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Discente: Narah Berthyse Barbosa

SUMÁRIO
Semiologia do Sistema Respiratório 1
Classificação dos movimentos respiratórios 1
Ausculta 2
Classificação dos sons pleuropulmonares 2
Sons normais 2
Sons anormais 3
Síndromes respiratórias 3
Síndromes brônquicas 3
Asma brônquica 4
Bronquite 4
Bronquiectasia 5
Broncopneumonia 5
Síndromes pulmonares 6
Consolidação pulmonar 6
Atelectasia 6
Síndrome de rarefação parenquimatosa - Enfisema 7
Congestão 7
Escavações 7

1) Semiologia do Sistema Respiratório

Classificação dos movimentos respiratórios

Tipos:
● Costo abdominal: na inspiração aumenta simultaneamente os diâmetros do tórax e
do abdómen e,inversamente, diminuem na expiração (NORMAL).
● Costal anterior: só o tórax está ativo nas 2 fases respiratórias, os movimentos
respiratórios realizam-se à custa da variação e diâmetro do tórax, sendo inalterável a
variação de diâmetro do abdômen.
○ É possível observar esse fenômeno em processos dolorosos do diafragma ou
devido a um obstáculo ao movimento diafragmático.
■ Ascite, peritonite, neoplasias, gestação, ruptura ou abscesso.
● Diafragmática ou abdominal: os movimentos respiratórios realizam-se
essencialmente às custas da variação de diâmetro do abdômen.
○ É visto nas alterações dos músculos intercostais, processos dolorosos da
pleura e em enfisema pulmonar.
Frequência:

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● Taquipneia/polipneia: respiração rápida e superficial;
● Hiperpnéia: respiração rápida e profunda;
● Bradipnéia: respiração lenta, sem alteração da amplitude
● Apneia: ausência de respiração

Modo:
● Eupnéia: respiração fácil e inconsciente
● Dispneia: respiração forçada e consciente, causando desconforto evidente, ou seja,
dificuldade para respirar. Pode ser:
○ Inspiratória: típica patologia das vias aéreas superiores, ex: colapso de
traqueia; edema de glote;
○ Expiratória: típica patologia das vias aéreas inferiores, ex: enfisema pulmonar;
bronquite alérgica; pneumonias.
○ Indeterminada ou mista: acontecem em lesões compressivas, ex: neoplasias,
hernia diafragmática, derrame pleural, pneumotórax.

Ausculta

O paciente deve estar com tórax


despido e respirar pausada e
profundamente, com a boca aberta,
sem fazer ruído.

Classificação dos sons


pleuropulmonares

Sons normais

● Som traqueal: audível na


região da traquéia, no pescoço e na
região esternal. É a passagem de ar
da fenda glótica e na traqueia.Na
inspiração é um ruído soproso, na
expiração é um ruído forte e
prolongado, que ocorre após curto
intervalo silencioso.

● Som brônquico: som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de maior
calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. Assemelha-se ao
traqueal, porém na expiração é menos intenso.
● Murmúrio vesicular: é audível em quase todo o tórax, são causados pela
turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações
brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como bronquíolos
e alvéolos. É mais intenso, mais duradouro e mais alto na inspiração.
● Som broncovesicular: somam-se características do som brônquico com murmúrio
vesicular. intensidade e duração da inspiração e expiração são de igual magnitude,
ambas um pouco mais forte que murmúrio vesicular, mas sem alcançar a intensidade
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do som brônquico. É auscultado: esternal superior, interescapulovertebral superior e
no nível da terceira e quarta vértebras dorsais.

Sons anormais
● Descontínuos
○ Estertores finos (crepitantes): ocorrem no final da inspiração e têm
frequência alta, ou seja, são agudos. Além disso, possuem curta duração e
não se modificam com a tosse. Esses sons são comparados com o ruído de
atrito de fios de cabelo. São produzidos pela abertura sequencial das vias
respiratórias antes fechadas, devido à presença de líquido ou exsudato.
Comum em pneumonia, edema pulmonar, fibrose pulmonar, etc.
○ Estertores grossos (subcrepitantes): São audíveis em todo o tórax,
durante a inspiração e expiração. Surgem por causa da abertura e
fechamento das vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem
como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas.
Comum na bronquite crônica, bronquiectasias, etc. Semelhante ao som de
líquido borbulhante.
● Contínuos:
○ Roncos: sons graves de baixa frequência. Originam-se nas vibrações das
paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento dos
ductos, seja por espasmo, edema da parede ou secreção aderida a ela.
Predomínio na expiração, melhor auscultado nas vias aéreas centrais.
○ Sibilos: sons agudos de alta frequência, mesma fisiopatologia dos roncos,
mas aparecem tanto na inspiração, quanto na expiração.
○ Estridor: é um som produzido pela semi obstrução da laringe ou traquéia,
quando a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena,
entretanto, na hiperpneia já há uma intensificação desse som. Etiologias:
obstrução, laringite, edema de glote, etc.
● Sopros: em certas regiões torácicas (C7 no dorso, traqueia e região interescapular),
percebe-se sopro branco, mais longo na expiração que na inspiração. Porém,
quando o pulmão perde sua textura normal, como nas pneumonias, grandes
cavernas e pneumotórax hipertensivo, respectivamente ocorre sopro tubário,
cavitário e anfórico.
● Atrito pleural: Na pleurite, as pleuras estão recobertas de exsudato e produzem
ruído irregular, descontínuo e mais intenso na inspiração, com frequência comparado
ao som de couro atritado.

