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CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
Aluno:
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CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
MÓDULO V
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morfina, aspirina, barbitúricos –, o que é muito útil no tratamento das intoxicações
agudas.
Precauções: não deve ser administrado junto com outros fármacos, pois
existe o risco de o carvão adsorver o medicamento e impedir sua absorção
intestinal.
27.2 PRALIDOXIMA
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efeito inibidor provocado pelos inseticidas organofosforados (pesticidas ou
compostos relacionados), permitindo, dessa forma, que esta enzima continue a
degradar a acetilcolina acumulada na placa neuromuscular, restaurando seu
funcionamento. Paralelamente a essa ação autonômica (SNA parassimpático), a
pralidoxima reage quimicamente com alguns derivados organofosforados,
inativando-os. A pralidoxima deve ser administrada juntamente com a atropina, visto
que este fármaco é vital no alívio dos efeitos centrais de intoxicação (depressão
respiratória, salivação, broncoespasmo).
O fármaco é mais eficaz quando administrado imediatamente após a
exposição ao pesticida; sendo pouco eficaz caso sejam transcorridas mais de 36
horas do envenenamento. Entretanto, em alguns casos, pode haver absorção
gradual do pesticida pelo intestino delgado algumas horas após sua ingestão.
Nesses pacientes, recomenda-se administração do fármaco durante vários dias.
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daqueles provocados pelo envenenamento. Tratamento: respiração artificial com o
auxílio de outras medidas de suporte.
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gastrintestinal; o metabolismo é hepático por hidrólise enzimática. Sua união às
proteínas é moderada. A duração da ação por via oral é de 4 a 6 horas e na forma
parenteral muito breve. É excretado por via renal.
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do fluxo salivar contribui para o desenvolvimento de cáries, doença periodontal,
candidíase oral e mal-estar.
27.4 DEFEROXAMINA
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livre ou fixado a ferritina e hemossiderina, formando o complexo ferroxamina. Pode
também mobilizar e conjugar o alumínio dos tecidos e formar aluminoxamina. Dado
que ambos os compostos (ferroxamina e aluminoxamina) excretam-se com
facilidade, a eliminação de Fe e Al pela urina e pelas fezes é favorecida, reduzindo
seus depósitos patológicos nos órgãos; não elimina o ferro da transferrina ou da
hemoglobina nem o de outras substâncias que contêm hemina. A deferoxamina é
absorvida rapidamente após a administração intramuscular ou subcutânea.
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Intoxicação aguda por ferro: após a lavagem gástrica, podem ser deixados
de 5 g a 10 g de deferoxamina na cavidade gástrica. Em pacientes normotensos,
pode ser ministrada numa só dose IM de 2 g em adultos e 1 g em crianças. Em
pacientes hipotensos: por via IV 15 mg/kg/hora, reduzindo após 4 ou 6 horas de tal
forma que a dose não ultrapasse 80 mg/kg/24 h. Continuar-se-á o tratamento até
que as concentrações séricas de ferro sejam inferiores à capacidade total de fixação
do ferro.
Sobrecarga de alumínio em insuficiência renal terminal: doses que
resultariam ser efetivas: 1 g a 4 g por semana por via IV durante as duas últimas
horas de cada terceira hemodiálise. Deve-se determinar a dose e seu modo de
administração de forma precisa, bem como adaptar a posologia no decorrer do
tratamento.
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250mg/dia de vitamina C). Doses mais altas não produzem qualquer efeito adicional
sobre a excreção do quelato. Observou-se alteração da função cardíaca em
pacientes com sobrecarga crônica de ferro submetido a um tratamento combinado
de deferoxamina e altas doses de vitamina C (mais de 500mg diários).
27.5 FLUMAZENIL
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Os picos de concentração de flumazenil no sangue são proporcionais à
dose, com volume inicial aparente de distribuição de 0,5 litro/kg. A união às
proteínas é de aproximadamente 50% e a droga não apresenta partição preferencial
nos glóbulos vermelhos. Em estudos farmacocinéticos em indivíduos sãos, a
liberação total esteve dentro de 0,7 a 1,3 L/kg/h, com uma eliminação da droga
inalterada pela urina menor que 1%.
