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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

GABRIEL CARDOSO DE OLIVEIRA


LAILA MENDES CUNHA
RAMON SANTOS MENDES DE SOUZA E RODRIGUES
ROMEU FERREIRA CUSTÓDIO
WARLEY EVERTON EVANGELISTA DE PAULA

A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: O PACIENTE


HIPERTENSO E A ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA
GABRIEL CARDOSO DE OLIVEIRA
LAILA MENDES CUNHA
RAMON SANTOS MENDES DE SOUZA E RODRIGUES
ROMEU FERREIRA CUSTÓDIO
WARLEY EVERTON EVANGELISTA DE PAULA

A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: O PACIENTE


HIPERTENSO E A ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA

TAIOBEIRAS - MG
2021
Produção Textual em Grupo apresentado como requisito
Trabalho de Produção Textual 4º Semestre apresentado como
requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas
disciplinas do curso de Fisioterapia.

Professores: Cristiane Mota Leite;


Fernanda Kazmierski Morakami,
Mayra Campos Frâncica dos Santos.

TAIOBEIRAS - MG
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
2.1 Sessão Educativa abordando a fisiopatologia da Hipertensão Arterial
Sistêmica.......................................................................................................................4
2.2 Aspectos psicológico que podem potencializar a aderência do paciente ao
tratamento, tanto medicamentoso, quanto não medicamentoso..................................5
2.3 programa de acompanhamento fisioterapêutico para pacientes hipertensos...6
3 CONCLUSÃO........................................................................................................7
REFERÊNCIAS.............................................................................................................8
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1 INTRODUÇÃO

O principal objetivo do tratamento da hipertensão arterial


consiste na redução da morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares
do individuo hipertenso (PADWAL, et al., 2001), para promover a queda e a
regulação da Pressão Arterial (PA), através de exercícios específicos aeróbicos
(BACON et al., 2004, SILVA ET AL., 2006), e a respiração controlada
(PINHEIRO et AL.,2007), é importante implementar mudanças no estilo de
vida, para que essa regulação da PA seja constante, e possa promover a
redução no consumo de doses de medicamentos, reduzindo assim efeitos
colaterais do tratamento medicamentoso. As atividades físicas de todos os
tipos devem ser recomendadas em todos os casos (FEREITA FILHO, 2007).
A prescrição de exercício físico para hipertensos deve ser
realizada somente após a realização da anamnese que inclui informações e
dados clinico, medidas de peso e altura, circunferência abdominal, Índice de
Massa Corporal (IMC), flexibilidade, força muscular, teste de esforço máximo
se possível, com medida de gases expirados (MONTEIRO e FILHO, 2004;
VIEIRA et al., 2004). Essa é a base para o programa de reabilitação
cardiovascular, onde será baseado o ajuste da dose apropriada de esforço
para cada paciente.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 SESSÃO EDUCATIVA ABORDANDO A FISIOPATOLOGIA DA


HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica


multifatorial definida como uma pressão arterial sustentada maior ou igual a
140 mmHg sistólica e 90 mmHg diastólica. Estão frequentemente associadas a
alterações de órgãos alvos, alterações metabólicas e altamente relacionada
com a mortalidade cardiovascular e cerebrovascular.
Em cerca de 90% dos pacientes com pressão arterial elevada
não tem uma única causa reversível, por isso o termo Hipertensão Primária.
Entretanto, a maioria desses pacientes apresenta comportamentos como
consumo excessivo de calorias, sal, álcool e falta de atividade física, o que
contribui para a hipertensão.
A hipertensão arterial é considerada um dos principais fatores
de risco para a morbidade e mortalidade cardiovascular. Os reflexos originados
nos barorreceptores arteriais e nos receptores de estiramento da região
cardiopulmonar são os principais mecanismos de controle efetivo da pressão
arterial a curto prazo. O reflexo dos barorreceptores é considerado um sistema
de controle de alto ganho, que mantém a pressão arterial dentro de limites
normais em períodos de segundos a minutos.
Os mecanismos centrais envolvidos na fisiopatologia da
hipertensão arterial sistêmica são divididos naqueles em que o hipotálamo está
envolvido ativando o sistema simpatoadrenal e aqueles que ligam o hipotálamo
a partes superiores do sistema nervoso envolvendo as atividades e percepções
mentais. Em experiências animais e estudos epidemiológicos em humanos,
existem citações que sugerem que raça, hereditariedade, sal, dieta rica em
gordura e ingesta calórica têm um papel subsidiário nessa ativação central. Por
outro lado, a dissonância entre o meio social e as expectativas baseadas em
expectativas prévias, durante o desenvolvimento do indivíduo, pode ser um
fator importante. O bloqueio de aspirações e insegurança e a dificuldade ou
impedimento de atingir determinados objetivos de vida parece ser uma
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importante causa de estímulo psicossocial crônico. Isso pode levar o indivíduo,
por meio de mecanismos psicológicos conhecidos, de uma reação de alarme
defensiva ao desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica essencial.
Existem 6 grupos de medicamentos anti-hipertensivos de uso
corrente em nosso meio: os Diuréticos, Inibidores adrenérgicos,
Vasodilatadores diretos, Inibidores da enzima conversora da angiotensina,
Antagonistas dos canais de cálcio, Antagonistas do receptor da angiotensina II.
(DHA, 2020).
Dentre as principais complicações associadas à hipertensão
podemos citar a alteração da visão, Infarto do miocárdio (agressão as paredes
das artérias facilitando acumulo de gorduras e coágulos), doenças renais
crônicas (devido a lesões das artérias dos rins), impotência sexual, AVC
(podendo haver entupimentos arteiras do cérebro). (VARELLA, 2018). A
pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada.
Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente.
(BRASIL, 2020).

2.2 ASPECTOS PSICOLÓGICO QUE PODEM POTENCIALIZAR A


ADERÊNCIA DO PACIENTE AO TRATAMENTO, TANTO
MEDICAMENTOSO, QUANTO NÃO MEDICAMENTOSO.

Os fatores psicológicos diretamente relacionados à etiologia da


hipertensão arterial mais frequentemente citados na amostra de artigos
investigada foram: raiva, hostilidade, estresse, ansiedade, depressão, afeto
negativo; inibição e isolamento social.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das maiores
causas de morbidade e mortalidade no mundo. Níveis de pressão arterial
elevados estão relacionados a uma maior incidência de eventos mórbidos,
associados principalmente à aterosclerose e manifestados por cardiopatia
isquêmica, acidente vascular cerebral e doenças vasculares renais e
periféricas. O controle da HAS está diretamente relacionado ao grau de adesão
do paciente ao regime terapêutico.
De uma perspectiva geral e sistêmica se reconhece que a
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saúde é determinada por uma complexa interação de fatores que atuam desde
diferentes níveis: o macro estrutural, o nível micro estrutural e o individual. No
nível individual incluem tanto o componente biológico como psicológico do
sujeito e desempenha um papel decisivo na regulação pessoal sobre a
instância biológica.

2.3 PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA


PACIENTES HIPERTENSOS

A recomendação nesses programas preconiza que todo adulto


deve realizar pelo menos 30 minutos de atividade física leve a moderada, de
forma continuada ou acumulada na maioria dos dias da semana, com
pequenas mudanças no cotidiano.
A realização de exercícios na HAS será individualizada, de
acordo com as condições clínicas e cardiológicas, as habilidades e aptidões, o
grau sociocultural do indivíduo. O programa esta baseado em resultados
obtidos em testes ergométricos, com monitorização da curva de PA, através da
qual se verificam respostas anormais ao exercício. O nível atingido de PA na
prova de esforço é também recurso subsidiário essencial para a determinação
da intensidade do exercício proposto e seu acompanhamento.
Etapas dos exercícios: período de aquecimento, período de
condicionamento e desaquecimento tanto para a segurança quanto para a
saúde dos pacientes.
Os exercícios físicos são benéficos ao paciente hipertenso por
proporcionar impacto sobre os níveis de repouso da pressão arterial, fazendo
com que obtenha um maior controle da mesma. O aumento da capacidade
aeróbica está associado inversamente ao acúmulo de gordura e riscos
cardiovasculares.
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Tabela de acompanhamento realizado em 4 semanas em pacientes com HAS.


Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

 Foi  Os  Dessa vês  Por fim na


coletado pacientes os os
dados foram pacientes pacientes
referente a submetidos foram foram
P.A dos a uma submetidos exposto a
pacientes caminhada a uma uma
leve com caminhada atividade
duração de com de alta
30 minutos intensidade intensidade
moderada com
com uma duração de
duração de 15 minutos
20 minutos de
duração.

Conclui-se que os efeitos benéficos do exercício físico


devem ser aproveitados no tratamento inicial do indivíduo hipertenso, visando
evitar o uso ou reduzir o número de medicamentos e de suas doses.
Em indivíduos sedentários e hipertensos, reduções
clinicamente significativas na pressão arterial podem ser conseguidas com o
aumento relativamente modesto na atividade física, acima dos níveis dos
sedentários, além do que o volume de exercício requerido para reduzir a
pressão arterial pode ser relativamente pequeno, possível de ser atingido
mesmo por indivíduos sedentários.

Destaca-se o importante efeito hipotensor dos exercícios


aeróbios na proteção contra eventos cardiovasculares . Uma redução de apenas
3 mmHg para a pressão arterial sistólica (PAS) pode significar diminuição de 5-
9% e 8-14% para risco cardiovascular e de infarto agudo do miocárdio (IAM),
respectivamente. Esse efeito pode ser observado após exercícios aeróbios de
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baixa, moderada e elevada intensidades, porém só tem valor significativo se
permanecer ao longo das 24 horas subsequentes. Uma única sessão de
exercícios aeróbios produz uma hipotensão pós-exercício associada a uma
sustentada vasodilatação. Dessa forma, mostra-se ainda mais relevante a
prática por indivíduos pré-hipertensos.

De acordo com a I Diretriz de Prevenção Cardiovascular,


recomenda-se pelo menos 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, de
exercício moderado, para indivíduos idosos ou não, com ou sem HAS. Para
idosos inativos, pode ser difícil tornar-se ativo e cumprir a recomendação atual,
sendo a falta de motivação a principal questão envolvida.
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3 CONCLUSÃO

O tratamento da hipertensão arterial preza pela redução da morbidade e


mortalidade por doenças cardiovasculares. Com isso, seu objetivo é promover
a queda e a regulação da pressão arterial (PA) por meio de exercícios
aeróbicos e respiração controlada.
Para que a regulação da PA seja constante, é importante implementar
mudanças no estilo de vida. Com a pressão controlada, o paciente reduz o
consumo de fármacos, amenizando os efeitos colaterais do tratamento
medicamentoso.
Exercícios físico-aeróbicos são os mais indicados para hipertensos, uma
vez que produzem alterações fisiológicas e metabólicas no organismo.
Alterações assim carregam maior utilização dos lipídios como substrato
energético, retardando o uso de glicogênio muscular. A ação promove um
melhor tempo de treinamento, aumentando a intensidade de esforço.
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REFERÊNCIAS

Brandão AA, coordenadora. Conceituação, epidemiologia e prevenção


primária. J. Bras. Nefrol. Vol.32 supl.1 São Paulo set. 2011.

Souza AJ, França XSI. Prevalência da hipertensão arterial em pessoas com


mobilidade física prejudicada: implicações para enfermagem. Rev. Bras.
Enferm. Vol.61 no.6 Brasília Nov./Dez. 2008.

Junior KO, coordenador. Tratamento Medicamentoso. J. Bras. Nefrol.vol.32


supl.1 São Paulo. Set. 2010.

Nobre f, coordenador geral. IV diretrizes brasileira de cardiologia 2010. Arq.


Bras cardiol 2010; 95(1 supl.1):1-51. Rio de Janeiro. 2010.

Faíco MMM, org. Livro Hipertensão Arterial Sistêmica. Editora FUNEC 2010.
256p. Caratinga – MG.

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