um dano nas paredes do vaso, ou ainda
por um trauma ou infecção, e também pela lentidão ou estagnação do fluxo sanguíneo,
ocasionado por alguma anomalia na coagulação sanguínea. Após a coagulação
intravascular, formam-se uma massa deforme de hemácias, leucócitos e fibrina.
O risco de desenvolver uma trombose pode ser aumentada por alguns fatores tais como:
1.6. Tratamento
1.7. Prevenção
2.1. Definição
Achados clínicos se relacionam com a doença em apenas 50% dos casos. Quando
presentes, podem consistir de: dor, edema (principalmente unilateral e assimétrico),
eritema, cianose, dilatação do sistema venoso superficial, aumento de temperatura,
empastamento muscular e dor à palpação. O sinal de Homans (dor a dorsiflexão do pé)
pode estar presente, mas tem pouco valor diagnóstico. Quando a diferença de diâmetro
entre as duas panturrilhas é maior do que 3 cm, a probabilidade de TVP aumenta
significativamente.
Os achados clínicos isoladamente apresentam desempenho insatisfatório para o
diagnóstico de TVP, sendo necessário o uso de critérios específicos. Dentre esses
critérios, o escore de Wells para TVP (Tabela 1) é o de melhor validação.
2.5. Diagnóstico
O escore de Wells deve ser usado em combinação com meios diagnósticos adicionais.
Para pacientes com alta suspeita clínica de TVP, recomenda-se iniciar o tratamento com
anticoagulantes enquanto se aguarda a confirmação do diagnóstico, desde que não haja
contraindicação.
Nos pacientes com câncer, as HBPM são mais efetivas que varfarina na prevenção
detromboembolismo venoso(TEV) recorrente e sangramento.
Em pacientes com TVP aguda e insuficiência renal grave, sugere-se o tratamento com
HNF em vez de HBPM.
O tratamento domiciliar de TVP com HBPM a curto e a longo prazo parece ser no mínimo
tão efetivo e seguro quanto o tratamento hospitalar com HNF. Apesar de resultados
positivos sobre custo-efetividade do tratamento domiciliar, há a necessidade de um
suporte logístico e de recursos, com uma abordagem multidisciplinar e o estabelecimento
de protocolos para o manejo da TVP, focados na atuação dos profissionais ena educação
em saúde para os pacientes e familiares.
– HNF: Caso a HNF EV seja o tratamento inicial de escolha, recomenda-se que, após o
bolus EV (80 U/Kg ou 5.000 U), deve ser administrada em infusão venosa contínua
(inicialmente na dose de 18 U/Kg/h ou 1.300 U/h) com ajuste de dose para obter e manter
um tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) entre 1,5 e 2,5 acima do basal.
Em caso de HNF SC, se utilizadas doses fixas, recomenda-se uma dose inicial de 333
U/Kg seguida de 250 U/Kg duas vezes ao dia, ao invés de realizar tratamento sem estar
de acordo ao peso do paciente, com ajuste de dose para obter e manter um TTPa entre 1,5
e 2,5 acima do basal.
Em pacientes com TVP espontânea, recomenda-se o tratamento com AVK por, pelo
menos, três meses e que, após esse período, seja avaliado o risco-benefício do tratamento
estendido.
Para TVP distal idiopática sugere-se o tratamento oral por três meses, ao invés de terapia
por tempo estendido.
O risco absoluto de TVP recorrente diminui com o tempo de tratamento, enquanto que o
risco de sangramento permanece estável durante o tratamento com anticoagulantes orais.
– Tratamento estendido TVP: Os critérios para anticoagulação por tempo estendido são:
trombose inicial com risco de morte; duas ou mais tromboses espontâneas; evento isolado
de TVP idiopática na presença de trombofilia hereditária homozigótica ou adquirida.
Devem-se ponderar os riscos e benefícios para a anticoagulação estendida por tempo
indefinido, adaptando-a de acordo a situação clínica de cada paciente.
– Para as gestantes com TEV agudo, recomenda-se terapia com doses ajustadas de HBPM
SC ou de HNF, até seis semanas pós-parto (tempo mínimo de anticoagulação: três meses)
ou o tempo necessário para completar o período preconizado de anticoagulação.
