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OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA

IDOSOS HIPERTENSOS

Rafael Antonio Damazio


Prof. Rodrigo Lopes Cambos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (EFL0325) – Trabalho de Graduação
08/11/19

RESUMO
A pressão arterial consiste na força realizada pelo sangue contra a parede das artérias após a
contração cardíaca. Ela sofre influencia dos batimentos cardíacos e do volume de sangue circulante.
A hipertensão ocorre quando há aumento dos níveis da pressão arterial. Atualmente, a hipertensão
arterial é um dos problemas de maior incidência. A idade é um dos principais fatores de risco para
o desenvolvimento da doença. O exercício físico pode auxiliar na prevenção e controle da pressão
arterial, além de melhorar a qualidade de vida e o condicionamento físico. A hipertensão é um
problema de saúde pública, portanto, é importante controla-la. Os profissionais de educação física
estão aptos para auxiliar o idoso; elaborando exercícios que colaborem com o tratamento,
resultando na diminuição da pressão arterial e na melhora do condicionamento físico.

Palavras-chave: hipertensão arterial; idosos; exercícios aeróbicos.

1 INTRODUÇÃO

São inúmeros os benefícios da atividade física. Através dela ocorre à melhora da saúde e da
capacidade física, proporcionando benefícios como a diminuição da perda de massa óssea e muscular,
o aumento da força, coordenação e equilíbrio; melhora da capacidade funcional, promove bem-estar
e melhora o humor, além da redução da pressão arterial (NOGUEIRA et al, 2012).
Há inúmeros fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial, são eles: a
hereditariedade, a idade, o gênero, o grupo étnico, o nível de escolaridade, o status socioeconômicos,
a obesidade, o etilismo e o tabagismo. Existem abordagens preventivas e terapêuticas utilizadas em
tratamentos medicamentosos e não medicamentosos. O presente estudo discorrerá sobre idosos
hipertensos e como a atividade física pode auxiliar no controle da doença (ZAITUNE et al, 2005).
A hipertensão arterial é considerada uma das patologias de maior ocorrência em idosos e
está associada ao aumento da mortalidade. Frente a esse quadro, a atividade física vem sendo utilizada
na prevenção e redução. O resultado é a diminuição de complicações e melhora na qualidade de vida
(MONTENEGRO, 2015).
O tratamento medicamentoso é utilizado por hipertensos moderados e graves, e para
indivíduos que possuem fatores de risco para doenças cardiovasculares. Geralmente ocorre a
combinação de fármacos, principalmente em idosos e/ou com doenças relacionadas. Apesar de
diminuírem os valores da pressão arterial, bem como a morbidade e a mortalidade, os fármacos
utilizados tem alto custo e podem ocasionar efeitos colaterais, o que motiva o abandono do tratamento
(ZAITUNE et al, 2005).
Os tratamentos não medicamentosos possuem baixo custo, risco mínimo e age diminuindo
a pressão arterial. A redução de peso corporal, restrição alcoólica, o abandono do tabagismo e a
prática regular de atividade física são considerados auxiliares do tratamento medicamentoso. Podendo
assim, controlar os fatores de risco e modificar o estilo de vida, visando à prevenção ou controle da
doença (ZAITUNE et al, 2005).
Diversas classes de medicamentos podem ser usadas para começar o tratamento anti-
hipertensivo, como diuréticos, antagonistas dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da
angiotensina e antagonistas dos receptores da angiotensina II. Porém, medicamentos
betabloqueadores, não são indicados como tratamento de primeira linha em indivíduos hipertensos
