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ALOPURINOL

Nome Genérico: alopurinol.


Grupo farmacológico: Análogo da purina
uricosúrico.
Classe Química: inibidor da xantina-oxidase .
Classe Terapêutica: antigotoso.
Forma Farmacêutica e Apresentação:

- Alopurinol 300 mg, comprimido


- Alopurinol 100 mg, comprimido
- Zyloric 100 mg, comprimido
- Zyloric 300 mg, comprimido

INDICAÇÕES

Sorenson e Ling (1993) indicam o


alopurinol para diminuir a concentração de íons
de urato e amônia na urina, usado como tratamento de urolitíase em cães.
Atua como leishmaniostático e tripanostático por ser biotransformado em
substâncias que interrompem a síntese de RNA, interferindo na síntese proteica.
NÃO PROMOVE A CURA DA LEISHMANIA, apenas melhora as lesões cutâneas e o dano
renal, pela redução proteinúria.

Em humanos a indicação é para:


- Gota (artrite gotosa, nefropatia gotosa por ácido úrico)
- Hiperuricemia
- Cálculos renais de cálcio, recorrentes
- Cálculos renais de urato.

CONTRAINDICAÇÕES / PRECAUÇÕES

Contraindicado para pacientes com alergia prévia a esta substância.

EFEITOS ADVERSOS

O tratamento com alopurinol pode causar náusea, vômito, diarréia e tontura.

REPRODUÇÃO, GESTAÇÃO E LACTAÇÃO

A segurança do uso do alopurinol durante a gestação não está bem estabelecida.


Em humanos, é classificada como categoria C. E estudos indicam que a substância é
eliminada no leite.

ADMINISTRAÇÃO E DOSES

VIAS
- oral

FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO E DOSAGEM

Canino:12/12 horas
Dosagem: 15/kg

Felinos: 24/24 horas


Dosagem: 9mg/kg

Usado tambem em equinos, aves e répteis.

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

De acordo com o quadro e evolução de cada paciente


.
DOSAGEM INDICADA

Animais com insuficiência cardíaca, hepática ou renal, recomenda-se a diminuição


da dose.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

- 3–ampicilina: o alopurinol aumenta o risco de reações cutâneas provocadas pela


ampicilina.
- 3–antiácidos: o hidróxido de alumínio inibe a resposta ao alopurinol.
- 3–anticoagulantes: aumento dos efeitos dos anticoagulantes, mas parece que não
interage com o warfarin.
- 2–azatioprina: aumento da toxicidade da azatioprina, necessitando redução da sua
dosagem.
- 3–ciclofosfamida: possibilidade de aumento da toxicidade da ciclofosfamida.
- 3–didanosina: aumento dos efeitos da didanosina.
- 2–inibidores da ECA: predisposição a reações de hipersensibilidade, incluindo
síndrome de Stevens-Johnson, erupções cutâneas, febre e artralgias.
- 2–mercaptopurina: aumento dos efeitos da mercaptopurina, com aumento do risco
de toxicidade.
- 3-teofilina: aumento dos efeitos da teofilina.

FARMACODINÂMICA

O alopurinol é isômero da hipoxantina e inibidor da xantina oxidase, enzima


responsável pela conversão das oxipurinas (hipoxantina e xantina) em ácido úrico. Esta
droga promove diminuição da concentração de ácido úrico na urina (Ling et al, 1991).

FARMACOCINÉTICA

O Alopurinol é rapidamente absorvido no trato gastrointestinal superior. Em


humanos, após a administração o produto é encontrado no sangue em 30 a 60 minutos e a
biodisponibilidade varia entre 67% a 90%. Os picos plasmáticos ocorrem aproximadamente
1,5 horas após a administração oral, caindo rapidamente após 6 horas.

REFERÊNCIAS

Sorenson, J. L.; Ling, G. V. Diagnosis, prevention, and treatment of urate urolithiasis in


Dalmatians . Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 203, n.6, p.

https://www.vetsmart.com.br/cg/produto/1357/alopurinol

http://www2.far.fiocruz.br/farmanguinhos/images/stories/phocadownload/prednisona.pdf
DOMPERIDONA

Nome Genérico: Domperidona


Grupo farmacológico: Procinético, antiemético,
antagonista dopaminérgico.
Classe Química
Classe Terapêutica: Antiemético e Gastrocinético
Forma Farmacêutica e Apresentação

- Domperidona 10 mg, comprimido (60 un)


- Domperidona 10 mg, comprimido (30 un)
- Domperidona 5 mg / 5 mL, suspensão oral (100 mL)
- Motilium 10 mg, comprimido
- Motilium 1 mg/mL, suspensão oral

INDICAÇÕES

Antagonista da dopamina procinético, antiemético, estimulante da


lactação e, experimentalmente, leishmaniostático.

