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IMPORTÂNCIA DA ANGIOTOMOGRAFIA TORÁCICA NA ELUCIDAÇÃO DE

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
Importance of thoracic angiotomography in the eluction of pulmonary thromboembolism

Alexandre Moraes de Paiva Vieira, Carlos da Costa Carneiro, Gabriel Barbosa Cavalheiro, Jaqueline
Alvim de Mello, Juan Carlos Soares Vidal, Luciana Albernaz Malta
Universidade Nove de Julho
Av. Dr. Adolpho Pinto, 109 - Barra Funda, São Paulo - SP, CEP 01156-050, São Paulo, Brasil.

RESUMO

O tromboembolismo da artéria pulmonar (TEP) é uma complicação aguda ou crônica,

ocorrida em consequência da mobilização ou soltura de um trombo, formado no

sistema venoso profundo, com posterior alocação em região torácica, na artéria

pulmonar ou em suas ramificações, ocasionando redução ou cessação do fluxo

sanguíneo pulmonar para a área afetada. É uma patologia comum, apesar de nem

sempre identificada, em grande parte devido à inespecificidade de sua sintomatologia,

levando a demora na investigação diagnóstica; sendo necessário a divulgação e

conhecimento acerca do assunto. Sendo assim, o presente estudo discorre sobre a

importância da utilização da tomografia computadorizada na elucidação

do tromboembolismo da artéria pulmonar (TEP), como complemento padrão ouro de

exame, através das imagens da artéria pulmonar obtidas com contraste, apresentando

a falha de enchimento e fechando o diagnóstico, evitando procedimentos invasivos

potencialmente danosos e possibilitando a instituição da terapêutica adequada. A

pesquisa contém, também, breve apontamento sobre outros métodos diagnósticos e

tem por objetivo discutir as principais apresentações clínicas, bem como os

aspectos imagiológicos relevantes e tratamento adequado à patologia, através da

apresentação de estudo de caso, com inclusão de protocolo específico e técnica

adequada, em angiotomografia arterial pulmonar, para confirmação diagnóstica e

caracterização do êmbolo pulmonar.

Palavras-Chave: Angiotomografia Torácica. Tromboembolismo da Artéria Pulmonar.

TEP. Artéria Pulmonar.


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ABSTRACT

Pulmonary artery thromboembolism (PTE) is an acute or chronic complication that

occurs as a consequence of the mobilization or detachment of thrombus, formed in the

deep venous system, with posterior allocation in thoracic region, the pulmonary artery

or its ramifications, causing reduction or cessation of pulmonary blood flow to the

affected area. It is a common pathology, although not always identified, largely due to

the lack of specificity of its symptoms, leading to delays in the diagnostic investigation;

being necessary the disclosure and knowledge about the subject. Thus, the present

study discusses the importance of the use of computed tomography in the elucidation

of pulmonary artery thromboembolism (PTE), as a gold standard complement of the

examination, through images of the pulmonary artery obtained with contrast, presenting

filling failure and closing diagnosis, avoiding potentially harmful invasive procedures

and allowing the institution of appropriate therapy. The research also contains brief

notes on other diagnostic methods and aims to discuss the main clinical presentations,

as well as the relevant imaging and treatment appropriate to the pathology, through the

presentation of a case study, including a specific protocol and adequate technique, in

pulmonary arterial angiotomography, for diagnostic confirmation and characterization of

the pulmonary plunger.

Keywords: TEP; Thoracic Angiotomography; Pulmonary Artery. Pumonary Artery

Thromboembolism.

1. INTRODUÇÃO

O tromboembolismo venoso (TEV) inclui a combinação entre trombose venosa

profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP) [1]. O TEP é considerado

estatisticamente a condição cardiovascular mais comum após a doença arterial

coronariana e o acidente vascular cerebral [2]. O tromboembolismo da artéria

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pulmonar é uma lesão aguda da ou de seus ramos, sendo uma complicação aguda da

TVP. A literatura afirma que em 90% dos casos, o local de partida são as veias dos

membros inferiores a partir de tromboflebite, mas também podem originar-se no

sistema subclávio-axilar e nas veias renais [3,4,5].

