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CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
MÓDULO III
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aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO III
15 ANIMAIS PEÇONHENTOS
15.1 OFIDISMO
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Ausência de ouvido. As serpentes não escutam, elas sentem as
vibrações do solo pelo próprio esqueleto;
Língua bífida, ou seja, dividida em duas partes na ponta. Essa língua
serve para explorar o ambiente e pegar pequenas substâncias suspensas no
ar, encaminhando-as a um órgão localizado dentro da boca (órgão de
Jacobson), e que desempenha função equivalente ao olfato;
Olhos sem pálpebras, sempre abertos;
Sangue "frio" (pecilotérmico), isto é, sua temperatura varia de acordo
com a do ambiente;
Órgãos internos como os demais vertebrados, tais como pulmão,
fígado, coração, rins, testículos, ovários, etc. Estes órgãos são alongados,
acompanhando o formato do corpo. A cobra não possui bexiga. Do mesmo
modo que as aves, as cobras eliminam a urina junto com as fezes. As
serpentes são animais adaptados à vida em diversos ambientes: na
superfície ou embaixo da terra, na água e nas árvores;
Possuem várias glândulas na cabeça e na boca, que produzem
substâncias que podem ser tóxicas, variando em quantidade e qualidade
entre as espécies. O veneno é uma secreção que funciona para captura e
digestão do alimento e, também, como defesa do animal contra seus
agressores;
As serpentes, quando assustadas, podem tomar atitudes diversas: as
venenosas em geral ficam enrodilhadas, prontas para o bote, e afastam-se
lentamente; serpentes não venenosas dão em geral vários botes na pessoa,
extremamente rápidos, e afastam-se velozmente. Algumas serpentes não
venenosas, além de morder, abocanham o local e dificilmente soltam; então é
necessário abrir a boca do réptil, afastando os maxilares do local mordido,
para evitar dilaceração.
Alguns critérios de identificação permitem reconhecer a maioria das
serpentes peçonhentas brasileiras, distinguindo-as das não peçonhentas:
a) as serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno
localizados na região anterior do maxilar superior. Nas Micrurus (corais),
essas presas são fixas e pequenas, podendo passar despercebidas;
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b) presença de fosseta loreal – com exceção das corais, as serpentes
peçonhentas têm entre a narina e o olho um orifício termo receptor,
denominado fosseta loreal. Vista em posição frontal, este animal
apresenta quatro orifícios na região anterior da cabeça, o que justifica a
denominação popular de "cobra de quatro ventas";
c) as corais verdadeiras (Micrurus) são a exceção à regra acima referida,
pois apresentam características externas iguais às das serpentes não
peçonhentas (são desprovidas de fosseta loreal, apresentando coloração
viva e brilhante). De modo geral, toda serpente com padrão de coloração
que inclua anéis coloridos deve ser considerada perigosa;
d) as serpentes não peçonhentas têm geralmente hábitos diurnos, vivem em
todos os ambientes, particularmente próximos às coleções líquidas, têm
coloração viva, brilhante e escamas lisas. São popularmente conhecidas
por "cobras d'água", "cobra cipó", "cobra verde", dentre outras numerosas
denominações. Estão relacionadas, abaixo, as espécies consideradas de
maior importância médico-sanitária, em face do número ou da gravidade
dos acidentes que provocam, nas diversas regiões do país.
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15.2.1 Crotalíneos
15.2.1.1 Características
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15.2.2 Elapíneos
Este grupo é constituído apenas pelo gênero Micrurus, que é formado pelas
corais verdadeiras, também denominadas como coral e boicorá. O quadro seguinte
explica, na forma de diagrama, como identificar as principais serpentes de interesse
neste estudo.
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FIGURA 3
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inoculadora de veneno. Possuem hábitos variados, podendo ser encontradas
penduradas em árvores (cobra papagaio), enterradas, entocadas, à beira dos rios ou
dentro d’água. Apresentam tamanhos que variam, na vida adulta, de 40 centímetros
a 2 metros de comprimento. Essas cobras estão distribuídas em todo o território
nacional e são responsáveis por 88% dos acidentes ofídicos no país.
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áreas com atividades agropastoris. AC, AM, RR, PA,
AP, MA, RO, TO, CE e MT (áreas de florestas).
FIGURA 6
Nome científico: Bothrops erythromelas
Nome popular: jararaca ou jararaca-da-seca.
Características: porte pequeno, aproximadamente
0,50 m de comprimento; hábitos terrestres.
Sintomas: Os distúrbios de coagulação são as
manifestações mais comumente registradas.
Acidentes com poucas alterações locais,
geralmente benignas.
Distribuição geográfica: PI, CE, RN, PB, PE, AL,
SE, BA e MG (áreas xerófitas/caatinga). Foto: Ivan Sazima
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Nome científico: Bothrops jararacuçu FIGURA 8
Nome popular: jararacuçu. Características:
provoca acidentes graves, com casos fatais.
Distribuição geográfica: BA, ES, RJ, SP, PR, MG,
MT e SC.