CONTRAINDICAÇÕES / PRECAUÇÕES

Não usar em gestantes; usar com cautela em cães das raças Collie, Pastor
Australiano, Pastor de Shetland e seus mestiços.
Não utilizar em animais com obstrução gástrica.

EFEITOS ADVERSOS

Pode causar lactação prematura em éguas, galactorréia e ginecomastia.


Não causa efeitos adversos no SNC por não atravessar a barreira hematoencefálica.

ADMINISTRAÇÃO E DOSES

VIAS
- IM
- Oral (Para tratamento da leishmania visceral canina somente por via oral).

FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO E DOSAGEM

- 12 / 12 horas (leishmaniose visceral canina);


- 24 / 24 horas

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Durante 30 dias para o tratamento de leishmaniose visceral canina.

DOSAGEM INDICADA
Cães
- Padrão: 0,05-0,1 mg/kg
- Leishmania visceral canina: 1 mg/kg

Felinos
- Padrão: 0,05-0,1 mg/kg

Equinos

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ANTIBIÓTICOS MACROLÍDEOS

Tipo de interação - Sinergismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Domperidona.
Mecanismo de ação - Inibição do metabolismo de primeira passagem da Domperidona.
Conduta - Evitar o uso.

ANTIÁCIDOS

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido da Domperidona.
Mecanismo de ação - Diminuição da biodisponibilidade.
Conduta - Evitar o uso.

CETOCONAZOL

Tipo de interação - Sinergismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Domperidona.
Mecanismo de ação - Inibição do metabolismo de primeira passagem da Domperidona.
Conduta - Evitar o uso.

NEFAZODONA

Tipo de interação - Sinergismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Domperidona.
Mecanismo de ação - Inibição do metabolismo de primeira passagem da Domperidona.
Conduta - Evitar o uso.

Não deve ser administrado em conjunto com antiácidos.

FARMACODINÂMICA
Antagonista da dopamina com propriedades antieméticas, atuando no antagonismo
dos receptores dopaminérgicos na zona quimiorreceptora do gatilho e aumenta a ação da
acetilcolina no trato gastrointestinal.
A domperidona também estimula a liberação de prolactina a partir da hipófise.

FARMACOCINÉTICA

Ocorre ampla distribuição tecidual da domperidona com baixas concentrações no


cérebro.
Pequenas quantidades da droga atravessam a placenta em ratas.
A Domperidona sofre um rápido e extenso metabolismo hepático e presenta
excreção urinária e fecal.

CONSIDERAÇÕES LABORATORIAIS

Pode alterar resultados de avaliação de ACTH, ALT, AST, e prolactina.

REFERÊNCIAS

https://www.vetsmart.com.br/cg/produto/2522/domperidona
MARBOFLOXACINA - receita especial - controle humano

Nome Genérico: Marboflsxacina


Grupo farmacológico
Classe Química
Classe Terapêutica: Antimicrobiano bactericida, quinolona
de 2 a geração.
Forma Farmacêutica e Apresentação

- Marbofloxacina 82,5 mg, comprimido (10 un)


- Marbofloxacina 100 mg, comprimido
- Marbofloxacina 50 mg, comprimido
- Marbofloxacina 25 mg, comprimido
- Marbofloxacina 200 mg, comprimido
- Marbofloxacina 27,5 mg, comprimido
(10 un)

INDICAÇÕES

Marbofloxacina é um antibiótico com


ação contra bactérias gram-negativas e
algumas gram-positivas. E. coli, Klebsiella
pneumoniae, Staphylococcus aureus e
epidermidis, Pasteurella multocida, Proteus mirabilis, Mycoplasma spp. E Rickettsia ricketsii.
As fluoroquinolonas são indicadas para o tratamento de infecções no trato
geniturinário, incluindo prostatite, infecções dérmicas e infecções respiratórias em cães
(VIEIRA & PINHEIRO, 2004). Além de gastroenterite bacteriana grave, otite, osteomielite,
meningoencefalites e endocardites causadas por estes microorganismos (GÓRNIAK, 2006).
Em bovinos e suínos é indicado para o tratamento das doenças infecciosas
bacterianas em bovinos e suínos causadas por agentes Gram-positivos e Gram-negativos
sensíveis à Marbofloxacina. Em bovinos, os agentes etiológicos susceptíveis ao Resolutor®
são: Dichelobacter nodosus, Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida,
Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes e Fusobacterium necrophorum. Já em
suínos, os agentes etiológicos susceptíveis são: Mycoplasma hyopneumoniae,
Actinobacillus pleuropneumoniae, Actinobacillus suis, Bordetella bronchiseptica,
Haemophilus parasuis, Escherichia coli, Erysipelothrix rhusiopathiae, Salmonella enterica
sorovar Typhimurium, Streptococcus suis, Pasteurella multocida e Staphylococcus hyicus.

