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Cardiológica
INTRODUÇÃO – Coração: a área
de projeção do coração tem uma
forma mais ou menos oval, cujos
limites são visualizados na figura.
Inspeção Torácica: Tórax
Chato – diâmetro ântero-
posterior reduzido, comum nos
indivíduos longilíneos. Tórax em
Tonel ou Barril – aumento do
diâmetro ântero-posterior, que
se iguala ao transversal.
Observado em pacientes
enfisematosos e alguns idosos
hígidos. Tórax Infunfibuliforme –
depressão acentuada no terço
inferior do esterno (pectus
excavatum) – congênito ou
adquirido (raquitismo). Tórax
Cariniforme – oposto do anterior,
pois uma saliência em forma de peito de pombo (pectus carinatum) ou quilha de navio.
Congênito ou adquirido (raquitismo). Tórax Piriforme (em Sino) – a porção inferior alarga-
se como um sino. Está presente nas grandes hepatomegalias e nas ascites volumosas.
Tórax Cifótico – dado pelo encurvamento posterior da coluna torácica. Tórax Escoliótico –
assimétrico por desvio lateral. Tórax Cifoescoliótico – alteração cifótica somada à
escoliose. Tórax Instável Traumático – fratura de costelas em pelo menos dois pontos.
Movimentos respiratórios paradoxais – movimento do tórax para dentro na inspiração e
para fora na expiração – dificultam gravemente a respiração.
Ictus Cordis – nos mediolíneos o ápice do coração fica no cruzamento entre a linha
hemiclavicular esquerda e o 4o e 5º EICE. Um deslocamento do ictus geralmente
representa hipertrofia ou dilatação no ventrículo esquerdo, mas pode ser fisiológico,
dependendo do biótipo. Extensão: medida pela quantidade de polpas digitais necessárias
para cobri-lo. Intensidade: avaliada pela palpação com a palma da mão. Ponto de Impulso
Máximo: pesquisado com o paciente sentado. Em 30% dos indivíduos não é palpável nas
posições sentada e em pé – o paciente precisa ser colocado em decúbito lateral esquerdo.
Deslocamento: se não houver variação do ictus cordis (1 a 2cm) nas diferentes posições,
suspeita-se de sínfise pericárdica.
Bulhas Cardíacas: Primeira Bulha (B1) – corresponde ao fechamento das valvas mitral e
tricúspide, nessa seqüência – em 50% nos indivíduos é possível ouvir a dissociação tênue
dos dois sons. Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. Seu timbre é grave e a
duração é maior do que a 2ª bulha (TUM).
Segunda Bulha (B2) – corresponde, nesta ordem, ao fechamento das valvas aórtica e
pulmonar. O primeiro componente é ouvido em toda a região precordial, mas o segundo
apenas na área do FP. Na expiração, ambas as valvas se fecham sincronicamente e o ruído
é única. Na inspiração, por causa do maior afluxo sangüíneo ao coração direito, a sístole
demora mais desse lado, e o componente pulmonar retarda-se tanto que é possível
perceber-se os dois ruídos dissociados. A segunda bulha é mais aguda e seca (TÁ) – (TLÁ
se está desdobrada). É mais audível nos focos da base, porque é ali que se originam.
Terceira Bulha (B3) – é um ruído protodiastólico de baixa freqüência, que se origina das
vibrações produzidas pela distensão da parede ventricular subitamente distendida pela
corrente sangüínea que penetra a cavidade durante o enchimento ventricular rápido.
Normalmente ouvida em crianças e adolescentes, sendo mais audível na área mitral, em
decúbito lateral esquerdo.
Quarta Bulha (B4) – ruído débil que ocorre no fim da telediastóle e pode ser ouvido em
condições normais em crianças e adultos jovens. Origina-se pela brusca desaceleração do
fluxo sangüíneo, mobilizado na contração atrial, de encontro à massa sangüínea já
presente no interior dos ventrículos, no fim da diástole. Também causada por redução da
complacência do ventrículo esquerdo, fisiológica em idosos.
