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Manaus
2023
Hiperparatireoidismo
Introdução
Tipos de hiperparatireoidismo
Hiperparatireoidismo primário
Complicações
Epidemiologia
Sintomas
Diagnóstico
Tratamento
Hiperparatireoidismo Secundário
Hiperparatireoidismo secundário à deficiência de vitamina D
Hiperparatireoidismo terciário
Quadro clínico do hiperparatireoidismo da doença renal crônica
Exames complementares para diagnóstico no hiperparatireoidismo da doença
renal
Tratamento do hiperparatireoidismo na doença renal
Conclusão
Referência
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Introdução
Histórico:
Em 1880, o acadêmico sueco lvan Sanström descreveu pela primeira
vez glândulas paratireóides em vários animais e no homem.
Seus estudos de dissecação foram realizados entre 1877 e 1880,
quando ainda era estudante de medicina em Uppsala.
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Introdução:
O hiperparatireoidismo ocorre quando uma ou mais glândulas paratireoides se tornam hiperativas,
causando elevação dos níveis séricos do hormônio paratireoide e levando à hipercalcemia.
Existem geralmente quatro glândulas paratireóides, de função idêntica, localizadas comumente na região
posterior de cada um dos polos da glâdula da tireóide.
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Imagem 4: Adenoma de Paratireoide Fonte:
www.adenomaparatireoide.com.br
Complicações do hiperparatireoidismo primário
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Epidemiologia
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Diagnóstico:
O diagnóstico e avaliação para o tratamento incluem exames de sangue, urina e imagem:
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Tratamento do hiperparatireoidismo primário
Tratamento cirúrgico:
A remoção cirúrgica do tumor da paratireoide ou de parte de todos das glândulas afetadas pode resultar
em normalização do PTH e dos níveis de cálcio. O tratamento é curativo e tem boa relação custo-
benefício.
É recomendada em todos os casos sintomáticos e nos assintomáticos na presença de um dos quatro
critérios:
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Tratamento clínico
Nos casos em que a cirurgia não é indicada ou desejada, algumas medidas podem ser úteis para
minimizar os efeitos do hiperparatireodismo. São elas:
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Hiperparatireoidismo secundário
Hiperparatireodismo secundário pode ser definido como um estado em que ocorre hiperfunção paratireoidiana,
a qual é indiretamente induzida por uma série de distúrbios que causam hipocalcemia.
Pode-se citar algumas causas de hiperparatireoidismo secundário:
Deficiência de vitamina D;
Má absorção;
Insuficiência pancreática.
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Hiperparatireoidismo secundário à deficiência de vitamina D
No hiperpartireoidismo secundário não há tumor, mas sim um aumento das células da paratireoide
(hiperplasia).
A principal causa de hiperparatireoidismo secundário observada nos consultórios em geral é a deficiência da
vitamina D, diagnosticada pela 25(OH)D no sangue.
O resultado da deficiência de vitamina D, cálcio e fósforo leva a um quadro clínico que pode simular a
osteoporose: a osteomalácia. O restabelecimento dos níveis de vitamina D normaliza os níveis de PTH no
hiperparatireoidismo associada a essa deficiência vitamínica.
Imagem 9: Dores musculares. Fonte: www.doresmusculares.com.br Imagem 10:Calcificações metastáticas em paciente com DRC e hiperparartireoidismo Imagem 11: Rins. Fonte: www.saudeemdia.com.br
secundário.
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Exames complementares para diagnóstico no hiperparatireoidismo da doença renal
Laboratoriais – dosagem de cálcio, fósforo, PTH e creatinina sérica (para avaliação da função renal). Outros
exames e cálculos podem ser necessários para o quadro renal.
Radiografias dos ossos e densitometria óssea – avalia as alterações decorrentes do hiperparatireoidismo
no osso e calcificações extraesqueléticas
Exames localizatórios das paratireoides – ultrassonografia, cintilografia ou tomografia devem ser
consideradas apenas para programação cirúrgica
Ecocardiograma e radiografia lateral de abdome– válidos para detectar calcificações extraesquelética,
incluindo vasos, válvulas cardíacas e miocárdio.
Biópsia óssea – realizada na crista ilíaca, é o exame padrão-ouro para diagnóstico de doença óssea, mas por
ser um método invasivo, sendo indicada apenas em casos selecionados.
