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INTRODUÇÃO
- A dor torácica pode se originar de diversas estruturas:
- A nível ambulaltorial, a maior causa de dor torácica é a - Nos serviços de emergência, predominam dor torácica de
doença musculoesquelética, principalmente a costocondrite. A causa cardiovascular (54%) e dor de causa pulmonar (12%)
esofagite é a segunda mais frequente, logo depois vem as
causas cardíacas
CARACTERIZAÇÃO DA DOR
- Deve-se caracterizar a intensidade, qualidade, localização, irradiação, relação temporal, os fatores desencadeantes e de alívio e os
sintomas associados escalas de dos para avaliar a evolução do sintoma em um mesmo paciente
- A dor de isquemia miocárdica pode se irradiar para o pescoço, a mandíbula inferior, o ombro e o membro superior. A colecistite
aguda pode se apresentar com dor no ombro, embora a situação mais comum seja que o paciente apresenta simultaneamente dor
no quadrante superior do abdome. Dor torácica que se irradia entre as escápulas pode se dever à dissecção aórtica. O modo de
aparecimento da dor e a evolução temporal desta também são úteis no diagnóstico diferencial. Pneumotórax, embolia pulmonar e
dissecção aórtica são eventos que se iniciam abruptamente. A dor isquêmica tem início mais gradual. A dor esofágica geralmente tem
início mais fraco e vai aumentando com o passar do tempo. Na dor funcional ou musculoesquelética, o início é mais vago. A dor
pleurítica piora com a respiração e pode ser exacerbada pela tosse ou pelo decúbito horizontal. A dor aliviada com a movimentação
do tórax para frente sugere pericardite
Classificação
- As dissecções aórticas são classificadas anatomicamente. O
uso do sistema de classificação de DeBakey é o mais amplo.
Tratamento
- Aspirina 1 g VO 6/6h ou;
- Ibuprofeno 600-800 mg VO 6/6 h ou;
- Naproxeno 250-500 mg VO 12/12h
- Caso não melhore, deve-se considerar o uso de corticoides
prednisona 1 mg/Kg/dia por 1-2 meses
Tratamento
Sinais e sintomas - UTI
- Dor precordial ou interescapular excrucinante migra pela - Controle agressivo da PA manter abaixo de 110
extensão da dissecção. Difere da SCA por ser uma dor de início
muito forte Betabloqueadores
- síncope - Metoprolol, 5 mg, IV, até 4 doses, com intervalos de 15
- Sinais autonômicos: palidez cutânea e sudorese min
- AVC, IAM, Infarto intestinal, parapesia ou paraplegia - Esmolol 50 a 200 μg/kg/min, por infusão IV constante
interrupção do suprimento sanguíneo à medula espinal ou - labetalol (bloqueador alfa e beta-adrenérgico), 1 a 2
isquemia de um membro em virtude de oclusão arterial distal mg/min, por infusão IV constante até que a PA seja
aguda controlada ou até a dose total de 300 mg
- déficits parciais ou completos dos principais pulsos arteriais
- Diferença de PA nos membros Nitratos sempre em associação com BB
- Soro de insuficiência aórtica - nitroprussiato, por infusão IV constante, a 0,2 a 0,3
- Derrame pleural esquerdo μg/kg/min, e titulado progressivamente (em geral 200 a
300 μg/min), conforme necessário para controlar a P
Complicações
- Ruptura da aorta para o saco pericárdico tamponamento
- Hemotórax
- Déficits neurológicos
- Paraparesia ou paraplegia
- Isquemia MMSS
- IAM
- Lesão renal
Diagnóstico
- História clínica típica
- Pulsos e PA assimétricos
- RX tórax alargamento do mediastino e derrame pleural a
esquerda
- Se a radiografia de tórax sugerir dissecção, após a
estabilização do paciente, efetua-se, imediatamente, ETE e
ARM ou angiografia com TC. Os achados de retalho de íntima
e lúmen duplo confirmam a dissecção
- Se a cirurgia for considerada, a aortografia contrastada é uma
opção. Além de identificar origem e extensão da dissecção,
gravidade da insuficiência aórtica e extensão do
comprometimento dos principais ramos da aorta, a aortografia
ajuda a determinar se há necessidade de cirurgia de
revascularização miocárdica simultânea
PNEUMOTÓRAX EMBOLIA PULMONAR
- Acúmulo de ar na cavidade pleural lesão da pleura visceral
com escape aéreo pelo parênquima pulmonar adjacente é a Etiologia e fisiopatologia
