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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL

ESTUDO DE CASO

Hipertensão Arterial
ESTUDO DE CASO

Hipertensão Arterial

Estudo de caso realizado na Unidade Básica de


Saúde Manoel dos Reis. Apresentado no curso
de graduação de enfermagem pelo
Orientador/Preceptor(a): 8º Período
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2. FISIOPATOLOGIA .......................................................................................... 5
2.1 Conceito:............................................................................................................5
2.2 Diagnóstico:.......................................................................................................5
2.3 Tratamento:........................................................................................................5
3. CASO CLINICO – HAS ....................................................................................6
3.1 Anamnese e exame físico/evolução .................................................................6
4. MEDICAÇÃO EM USO ..................................................................................................... 8

5. DIAGNOSTICO E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM .......................................9


6. CONCLUSÃO .....................................................................................................10
7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO

A Hipertensão Arterial é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento


dos valores da pressão sistólica ou diastólica, afetando cerca de 20% da população
mundial adulta. Como profissional de saúde responsável pela assistência preventiva e
cuidativa, o enfermeiro necessita estar sempre preparado para assistir esta clientela
especifica, direcionando-a para o auto-cuidado,objetivando o controle da hipertensão..
O estudo de caso tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da cliente e
através disso, aumentar o conhecimento técnico e cientifico para poder realizar o
planejamento da assistência de enfermagem adequadamente.

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2. FISIOPATOLOGIA

2.1 Conceito:
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é condição clínica multifatorial
caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg.
Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou
estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco
(FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes
mellitus (DM). Mantém associação independente com eventos como morte súbita,
acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência
cardíaca (IC), doença arterial periférica (DAP) e doença renal crônica (DRC), fatal e
não fatal.

2.2 Diagnóstico:
O diagnóstico de hipertensão deve ser feito por um médico, a partir de uma
avaliação clínica. Em conjunto com isso, o médico geralmente solicita uma série de
exames que devem ser realizados todos os anos, ou, com a frequência que ele julga
necessária após a consulta. São eles:
 Urina simples;
 Glicemia de jejum (sangue);
 Sódio e potássio (sangue);
 Creatinina (sangue);
 Colesterol total, HDL e triglicerídeos (sangue);
 Hemograma (sangue);
 Eletrocardiograma de repouso.
Um fator importante para o diagnóstico de hipertensão é o histórico familiar, já
que 90% dos casos são hereditários.

2.3 Tratamento:
Dependendo do caso, pode ser necessário a inclusão de medicamentos que serão
prescritos pelo médico. Existem também vários exercícios indicados para os hipertensos que
ajudam na melhora da saúde e do condicionamento físico. E, se você fuma, é a abandonar esse
hábito.

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3 CASO CLINICO - HAS

3.1 Anamnese e exame físico/evolução

Paciente E.S.J , nascido no dia 13/07//1954, sexo masculino, pardo, divorciado,,


natural Araguaína-TO, reside no endereço: rua das avenças st. Vila Ribeiro s/n,
ensino fundamenta incompleto, aposentado. QP: Cefaleia e dor lombar. HDA:
Paciente relata estar sentindo Cefaleia e dor lombar ocasionalmente nos últimos três
meses, queixa-se de insônia.
Histórico Clínico: HAS em uso de captopril e hidroclorotiazida 25 mg HCTZ
25mg .
HF : mãe e Hipertensa e diabética, pai falecido sem histórico de doença
crônica. HP: Paciente não pratica atividade física, repousa no período noturno 7
horas por dia relata episódios de insônia, ingestão em média de 2 litros de água por
dia, alimenta-se 4 vezes ao dia, evacuação 1 vez ao dia, nega uso de álcool e
tabagismo, vida sexual ativa. HSE: Moradia fixa de alvenaria, fossa séptica, não
possui animais domésticos, tem 3 filhos, mantem convívio com companheira.
Paciente apresentou-se ao exame físico: lúcido e orientado no tempo e no espaço.
Ativo e colaborativo, deambulando, ausência de déficits cognitivos. Normocorado,
dispneico, acianótico e anictérico. Sinais vitais: PA 140x90 Hgmm; FC 96 bpm; FR
20 rpm, temperatura 36,5 oC- normotermia; peso 60 kg; altura 1,60m; Calota
craniana integra, ausência de retrações, cicatrizes e abaulamento no couro
cabeludo. Cabelos implantados sem infestações parasitárias com sujidade.
Sobrancelhas implantadas. Face simétrica, ausência de lesões na pele, movimentos
oculares preservados, pupilas isocóricas e fotoreagentes, mucosa ocular
hipercorada. Orelhas implantadas, pavilhão auricular e conduto auditivo externo sem
lesões com presença de secreção. Cavidade nasal sem alterações e secreção com
presença de pelos. Lábios ressecados, língua, gengiva e mucosa normocorados
sem alterações, dentes conservados. Pescoço com mobilidade cervical ativa e
passiva, ausência de lesões ou linfadenomegalias, tireoide indolor, sem nódulos e
móvel a deglutição. Traqueia móvel. Tórax simétrico, com desconforto respiratório.
Expansibilidade preservada. Percussão som claro pulmonar, murmúrios vesiculares
audíveis sem ruídos adventícios. ausência de atritos, ausência de sopros, bulhas
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rítmicas normofonéticas, pulsos arteriais periféricos simétricos, sincrônicos e com
alta amplitude. Abdome plano sem lesões de pele, cicatrizes ou abaulamentos.
Higiene preservada. Mobilidade ativa e passiva das articulações preservadas, pulsos
periféricos palpáveis simétricos, fluxo sanguíneo sem alterações nos capilares
sanguíneos periféricos.

