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Hipertensão arterial

em pacientes obesos
INTRODUÇÃO
A relação entre obesidade e
hipertensão arterial tem sido objeto de
estudo e debate há décadas. A
obesidade, é reconhecida como um fator
de risco independente para o
desenvolvimento e agravamento da
hipertensão.
A complexidade dessa interação
reside na multifatorialidade das duas
condições e nas vias fisiopatológicas que
as conectam.
OBJETIVOS GERAIS:
Este trabalho, tem por objetivo expor a eficácia de
uma prática educativa voltada para a prevenção e
controle da hipertensão arterial em pacientes
obesos

ESPECÍFICOS:
● Identificar: causas que levam pacientes obesos a
desenvolver HAS;
● Orientar: pacientes obesos sobre sua saúde
cardiovascular, incluindo dicas sobre hábitos
alimentares, atividade física e adesão ao tratamento;
● Desenvolver e implementar: intervenção educativa
personalizada;
Público-alvo
O público-alvo são pessoas
obesas, pois a obesidade é um
fator de risco para a elevação
da pressão arterial
ASSOCIAÇÃO ENTRE HIPERTENSÃO E OBESIDADE
OBESIDADE
● Definição: Segundo a OMS, obesidade é o excesso de gordura corporal, em
quantidade que determine prejuízos à saúde.
● Estatística: Conforme a Pan American Health Organization (PAHO), mais de um
bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo, ou seja, uma em cada oito
pessoas.

HIPERTENSÃO
● Definição: De acordo com o Ministério da Saúde, a hipertensão arterial é uma
doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas
artérias.
● Estatística: Segundo a OMS, estima-se que,

X
no mundo, mais de um bilhão de adultos, entre
30 e 79 anos, têm hipertensão arterial.
ASSOCIAÇÃO ENTRE HIPERTENSÃO E OBESIDADE
COMORBIDADE
● Definição: Comorbidade é a ocorrência de duas ou mais doenças relacionadas
no mesmo paciente e ao mesmo tempo.
● Etiologia: “A obesidade promove o acúmulo de gordura na parede dos vasos
sanguíneos, facilitando o aumento da pressão com que o sangue 'bate' na
parede do vaso e, portanto, promovendo a elevação da pressão arterial”, afirma
o cardiologista Paulo César Sadala Ferreira.
● Estatística: No estudo de Framingham, aproximadamente 70% dos novos
casos de hipertensão foram atribuídos ao excesso de gordura corporal.

X
CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE

GRAU 1 GRAU 2 GRAU 3


Os principais indícios Diminuição do bem-estar físico e a Classificada como mórbida,
dessa fase são fadiga e qualidade de vida. Tendência a pode levar o paciente a óbito,
dores musculares. desenvolver hipertensão e pois, começa a causar uma
diabetes mellitus. E risco de infarto insuficiência venosa e o
ou até mesmo um câncer. aumento significativo de
doenças cardiovasculares
DOENÇAS SUBDESENVOLVIDAS
Derrames cerebrais

A elevação da pressão arterial Infarto agudo do miocárdio


compromete principalmente o
coração, cérebro, rins e grandes vasos Aneurisma da aorta
arteriais, causando doenças graves.
Insuficiência renal

Alterações hormonais
O excesso de peso que leva à
obesidade pode ser causado por Genética
diversos fatores.
Idade
INFLUÊNCIA HISTÓRICA

➔ 1711: A primeira vez que uma pressão foi


aferida, por Stephen Halles, na Inglaterra, o
exímio era um cavalo.
➔ 1896: Estudos avançaram, após o italiano
Riva Rocci produzir os primeiros aparelhos de
pressão.
➔ 1905: O russo Korotkoff desenvolveu o
método auscultatório de medida indireta da
pressão arterial, através do
esfigmomanômetro.
➔ 1950: Após esse ano, os clínicos receitavam
para combater a hipertensão medicamentos
inócuos, à base de papaverina, sedativos e
aminofilina.
FATORES GENÉTICOS

A base genética que pode ser


transmitida são:

● Péptica e monoaminas
● Metabolismo basal
● Regulação metabólica dos
nutrientes energéticos
ASPECTO CULTURAL E SOCIOECONÔMICO

● Atualmente, o alto índice de desigualdade social e cultural tem um grande


impacto na saúde da população. Tendo em vista que manter uma alimentação
adequada e de qualidade nos dias atuais exige um alto investimento
financeiro.

● Nos países desenvolvidos, a educação e ocupação dos indivíduos se


apresentam como um dos principais fatores decisivos para o desenvolvimento
da obesidade.

● Nos países mais subdesenvolvidos, pessoas de baixa classe socioeconômica


possuem uma relativa proteção da obesidade, visto que apresentam um baixo
poder de consumo de energia associado a um alto gasto energético.
ASPECTOS PSIQUIÁTRICOS
A obesidade acaba sendo uma perturbação comportamental e
emocional, podendo desenvolver na pessoa outras doenças como
ansiedade, depressão, compulsão alimentar entre outros.