idosos, principalmente naqueles que se exercitam, devido à redução do desempenho durante a
atividade física programada (SCHER; NOBRE; LIMA, 2008).
Os medicamentos anti-hipertensivos possuem diferentes efeitos durante o exercício físico,
portanto, para pacientes altamente ativos, esses efeitos devem ser considerados. Além de reduzir a
pressão arterial, o exercício físico reduz fatores de risco cardiovasculares (SCHER; NOBRE; LIMA,
2008).
A hipertensão é um problema de saúde pública, portanto, é importante controla-la. Os
profissionais de educação física estão aptos para auxiliar o idoso; elaborando exercícios que
colaborem com o tratamento, resultando na diminuição da pressão arterial e na melhora do
condicionamento físico.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No Brasil, aproximadamente 60% dos idosos são hipertensos. Sendo assim, um dos
principais fatores de risco para mortalidade nesses indivíduos, diminuindo a qualidade e expectativa
de vida (ESPERANDIO et al, 2013).
De acordo com a Organização Mundial da saúde, nos países em desenvolvimento, idosos
são indivíduos com 60 anos ou mais. O envelhecimento torna o indivíduo propenso a adquirir
hipertensão arterial (SCHER; NOBRE; LIMA, 2008).
Exercícios físicos são utilizados no tratamento da hipertensão arterial e diminuem a
complicações resultantes da doença. Os efeitos são obtidos através da vasodilatação, que aumentará
o fluxo sanguíneo resultando na diminuição da pressão arterial, do volume sistólico e da resistência
vascular periférica (MONTENEGRO, 2015).
É importante conhecer os medicamentos que o indivíduo utiliza para a monitoração do
treino, de acordo com os efeitos desse medicamento durante os exercícios. Os treinos devem ser de
baixa intensidade. Para betabloqueadores, padrões de treino normais podem reduzir a frequência
cardíaca, portanto não devem ser utilizados. Para diuréticos, o controle do treino será feito através da
frequência cardíaca, pois não altera o batimento cardíaco. Com vasodilatadores, é importante fazer
uma volta calma depois do treino para não acontecer uma hipotensão, esses fármacos promovem o
relaxamento da musculatura lisa e veias. O batimento cardíaco pode ser considerado para a realização
do exercício (FERREIRA; JUNIOR; NUNES, 2015).
Exercícios aeróbicos são os mais eficazes no controle da pressão arterial, pois trabalham
grandes grupos musculares e o movimento articular, porém podem ser combinados com exercícios
de força, sempre respeitando as limitações do indivíduo. O treino deve incluir séries aeróbicas, que
desenvolvam a resistência da musculatura localizada e exercícios de baixa intensidade, utilizando
exercícios isotônicos (os isométricos não são recomendados por causar vasodilatação contínua,
resultando na elevação da pressão arterial) (FERREIRA; JUNIOR; NUNES, 2015).
Os exercícios não devem ser executados até a falha concêntrica, principalmente na faixa de
50% a 90% do ritmo máximo e também a execução da manobra de valsava (expiração durante o
levantamento de peso e inspiração antes de levantar o peso), assim, diminuirá o aumento da pressão
arterial (FERREIRA; JUNIOR; NUNES, 2015).
Há características estruturais e funcionais no processo de envelhecimento, que devem ser
consideradas no momento da prescrição e da avaliação da atividade física. O exercício físico será
combinado com o tratamento medicamentoso. E para complementar é necessária uma mudança de
hábitos alimentares. (SCHER; NOBRE; LIMA, 2008).
Existe uma relação entre pressão arterial e sobrepeso. Idosos que se encaixam nesse grupo
necessitam de uma reeducação alimentar, além da prática de exercícios (ZAITUNE et al, 2005).