Após o parto, a critério médico, pode-se iniciar AVK, mantendo-se concomitantemente a
HBPM até que se atinja o INR alvo, entre 2 e 3, quando então, esta pode ser suspensa.
Filtro de veia cava (FVC): Não se recomenda a inserção de FVC inferior como
tratamento de rotina de TEV. Os FVC reduzem a ocorrência de EP, mas não são
mais efetivos em reduzir a mortalidade e aumentam o risco de recorrência de TVP
a longo prazo (entre dois e oito anos), se comparados a não utilização ou com
terapia anticoagulante. A decisão para a utilização de FVC necessita ser feita
baseada na situação clínica de cada paciente.
Em 2013 cerca de 6,9 milhões de pessoas sofreram um AVC isquémico e 3,4 milhões um
AVC hemorrágico. Em 2010, encontravam-se vivas cerca de 33 milhões de pessoas que
no passado tinham sofrido um AVC. Entre 1990 e 2010 o número de AVC ocorrido em
cada ano diminuiu cerca de 10% nos países desenvolvidos e aumentou cerca de 10%
nos países em vias de desenvolvimento. Em 2013, os AVC foram a segunda principal
causa de morte, a seguir à doença arterial coronária, tendo sido responsáveis por 6,4
milhões de mortes em todo o mundo, o que corresponde a 12% do total de mortes. Cerca
de 3,3 milhões de mortes foram causadas por AVC isquémico e 3,2 milhões por AVC
hemorrágico. Cerca de metade das pessoas que sofrem um AVC vivem menos de um
ano. Dois terços dos AVC ocorrem em pessoas com mais de 65 anos de idade.
3.1. Classificação e fisiopatologia
É o acidente vascular cerebral menos comum presente em cerca de 20% dos casos, mas
não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue
em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o
efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica
e degenera o cérebro e a função cerebral. Pode ser divido em dois tipos, O sangramento
intraparenquimatoso ou a hemorragia subaracnóidea:
O sangramento intraparenquimatoso ocorre por ruptura dos aneurismas de Charcot-
Bouchard, pequenas formações saculares das artérias cerebrais na transição da
substância branca com o córtex cerebral que se formam pela hipertensão arterial
descontrolada ou não tratada.
A hemorragia subaracnoide ocorre por sangramento de aneurismas cerebrais (defeito
ou formações saculares das artérias) no espaço licórico ou subaracnóideo. Eles tem
provavelmente origem congênita.
A tomografia pode ser o exame inicial de escolha por sua disponibilidade e rapidez. Serve
principalmente para diferenciar o AVC por entupimento/isquemia do hemorrágico, o que
muda radicalmente a conduta médica. Uma tomografia normal dentro das primeiras 24
horas de um AVC isquêmico é algo esperado e confirma o diagnóstico, pois a maioria
dos ataques isquêmicos não provoca lesões visíveis tão precoces nesse exame. Apenas
lesões extensas ou mais antigas podem ser vistas na tomografia no AVC isquêmico ou,
ainda, sinais indiretos de AVC como edema cerebral. Já o AVC hemorrágico costuma vir
com imagem na tomografia indicando vazamento de sangue. Pode-se, ainda que menos
comum, usar mão da retirada por punção lombar do líquor para o diagnóstico de AVC
hemorrágico com tomografia normal.
Embora mais precisa que a tomografia, a ressonância magnética não costuma mudar a
conduta médica e pode ainda atrasar o tratamento correto, o que pode ter impacto na
recuperação do paciente. Contudo, é uma opção que pode ser útil em casos selecionados.
Caso o paciente seja atendido em um hospital em até 4h 30 min, e não tenha risco de
sangramentos ou histórico recente de cirurgias, o coágulo pode ser dissolvido com o uso
de um medicamento trombolítico, como o alteplase. Aplicado o medicamento, é alto
índice de sucesso da trombólise, reduzindo ou até eliminando as sequelas.
Apesar do alto índice de sucesso, se a aplicação for feita após 4h e 30 min, a reconstituição
do fluxo sanguíneo depois desse tempo pode piorar o quadro. O coágulo interrompe a
irrigação não só de uma região do cérebro, mas também do segmento do vaso que está
depois da obstrução. A partir do local da interrupção, esse vaso já começa a morrer,
ficando mais frágil. Restabelecer o fluxo sanguíneo nesse momento pode romper a artéria,
causando um AVC hemorrágico.