FIGURA 9
FIGURA 10
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FIGURA 11
Nome científico: Bothrops neuwiedi
Nome popular: jararaca-pintada
Características: provoca acidentes geralmente
com bom diagnóstico.
Distribuição geográfica: em todo o país, exceto
na Amazônia.
15.4.1 Características
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15.4.1.1 Principal espécie
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15.5.1 Principal espécie
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15.6.1 Principais espécies
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Nome popular: coral
Distribuição geográfica: AM, PA, RR, AP, MA, RN, AL, PE, BA, GO, MG, MT, MS, RJ
e SP.
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FIGURA 15 – COBRA-VERDE FIGURA 16 – MUÇURANA
(PHILODRYAS) ‘ ‘ OU COBRA-PRETA (CLÉLIA)
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Tratamento: Sintomático e de suporte: analgésicos, se necessário, cuidados locais
rotineiros (assepsia), profilaxia antitetânica, observação da evolução do quadro
(principalmente em crianças). Observação cuidadosa da evolução do caso.
-
Analgésico
- Tempo de 2 a 4
- Edema, - Drenagem
coagulação ampolas
LEVE eritema e dor - Ausentes postural
(TC) = normal SAB ou
discretos. - Hidratação
ou alterado SABC - I.V.
- Profilaxia do
tétano
-
- edema,
Analgésico
eritema e dor - Tempo de 4 a 8
- Drenagem
MODERAD evidentes, - Ausentes ou coagulação ampolas
postural
A atingindo hemorragias (TC) = normal SAB ou
- Hidratação
segmento ou alterado SABC - I.V.
- Profilaxia do
superior.
tétano
- -
- Tempo de
Manifestações - Hipotensão - Analgésico
coagulação
locais choque 12 ampolas - Drenagem
(TC) = normal
GRAVE intensas - Hemorragia SAB ou postural
ou alterado
(equimose, grave SABC - I.V. - Hidratação
- Provas de
bolhas, - I.R.A. - Profilaxia do
função renal
necrose) tétano
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CROTALUS
TRATAMENT
QUADRO
ALTERAÇÕE TRATAME O
CLÍNICO MANIFESTAÇ
MANIFESTAÇ S NTO COMPLEMEN
AVALIAÇ ÕES
ÕES LOCAIS LABORATOR ESPECÍFIC TAR E
ÃO SISTÊMICAS
IAIS O SINTOMÁTIC
INICIAL
O
- Fácies
- Nenhuma ou miastênica - Tempo de
5 ampolas
edema e discreta coagulação - Analgésico
LEVE SAC ou
parestesia - Mialgia (TC) = normal - Hidratação
SABC – I.V.
discretos. discreta ou ou alterado
ausente
- Nenhuma ou - Fácies - Tempo de
10 ampolas
MODERA edema e miastênica coagulação - Analgésico
SAC ou
DA parestesia evidente (TC) = normal - Hidratação
SABC – I.V.
discretos. - Mialgia ou alterado
- Fácies
miastênica - Analgésico
- Tempo de
evidente - Hidratação
- Nenhuma ou coagulação
- Mialgia 20 ampolas - Diurese
edema e (TC) = normal
GRAVE evidente SAC ou osmótica
parestesia ou alterado
- Oliguria ou SABC – I.V. - ventilação
discretos. - Provas de
anúria artificial (ambu
função renal
- Insuficiência ou mecânica)
respiratória
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MICRURUS
TRATAMENT
QUADRO
ALTERAÇÕE TRATAME O
CLÍNICO MANIFESTAÇ
MANIFESTAÇ S NTO COMPLEMEN
AVALIAÇ ÕES
ÕES LOCAIS LABORATOR ESPECÍFIC TAR E
ÃO SISTÊMICAS
IAIS O SINTOMÁTIC
INICIAL
O
- Nenhuma ou - Neostignina
- Fácies
dor local e _____ 10 ampolas - Ventilação
GRAVE miastênica
parestesia _____ SAE - I.V. artificial (ambu
- Mialgia
discretas ou mecânica)
ABREVIAÇÕES:
SAB – Soro Antibotrópico SAE – Soro Antielapídico
SABC – Soro Antibotrópico – Crotálico I.V. – Intravenoso.
SAC – Soro Anticrotálico T.C. – Tempo de Coagulação.
17 ESCORPIONISMO
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No mundo todo existem aproximadamente 1.400 espécies de escorpiões até
hoje descritas, sendo que no Brasil há aproximadamente 75 espécies amplamente
distribuídas. Esses animais podem ser encontrados tanto em áreas urbanas quanto
rurais.
Os escorpiões são carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos,
como grilos, baratas e outros, desempenhando papel importante no equilíbrio
ecológico. De hábitos noturnos, escondem-se durante o dia sob cascas de árvores,
pedras, troncos podres, dormentes de linha de trem, madeiras empilhadas, em
entulhos, telhas ou tijolos e dentro das residências. Muitas espécies vivem em áreas
urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas, bem como
alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e
mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil.