A apresentação clínica do tromboembolismo pulmonar agudo não apresenta

um conjunto de sinais e sintomas específicos, mas alguns deles são: dispnéia,

taquipnéia, taquicardia, dor pleurítica, síncope, tosse e hemoptise. Podem ainda serem

utilizados testes diagnósticos auxiliares como a gasometria arterial para demonstrar a

hipoxemia e a hipocapnia, no entanto [5,6].

A angiografia pulmonar por tomografia computadorizada (CTP) mostrará

defeitos de preenchimento dentro da vasculatura pulmonar com êmbolos pulmonares

agudos. Quando a artéria é vista em seu plano axial, o defeito central de

preenchimento do trombo é cercado por um fino aro de contraste, que tem sido

chamado de sinal de Menta Polo [7,8].

O apoio cardiopulmonar contínuo é o tratamento inicial. Anticoagulação é forn

Tromboembolismo pulmonar agudo raramente pode ser detectado na TC de tórax sem

contraste como hiperdensidades intraluminais. Se os êmbolos forem grandes ou se

houver uma grande carga de coágulos, a trombólise é uma opção. Em alguns casos,

embolectomia ou colocação de filtros de veia cava é necessária [7,8].

2. METODOLOGIA

O presente estudo pauta-se em textos, do período de 2013 a 2018, retirados da

base de dados Scielo, e tem como critério de inclusão a busca dos textos mais

elucidativos, em conformidade com o caso clínico aqui apresentado. O mesmo

discorre sobre um relato de caso de um paciente do sexo masculino, com 55 anos de

idade, admitido para tratamento de manifestações clínicas e traumáticas na região

torácica, suspeitando-se assim de TEP, após envolvimento em acidente

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automobilístico, estando o paciente acamado, com fratura de membro inferior

esquerdo, na altura do platô tibial. Após a cirurgia, encontra-se em um quadro que

predispõem a formação de tromboembolismo, pois fraturas e estase sanguínea

compõem fatores precursores do trombo.

3. RESULTADOS

Angiotomografia Torácica com protocolo especifico para TEP, seria o primeiro

exame de imagem escolhido, para a elucidação do quadro patológico do paciente,

com uma alta sensibilidade e acurácia de até 92%, onde visa primordialmente o

estudo da artéria pulmonar e suas ramificações, pois 90% dos trombos se originam

dos membros inferiores, se soltam, viajam o corpo e se pararem na região torácica,

necessariamente será na artéria pulmonar e suas ramificações. Figura: 1,2,3 (A, B)

mostra a anatomia dos vasos torácicos sem a presença de nenhuma lesão, através de

uma angiotomografia torácica para estudo de TEP.

A B
Figura 1: Angiotomografia em corte axial mostrando artéria toracica,azul imagem (A), branca imagem (B).
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

A B
Figura 2: Angiotomografia corte coronal, imagem (A), corte sagital, imagem (B), ambas mostrando artéria
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio).

A B

Figura 3: Reconstrução 3D, artéria pulmonar. Imagem (A). Campos pulmonares. Imagem (B).
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

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Após paciente ter complicações em sua cirurgia, evoluindo para dor torácica e

dispneia, foi sugerido uma angiotomografia torácica, “um exame por tomografia com

administração dom meio de contraste da região dos vasos torácicos”, para melhor

avaliação diagnostica.

A angiotomografia foi realizada com 50ml de contraste, iodado não iônico,

através de uma bomba injetora, obtendo assim alto fluxo e uma administração em

bolus.

Através das imagens adquiridas tomograficamente, com cortes finos e uma alta

resolução do tórax, foram observadas falhas de enchimento de contraste no tronco da

artéria pulmonar e suas ramificações. Tais achados, em conjunto com o histórico

clínico do paciente, direcionaram o diagnóstico para TEP.

