Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dor Pélvica
Fluxograma
Quadro 1 – Dor pélvica aguda: como identificar e como manejar as principais causas ginecológicas e não ginecológicas
Nota: * As parcerias sexuais dos últimos dois meses, sintomáticas ou não, devem ser tratadas empiricamente contra Neisseria gonohrroeae e Chlamydia trachomatis.
Quadro 2 – Dor pélvica crônica - como identificar e como manejar as principais causas
COMO
CAUSA O QUE FAZER QUEM FAZ
IDENTIFICAR/AVALIAR
Equipe
Violência - Ver capítulo 7 -
multiprofissional
situações de violência doméstica, intrafamiliar, sexual (que podem ser crônicas e estar camufladas – ver capítulo 7);
vida sexual insatisfatória, anorgasmia (inclusive relações sexuais consentidas por convenções sociais, tabus, crenças);
relações conflituosas com familiares e/ou com parceiro;
situações de vulnerabilidade social e emocional (por exemplo, dependência econômica e/ou afetiva).
Antidepressivos:
Tricíclicos: Amitriptilina – 25-50 mg/noite, quando se identifica um componente emocional e/ou conflituoso com parceiro ou familiares ou quando não tem causa aparente (evitar
em pacientes com sobrepeso e/ou com obstipação crônica relevante).
Inibidores da recaptação de serotonina: Fluoxetina – 20 mg/dia, para mulheres com tendência depressiva,ansiosas, com conflitos familiares. Indicados em pacientes com
sobrepeso e obstipadas crônicas.
Anticonvulsivantes: (Gabapentina – 300 mg, 2-3x dia; Carbamazepina – 200 mg, 2x dia, Pregabalina – 75-150 mg/dia). Utilizados quando se suspeita de dor neuropática ou dor
sem causa aparente.
Opioide (Codeína –15-30 mg/dose a cada 4-6h; Tramadol – 50 mg a cada 4-6h ou 100 mg a cada 8-12h). Uso eventual e com cautela em mulheres com dor reagudizada.
Referências
1. KRUSZKA, P. S.; KRUSZKA, S. J. Evaluation of acute pelvic pain in women. American Family Physician, v. 82, n. 2, p. 141-147, 2010.
2. ORTIZ, D. D. Chronic pelvic pain in women. American Family Physician, v. 77, n. 11, p. 1.535-1.542, 2008.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. HIV/Aids, hepatites e outras DST. Brasília, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 18).
4. HOWARD, F. M. The role of laparoscopy in the chronic pelvic pain patient. Clin Obstet Gynecol, v. 46, n. 4, p. 749-766, 2003.
5. ACOG COMMITTEE ON PRACTICE BULLETINS-GYNECOLOGY. ACOG Practice Bulletin nº 51. Chronic Pelvic Pain. Obstet Gynecol, v. 103, n. 3, p.
589-605, 2004.
6. NOGUEIRA, A. A.; REIS, F. J. C.; POLI NETO, O. B. Abordagem da dor pélvica crônica em mulheres. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 28, n. 12, p. 733-
740, 2006.
7. ABERCROMBIE, P. D.; LEARMAN, L. A. Providing holistic care for women with chronic pelvic pain. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs, n. 41, p. 668-
679, 2012.
8. JARRELL, J. F. et al. Consensus guidelines for the management of chronic pelvic pain. J Obstet Gynaecol Can, v. 27, n. 9, p. 869-910, 2005.
9. ROYAL COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNAECOLOGISTS. RCOG Green-top Guideline nº 41. The initial management of chronic pelvic pain.
London: RCOG, 2012. p. 2-16.
10. YUNKER, A. et al. Systematic review of therapies for noncyclic chronic pelvic pain in women. Obstet Gynecol Surv, v. 67, n. 7, p. 417-425, 2012.
11. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT): Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST). Brasília, 2015. Versão sob consulta pública.