Efeitos do exercício físico no sistema cardiovascular


Durante o exercício físico ocorre a interação do sistema fisiológico, para que os sistemas,
principalmente o cardiovascular, aguentem a demanda metabólica imposta a ele. As respostas a esse
processo são agudas (ocorrem durante a realização) ou crônicas (dependem de adaptações fisiológicas
que acontecem num prazo mais longo, devido ao treinamento regular). O tipo e a amplitude das
respostas cardiovasculares dependem de fatores como, a população (jovens ou idosos, hipertensos ou
normotensos), o valor inicial da pressão arterial, a intensidade do exercício, do tempo de duração, o
tipo de exercício e a massa muscular (SCHER; NOBRE; LIMA, 2008).
No efeito agudo, nota-se que os valores da pressão arterial conservam-se abaixo dos níveis
encontrados no repouso. Isso ocorre em mulheres de meia-idade hipertensas, após exercícios
resistidos de intensidade moderada, e em idosos hipertensos sob tratamento farmacológico, com
sessões de 20 a 40 minutos e a 40% de uma repetição máxima. Para que essa diminuição tenha valor
clínico, ela deverá durar a maior parte das 24 horas seguintes ao exercício (SCHER; NOBRE; LIMA,
2008).
A diferenciação ente indivíduos treinados e sedentários concebe o significado de efeito
crônico. Diversas respostas agudas contínuas formam as adaptações crônicas, que induzirão as
diferentes respostas nos idosos treinados. Essas respostas serão manifestadas tanto durante o exercício
quanto durante o repouso (POLITO; FARINATTI, 2003).
Estudos sobre o efeito do exercício aeróbico e resistido (especialmente dinâmico) na pressão
arterial de indivíduos hipertensos demonstram que o treinamento resistido de intensidade moderada,
pode reduzir a pressão arterial (SCHER; NOBRE; LIMA, 2008).
O treinamento aeróbio (TA) reduz a PA, na medida clínica e na monitorização ambulatorial
da PA durante a vigília, sendo essa redução mais pronunciada nos hipertensos. Tal efeito na
PA ocorreu em virtude da redução na resistência vascular periférica (RVP), na qual o sistema
nervoso simpático e o sistema renina-angiotensina parecem estar envolvidos (SCHER;
NOBRE; LIMA, 2008).

Caminhada, treinamento resistido, atividades recreacionais, atividades e cicloergômetro e


alongamentos, são atividades que, quando combinadas, reduziram a pressão arterial. Há poucos
estudos sobre o treino resistido no controle da pressão arterial, é necessário saber mais sobre o
risco/benefício do treino resistido em idosos com e sem hipertensão arterial. O treino aeróbico ainda
é o mais indicado (SCHER; NOBRE; LIMA, 2008).
Uma avaliação clínica deve ser realizada antes do inicio dos treinos. O teste ergométrico é
feito em indivíduos que apresentarem outro fator de risco relacionado à hipertensão arterial. Esse
teste precisa ser feito em uso da medicação regular do paciente (MEDINA et al, 2010).
“Para pacientes com a PA não totalmente controlada em repouso ou hiper-reativos ao
exercício, sugere-se a medida da PA durante o exercício aeróbico e evitar o exercício no meio líquido.
Na prática, o exercício só é iniciado se a PA estiver menor que 160/105 mmHg” (MEDINA et al,
2010, p. 3).

Resposta fisiológica ao exercício físico

O transporte de glicose na célula muscular e a sensibilidade da célula à ação da insulina