Quanto ao exame de imagem nota-se a importância da Tomografia

Computadorizada no protocolo para estudo de TEP, com uma alta acurácia.

Imagens abaixo refere-se ao exame solicitado para o paciente deste estudo de

caso. Evidenciando o trombo impactado na artéria pulmonar e seus ramos, mostrado

nas reconstruções das imagens. (Figuras 4, 5, 6 ).

Figura 4: Imagem axial evidenciando trombo no tronco da artéria


Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

Figura 5: Imagem Coronal mostrando o trombo através da falha de enchimento na artéria pulmonar
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio).

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Cortes tomográficos computadorizados do tórax foram obtidos antes e depois á

infusão endovenosa do meio de contraste iodado hidrossolúvel, possibilitando assim a

realização do protocolo para estudo de TEP.

Falhas de enchimento nas artérias pulmonares principais e seus ramos

lobares, caracterizando-se tromboembolismo pulmonar extenso, visto nas figuras (4, 5,

6), causando aumento do espaço morto alveolar, hiperventilação e hipoxemia.

Figura 6 :Imagem sagital mostrando falha de enchimento pelo meio de contraste nas artérias pulmonares
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio).

A B

Figura 7: Imagem (A) ramo lobar direito, Imagem (B) Ramo lobar esquerdo, da artéria pulmonar
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

Quadro 1: Protocolo técnico, utilizado na angiotomografia torácica.

REGIÃO ANATÔMICA TORAX


INDICAÇÃO TEP
Kv / mAs 120 / 250

ESPESSURA DE CORTE 1-2 mm


INCREMENTO IGUAL OU METADE (ESP)
EXTENSAÕ DA AQUISIÇÃO SUP. ÁPICE PULMONAR
EXTENSÃO DA AQUISIÇÃO CÚPULAS DIAFRAGMATICAS
INFERIOR
FASES DO EXAME SEM CONTRASTE
COM CONTRASTE
CONTRASTE 1,5 ml/Kg FASE ARTERIAL
FILTRO PARTES MOLES (STANDART)

Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

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Após utilização do protocolo técnico, teremos a aquisição das imagens, em
vários planos, obtendo assim uma gama de possibilidades de diagnostico, visto na
imagem abaixo

Figura 8: Imagem sagital e axial, evidenciando a falha de enchimento da artéria pelo contraste.
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio).

4. DISCUSSÃO

O TEP é definido por um trombo formado no sistema venoso que pode se

instalar na artéria pulmonar e suas ramificações, representa a terceira doença mais

letal do mundo. Seu diagnóstico é feito pelos exames de imagem, seus achados

radiográficos podem ser ausentes ou não específicos. A radiografia do tórax, tem valor

limitado no diagnóstico de embolia pulmonar. É usada para avaliar possibilidades

diagnóstica diferenciais, como pneumonia e pneumotórax, (imagem 9), e não para

diagnostico direto de embolia pulmonar.

Figura 9: Radiografia de Tórax mostrando grande pneumotórax, setas vermelhas pulmão colabado, setas
azuis o pneumotórax.
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio).

Sinais, sensibilidade e especificidade radiográficos de TEP incluem, sinal de

Fleischner, sinal de Hampton hump, sinal de Westmark, derrame pleural, sinal da Palla

e sinal de Chang. A radiografia é normal em 10% a 15% dos casos com diagnóstico

7
comprovado.

Feita com paciente em posição ortostática, com raio incidindo ântero-posterior

na altura de D7, e com a manobra de inspiração máxima.

Outras modalidades de exame, que podem ser utilizadas para diagnóstico de

TEP, muito executadas no passado, são: cintilografia e angiografia pulmonar. No caso

da cintilografia, somente 1/3 dos pacientes que realizam exame apresentam

possibilidade de confirmação de diagnóstico conclusivo, além deste não estar

disponibilizado diariamente em nosso país, o que limita e inviabiliza sua realização

para diagnóstico de TEP. Já a angiografia pulmonar, que chegou a ser método padrão

para diagnóstico de tromboembolismo pulmonar, é atualmente pouco utilizada,

também devido à dificuldade de disponibilidade na rede de saúde, e, principalmente,

por ser um método invasivo, sendo substituída pela tomografia computadorizada, com

a chegada dos equipamentos helicoidais em meados dos anos 90. Estes

equipamentos tornaram-se padrão para diagnóstico de TEP, após a chegada dos

aparelhos multidetectores.