(1) Ritmo e Freqüência: Ritmo – havendo duas bulhas é binário; havendo três, o ritmo
é dito em tríplice. Alterações do ritmo são ditas arritmias. Freqüência – número de
batimentos durante um minuto inteiro, que deve ser comparado com o número de
batimentos do pulso radial para a pesquisa de déficit de pulso.
(3) Alterações das Bulhas: PRIMEIRA BULHA Intensidade – deve ser avaliada nos
focos mitral e tricúspide. Condições que diminuem o enchimento ventricular – taquicardia,
hipertireoidismo e extra-sístoles – acompanham-se de hiperfonese da 1ª bulha, porque a
contração vai se iniciar quando as valvas estiverem baixas. Timbre e Tonalidade – na
estenose mitral, as valvas se tornam rígidas pela fibrose, e as bulhas adquirem tonalidade
aguda e timbre metálico. Desdobramento (TLUM) – fisiológico em 50% dos casos. Caso
seja muito amplo, provavelmente se deve a bloqueio de ramo direito. Mascaramento –
pode ocorrer nos sopros sistólicos de regurgitação.
(4) Ruídos: CLIQUES E ESTALIDOS Estalidos Diastólicos – ocorrem nas estenoses das
valvas mitrais e tricúspides, e, mais raramente, na comunicação interatrial e na
insuficiência mitral. Estalidos Proto-Sistólicos (Aórtico e Pulmonar) – são os ruídos de
ejeção causados pelas vibrações das paredes dos vasos. Estalidos Mesossistólicos e
Telessistólicos – o dito clique sistólico é causado por uma brida pericárdica /
pleuropericárdica ou pelo prolapso da válvula mitral / tricúspide.
Aspectos Clínicos – Momento: os sopros nem sempre ocupam toda uma fase, por isso são
divididos em proto, meso e telessistólicos / telediastólicos. Localização: foco onde é ouvido
com maior intensidade. Irradiação: alguns são auscultados além do seu foco principal,
porque o sopro irradia – obedecendo ao fluxo sangüíneo. Na estenose aórtica, por
exemplo, ele é auscultado até a base do pescoço. Timbre e Tonalidade: definem a
qualidade do sopro – podem ser suaves, rudes, musicais, aspirativos, em jato de vapor,
granulosos, piantes e em ruflar. Intensidade: + - muito suave, por isso o examinador só o
ouve concentrado; ++ - baixo, mas é auscultado imediatamente após a colocação do
estetoscópio; +++ - moderadamente intenso; ++++ - intenso associado a frêmito;
+++++ - muito intenso, com frêmito, pode ser ouvido com a ponta do estetoscópio;
++++++ - tão intenso que pode ser auscultado com o estetoscópio levemente afastado
do tórax.
A) SOPROS SISTÓLICOS
Achados Clínicos - paciente com bom estado nutricional e mal estado geral, nas primeiras
fases da doença. Depois, gradativamente, os pacientes ficam desnutridos. O peso,
contudo, tende a aumentar, devido à retenção de líquidos (edema simétrico e
gravitacional). A taquicardia sinusal é outro achado comum, que tendam manter o DC
adequado. É comum também o pulso alternante. A hiperatividade do simpático – causa
frieza, palidez e sudorese nos membros inferiores. B3 e B4 são freqüentemente audíveis.
Estertores pulmonares finos nas bases pulmonares são os mais precoces sinais de
congestão pulmonar. Asma cardíaca – broncoespasmo nos portadores de afecções crônicas
nos brônquios, provocando respiração sibilante e prolongamento da expiração – é outro
sinal comum.
b) Crônica e Aguda – aguda é aquela dos pacientes hígidos que desenvolvem uma
anormalidade cardíaca anatômica ou funcional. Normalmente não há edema, pelo tempo
de evolução curto. A IC crônica por outro lado, é caracterizada pelo edema periférico.
c) Baixo e Alto Débito – a IC de baixo débito é marcada pela baixa perfusão periférica,
vasoconstrição sistêmica, frio, palidez, cianose de extremidades e pulso filiforme. Na
outra, embora o DC esteja aumentado, é menor do que o paciente apresentava antes do
aparecimento da doença. Esse paciente mostra-se, todavia, com as extremidades quentes.