aumentam durante o exercício. Um fator regulador de grande importância para determinar a taxa de
capitação da glicose durante e após o exercício é o aumento do aporte sanguíneo, que disponibiliza a
glicose para a musculatura (IRIGOYEN et al, 2003).
A glicose é transportada no músculo através de difusão facilitada, pelas proteínas
transportadoras, que os principais mediadores de ativação são o exercício e a insulina. Segundo
estudos, a translocação de proteínas transportadoras de compartimentos intracelulares para as
membranas é o principal mecanismo pelo qual o exercício aumenta o transporte de glicose
(IRIGOYEN et al, 2003).
“Este aumento na translocação de transportadores de glicose pode ser dependente ou não de
insulina. É possível haver translocação de GLUT4 para a membrana muscular durante o exercício
mesmo em ausência de insulina” (IRIGOYEN et al, 2003, p. 5).
A pressão arterial é força realizada pelo sangue na parede vascular, sendo definida pela
pressão sistólica (maior) e pressão diastólica (menor). (POLITO; FARINATTI, 2003).
A pressão diastólica representa a menor pressão nas artérias ocasionada pela diástole
ventricular cardíaca, quando o sangue está preenchendo as cavidades ventriculares. O fluxo
de sangue através da circulação sistémica depende, parcialmente, da diferença de pressão
entre a aorta e o átrio direito. Durante os exercícios, a pressão sistémica tende a aumentar. A
diferença entre as pressões sanguíneas na aorta e no átrio direito aumenta e,
consequentemente, há um aumento da velocidade de deslocamento do fluxo, principalmente
para os grupos musculares mais exercitados. No exercício aeróbio, à medida que o débito
cardíaco aumenta, a resistência periférica eleva-se nos tecidos metabolicamente menos
ativos, enquanto tende a diminuir na musculatura em trabalho. Com isso, e dependendo da
massa muscular ativa, a resistência periférica total sofre um decréscimo, com aumento de
fluxo sanguíneo geral e aumento apenas moderado da pressão arterial média. Por outro lado,
durante o exercício de força, tanto a PAS quanto a PAD tendem a se elevar, ocasionando um
aumento também expressivo na pressão arterial média, mesmo que por um período curto de
tempo. Isoladamente, a PAS e a PAD exibem comportamentos diferenciados durante o
exercício. Em atividades contínuas de intensidade progressiva, a PAS aumenta em proporção
direta à intensidade do exercício, em função da elevação do débito cardíaco (3). Em exercício
máximo, pode ultrapassar os 200 mmHg. A pressão diastólica pouco varia durante a prática
de exercícios de natureza aeróbia, quando comparada à PAS e à FC (43, 52, 55), posto que a
pressão sistémica durante a diástole cardíaca tende a permanecer nos níveis de repouso. Em
atividades com forte componente estático, em função da constrição capilar pelos músculos
ativos, aliada ao aumento do débito cardíaco, pode ocorrer elevação significativa da PAD.
No exercício contra resistência, a pressão arterial pode atingir valores maiores do que nas
atividades contínuas aeróbias. (POLITO; FARINATTI, 2003).

Hipertensão arterial e obesidade


Sabe-se que a obesidade é um fator e rico para o desenvolvimento e hipertensão arterial.
Estudos apontam um aumento de três a oito vezes na frequência de hipertensão arterial em obesos.
Dentre os indivíduos hipertensos, a prevalência de obesidade é grande quando comparada a
normotensos. Há relação entre as doenças, porém há necessidade de esclarecimento sobre os
mecanismos responsáveis pelas consequências do aumento de peso. Até 30% dos indivíduos
hipertensos são consequências da obesidade. Por outro lado, há estudos que relatam que a perda de
peso, mesmo que pequena, diminui a pressão arterial e melhora outras mudanças metabólicas,
reduzindo a mortalidade (FERREIRA; ZANELLA, 2000).
“Tentativas de explicar as elevações da pressão arterial na obesidade apenas por fatores
hemodinâmicos não foram convincentes, pois diferenças hemodinâmicas entre obesos e não obesos
desaparecem quando os parâmetros são ajustados para a superfície corporal” (FERREIRA;
ZANELLA, 2000, p. 1).

3 MATERIAL E MÉTODOS

Uma revisão narrativa foi realizada de 12 de Setembro a 08 de novembro de 2019,


com a finalidade analisar os benefícios da atividade física para idosos hipertensos. A revisão
bibliográfica foi realizada através de sites (Scielo e Google Acadêmico), utilizando artigos
científicos do período de 2008 a 2015. Para a construção do artigo foram usadas palavras chaves
como: idosos hipertensos, hipertensão arterial, atividade física para idosos, exercícios aeróbicos
para hipertensão arterial, hipertensão arterial e obesidade.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O envelhecimento traz consigo o aumento da inatividade física, contribuindo para a