Nesse vídeo é possível ouvir todos os sons explicados acima:


Ausculta pulmonar - Sons pulmonares anormais e Som vocal

Síndromes respiratórias
Síndrome é o conjunto de sinais e/ou sintomas que ocorrem associadamente e que
pode ser determinado por diversas causas, nesse caso, do sistema respiratório.

Síndromes brônquicas
● Ocorrem por obstrução, dilatação e/ou infecção dos brônquios.
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● Sintomas mais comuns: tosse, expectoração, hemoptise, chiado e dispneia.
● Achados mais comuns: roncos, sibilos e alterações do FTV (frêmito tóraco-vocal)

Asma brônquica
● Obstrutiva
● Inflamação crônica caracterizada por hiper reatividade das vias respiratórias
inferiores, com limitação variável do fluxo;
● Manifestações clínicas: dispnéia, tosse seca com pouca expectoração, sibilância,
desconforto torácico, expiração prolongada, sibilos;
● Causas e/ou fatores desencadeantes: inalantes (poeira), proteínas do leite de vaca
em lactentes, infecções, mudanças climáticas abruptas, poluição ambiental, exercício
físico, fator emocional, medicamentos (AAs, dipirona, AINEs);
● Diagnóstico diferencial: estenose orgânica ou funcional da laringe, DPOC,
bronquiolite, coqueluche, bronquite, fibrose cística, bronquiectasia, etc.
● Classificação clínica:
○ Intermitente: crises esporádicas leves (1x por semana em média)
○ Persistente leve: sintomas mais de uma vez por semana, podendo haver
limitações para esforço físico.
○ Persistente moderada: sintomas diários, mas não contínuos, podendo surgir
aos exercícios moderados.
○ Persistente grave: sintomas contínuos que pioram com esforço leve.
● Diagnóstico:
○ Dados clínicos + teste broncodilatador positivo na espirometria ou obstrução
do fluxo aéreo, revertida com o tratamento ou hiper reatividade no teste de
broncoprovocação;
○ Teste cutâneos e/ou dosagem de IgE para caracterizar componente alérgico.

Bronquite
● Inflamação dos brônquios;
● Pode ser aguda ou crônica;
● Bronquite aguda:
○ Inflamação autolimitada dos brônquios, secundária a uma infecção de via
respiratória superior, até 3 semanas de duração.
○ Etiologia: viral (mais comum) ou bacteriana.
○ Fatores de risco: alergia respiratória, atopia, más condições de moradia,
comorbidades (asma, DPOC, rinite, etc), poluição, tabagismo.
○ Manifestações clínicas: inicialmente quadro clínico de infecções
respiratórias superiores, em seguida tosse seca que evolui para produtiva,
febre baixa e dispneia, sibilos podem aparecer em paciente com hiper
reatividade brônquica.
○ Diagnóstico diferencial: bronquite crônica, pneumonia, asma, rinite, refluxo
gastroesofágico;
○ Diagnóstico: dados clínicos.
● Bronquite crônica:
○ Tosse e expectoração mucopurulenta por meses, alternando períodos de
melhora e piora. Tem como característica a excessiva secreção de muco e
está relacionada à asma brônquica e DPOC.

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○ Exame físico: Roncos e sibilos são frequentes, estertores grossos
disseminados em ambos os hemitórax.
○ Etiologias: tabagismo, poluição ambiental, infecções de repetição,
sinusopatia crônica, DRGE.

Bronquiectasia
● Dilatação irreversível dos brônquios, em consequência da destruição da parede
brônquica e dos tecidos de sustentação. Envolve infecções e inflamações de
repetição.
● Etiologia:
○ Bronquiectasia de distribuição focal: obstrução brônquica, corpo estranho,
tumor, compressão de brônquio por linfonodo.
○ Bronquiectasias de distribuição difusa: fibrose cística, imunidade reduzida,
discinesia ciliar, aspergilose broncopulmonar alérgica, artrite reumatoide,
doença inflamatória intestinal, outras desordens congênitas.
● Sinais e sintomas: tosse produtiva, febre, astenia, emagrecimento, suor noturno,
dispneia, hemoptise, baqueteamento digital.
● Exame físico: na ausculta há presença de estertores grossos, podendo também
haver sibilos e roncos, também uma diminuição da expansibilidade nas bases.
● Diagnóstico diferencial: sinusite bacteriana, bronquite crônica, tuberculose.
● Diagnóstico: dados clínicos + TC de tórax, o Rx pode comprovar diagnóstico em
casos graves.
● OBS: com o aumento de imunizações e uso de antibióticos, as bronquiectasias
tornaram-se menos comuns.

