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Epidemiologia
o Homens (56/100.000) X mulheres (48/100.000)
o >75 anos (500/100.000)
o Variam desde quadros assintomáticos a quadros fatais.
o Intrinsicamente ligada à trombose venosa profunda (TVP) – 79%
o 250 mil óbitos/ano (EUA e Europa) esse número é subestimado
Fatores de risco
o Tríade de Virchow: estase venosa, lesão endotelial e estado de
hipercoagulabilidade (hereditária ou adquirida).
Procedimentos invasivos
Traumatismos não cirúrgico e cirúrgico (principalmente cirurgias
ortopédicas) são maiores e mais grosseiras e, por isso, maior
risco de embolia).
> 40 anos aumenta a chance de varizes em MMII (estase
venosa)
TEV prévia
Imobilização (voos/acamados)
Neoplasia (pulmão, pâncreas, TGI, próstata) tanto por
embolia pelas células cancerígenas que caem na corrente
sanguínea, quanto por substâncias liberadas por células
cancerígenas que propiciam o coágulo sanguíneo.
ICC
IAM
Paralisia MMII
Obesidade
Parto
Veias varicosas
Gravidez e puerpério
Uso de estrogênio (TRH e ACO)
DPOC
Distúrbios de coagulação (trombofilia)
Tabagismo
Lembrar que pacientes com cateter venoso central tem maior risco de gerar um
êmbolo em MMSS.
Fisiopatologia
o Via intrínseca e extrínseca da coagulação via comum formação do
coágulo.
o Equilíbrio entre fatores de coagulação e anticoagulantes (em uma
cascata normal) não deixa formar trombo/êmbolo.
o Quando há formação de trombo, ele pode se desprender (formando um
êmbolo) e, quando chega na corrente sanguínea pulmonar (que é mais
fina – menor calibre) há uma interrupção total ou parcial do fluxo
sanguíneo arterial, gerando repercussões respiratórias e
hemodinâmicas (a depender do tamanho e local da obstrução). Soma-se
à esse processo, a liberação de vasoconstritores (serotonina) no local
impactado pelo trombo, além da vasoconstrição reflexa da artéria
pulmonar.
Classificação
o É mais didática, na prática é difícil essa distinção!
o TEP menor ou não maciço
o Submaciço
o Maciço
Geralmente necessita de trombólise ou embolectomia +
anticoagulação regular
Área arterial acometida > 50%
Maior gravidade (devido a obstrução e hipoxemia considerável)
Clínica
o É extremamente variável dificuldade em diagnosticar!
o Existem vários estudos que apontam diferentes manifestações:
o Tríade mais comum (97% dos pacientes possuem pelo menos 1 dos 3):
Dispneia
Taquipneia
Dor torácica
o Escore de Wells e de Genebra
Úteis para nos orientar sobre em quais pacientes devemos
investigar TEP (probabilidade de TEP)
Existem vários outros
A qualidade dos dois é muito boa e muito semelhante
A vantagem do escore de Wells é que ele tem menos perguntas
(mais rápido em emergências)
o Índice de gravidade
Já existem aplicativos que fazem essa conta pra gente!
Diagnósticos diferenciais
Exames complementares
o Exames mais acessíveis e inespecíficos:
Hemograma e bioquímica
Leucocitose
VHS, LDH e AST aumentados
Dímero D sempre gera uma confusão
Produto de degradação da fibrina
Positivo (alteração): > 500ng/mL (>50 anos o valor altera
VR: idade x 10ng/mL)
Normal: < 500ng/mL
o Ele não mostra que o paciente está com TEP, mas
mostra se o paciente NÃO está com TEP (alto
valor preditivo negativo) se o D-dímero vier
normal, podemos praticamente excluir a hipótese
de TEP.
Gasometria arterial
Hipoxemia
Hipocapnia
Alcalose respiratória
Troponinas cardíacas
Ajudam no prognóstico e NÃO no diagnóstico se
estiver alterada, indicam mau prognóstico (alteração de
ventrículo direito)
Peptídeo natriurético cerebral (BNP)
Mesma função das troponinas mau prognóstico!
Eletrocardiograma
Taquicardia
Padrão S1Q3T3
o Não é tão frequente quanto a taquicardia e nem é
patognomômica, porém quando está presente é
fortemente sugestiva de TEP.
Ecocardiograma
Disfunção de VD mau prognóstico
o A função desse exame é justamente verificar
como está a condição do VD; raramente
conseguiremos ver o trombo nas câmaras
cardíacas.
Trombo arredondado no AD sobre a válvula tricúspide
(seta)
o Exames de imagem
Radiografia de tórax
Apesar de não ser um exame tão valioso e detalhado
quanto a tomografia, mas nos dá alguns indícios
indiretos:
o Artéria pulmonar direita dilatada (vemos uma
imagem mais hipodensa – esbranquiçada) = Sinal
de Pallas.
o Dilataç
ão e
o Sinal de
Angiotomografia de tórax
É uma TC (excelente pra ver o trombo!)
Angioressonância magnética
Era muito utilizada (mostra o desenho da árvore
brônquica e os locais de obstrução)
Cintilografia pulmonar ventilação/perfusão
Indica a área de parênquima mal perfundida e ventilada.
Áreas esbranquiçadas são as áreas que não estão bem
perfundidas (circulação não está adequada) – 2ª e 4ª
coluna
1ª e 3ª coluna mostram áreas com ventilação normal
Ultrassonografia de MMII (duplex-scan)
Não demonstra o TEP diretamente, e sim faz o
diagnóstico do tromboembolismo venoso.
o Se verificarmos um trombo em MMII (localização
mais comum), é bem provável que ele tenha
deslocado, tornando-se um êmbolo gerando o
quadro respiratório do paciente.
Arteriografia pulmonar
É o padrão ouro!!!
Falha de enchimento ou interrupção abrupta de um vaso
(é bem visível, fácil de ser identificada)
Alto custo e nem todo serviço tem disponível
Tratamento
o Iniciar o mais breve possível.
o A anticoagulação depende da gravidade e das condições clínicas do
paciente.
o 1º passo na abordagem do paciente suspeito realizar escore de Wells
ou de Genebra
Se probabilidade baixa: fazemos d-dímero (se normal, excluímos
TEP; se alterado, continuamos a investigação).
Se fechamos o diagnóstico com exame de imagem (exemplo:
angio TC) fazemos uma análise no paciente: tem choque ou
hipotensão?
SIM: fazer tratamento com heparina não fracionada EV
imediatamente + terapia trombolítica + analisar
necessidade de embolectomia cirúrgica
NÃO: anticoagulação com heparina de baixo peso
molecular (HBPM)
Adicionalmente, devemos fazer anticoagulação oral:
Rivaroxabana 15 e 20mg: 15mg por 3 semanas seguido
de 20mg 24/24h
o Entra no grupo de novos anticoagulantes: não
precisamos acompanhar RNI (marcador de
coagulação – deve ficar sempre entre 2-3)
Dabigatrana 150mg: 1cp 12/12h
Fondaparinux: semelhante à HBPM
Warfarin: antagonista de vit K (RNI entre 2-3 por 6
meses)
o Disponível no SUS e é mais barato!
o Acompanhar o paciente semanalmente com RNI
Trombolíticos
Pacientes graves hemodinamicamente
Ficar atento às contraindicações!!