ocorrência de doenças crônicas, como a hipertensão arterial. Sabe-se que o idoso é mais propenso as
consequências do sedentarismo, portanto, é necessário compreender os efeitos do envelhecimento
associados a esse fator (NOGUEIRA et al, 2012).
Há estudos que comprovam os efeitos do exercício físico programado. É necessária a
supervisão por profissional habilitado, pois há cuidados a serem tomados na população de idosos
hipertensos. A intensidade, frequência, duração, modo e progressão da atividade devem ser
escolhidos de acordo com as preferencias individuais, respeitando as limitações impostas pela idade
e medicamentos utilizados pelo indivíduo. Exercícios de leve intensidade com maior número de
repetições combinados com exercícios aeróbicos são benéficos para a diminuição da pressão arterial
(BARROSO et al, 2008; FERREIRA; JUNIOR; NUNES, 2015).
A frequência cardíaca é o resultado do quanto o coração deve trabalhar para atender as
demandas metabólicas após o inicio da atividade física. O sangue presente na circulação aumenta à
medida que os músculos esqueléticos necessitem de oxigênio (POLITO; FARINATTI, 2003).
Para prevenção da hipertensão arterial, o ideal é que o indivíduo faça pelo menos 30 minutos
de exercícios físicos moderados em pelo menos cinco vezes na semana. Para indivíduos hipertensos,
o treinamento aeróbico é indicado, e pode ser realizado com diferentes modalidades, pelo menos três
vezes na semana com duração de 30 minutos, com intensidade leve a moderada (40% a 60% da
frequência cardíaca). O treinamento resistido pode complementar o treinamento aeróbico, executando
8 a 10 exercícios contendo 1 a 3 séries com 10 a 15 repetições com intensidade leve (50% de um RM)
e realizados até a fadiga moderada. É necessário realizar uma longa pausa entre as séries e os
exercícios (MEDIANO et al, 2010).
As contrações são acompanhadas de movimentos articulares nos exercícios físicos aeróbicos,
portanto, não ocorre obstrução mecânica do fluxo sanguíneo. O aumento da atividade nervosa
simpática ocasionará um acréscimo da frequência cardíaca, do débito cardíaco e do volume sistólico
e uma diminuição da resistência vascular periférica. Assim, enquanto ocorrem os exercícios
dinâmicos, é possível observar o aumento, manutenção ou redução da pressão arterial (NOGUEIRA
et al, 2012).
A mudança dos hábitos alimentares é necessária para a melhoria significativa da pressão
arterial. O sobrepeso ou obesidade influencia o desenvolvimento de doenças cardiovasculares,
podendo anular os benefícios do exercício físico para a pressão arterial (NOGUEIRA et al, 2012).
O equilíbrio no consumo de sódio (2,4 g/dia) e álcool (30 ml de etanol/dia para homens e a
metade para mulheres), ingestão de alimentos ricos em potássio, magnésio, cálcio e fibras e pobre em
gorduras saturadas, prática de exercício físico regular, diminuição de pesos em obesos, são medidas
que podem ser adotadas por idosos, que além de reduzir o uso de anti-hipertensivos, melhorarão
outros fatore de ricos cardiovasculares e a qualidade de vida (MIRANDA et al, 2002).

5 CONCLUSÃO

Há inúmeros fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial, são eles: a


hereditariedade, a idade, o gênero, o grupo étnico, o nível de escolaridade, o status socioeconômico,
a obesidade, o etilismo e o tabagismo. Existem abordagens preventivas e terapêuticas utilizadas em
tratamentos medicamentosos e não medicamentosos (ZAITUNE et al, 2005).
O exercício físico é recomendado para idosos hipertensos, devido a seus benefícios sobre o
controle metabólico, previne as complicações da doença e o risco de desencadear outras doenças
cardiovasculares. Além de outros benefícios psicossociais e baixo custo (IRIGOYEN et al, 2003).
Conclui-se que a hipertensão arterial é considerada uma das patologias de maior ocorrência
em idosos e está associada ao aumento da mortalidade. Frente a esse quadro, a atividade física vem
sendo utilizada na prevenção e redução. O resultado é a diminuição de complicações e melhora na
qualidade de vida. O educador físico tem papel essencial no auxilio do controle e prevenção da
doença. Através de exercícios aeróbicos e resistidos, e mudanças no habito de vida, o idoso poderá
observar melhora em sua qualidade de vida.
São necessários mais estudos nessa área do conhecimento, principalmente sobre o efeito do
treino resistido em idosos hipertensos, levando em consideração as patologias apresentadas, os anti-
hipertensivos utilizados e os hábitos de vida.

REFERÊNCIAS

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