Os principais metabólitos do flumazenil identificados na urina foram o ácido
livre dietilado e seus conjugados glicurônicos.
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Contraindicações: pacientes com hipersensibilidade conhecida ao
flumazenil ou às benzodiazepinas. Pacientes aos quais tenha sido ministrado um
benzodiazepina para controlar uma condição de ameaça potencial à vida (por
exemplo, controle da pressão endocraniana ou do estado epiléptico).
27.6 ACETILCISTEÍNA
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Indicações: mucolítico: doenças broncopulmonares crônicas (enfisema
crônico, enfisema com bronquite, tuberculose, bronquiectasia, amiloidose pulmonar
primária); pneumonia, bronquite, traqueobronquite, fibrose cística, atelectasia por
obstrução mucosa (tampão mucoso), diagnóstico bronquial.
Antídoto: via oral, para a prevenção da toxicidade potencial causada pela
superdose de paracetamol.
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Antídoto: não existem contraindicações ao uso como antídoto.
27.7 NALOXONA
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por opiáceos no pós-operatório: IV, 0,005 a 0,01 mg a cada 2 ou 3 minutos, até
obter-se ventilação e nível de consciência adequados, sem dor significativa.
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eliminado pela urina, que se colore de verde ou azulado (em função da mistura de
cores da urina-normalmente amarelada com o azul de metileno), o que permite seu
emprego na pesquisa da permeabilidade renal.
Dose: casos agudos: por via IV, solução aquosa de cloreto de metiltionínio a
1%, em dose de 1 a 2 mg/kg de peso (no adulto equivale a 60 a 120 mg). Em casos
leves de intoxicação por via oral, 200 mg 3 vezes ao dia. Processos inflamatórios
das vias urinárias: 20 mg a cada 4 horas.
27.9 BIPERIDENO
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Dose: a dose usual para adultos por via oral para o parkinsonismo é de 2
mg, 3 a 4 vezes ao dia, e para reações extrapiramidais induzidas por fármacos, 2
mg, 1 a 3 vezes por dia. A dose por via parenteral é de 2 mg, repetida com intervalos
de 30 minutos, até o total de 4 doses ao dia, via intramuscular ou intravenosa lenta.
A dose usual em crianças por via oral é de 1 a 2 mg, 3 vezes ao dia, ou por via
parenteral de 40 mg/kg. A dose pode ser repetida a cada 30 minutos, até 4 vezes ao
dia.
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27.10 EDTA - EDÉTICO, ÁCIDO
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dimercaprol (BAL) é o tratamento mais indicado, pois o dimercaprol complementa o
edetato de cálcio e sódio por meio da eliminação rápida do chumbo dos glóbulos
vermelhos e do intestino e por sua mobilidade nos depósitos esqueléticos.
Dose: também é eficaz quando administrado por via IM ou IV. Cada ciclo de
tratamento não deve ultrapassar de cinco a sete dias, com intervalos de dois dias de
descanso entre os ciclos. Nos casos de encefalopatia por chumbo, as crianças
podem necessitar de mais dois ciclos de terapêutica, quando a mobilidade do
chumbo nos depósitos esqueléticos se aproxima a uma concentração sérica crítica
de 70 mg/dl. Deverá ser continuada até que os valores diminuam abaixo de 50
mg/dl.
Quando associado ao dimercaprol, cada fármaco será administrado por via
IM profunda em locais separados e simultaneamente, com aplicações a cada 4
horas durante cinco dias. Dose usual para adultos – toxicidade por chumbo: vias IV
e IM, de 30 a 50 mg/kg/dia divididos em 2 doses, a cada 20 horas, durante 3 a 5
dias; dose máxima: até 50 mg/kg/dia. Dose pediátrica: a mesma dose para adultos
por via IV; e por via IM, de 15 a 35 mg/kg/dia divididos em 2 doses a cada 8 ou 12
horas, durante 3 a 5 dias e até o máximo de 75 mg/kg/dia.
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com os corticoides. Diminui a duração da ação da insulina zinco pela quelação do
zinco.