COMPULSÃO ALIMENTAR TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL


● Comer uma grande quantidade de ● Objetivo: ajudado nos hábitos
comida mesmo sem fome para ter alimentares, identificar causar da
alívio emocional. vontade de comer e trabalhar
● Sentimento de culpa. com o psicológico dessas pessoas
MÁ ALIMENTAÇÃO E DIETAS

● De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC),


as principais orientações para prevenir a hipertensão
incluem a redução de peso, adoção da dieta estilo DASH
(Dietary Approach to Stop Hypertension), controle do
consumo de sódio e álcool, aumento da ingestão de
potássio.
● Tanto a dieta mediterrânea (rica em grãos integrais,
legumes, frutas, vegetais, nozes, azeite de oliva e peixes)
quanto a DASH (rica em frutas, legumes e laticínios com
baixo teor de gordura, pobre em gorduras saturadas e
colesterol e restrita em sódio) demonstraram uma relação
inversa com a pressão arterial, resultando em uma redução
subsequente no risco cardiovascular.
ATIVIDADE FÍSICA
● No final dos anos 60, o Dr. Kenneth H. Cooper, iniciou questionamentos e
pesquisas que buscavam estabelecer uma ligação entre doenças
cardíacas, sedentarismo, obesidade e maus hábitos alimentares.
● Nas últimas três décadas, uma série de estudos e revisões têm
constatado o papel benéfico de programas de exercícios aeróbicos na
redução dos níveis de PA de indivíduos hipertensos.
● Um dos maiores progressos em termos de saúde pública nestes últimos
anos tem sido a massificação da prática, cada vez mais consciente, da
atividade física.
CONTROLE

● A perda de peso por meio de uma alimentação saudável e


da prática regular de atividades físicas pode contribuir
significativamente para o controle da pressão arterial, além
do tratamento medicamentoso.

● Qualquer mudança no tratamento deve ser sempre


discutida com um profissional de saúde qualificado, que
poderá oferecer orientações personalizadas levando em
consideração as necessidades individuais do paciente.
MEDICAMENTOS PRESCRIÇÃO
- Diuréticos;
AÇÃO - Inibidores adrenérgicos;
- Vasodilatadores diretos;
Os agentes anti-hipertensivos
- Inibidores da enzima conversora
devem permitir não somente a
de angiotensina;
reduzir a pressão arterial, mas
- Antagonistas dos canais de cálcio;
também a redução da taxa de
- Antagonistas do receptor da
eventos cardiovasculares fatais
angiotensina II
e não-fatais.

ACESSO CLASSIFICAÇÃO
Devem ser levados em
Os medicamentos são
consideração os princípios:
oferecidos gratuitamente
pelo Sistema Único de - Instruir o paciente sobre a
Saúde (SUS) nas Unidades doença e efeitos colaterais;
Básicas de Saúde (UBS) e - Condições socioeconômicas;
pelo programa Farmácia - Eficiência pela via oral.
Popular.
TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA NO PACIENTE OBESO

O tratamento farmacológico no hipertenso obeso deve levar em


consideração todos os mecanismos envolvidos na síndrome
metabólica.

● Bloqueadores dos canais de cálcio: são úteis à medida que


exercem um papel neutro sobre a síndrome metabólica.
● Diuréticos: muitas vezes se fazem necessários por seu efeito
natriurético e redução da volemia
● Inibidores adrenérgicos: de ação central exercem benefícios
sobre a resistência vascular periférica e redução do tônus
simpático
● Betabloqueadores: agem na redução do tônus simpático e do
débito cardíaco
CIRÚRGIA BARIÁTRICA

A cirurgia bariátrica pode ser uma grande aliada no


combate à hipertensão.

● Indicação: o procedimento é indicado para tratar casos de


obesidade grave.
● Procedimento: redução do tamanho do estômago e
possivelmente a alteração do trajeto do intestino.
● Estatística: Um estudo conduzido pelo Hospital do Coração,
em São Paulo, com 100 indivíduos com obesidade de grau 1
e 2, revelou que 40% daqueles que passaram pela cirurgia
bariátrica experimentaram uma redução significativa na
pressão arterial, sem necessidade de medicação.
● Acesso pelo SUS: Atualmente, pacientes podem recorrer ao
SUS para obter de maneira gratuita o procedimento.
PRÁTICAS EDUCATIVAS
A prática educativa proposta são encontros, que utilizarão
abordagens multimodais, para conscientizar pacientes
obesos que já possuem ou têm risco de adquirir hipertensão,
por meio da orientação de profissionais

➔ Encontro: Serão em uma Unidade Básica de Saúde,


ocorrendo semanalmente, em horário e dia
estabelecido pela equipe que irá conduzir.
➔ Orientações: Informações que ajudarão os pacientes a
buscar a melhoria de sua saúde. Exemplo:
- Como funciona a hipertensão e a obesidade, expondo
quais órgãos são afetados, quais são as complicações
geradas e quais doenças podem ser subdesenvolvidas.
➔ Material de apoio - Cartão: Serão distribuídos
cartões para o controle da hipertensão arterial que
contém também informações sobre a obesidade.
CONCLUSÃO

Portanto, a integração de programas educativos no cuidado desses


pacientes pode ser considerada uma medida crucial para
enfrentar o desafio crescente da hipertensão arterial em indivíduos
obesos, visando não apenas a redução dos fatores de risco, mas
também a melhoria da qualidade de vida e a prevenção de
complicações cardiovasculares futuras. Por meio dessa abordagem
educativa, os pacientes obesos podem ser capacitados a tomar
decisões informadas sobre sua saúde e adotar medidas
preventivas para reduzir o risco de complicações.
REFERÊNCIAS
Alunas:

Beatriz Ceranto
Catharina da Silva
Evellen Carolina Fernandes
Gabriela da Silva
Haysa Luara Peixinho
Julia da Silva
Juliana Safra
Luiza Rafacho
Maria Jullia Caversan

Obrigada!

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