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MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
Ecodoppler
O diagnóstico não invasivo das doenças vasculares tomou grande impulso com a
associação da ecografia com o Doppler, estabelecida na década de 70.
Ecodoppler
O ecodoppler avalia parâmetros anatômicos e funcionais.
Angiotomografia
Angiotomografia
A tomografia helicoidal com quatro fileiras de detectores foi introduzida em
1998, melhorando significativamente a resolução temporal e espacial por permitir
que quatro cortes tomográficos fossem obtidos simultaneamente durante cada rotação
completa do tubo de raios-X.
Este avanço, associado com a redução do tempo de rotação para 0,5 segundos,
permitiu que a rotina dos exames fosse realizada até cerca de oito vezes mais
rápida que com as secções helicoidais únicas (18,19).
Angiotomografia
Alguns autores (17,21,22) consideram que as placas calcificadas podem ser uma
limitação da angiotomografia das carótidas.
Por outro lado, segundo Randoux e col., esta limitação pode ser evitada com o
emprego de reformatações volumétricas multiplanares mesmo quando as
calcificações são circunferenciais.
Angiotomografia
Angiorressonância
Mesmo assim, até recentemente, a pobre resolução dos métodos disponíveis não
permitiam uma medida precisa das estenoses. (24,25).
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Angiorressonância
Serfaty e col. (26) encontraram uma sensibilidade e especificidade de 94% e 85%,
respectivamente, em angiorressonância 3D com Gadolíneo, numa população de 48
pacientes.
Em seu estudo, 90% das imagens foram consideradas de boa qualidade. Eles
concluíram, por outro lado que a angiorressonância não deveria ser utilizada como
método de referência isolado, mas somente em combinação com o ecodoppler,
em lugar da angiografia por cateter.
Angiorressonância
A qualidade das imagens de todos os pacientes foi considerada adequada para
o diagnóstico.
Suprimento Arterial
Polígono de Willis
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Suprimento Arterial
Polígono de Willis
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Polígono de Willis
Polígono de Willis
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Retorno Venoso
Retorno Venoso
Essa drenagem é feita por meio de veias profundas e seios da dura-máter que
desembocam nas veias jugulares
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
AVC;
Aneurismas;
MAV (Malformação Arteriovenosa Cerebral);
Arterosclerose.
.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Arterosclerose;
Aterosclerose, é uma condição em que ocorre o acúmulo de placas de gordura,
colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, o que restringe o fluxo
sanguíneo e pode levar a graves complicações de saúde. Suas manifestações
dependem do local que a doença compromete primeiro. Entre elas estão: infarto ou
angina quando acomete as artérias coronárias, dor e claudicação em membros
inferiores quando acomete as pernas e, por fim, acidente vascular cerebral quando
compromete as carótidas.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Arterosclerose;
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Arterosclerose;
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Arterosclerose;
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Arterosclerose;
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Técnica de exame:
Técnica de exame:
Técnica de exame:
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Área de interesse
Posicionamento do paciente:
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Artefatos
Técnica de exame:
Posicionamento do paciente:
Pos processamento:
Técnica de exame:
Técnica de exame:
A técnica MIP gera um mapa de projeção de raios imaginários através dos dados
brutos que "desenha" os valores de atenuação máxima ao longo de cada raio à
uma imagem de escalas de cinza. Esta projeção pode ser orientada em qualquer
plano anatômico (Figura 3). Tem a propriedade de distinguir estruturas de alta
densidade como osso e cálcio do lume vascular preenchido por contraste. Portanto
a luz vascular, cálcio parietal e eventuais trombos são bem delimitados.
Técnica de exame:
A técnica VR utiliza um algoritmo de reconstrução 3D avançado que pode interpolar
todos os dados relevantes, resultando numa imagem tridimensional que não só
facilita a caracterização de anomalias como também aumenta a acurácia do
método (Figura 4).
Aplicações:
Estenose da artéria carótida
O North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET) preconiza
a endarterectomia nos casos de doença arterosclerótica carotídea de pacientes
sintomáticos com alto grau de estenose (70-99%). Portanto a detecção e adequada
quantificação de grau de estenose é de vital importância para facilitar o tratamento
apropriado.
A angio-CT é um método altamente preciso na estimativa do grau de estenose da
artéria carótida. Trabalhos mostram que a utilização de técnicas adequadas
possibilitam quantificação de graus de estenose com taxa de erro inferior a 2%.
Embora a angiografia convencional seja aceita como método padrão ouro para a
estimativa da doença ateromatosa carotídea, variações interobservadores não são
infrequentes, com tendência à superestimação. Além disso, estenoses excêntricas
ou irregulares podem ser subvalorizadas, devido ao número limitado de projeções
deste método. A angio-CT, além de ótima correlação com o estudo convencional,
permite também a adequada avaliação parietal, estimativa adequada de estenoses
irregulares ou excêntricas, além de permitir a possibilidade de avaliação das
demais estruturas cervicais ou do próprio parênquima cerebral (Figura 5).