27.11 DISSULFIRAM
Dose: não deve ser administrado até que o paciente tenha suspendido a
ingestão de álcool (pelo menos por 12 horas). Dose inicial: 500 mg/dia durante uma
ou duas semanas. Dose de manutenção: 250 mg/dia. Nota: se o paciente consumir
álcool enquanto recebe dissulfiram, desenvolve-se uma reação que requer
tratamento: restabelecimento da pressão sanguínea, tratamento para choque e, se
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necessário, oxigênio, carbogênio (95% oxigênio, 5% de dióxido de carbono),
vitamina C intravenosa em doses massivas (1g) e sulfato de efedrina.
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Contraindicações: hipersensibilidade ao dissulfiram ou a outros derivados
de tiuran utilizados na indústria do caucho. Pacientes que tenham recebido
metronidazol, paraldeído, álcool ou preparações que os contenham (xaropes para a
tosse) recentemente. Deve-se evitar a exposição a formas dissimuladas do álcool:
vinagres, molhos, loções etc.
27.12 PENICILAMINA
Dose: quelante: 250 mg, quatro vezes ao dia. Antirreumático: 125 a 250 mg
uma vez ao dia, como dose única; aumentá-la, se for necessário, acrescentando-se
125 mg a 250 mg/dia, com intervalos de 2 a 3 meses, até o máximo de 1,5g/dia.
Antiurolitiásico: 500 mg, 4 vezes ao dia. Dose geriátrica: 125 mg/dia e acrescentar
125 mg/dia a cada 2 ou 3 meses, até o máximo de 750 mg/dia. Doses pediátricas,
quelante – lactentes maiores de seis meses e crianças pequenas: 250 mg como
dose única; crianças maiores: dose de adulto.
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Reações adversas: febre, artralgias, erupção cutânea, urticária, aumento
dos gânglios linfáticos, hematúria, aumento de peso, cansaço ou debilidade não
habitual, visão turva, mialgia, hemoptise, dispneia, disfagia, dificuldade para
mastigar ou falar, prurido, colúria, náuseas, vômitos e anorexia.
27.13 NEOSTIGMINA
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Propriedades: é um composto sintético de amônio quaternário que inibe a
degradação da acetilcolina pela acetilcolinesterase, facilitando, assim, a transmissão
de impulsos na união neuromuscular. Contudo tem um efeito colinérgico sobre o
musculoesquelético e também pode atuar sobre as células dos gânglios autônomos
e neurônios do sistema nervoso central (SNC). Evita ou alivia a distensão pós-
operatória, estimulando a motilidade gástrica e aumentando o tônus gástrico, o que
representa a associação de ações das células ganglionares do plexo de Auerbach e
nas fibras musculares, como resultado da não degradação da acetilcolina liberada
pelas fibras colinérgicas pré-ganglionares e pós-ganglionares.
Seu efeito antimiastênico é produzido como consequência da potenciação
do efeito máximo e da maior duração da acetilcolina na placa motora que o fármaco
produz. Absorve-se escassamente no trato gastrintestinal e com rapidez por via
intramuscular. Por isso, as doses orais são muito maiores que por via parenteral: 15
mg por via oral equivalem a 0,5 mg administrado por via parenteral.
Sua união às proteínas é baixa, metaboliza-se no fígado e alcança seu efeito
máximo aos 20 ou 30 minutos da administração parenteral. Aproximadamente 40%
são excretados por via renal.
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8 ingestões. Injetável – dose usual para adultos (antimiastênico): 0,5 mg, e as doses
posteriores serão avaliadas conforme a resposta do paciente (antimiastênico). Como
preventivo da distensão pós-operatória ou da retenção urinária: 0,25 mg após a
cirurgia, repetido a intervalos de 4 a 6 horas, durante 2 ou 3 dias. Doses pediátricas
usuais – como antimiastênico: 0,01-0,04 mg/kg a intervalos de 2 a 3 horas.
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Contraindicações: geralmente, não são descritas. Deverá ser tomada
precaução especial nos casos de asma brônquica ou bronquite espástica.
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