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4. MEDICAÇÃO EM USO

 Classe: Inibidor da enzima conversora da angiotensina I.


Medicamento: Captopril.

Via de administração: oral

Farmacodinâmica: Os inibidores da ECA (IECAs) ocorre inibição da enzima


conversora de angiotensina (ECA), o que leva a uma diminuição na formação de
angiotensina II e a uma menor degradação de bradicinina. A angiotensina II
determina elevação da PA e a bradicinina promove vasodilatação e natridiurese.

 Classe: substâncias tiazídas que tem ação diurética


Medicamento: hidroclorotiazida 25 mg

Via de administração: oral

Farmacodinâmica: A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico com atividade anti-


hipertensiva. Seu efeito diurético deve-se à inibição do transporte ativo de Na+ dos
túbulos renais para o sangue, afetando a reabsorção de Na+ .
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5. DIAGNÓSTICO E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

Domínio 3. Eliminação e troca


Classe 1. Função urinária
Eliminação urinária prejudicada evidenciada pela incontinência urinária.
Prescrição:
- Identificar causas multifatoriais de incontinência (p. ex., eliminação urinária, padrão
de eliminação de urina, problemas
urinários preexistentes, função cognitiva, resíduo pós-eliminação e medicamentos);
- Orientar o paciente/família a registrar a eliminação e o padrão urinário, conforme
apropriado;
- Auxiliar a desenvolver/manter um sentimento de esperança;
- Orientar o paciente a beber um mínimo de 1.500 mL de líquidos/dia;
- Obter uma amostra de urina para cultura e teste de sensibilidade se necessário;
- Encaminhar a especialista em continência urinária, conforme apropriado;

Domínio 4. Atividade/repouso
Classe 1 Sono/repouso
Insônia evidenciada pelo próprio relato do paciente.
Prescrição:
- Orientar o paciente para monitorar os padrões de sono;
- Orientar o paciente a evitar alimentos e bebidas na hora de dormir que interfiram
no sono;
- Orientar o paciente e pessoas significativas sobre fatores (p. ex., fisiológicos,
psicológicos, do estilo de vida, mudanças freqüentes no turno do trabalho,
mudanças rápidas de fuso horário, horas de trabalho muito longas e outros fatores
ambientais) que contribuam para distúrbios no padrão do sono;
- Conversar com o paciente e a família sobre técnicas que melhorem o sono;
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6. CONCLUSÃO

O controle da Pressão Arterial em nosso corpo possui diversos mecanismos


neurohumorais que quando sobrecarregados de maneira crônica acabam por inferir
disfunções em estruturas anatômicas que podem ser examinadas e avaliadas
precocemente produzindo melhor efeito terapêutico e preventivo para controle da
doença e eventuais doenças cardiovasculares derivadas da Hipertensão. De alta
prevalência a Hipertensão Arterial Sistêmica merece destaque não somente nas
descrições anatomofisiológicas, mas necessitamos de mais estudos terapêuticos e
de acompanhamento clínico principalmente nos pacientes refratários ao tratamento
medicamentoso, dieta e exercício físico. Não se deve estudar a Hipertensão Arterial
Sistêmica pensando somente em prevenir mais um fator de risco cardiovascular, o
estudo desta alteração sindrômica com acometimento sistêmico pode evitar
complicações advindas da doença em sua classificação mais avançada, podendo
evitar internações e hospitalizações.
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7. REFERÊNCIAS

Bula do Profissional do Medicamento Captosen. https://blog.drconsulta.com/

Bula do Profissional do Medicamento Clorana.


https://consultaremedios.com.br/hidroclorotiazida/bula

Muntner P, Shimbo D, Carey RM, et al: Measurement of blood pressure in humans:


A scientific statement from the American Heart Association. Hypertension 73:e35–
e66, 2019.

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