etiologia mais comum - Geralmente é resultado da interação entre fatores de risco
do paciente: cirurgia, trauma, imobilização, internação por
Classificação doenças agudas, estados de hipercoagulabilidade (fator V de
- Espontâneo ocorre de maneira abrupta, sem traumatismo. Leiden, mutação do gene da protrombina, deficiência de
Pode ser primário (sem doença de base) ou secundário (com proteína C, deficiência de proteína S, etc), doenças
doença pulmonar de base) autoimunes, síndrome do anticorpo antifosfolípide e
- Adquirido em decorrência de traumatismo ou iatrogênico trombocitopenia induzida por heparina
- Há uma forte associação entre câncer e EP, principalmente:
Sinais clínicos e exame físico hematológico, pulmão, SNC pâncreas e do TGI
- Sinais aparecem de maneira súbita
- Dispneia
- dor torácica intensa e localizada no hemitórax afetado, sendo
do tipo pleurítica
- Redução da expansibilidade do hemitórax acometido
- Redução do MV, com timpanismo à percussão
- Exame físico pode ser normal em pneumotórax leves
- RX ou TC pode confirmar o diagnóstico
D-dímeros
- Os D-dimeros são produzidos quando a enzima plasmina
inicia o processo de degradação de um coágulo (fibrina)
- Os D-dlmeros são muito sensíveis, mas pouco específicos,
sendo indicados somente no paciente com baixa ou média
probabilidade de EP (um D-dímeronormal não descarta EP no
paciente classificado como de alta probabilidade) devem
ser solicitados somente para os pacientes com baixa ou
moderada probabilidade de EP no pré-teste NÃO TEM
VALOR EM PACIENTES COM ALTA PROBABILIDADE
- Recomenda-se a utilização do método ELISA para sua
Manifestações clínicas determinação
- Dor torácica (pleurítica ou não)
- Dispneia
- Síncope
- Tosse (com ou sem hemoptise)
- Ansiedade
Cintilografia pulmonar ventilação-perfusão
- Taquipneia
- Benéfico em pacientes jovens (pelo risco de ca de mama),
- Taquicardia
grávidas, história de anafilaxia com contraste, DRC e pacientes
- Edema assimétrico em membro inferior
com mieloma e paraproteinemia
- Distensão venosa jugular
- Achados sugestivos de hipertensão pulmonar: B2
Tomografia multidetector de tórax
hiperfonética, sopro tricúspide
- Permite melhor visualização das doenças que simulam EP
- Hipotensão ou choque
- Possibilita a visualização direta do êmbolo
Avaliação da probabilidade pré-teste
US de veias de membros inferiores
- Todos os pacientes com suspeita de TE devem ser avaliados
- exame barato, disponível, não invasivo, não usa iodo ou
com escores de probabilidade antes de solicitar os exames de:
substâncias IV,sem radiação e pode ser repetido várias vezes
D-dímeros, mapeamento V/Q, tomografia, US/doppler ou
- O único critério diagnóstico validado é a incompleta
arteriografia recomendam-se os escore de WELLS ou de
compressibilidade da veia em fossa poplítea e região inguinal
GENEBRA MODIFICADO
(USG de 4 pontos), que indica a presença de um coágulo o
achado de um trombo em veias proximais de MMII é suficiente
para indicara anticoagulação em um paciente com suspeita de
embolia
Arteriografia pulmonar
- Já foi o padrão ouro, entretanto é um exame invasivo, com
risco de complicações
Ecocardiograma
- Embolia aguda pode levar a sobrecarga e disfunção de VD, o
que permite ser detectada pelo ecocardiograrna
1. Rápida avaliação da probabilidade pré-teste
2. ECG e RX tórax imediato (diagnóstico diferencial)
3. Ecocardiograma disfunção de VD
4. US veias de MMII corroborar o iagnóstico
5. TC é uma opção de o paciente estiver estabilizado
Estratificação de risco da EP
- Uma vez diagnosticada a EP, os pacientes devem ser avaliados quanto à gravidade do evento, ou seja, do risco de morte precoce
O escore mais estudado é o índice de gravidade da embolia pulmonar (PESI: Pulmonary Embolism Severity Index), e sua versão
simplificada
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
FISIOPATOLOGIA
- A primeira consequência da isquemia é a “cascata
isquêmica”, que se inicia após a oclusão coronariana, é o
déficit contrátil acinesia e discinesia
- A disfunção diastólica é mais precoce e mais comum que a