CONTRAINDICAÇÕES / PRECAUÇÕES

Deve-se evitar o uso desta substância em animais jovens, porque pode causar lesão
na cartilagem (VIEIRA & PINHEIRO, 2004).
Evitar o uso em animais de pequeno e médio porte nos primeiros oito meses de vida
(ANDRADE et al., 2002), e em cães de raças grandes e gigantes durante os primeiros 18
meses (BOOTHE & HOSKINS, 1997).
É contra-indicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade a quinolonas.

EFEITOS ADVERSOS
Ocasionalmente pode causar
- náuseas,
- vômito e
- diarreia.
Todas as fluoroquinolonas podem causar artropatia em animais jovens. Cães de
4-28 semanas de idade são mais sensíveis.
Em cães tratados prolongadamente com quinolonas, tem-se relatado alterações da
espermatogênese e/ou atrofia testicular.

REPRODUÇÃO, GESTAÇÃO E LACTAÇÃO

A segurança do uso em animais gestantes não foi estabelecida, sendo assim


sua utilização é contra-indicada nessa situação.

SUPERDOSAGEM

Altas concentrações podem causar toxicidade no SNC, especialmente em animais


com insuficiência renal (VIEIRA & PINHEIRO,2004).

ADMINISTRAÇÃO E DOSES

VIAS

- Oral
- IM

FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO E DOSAGEM

Cães e gatos
- 24/24 horas
- 2,75 - 5,5 mg/kg

Bovinos e suinos

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
ANTICOAGULANTES

Tipo de interação - Sinergismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado dos anticoagulantes, com risco de
sangramento.
Conduta - Evitar o uso.

CICLOSPORINA
Tipo de interação - Toxicidade.
Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Nefrotoxicidade.
Conduta - Evitar o uso.

CLORANFENICOL

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído de ambas as substâncias.
Conduta - Ajustar dose.

HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído da Marbofloxacina.
Mecanismo de ação - Diminuição da absorção.

HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído da Marbofloxacina.
Mecanismo de ação - Diminuição da absorção.

METILXANTINA

Tipo de interação - Toxicidade.


Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Neurotoxicidade.
Conduta - Evitar o uso.

NITROFURANTOÍNA

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído da Marbofloxacina
Conduta - Incompatível.

PROBENECIDA

Tipo de interação - Sinergismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Marbofloxacina.
Mecanismo de ação - Inibição da secreção tubular da marbofloxacina.
Conduta - Ajustar dose.
SUCRALFATO

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído da Marbofloxacina.
Mecanismo de ação - Diminuição da absorção.
Conduta - Intervalo de 2 horas entre as medicações.

TEOFILINA

Tipo de interação - Sinergismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Teofilina.
Conduta - Evitar o uso.

FARMACODINÂMICA

São substâncias químicas pertencentes ao grupo das quinolonas de 2ª geração -


fluorquinolonas. São antimicrobianos bactericidas e sua atividade se relaciona com a
inibição das topoisomerases bacterianas do tipo II, também conhecida como DNA girase,
impedindo o enrolamento da hélice de DNA numa forma superespiralada (GÓRNIAK, 2006).

FARMACOCINÉTICA

Após administração oral, é rapidamente absorvida, porém o pico máximo de


concentração sérica varia conforme a espécie animal (em cães atinge o pico máximo em
0,9 horas). Uma das principais vantagens do uso das fluorquinolonas é seu largo volume de
distribuição, além da baixa ligação com as proteínas plasmáticas.

O grau de biotransformação é bastante variável, as fluorquinolonas são parcialmente


biotransformadas, sendo excretadas na urina e na bile, em altas concentrações, como
substância ativa.

CONSIDERAÇÕES LABORATORIAIS

Tem-se relacionado o aparecimento de cristalúria em animais com urina alcalina e


tratados com fluorquinolonas; portanto, quando o uso destes antimicrobianos for
prolongado, recomenda-se hidratação adequada e acidificação da urina.

