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PANHIPOPITUITARISMO

-Revisar a morfofisiologia do eixo hipotálamo-hipófise;


-Estudar a fisiopatologia do hiper/hipopituitarismo;
-Entender a classificação das origens de classes hormonais.

REVISAR A MORFOFISIOLOGIA DO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE

O eixo hipotálamo-hipofisário é o grande responsável pela integração dos


sistemas nervoso e endócrino no organismo humano.
Anatomicamente,a hipófise é uma pequena estrutura que se projeta do
encéfalo para baixo , conectada a ele por uma fina haste e repousa em uma
cavidade óssea protetora. Já de forma embrionária, sabe-se que ela é a junção de
dois tecidos .É dividida em adeno-hipófise (anterior) e neuro-hipófise (posterior). É
responsável por secretar neuro-hormônios produzidos no hipotálamo, a região do
encéfalo que controla diversas funções homeostáticas.
A) NEURO-HIPÓFISE

Em áreas do hipotálamo conhecidas como núcleo paraventricular e núcleo


supraóptico estão agrupados os neurônios que produzem a ocitocina e
vasopressina, neuro-hormônios armazenados e liberados pela neuro-hipófise. Uma
vez que esses neuro-hormônios são empacotados em vesículas secretoras, eles
são transportados até a neuro-hipófise, por longas projeções de neurônios,
conhecidas como axônios. Quando um estímulo chega ao hipotálamo, os conteúdos
das vesículas são liberados na circulação, onde viajam até seus alvos. Assim, é
importante pontuar que a vasopressina, também chamada de hormônio antidiurético
ou ADH, atua sobre os rins, regulando o balanço hídrico do corpo. Ademais, nas
mulheres, a ocitocina controla a ejeção de leite, durante a amamentação, e as
contrações do útero durante o parto.

B) ADENO-HIPÓFISE
GHRH é diferente de GnRh

C) O SISTEMA PORTA-HIPOFISÁRIO

A grande maioria dos hormônios , quando sao secretados no sangue, se


diluem rapidamente. Para evitar que isso ocorra, os neuro-hormônios destinados à
adeno-hipófise utilizam uma via especial do sistema circulatório, que consiste em
dois grupos de capilares conectados em série por um grupo de pequenas veias.
ESTUDAR A FISIOPATOLOGIA DO HIPER / HIPOPITUITARISMO

O hipopituitarismo é definido como deficiência parcial ou completa da hipófise


anterior, causada por distúrbios hipofisários ou hipotalâmicos.

EPIDEMIOLOGIA

Suas relatadas taxas de incidência ( 12 a 42 novos casos por milhão ao ano),


são provavelmente subestimadas, caso a frequente ocorrência após traumatismos
seja considerada. Se não tratado adequadamente, resulta em elevada
morbimortalidade.
As deficiências na secreção dos hormônios hipofisários manifestam-se em
geral, na seguinte ordem: hormônio de crescimento (GH) ou somatotrofina,
gonadotrofinas (LH, FSH), tireotrofina (TSH), seguida de corticotrofina (ACTH) e por
último, prolactina (PRL). O termo pan-hipopituitarismo tem sido empregado diante
da deficiência de dois ou mais hormônios hipofisários.

ETIOLOGIA
FATORES DE RISCO

● tumor hipofisário.
● apoplexia hipofisária.
● cirurgia na hipófise.
● irradiação craniana.
● lesão cerebral traumática.
● defeitos genéticos.
● distúrbios inflamatórios.
● doença hipotalâmica.

FISIOPATOLOGIA

O hipopituitarismo clinicamente significativo pode ocorrer com perda ou


ausência de 75% ou mais do parênquima da hipófise anterior. Pode ser congênito
(extremamente raro)ou adquirido . A maioria dos casos de hipofunção hipofisária
anterior é causada pelos seguintes fatores:
● Tumores e outras lesões de massa ( especialmente adenomas
hipofisários não funcionantes);
● A necrose isquêmica da hipófise anterior: chamada de síndrome de
Sheeran. Durante a gravidez, a hipófise anterior se dilata, principalmente por causa
do aumento do tamanho e número de células secretoras de prolactina. Esta
hiperplasia não é acompanhada pelo suprimento sanguíneo. Também pode ocorrer
no contexto de coagulação intravascular disseminada, anemia falciforme, pressão
intracraniana elevada, lesão traumática e choque de qualquer origem. Em
contrapartida, a hipófise posterior recebe seu sangue diretamente dos ramos
arteriais e fica me os suscetível à lesão isquêmica.

Fisiopatologia do hiper paratuitarimso

Os adenomas provenientes de diferentes células hipofisárias produzem


hormônios característicos desse tipo celular e causam síndromes clínicas que
refletem a atividade dos hormônios.

A) Adenomas lactotròficos

São o mais frequente tipo de adenoma hipofisário hiperfuncionante. Variam


de microadenomas a grandes tumores de tamanho considerável

B) Adenomas Somatotróficos

São o segundo tipo mais comum de adenoma hipofisário funcionante, e


causam gigantismo em crianças ou acromegalia em adultos.

C) Adenomas Corticotróficos

O excesso de produção de ACTH por adenomas corticotróficos leva à


hipersecreção adrenal de cortisol e ao desenvolvimento de hipercortisolismo (
Síndrome de Cushing).

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As manifestações clínicas vão depender do hormônio afetado:

DIAGNÓSTICO

Exames Gerais:

● Anemia: pela deficiência androgênica de TSH ou doença crônica;


● Hiponatremia : pela deficiência de TSH e ACTH, retenção inapropriada
de água.
● Hipoglicemia: pela deficiência de ACTH e GH;
● Hipercolesterolemia: com aumento de lipoproteína de baixa
densidade-colesterol e triglicerídeos pelo hipotireoidismo.
● Elevação de creatinofosfoquinase (CPK) devido ao hipotireodismo.

No eletrocardiograma pode-se encontrar bradicardia com baixa voltagem pelo


hipotireoidismo. Na densimetria óssea, pode-se encontrar baixa massa óssea para
idade.

Exames de Imagem

Na presença de sintomas compressivos, é essencial a realização de uma


ressonância magnética.
Exames específicos

A avaliação diagnóstica do paciente com suspeita de hipopituitarismo deve


determinar:
(1) a presença, o tipo e o grau de deficiência hormonal;
(2) A etiologia;
(3) presença de alterações visuais.

TRATAMENTO

O tratamento consiste em basicamente tratar a causa base do acometimento


hipofisário e realizar a reposição hormonal.

ENTENDER AS CLASSIFICAÇÕES HORMONAIS

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