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Exame Laboratoriais:
Dosagem de cálcio, fósforo, PTH e creatinina sérica (para avaliação da função renal).
Outros exames e cálculos podem ser necessários para o quadro renal.
Imagem 12: Exame de cálcio Fonte: www.calcitran.com.br Imagem 13: Dosagem de cálcio Fonte: www.plugbrnet.com.br
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Radiografia dos ossos e densitometria óssea
Imagem 14: Radiografia dos ossos Fonte: www.Boris.com.br Imagem 15: Densitometria Óssea Fonte: www.multimagem.med.br
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Exames localizatórios das paratireoides
Imagem 16: ultrassonografia da paratireoide Fonte: www.vapmed.com.br Imagem 17: cintilografia das paratireoides Fonte: www.fleyre.com.br
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Ecocardiograma e radiografia lateral de abdome
Válidos para detectar calcificações extraesquelética, incluindo vasos, válvulas cardíacas e miocárdio.
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Ecocardiograma e radiografia lateral de abdome
Imagem 21: Nefrocalcinose. Fonte: Sanarflix. Imagem 22: ecocardiograma. Fonte: www.hospitalsantarita.com.br
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Biópsia óssea
Realizada na crista ilíaca, é o exame padrão-ouro para diagnóstico de doença óssea, mas por ser um
método invasivo, sendo indicada apenas em casos selecionados.
Imagem 23: crista ilíaca Fonte: www.tuasaude.com Imagem 24: biópsia da medula óssea Fonte: revistabrale.org.br
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Tratamento do hiperparatireoidismo na doença renal
O tratamento vai depender da fase da doença e inclui medidas para redução do aporte de fósforo na dieta, adequação
da diálise, quelantes do fósforo por via oral (substâncias que “sequestram” o fósforo e não deixam que seja absorvidos
pelo intestino), podendo ser a base de cálcio.
Se o cálcio e estiver alto ou houver evidência de calcificação extraesqueléticas, não é adequado usar cálcio oral para
sequestrar o fósforo no intestino.
Calcitriol
Paracalcitrol
Cinacalcete
Quando todas as medidas foram tomadas e não há redução dos níveis de PTH, a cirurgia de retirada total ou
parcial das paratireoides é considerada.
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Hiperparatireoidismo terciário
O hiperparatireoidismo terciário ocorre quando o PTH é secretado independentemente dos níveis de cálcio no
sangue. O hiperparatireoidismo terciário geralmente ocorre em pessoas com hiperparatireoidismo secundário de
longa duração e naquelas que tiveram doença renal crônica por vários anos.
A combinação de cálcio e fósforo altos no hipertireoidismo terciário pode levar a calcificações extraesqueléticas,
tais como partes moles (músculos e tendões), válvulas cardíacas e vasos sanguíneos.
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Conclusão
O hiperparatireoidismo é caracterizado pelo aumento da produção do PTH por uma ou mais paratireoides. Pode ser
secundário, por exemplo: na deficiência de vitamina D ou de forma autônoma por uma ou mais glândulas,
caracterizando o hiperparatireoidismo primário.
O hiperparatireoidismo secundário e terciário decorrentes da doença renal crônica envolve vários mecanismos e o
tratamento vai depender das alterações encontradas em cada fase. Está relacionado a vários sintomas
musculoesqueléticos, além dos decorrentes de calcificações extraesqueléticas. Múltiplas medidas, isoladamente ou
em conjunto, podem ser adotadas para seu tratamento dessa complicação, inclusive cirurgia.
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Referências
STEPHEN, A. E.; MANNSTADT, M.; HODIN, R. A. Indications for Surgical Management of Hyperparathyroidism: A Review. JAMA
Surg, v. 152, n. 9, p. 878-882, Sep 2017. ISSN 2168-6262. doi: 10.1001/jamasurg.2017.1721
WILLIANS,R.H.: Textbook of Endocrinology, Philadelphia", London Toronto, W.B. Saunders Company, 1981. ¿ '.
Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o tratamento do hiperparatireoidismo secundário em pacientes com doença renal
crônica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/transtornos-da-
paratireoide/hiperparatireoidism
Bilezikian JP, Khan AA, Silverberg SJ, et al: Evaluation and management of primary hyperparathyroidism: Summary statement
and guidelines from the Fifth International Workshop. J Bone Miner Res Aug. 19, 2022. doi: 10.1002/jbmr.4677
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