REFERÊNCIAS

https://www.vetsmart.com.br/cg/produto/2182/marbofloxacina
PREDNISOLONA

Nome Genérico: Prednisolona.


Grupo farmacológico: Corticosteróide.
Classe Química: glicocorticóide sintético
Classe Terapêutica: glicocorticóide sistêmico, hormônio
corticosteróide
Forma Farmacêutica e Apresentação

Uso veterinário:

Prednisolona 5 mg, comprimido

● Prednisolona 10 mg, comprimido


● Prednisolona 20 mg, comprimido
● Pred fort 5 mL, frasco conta-gotas
● Prelone Suspensão, frasco (30 mL)
● Prelone Suspensão, frasco (60 mL)
● Prelone Suspensão, frasco (120 mL)
● Prelone 5 mg, comprimido
● Prelone 20 mg, comprimido
● Predsim 3 mg / mL, solução oral (60 mL)
● Predsim 3 mg / mL, solução oral (100 mL)
● PRED MILD® Suspensão oftálmica 1,2 mg, frasco (5 mL)
● PRED MILD® Suspensão oftálmica 1,2 mg, frasco (10 mL)

Em humanos:
● Comprimidos de 20 mg
○ 5, 10, 20 3 40 comprimidos
○ Solução oral em frascos de 100 mL.

INDICAÇÕES

- Anti-inflamatório
- Imunossupressor
- Doenças neurológicas
- Terapia de reposição no hipoadrenocorticismo.

A prednisolona pode ser indicada no tratamento de doenças inflamatórias


imunomediadas, como miosites, poliartrites, meningites e lúpus eritematoso, e ainda no
tratamento de otite externa, edema espinhal vasogênico, lúpus, doença obstrutiva pulmonar
crônica (ROCHA e JOAQUIM, 2012) e outros casos a critério do médico veterinário.
No cão, é indicada a associação de trimeprazina e prednisolona para alívio do
prurido. Além disso, também pode ser usada como coadjuvante em terapias antineoplásicas
(GROSS, 2013).

CONTRAINDICAÇÕES / PRECAUÇÕES
Nefropatas, hepatopatas, endocrinopatas (salvo hipocortisolismo), cardiopatas,
pacientes com úlceras gástricas, imunossuprimidos de qualquer natureza, gestantes e
lactantes, pacientes que apresentem quadros hemorrágicos, glaucoma, úlceras de córnea,
infecções fúngicas. Além disso, não se recomenda utilizar esta medicação de maneira
concomitante às vacinas.

EFEITOS ADVERSOS

A retirada abrupta do tratamento com glicocorticoides pode ocasionar efeitos como


- febre,
- mialgia e
- artralgia,
podendo ser confundidos com a exacerbação dos sintomas prévios da doença tratada
(MACEDO e OLIVEIRA, 2010).
Os glicocorticóides causam diversos efeitos adversos, que podem, porém, ser
controlados com o ajuste adequado da dose durante o tratamento. Dentre eles estão:

- Distúrbios eletrolíticos - diabete melito,


como retenção de sódio e - hipertensão arterial,
edema (poliúria), - tromboembolismo,
- excreção aumentada de - glaucoma,
potássio (polidipsia), - fraqueza muscular,
- excreção aumentada de - fraturas ósseas,
cálcio (polifagia), - necrose asséptica da
- náuseas, cabeça do fêmur,
- vômitos, - neutrofilia,
- úlcera péptica, - eosinopenia,
- esofagite, - linfopenia,
- pancreatite, - monocitopenia e
- hipercortisolismo, - púrpuras (ROCHA e
- insuficiência suprarrenal JOAQUIM, 2012).
secundária,
Como os glicocorticoides dificultam a deposição de fibrina e a proliferação de
fibroblastos acabam por retardar o processo de cicatrização (MACEDO e OLIVEIRA, 2010).

REPRODUÇÃO, GESTAÇÃO E LACTAÇÃO

A prednisolona quando utilizada no terço final da gestação pode induzir o parto


prematuro além do risco de causar distocia, morte fetal, retenção de placenta e metrite
(GROSS, 2013).
SUPERDOSAGEM

Os principais efeitos de doses altas de glicocorticoides são infecções secundárias


quando utilizados com finalidade de imunossupressão, porém todos os efeitos adversos
listados podem ser exacerbados.

ADMINISTRAÇÃO E DOSES

VIAS
- Oral
- IM

FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO E DOSAGEM

- 12 horas

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

De acordo com protocolo médico.