Assim o lobo frontal está mais ligado às decisões e movimentos; o lobo parietal com os
movimentos do corpo, parte da fala e com a sensibilidade do pescoço até os pés; e o
lobo occipital com a visão. Já o cerebelo está ligado com o equilíbrio e o tronco cerebral
está ligado à respiração e aos movimentos e sensibilidade da cabeça. Claro que isto é uma
explicação básica e deve-se ter em mente que todo sistema nervoso está interligado
podendo uma lesão em uma mínima parte ter grandes repercussões no todo. A localização
e as implicações da lesão podem ser difíceis de diagnosticar, devendo a pessoa acometida
ser avaliada por um médico e equipe multidisciplinar, ou seja, com vários profissionais
da saúde de diversas áreas.
Vale lembrar que o AVC é uma doença que merece muita atenção pela mudança que pode
provocar na dinâmica da vida da vítima, da vida da sua família e das pessoas que dela
cuidam. A vítima, antes totalmente funcional, pode se tornar totalmente dependente física
e financeiramente de seus cuidadores. Pode, uma vez acamada, desencadear outras
complicações, como escaras de decúbito, pneumonia e obstipação. Além disso, existe
descrito o stress do cuidador - que, aliás, também deve ser abordado e ouvido no
tratamento do paciente acamado, minimizando as sequelas familiares.
A melhor maneira de lidar com o AVC é preveni-lo controlando todos os fatores causais
já citados, novamente mencionando que a principal é a hipertensão arterial sistêmica.
3.6. Tratamento psicológico
Existem diversos fatores considerados de risco para a chance de ter um AVC, sendo o
principal a hipertensão arterial sistêmica não controlada e, além dela, também aumentam
a possibilidade o diabete mellitus, doenças reumatológicas, trombose,
uma arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial, estenose da válvula mitral, entre outras.
3.8.1. Principais fatores de risco
Alcoolismo: quando isso ocorre por muito tempo, os níveis de colesterol se elevam;
além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.
Diabetes: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está elevado. A
medida da glicose no sangue é o exame de glicemia. Se um portador desta doença
tiver sua glicemia controlada, tem AVC menos grave do que aquele que não o
controla.
Idade avançada: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um
AVC. Isso não impede que uma pessoa jovem possa ter.
Sexo masculino: até aproximadamente 50 anos de idade os homens têm maior
propensão do que as mulheres; depois desta idade, o risco praticamente se iguala.
Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose;
assim, indiretamente, aumenta o risco de AVC.
3.9. Prevenção
Como todas as doenças vasculares, o melhor tratamento para o AVC é identificar e tratar
os fatores de risco como a hipertensão, aterosclerose, o diabetes mellitus,
o colesterol elevado, cessar o tabagismo e o etilismo, além de reconhecer e tratar
problemas cardíacos. A essa prática se dá o nome de prevenção primária.
Caso ocorram sequelas, deve ser iniciado um programa de reabilitação e cuidados com o
paciente que inclui equipe multidisciplinar, ou seja, com vários profissionais de diferentes
áreas da saúde - fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, técnicos em enfermagem,
terapeutas ocupacionais, enfermeiros e médicos. A reabilitação é um tipo de prevenção
terciária do paciente.
CONCLUSÃO
Com os resultados obtidos foi verificado o desempenho do sistema circulatório que
depende de mecanismos que ajustam a manutenção do sangue no estado fluido dentro da
repartição vascular, liberando a perfusão adequada a todos as regiões do organismo,
podendo ocorrer uma lesão vascular sendo possível verificar os fatores de risco para o
surgimento da trombose.
Como porta de entrada para o Sistema Nacional de Saúde, o papel dos Médicos de Família
na abordagem da trombose é fundamental não só para a correta abordagem da patologia,
como também para a otimização de recursos implicados no processo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.sanarmed.com/resumo-trombose-venosa-profunda-ligas
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/trombose
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/93/o/folder_trombose.pdf?1542113828
http://www.saudecenterclinica.com.br/blog/index.php/2019/11/11/o-que-e-trombose/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/trombose
https://labsaad.com.br/o-que-e-trombose-e-suas-causas/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_vascular_cerebral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombose
Eliseu, A. C. (2022). Abordagem da Trombose Venosa Profunda nos
Cuidados de Saúde Primários.