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
Estenose da artéria carótida (Figura 5).
Fig. 5 Placa ateromatosa estenosante do bulbo direito. Observe que a técnica MIP
permite não só a avaliação do lume vascular mas tabém da própria placa de ateroma,
sua constituição e extensão.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
Estudos preliminares comparando os métodos supracitados para a estimativa de
estenose da artéria carótida mostra acuracia similar em relação ao estudo
angiográfico convencional. Um estudo recente de Mark et al. comparando a
angiografia por tomografia computadorizada com a técnica de ressonância
magnética mostrou que a primeira apresenta acurácia superior para a estimativa de
graus de estenose severa da artéria carótida, bem como na avaliação da doença
oclusiva. O estudo por ressonância magnética tende a sobreestimar o grau da
estenose. Além disso esta técnica pode delinear a presença de cálcio mural e
delimitá-lo do contraste luminal.
Em outro estudo recente, comparando a técnica angiográfica por tomografia com o
ultra-som com Doppler colorido, tendo a angiografia convencional como referência,
mostrou que o primeiro método apresenta ainda maior sensibilidade, especificidade e
valores preditivos quanto a quantificação de altos graus de estenose e distinção
desses de oclusão completa, o que é crucial já que o primeiro é passível de cirurgia
enquanto a oclusão completa é uma contra-indicação à mesma (Figura 6).
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
Fig. 6 Oclusão da artéria carótida interna esquerda. Tanto a técnica MIP (A)
como a VR (B) caracterizam de forma inequívoca a oclusão arterial. Compare com
o estudo angiográfico convencional (C).
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
Dissecção de carótida e outras doenças oclusivas não ateroscleroticas.
Aplicações:
A angio-CT pode também ser utilizada como modalidade não invasiva para o
controle evolutivo dos pacientes com dissecção arterial, e portanto guia para
tratamento adequado. Embora o ultra-som Doppler colorido possa mostrar a
recanalização e permitir análise do fluxo residual, sua aplicação é reservada na
porção superior do segmento cervical da artéria carótida interna, pela
impossibilidade de janela acústica adequada. A tomografia é também teoricamente
superior ao estudo por ressonância magnética na avaliação de aneurismas
associados com dissecção pela maior resolução espacial e ausência de artefatos
relacionados ao fluxo, embora a ressonância magnética permita melhor avaliação
arterial do segmento intra-ósseo na base do crânio.
Pacientes politraumatizados, com alta incidência de injúria vascular, também
podem ser avaliados por angio-CT. A tomografia helicoidal propicia avaliação
simultânea das estruturas vasculares, tecidos moles e insultos vertebrais neste
contexto.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
Vascularização intracraniana
1 – Aneurismas
Aplicações:
A angio-CT tem papel na detecção e caracterização de
aneurismas gigantes, na avaliação pré-cirúrgica ou de
tratamento endovascular nos pacientes que sofreram
hemorragia sub-aracnóide nas quais as condições clínicas
não permitam a realização do estudo angiográfico
convencional (Figura 8).
Aplicações:
Aplicações:
A angio-CT é de extrema utilidade no estágio agudo após a hemorragia
subaracnóide pois não requer cateterização arterial, é de realização rápida e pode
ser realizado imediatamente após o estudo tomográfico inicial para caracterização
da hemorragia. Estudos recentes mostram que esta técnica pode detectar até cerca
de 90% dos aneurismas associados a hemorragias subaracnóides.
A angio-CT pode, portanto, ser utilizada como técnica de triagem para detecção de
aneurismas em grupos de pacientes de alto risco como aqueles com história
familiar, doença policística renal do tipo adulto, síndrome de Marfam e Ehler Danlos,
displasia fibromuscular, coartação de aorta, doença de Takayasu e
neurofibromatose.
A angio-CT também é muito útil na avaliação pós-operatória de clipagem de
aneurisma, com respeito à detecção de aneurismas residuais, patência vascular e
posição do clipe em relação ao local desejado.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
Os estudos mostram uma sensibilidade que varia de 87 a 100% e especificidade de
50% a 100% para detecção de aneurismas intra-cranianos. O tamanho do
aneurisma e sua localização são os fatores determinantes mais importantes da
sensibilidade. A angio-CT tem sensibilidade alta para detecção de aneurismas
maiores que 5mm de diâmetro, habilidade semelhante ao estudo por angio-RM.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
2 - Malformação arteriovenosa
A utilização da angio-CT para avaliação de malformações arteriovenosas tem suas
limitações. Pode caracterizar as artérias nutridoras, nídus (lesão benigna) e veias
de drenagem embora informações detalhadas e, especialmente, a resolução
temporal não sejam satisfatórias para este fim. A maior utilidade desta técnica neste
contexto, é o planejamento durante a programação e seguimento de radiocirurgia
no tratamento desta patologia.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
3 - Infarto isquêmico agudo e estenose arterial intracraniana
A angio-CT é um método excelente para avaliação de patência vascular nos
infartos agudos. Provê informações diagnósticas importantes sobre o sítio de
oclusão arterial ou venosa, patência de circulação colateral além de possibilitar a
avaliação adequada do parênquima cerebral, focos de isquemia e zonas de baixa
perfusão (Figura 9).