DOSAGEM INDICADA

Cães
- Uso em alergias: 0,5-1,0 mg/kg
- Uso em imunossupressão: 2 mg/kg
- Uso contínuo em manhãs alternadas: 0,5 - 2 mg/kg

Felinos
- Uso em alergias: 1 mg/kg
- Uso em imunossupressão: 3 mg/kg
- Uso em contínuo em noites alternadas 2-4 mg/kg

Silvestres e exóticos.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ANTICOAGULANTES

Tipo de interação - Sinergismo/Antagonismo.


Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado ou diminuído dos anticoagulantes.
Conduta - Ajustar dose

BARBITÚRICOS

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído da Prednisolona.
Mecanismo de ação - estimulação do metabolismo do Corticosteróide secundária a
indução das enzimas hepáticas pelos Barbitúricos.
Conduta - Evitar o uso

CETOCONAZOL

Tipo de interação - Toxicidade.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Prednisolona, levando a toxicidade.
Mecanismo de ação - Inibição do metabolismo do Corticosteróide e diminuição da sua
eliminação.
Conduta - Ajustar dose.

CICLOSPORINA

Tipo de interação - Sinergismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Aumento dos efeitos terapêuticos de ambos os fármacos
Conduta - Ajustar dose.

FENITOÍNA

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído de ambas as substâncias.
Mecanismo de ação - Aumento do metabolismo do corticóide, devido a indução enzimática
pela Fenitoína. A Dexametasona pode aumentar a eliminação hepática da Fenitoína.
Conduta - Ajustar dose.

RIFAMPICINA

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído da Prednisolona.
Mecanismo de ação - Aumento do metabolismo hepático dos Corticóides.
Conduta - Evitar o uso.

SALICILATOS

Tipo de interação - Antagonismo.


Grau de interação - Moderado.
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuído dos Salicilatos.
Mecanismo de ação - Aumento do metabolismo hepático dos salicilatos e podem aumentar
a eliminação renal.
Conduta - Ajustar dose.
FARMACODINÂMICA

Corticosteroide de ação intermediária, com potência cerca de 5 vezes maior do que


o cortisol. O mecanismo de ação é complexo. Os corticosteróides interagem com receptores
intracelulares, formando um complexo esteróide-receptor que interage com DNA para
modificar a transcrição, induzindo a síntese de algumas proteínas e inibindo a síntese de
outras.
Para as ações anti-inflamatórias e imunossupressoras, algumas ações no nível dos
genes são inibição da transcrição do gene para COX-2, bloqueio da indução mediada pela
vitamina D3 do gene da osteocalcina nos osteoclastos e modificação da transcrição do gene
da colagenase, possivelmente maior síntese de uma proteína mediadora anti-inflamatória,
lipocortina 1, que inibe a fosfolipase A2 e bloqueia a produção do fator ativador das
plaquetas e de todos os eicosanóides.
A prednisolona é de eleição para gatos, pois não precisa haver conversão pelo
fígado, como ocorre com a prednisona.

FARMACOCINÉTICA

Os glicocorticóides são bem absorvidos quando administrados por via oral. As


preparações intravenosas geralmente contêm sais fosfatos e succinatos sódicos, o que
torna altamente solúvel em água e proporciona rápido início da ação do glicocorticoide
(ROCHA e JOAQUIM, 2012).
Os efeitos dos glicocorticoides no organismo ocorrem em média em 2 horas, porém
alguns efeitos já podem ser observados em 10 a 30 minutos e duram horas ou dias após o
desaparecimento do composto do sangue (MACEDO e OLIVEIRA, 2010).
Aproximadamente 90% do glicocorticoide encontra-se na circulação sanguínea
ligado às proteínas plasmáticas, de modo reversível após a absorção e sua metabolização
geralmente ocorre no fígado (ROCHA e JOAQUIM, 2012).

CONSIDERAÇÕES LABORATORIAIS

O uso de glicocoirticoides pode causar aumento nas contagens de neutrófilos,


eritrócitos, monócitos, plaquetas, além de aumentar também níveis de glicose, fosfatase
alcalina e colesterol. Ainda pode causar alterações como a diminuição de eosinófilos (mais
comum em cães), linfócitos e nitrogênio uréico sangüíneo (FERGUSON e HOENIG 2013).
Provocam grandes alterações nos testes de função tireóidea no cão e com menor
intensidade no gato (FERGUSON, 2013).

REFERÊNCIAS

https://www.vetsmart.com.br/cg/produto/1676/prednisolona

http://www2.far.fiocruz.br/farmanguinhos/images/stories/phocadownload/prednisona.pdf

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