A Angiotomografia Torácica com protocolo para TEP, tem sido o exame de

escolha inicial para o diagnóstico, com alta acurácia e sensibilidade até 95% e elevada

eficaz nos casos elucidativos de embolia pulmonar, centrais, nos ramos arteriais de

segunda ordem e quarta ordem.

O movimento respiratório e os artefatos de strike, leva a perca significativa da

continuidade das artérias subsegmentares, resultando em dificuldade de interpretação.

Cortes finos de até 0,5 mm com alta resolução espacial, varreduras caudel-cranial,

matriz 512x512, colimação correta, fluxo alto de contraste, são alguns parâmetros

fundamentais para um excelente exame.

A dinâmica do meio de contraste simultâneo com a bomba injeto é

fundamental, pois uma aquisição fora do tempo correto prejudica totalmente o exame

ficando com baixa qualidade. Quando falamos de baixa qualidade, o exame ficou todo
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contaminado, realçando a veia cava, artéria pulmonar e artéria aorta (figura 10).

Exames bom, normais temos contaminação só da veia cava (figura 11). Exames

Excelente não temos contaminação nenhuma (figura 12), sendo só a área de estudo

esta com o pico máximo de contraste, Artéria pulmonar e suas ramificações.

Figura 10: Angiotomografia Torácica, protocolo (TEP), baixa qualidade, exame todo contaminado, pico
máximo de contraste na veia cava, artéria pulmonar e artéria aorta.
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

Figura 11 : Angiotomografia Torácica protocolo (TEP), boa qualidade, exame parcialmente


contaminado, pico máximo de contraste na veia cava e artéria pulmonar.
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

Figura 12: :Angiotomografia Torácica protocolo (TEP), ótima qualidade, sem contaminação, pico
máximo de contraste só na área de interesse (Artéria Pulmonar e segmentações).
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

O Diagnóstico de TEP na angiotomografia torácica, é baseado na visualização

de falhas de enchimento, do tronco da artéria pulmonar ou suas seguimentações.

Trombo quando é visto central, mostra um defeito central redondo hipoatenuante

circulado pela hiperatenuação momentânea pelo contrasta, conhecido pelo sinal da

“rosca”, quando trombo for visto mais segmentar, perifericamente, linear intramural

delineado por contraste, conhecido como sinal do “trilho do trem”.

9
A B
Figura 13: Imagem (A; B), visualizando falha de enchimento parcial redondo, em cortes axiais,
circundada por contraste, caracterizando o sinal da “Rosca”.
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

Figura 14: Imagem corte axial, evidenciando trombo ao longo do seu eixo, com falha de enchimento
intraluminal linear delimitado por contraste, conhecido pelo sinal do “trilho do trem”.
Fonte: Juan Vidal (Arquivo Próprio)

O tratamento para TEP consiste em medidas gerais de suporte, fornecimento de

oxigênio suplementar, uso de antigoagulantes injetáveis e/ou orais, trombolíticos,

procedimentos cirúrgicos (tromboembolectomia, troboendarterectomia), de acordo com

critério médico.

5. CONCLUSÃO

Diante da dificuldade proveniente da inespecificidade de sinais e sintomas,

gerando demora na investigação e fechamento de diagnóstico, com possibilidade do

paciente vir à óbito rapidamente, faz-se imprescindível o conhecimento profissional

acerca dos exames diagnósticos.

Ressalta-se a importância do uso da angiotomografia com protocolo especifico

e técnica adequada, para confirmação diagnostica e caracterização do êmbolo

pulmonar através da falha de enchimento, auxiliando no planejamento, melhorando

abordagem e evitando assim diagnósticos inconclusivos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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