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
Fig. 9 Oclusão da artéria cerebral média direita. Observe o sinal da rtéria densa
(A - seta) caracterizando trombo luminal. A técnica VR (B) permite a
caracterização da oclusão e de relações adjacentes enquanto a técnica MIP (C)
permite a caracterização da opacificação de ramos distais à oclusão por
recrutamento de vasos periféricos.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Aplicações:
4 - Venografia por Tomografia Computadorizada
Trombose do seio dural é uma entidade geralmente não suspeitada clinicamente por
sua variável apresentação clinica. O estudo venográfico por ressonância magnética é
atualmente a técnica de escolha para a avaliação diagnóstica e controle evolutivo
desta entidade. Entretanto, estudos recentes mostram que o estudo venografico por
tomografia computadorizada é superior ao realizado pela ressonância magnética na
identificação de veias cerebrais e caracterização adequada dos seios durais, com
sensibilidade ao menos equivalente em relação ao diagnóstico de trombose dural. O
estudo por tomografia, pode ainda diferenciar trombose de fluxo de baixa velocidade,
por vezes difícil com o estudo por ressonância magnética. É portanto, uma alternativa
como método diagnóstico, especialmente se o paciente não pode realizar estudo por
ressonância magnética ou quando seus achados são inconclusivos.
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Fig. 1
Fig. 2
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Documentação e pós-processamento
A documentação, deve incluir todos os principais vasos, utilizando ferramentas de
pós-processamento (VR, MIP, Reformatações MP etc.) evidenciando cada um em
sua melhor projeção.
Tronco
braquiocefálico
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
SUBCLAVIA ESQUERDA
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ARTÉRIA VERTEBRAL
DIREITA
ARTÉRIA VERTEBRAL
ESQUERDA
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TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO
CARÓTIDA ESQUERDA
COMUM
SUBCLAVIA ESQUERDA
CROSSA DA AORTA
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VERTEBRAIS
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CARÓTIDAS
PROJEÇÃO LATERAL
EXTERNA
INTERNA
COMUM
ANGIO CT INTRACRANIANA
VERTEBRAIS
ANGIO CT INTRACRANIANA
CEREBRAL
MÉDIA ESQ.
BASILAR
VERTEBRAL ESQ.
ANGIO CT INTRACRANIANA
CEREBRAL
POSTERIOR
BASILAR
ANGIO CT INTRACRANIANA
CEREBRAL
MÉDIA ESQ.
PROJEÇÃO LATERAL
VEIA DE GALENO
ALTERAÇÕES NORMAL
VERTEBRAL ESQ.?
VERTEBRAIS NORMAIS
VERTEBRAL DIR.?
ANEURISMA
ANEURISMA
Angio TC de artérias cervicais e intracranianas
Conclusão
1. Waugh JR, Sacharia N, Arteriographic complications in the DSA era. Radiology 1992;
182:243-246.
2. Herts BR, Baker ME, Davros WJ et al: Helical CT of the abdomen: Comparison of image
quality between scan times of .75 & 1 sec per revolution. AJR 1996; 167: 58-60.
3. Brain S Kuszyk, Norman JB Jr, Fishman EK. Neurovascular applications of CT
angiography. In CT angiography. Seminars in Ultrasound, CT & MR. 1998; 19: 394-403.
4. North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial collaborators. Beneficial effect
of carotid endarterectomy in symptomatic patients with high-grade carotid stenosis. N Eng J
Med 1991; 325: 445-453.
5. Castillo M, Wilson JD. CT angiography of the common carotid bifurcation. Comparison
between two techniques and conventional angiography. Neuroradiology 1994; 36: 602-604.
6. Marks MP, Napel S, Jordan J E et al. Diagnosis of carotid artery disease. Prelimiary
experience with maximum intensity projection spiral CT angiography. AJR 1993; 160: 1267-
1271.
7. Papp Z, Patel M, Ashtari M, et al. Carotid artery stenosis: Optimization of CT angiography
with a combination of shaded surface display and source images AJNR 1997; 18: 759-763.
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