disfunção sistólica pode ocasionar aumento da pressão de
enchimento do VE e consequente congestão pulmonar
surge B4, a qual reflete a disfunção diastólica
- A necrose se inicia no subendocárdio (em 30 minutos), e se
estende para a periferia em média de 6 a 12 horas
Necrose subendocárdica infra ST
Necrose transmural supra ST
CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
- História clínica
- ECG
- “Curva enzimática”
ECG
- Obrigatório. Deve ser interpretado em menos de 10 minutos
- Indica IAM supradesnível de ST ou novo BRE
- Deve-se repetir o ECG a intervalos curtos (5-10 minutos) em
todo paciente com ECG normal que continua sintomático
Curva enzimática
- As sugeridas são: Troponinas cardioespecíficas e CK-MB
massa
CK-MB – seus níveis séricos aumentam a partir de 4-
6h do início do evento, atingindo pico em torno de 24
h e voltando ao normal em 36 a 48 horas
Troponinas – elevam-se 4-8 h após o início dos
sintomas, atingindo pico em 36-72 horas, com
normalização após 5-14 dias ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
- Todo paciente com SCA deve ser estratificado quanto ao risco
de complicações cardíacas escore TIMI
Quantificação do infarto
- O ecocardiograma bidimensional é o melhor exame para
quantificar e localizar a extensão do infarto
- Traz outras informações: função ventricular diastólica e
sistólica e complicações mecânicas (Insuficiência mitral, CIV,
aneurisma, etc)
Cineangiocoronariografia
- Este exame deve ser realizado não somente visando instituir
um procedimento de revascularização, mas determinar o grau
de comprometimento das artérias coronárias e estabelecer a
presença e extensão do dano miocárdico
- Deve ser realizada previamente ICP primária, visando excluir
acometimento do tronco da coronária esquerda; quantificar a
extensão do acometimento coronário; avaliar a presença de
TRATAMENTO INICIAL
Oxigênio
Caso SatO2 < 94% é mandatório fornecer
oxigênio suplementar (O2 a 100% por meio de
máscara ou cateter nasal, a 2-4 L/min. Caso a
hipoxemia seja refratária, usa-se o suporte
ventilatório com pressão positiva, através de
ventilação não invasiva ou intubação
orotraqueal
O uso de nitratos não deve ser feito em pacientes com pressão sistêmica < 90 mmHg ou queda > 30 mmHg
em comparação ao basal, bradicardia ou taquicardia, infarto do VD ou naqueles que tenham usado inibidores
da fosfodiesterase para disfunção erétil nas últimas 24 a 48 horas.
Reduzem a FC e a PA, além dos casos de fibrilação e morte súbita
Na ausência de cotraindicações, todos os pacientes devem fazer seu
Betabloqueadores uso imediatamente (via oral) e não se faz seu uso em caso de
presença de fatores de risco de choque nas primeiras 24 h:
Metoprolol 50 mg VO 6/6 h no primeiro dia, seguindo-se por
100 mg VO 12/12 h em diante
- O uso precoce de um IECA por via oral e seguro e eficaz. Recomenda-se que o agente seja iniciado dentro
das primeiras 24 horas de evolução, normalmente após o termino da terapia de recanalização miocárdica
(química ou mecânica), tão logo a pressão arterial esteja estabilizada iniciar com dose pequena e ajustar a
cada 24 horas
IECA
Estatinas
TERAPIA DE REPERFUSÃO
Trombolíticos ICP
- Existem três trombolíticos disponíveis: - É a estratégia mais eficaz prefere-se a angioplastia primária
Estreptoquinase (SK) – não fibrinoespecífico em vez de trombolíticos se esta puder ser feita em até 90 min
Alteplase (rtPA) após os diagnóstico
Tenecteplase (TNK)
- Preferência pela via transradial
- São mais eficazes quanto mais precoce for sua administração
(primeiras 3 horas) - Se não houver fatores de iviabilidade, sempre deve ser
- As principais colocados Stents, os quais são:
contraindicações são: Convencional
AVC hemorrágico e Farmacológicos diminuem a epitelização e
outras hemorragias aumentam a durabilidade da patência vascular
maiores não cerebrais. - Após o seu implante, é obrigatório a dupla antiagregação
A SK pode causar
plaquetária até que o processo de reepitelização se complete,
também hipotensão
arterial aguda e alergia após o qual o paciente poderá ser mantido apenas com o AAs