Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A placa de aterosclerose intracraniana apresenta-se nas imagens de parede de vaso com intensidade de
sinal heterogênea, dependendo da sua constituição, determinando um estreitamento luminal e realce pelo
meio de contraste excêntricos. As placas de aterosclerose intracraniana que se apresentam com hipersinal
em T1 nos pacientes com insulto isquêmico agudo são responsáveis pela liberação de êmbolos daquele
território, predizendo o infarto embólico artero-arterial.
As vasculites do sistema nervoso central são entidades raras e de difíceis diagnósticos, sendo o
diagnóstico definitivo algumas vezes realizado com biópsia invasiva.
Os pacientes com vasculite apresentam estreitamento luminal e realce pelo meio de contraste concêntrico
mais longo, sendo que a síndrome de vasoconstrição cerebral reversível demonstra estreitamento luminal
concêntrico sem realce pelo meio de contraste, inferindo uma boa ferramenta para ser utilizada no
diagnóstico diferencial das vasculopatias intracranianas.
O aneurisma intracraniano não roto é, na maioria das vezes, um achado incidental nos exames de
imagem vascular intracraniano, sendo sua incidência em torno de 2 a 4% na população em geral. O
realce parietal no aneurisma cerebral está relacionado possivelmente a maior atividade inflamatória e
maior risco de rotura, sendo no contexto de múltiplos aneurismas com hemorragia subaracnóide
associado, o mais provável aneurisma que rompeu foi aquele que apresentou realce parietal.
Em um estudo recente, demonstrou que a análise combinada da imagem vascular convencional com a
imagem de parede de vaso aumenta consideravelmente a acurácia diagnóstica das vasculopatas
intracranianas em comparação a imagem vascular convencional isolada, tanto por lesão como por
paciente, enfatizando o uso da técnica em casos selecionados.
Intracranial Vessel Wall MRI: Principles and Expert Consensus Recommendations of the American
Society of Neuroradiology, AJNR, 2017;
Intracranial vessel wall imaging: current applications and clinical implications, Neurovascular
Imaging, 2016;
Vessel Wall Imaging of the intracranial and cervical carotid arteries, J Stroke, 2015.
Added Value of Vessel Wall Magnetic Resonance Imaging for Differentiation of Nonocclusive
Intracranial Vasculopathies, Stroke,2017.