Broncopneumonia
● Processo inflamatório, de causa infecciosa, afetando brônquios, bronquíolos e
alvéolos de limites mal definidos, irregulares, entremeados de áreas de parênquima
sem lesões, focos uni ou bilaterais.
● Etiologia: viral, bacteriana.
● Sinais e sintomas: tosse com secreção, dispneia, febre alta, suor noturno, calafrios,
astenia;
● Exame físico: estertores finos (focais);
● Diagnóstico: Rx de tórax, hemograma e broncoscopia.

Bloco de Revisão:

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Síndromes pulmonares
● Compreendem às consolidações, atelectasias, enfisema, congestão e escavações.

Consolidação pulmonar

● Ocupação dos espaços alveolares por células e exsudato (secreção);


● Comum em infarto pulmonar, pneumonias e tuberculose.

● Pneumonia:
○ Doença inflamatória aguda do parênquima pulmonar, que tem limites bem
definidos.
○ Sintomas: dispnéia, tosse seca ou produtiva, febre, astenia, mialgia,
sudorese, calafrios, dor torácica, hemoptise.
○ Etiologia: viral, bacteriana, fúngica, por aspiração, eosinofílica, etc.
○ Exame físico: expansibilidade diminuída, frêmito tóraco vocal aumentado. Na
ausculta, é possível auscultar estertores finos, substituição do murmúrio
vesicular por respiração brônquica, broncofonia e pectoriloquia.
○ Diagnóstico diferencial: tromboembolismo pulmonar, neoplasia, bronquiolite
obliterante, edema pulmonar, tuberculose pulmonar, atelectasia.
○ Diagnóstico: Rx de tórax, hemograma.

● Tuberculose:
○ Infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis.
○ Fatores de risco: contato com pessoas doentes, aglomeração populacional,
desnutrição, imunossupressão, exposição profissional.
○ Sintomas: febre, sudorese noturna, emagrecimento, tosse crônica
mucopurulenta, podendo ou não ter hemoptise, adenomegalia hilar,
mediastinal.
○ Exame físico: semelhante à pneumonia.
○ Diagnóstico diferencial: pneumonia, abscesso, bronquiectasia,
histoplasmose, paracoccidioidomicose, sarcoide, carcinoma brônquico.
○ Diagnóstico: Rx de tórax, cultura do escarro e pesquisa de BAAR.

Atelectasia

● Colapso de uma área do pulmão por falta de entrada de ar, mas o pulmão está
normal sob outros aspectos.
● Etiologia:
○ Obstrução das vias aéreas:
■ Muco, neoplasia, corpo estranho, edema;
○ Compressão dos pulmões:
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■ Cardiomegalia, neoplasia, pneumotórax, derrame pleural, empiema,
hemotórax, quilotórax.
● Fatores de risco: tabagismo, obesidade, anestesia geral, alteração da parede
torácica, escoliose, paralisia do nervo frênico;
● Sintomas: taquipneia, tosse seca, manifestações hipoxêmicas, hipotensão arterial.
● Exame físico: expansibilidade torácica reduzida, retração dos espaços intercostais,
frêmito toracovocal diminuído ou abolido, macicez à percussão, ausência de ruídos
respiratórios se as vias respiratórias estiverem obstruídas, ressonância vocal
diminuído.
● Diagnóstico diferencial: pneumonia, derrame pleural;
● Diagnóstico: dados clínicos + Rx ou TC de tórax.

Síndrome de rarefação parenquimatosa - Enfisema

● Alterações anatômicas caracterizadas pelo aumento anormal dos espaços aéreos


distais aos bronquíolos terminais, acompanhado de modificações estruturais nas
paredes alveolares.
● Etiologia: Tabagismo e poluentes atmosféricos;
● Sintomas: dispneia de esforço progressiva, tosse com expectoração, taquipnéia, uso
da musculatura acessória;
● Exame físico: tórax em tonel, hipersonoridade à percussão, frêmito tóraco vocal
diminuído, murmúrio vesicular diminuído, sibilos e estertores finos.
● Diagnóstico diferencial: asma, bronquiectasias, tuberculose, fibrose pulmonar,
insuficiência cardíaca, fibrose pulmonar.
● Diagnóstico: dados clínicos + Rx ou TC de tórax + espirometria com teste com
broncodilatador.
Congestão
Escavações

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