Na área urbana, estes animais aparecem em prédios comerciais e
residenciais, armazéns, lojas, madeireiras, depósitos com empilhamento de caixas e
outros. Eles aparecem, principalmente, por meio de instalações elétricas e esgotos.
São sensíveis aos inseticidas, desde que aplicados diretamente sobre eles. As
desinsetizações habituais não os eliminam, pois o produto fica no ambiente em que
foi aplicado e os escorpiões costumam estar escondidos. O fato de respirarem o
inseticida ou comer insetos envenenados não os mata. São resistentes inclusive à
radiação.
Seu aparecimento ocorre principalmente devido à presença de baratas,
portanto a eliminação destas, de caixas de gordura e canos que conduzem ao
esgoto, é a principal prevenção contra o aparecimento dos escorpiões.
Não têm audição e sentem vibrações do ar e do solo. Enxergam pouco,
apesar de terem dois olhos grandes e vários pequenos. Seus principais predadores
são pássaros, lagartixas e alguns mamíferos insetívoros.
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17.1 PRINCIPAIS ESPÉCIES
Tityus serrulatus
Também chamado escorpião amarelo,
pode atingir até 7 cm de comprimento. Apresenta
o tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda
amarela sendo esta serrilhada no lado dorsal.
Considerado o mais venenoso da América do Sul,
é o escorpião causador de acidentes graves,
principalmente no estado de Minas Gerais. FONTE: Manual de Diagnóstico e Tratamento
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Tityus stigmurus
Apresenta colorido geral amarelo-claro, com um triângulo negro na cabeça e
uma faixa longitudinal mediana e manchas laterais no tronco. Distribuição
geográfica: Nordeste do Brasil.
Tityus trivittatus
Apresenta colorido amarelo-escuro, com três faixas longitudinais quase
negras, podendo haver pequenas variações na cor. Atinge cerca de 7 cm de
tamanho. Distribuição geográfica: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
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18 ARANEÍSMO
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Latrodectismo: quadro clínico caracterizado por dor local intensa,
eventualmente irradiado. Alterações sistêmicas como sudorese, contraturas
musculares, hipertensão arterial e choque são registrados.
18.1.1 Soros
18.1.2 Epidemiologia
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18.1.3 Phoneutria
FIGURA 20 – ARANHA
São as chamadas armadeiras, porque,
ARMADEIRA
quando ameaçadas, “armam-se” levantando as
patas dianteiras e eriçando os espinhos. É
extremamente agressiva. Habitam sob troncos,
normalmente folhagens densas, como
bananeiras, montes de lenha ou materiais de
construção empilhados e, eventualmente,
aparecem dentro das residências,
principalmente em roupas e calçados.
O animal adulto mede 3 cm de corpo e FONTE: Plantas Venenosas e Animais
Peçonhentos – Samuel Schvarstsman,
até 15 cm de envergadura de pernas. Não faz 1992.
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FIGURA 21 – PHONEUTRIA NIGRIVENTER
18.1.5 Loxosceles
FIGURA 22 – LOXOSCELES
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18.1.5.1 Principais espécies
FIGURA 23 – LATRODECTUS
CURACAVIENSIS
18.1.6 Latrodectus
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Lycosa
Caranguejeiras
FIGURA 25 –
As aranhas caranguejeiras, apesar
MYGALOMORPHAE
de seu aspecto assustador (podem chegar
a medir 20 cm de diâmetro), causam
acidentes leves. A picada pode ser muito
dolorosa, porém seu veneno é pouco ativo
para os seres humanos, somente seus
pelos podem causar irritação em algumas
pessoas.
Características: cor marrom escuro, coberta
de pelos, pode atingir até 25 cm de
FONTE: Manual de Diagnóstico e
comprimento com as patas estendidas.
Tratamento de Acidentes por Animais
Sintomas: Dificilmente pica. O que ocorre com
Peçonhentos, 1998.
maior frequência é uma dermatite pela ação
irritante dos pelos do seu abdome, que se
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desprendem quando o animal se sente
ameaçado.
19.1 LACRAIAS
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• os jardins devem ser limpos, a grama aparada e as plantas ornamentais e
trepadeiras devem ser afastadas das casas e podadas para que os galhos
não toquem o chão;
• porões, garagens e quintais não devem servir de depósito para objetos fora
de uso que possam servir de esconderijo para as lacraias;
• os muros e calçamentos devem ser cuidados para que não apresentem
frestas onde a umidade se acumule e os animais possam se esconder.
Tomando-se esses cuidados, a ocorrência de lacraias diminui muito. Mas,
em caso de acidente, evite beber álcool, querosene, cachaça, etc., pois isso só lhe
causaria intoxicação. Mantenha o local da picada o mais limpo possível. Embora o
veneno das lacraias não seja muito perigoso para o ser humano, é bom procurar
orientação médica.
19.1.1 Tratamento
19.2 ABELHAS
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tropical seco; de 200 a 250 km/ano em clima úmido, tais como florestas tropicais da
bacia amazônica e Guianas; e, em direção ao Paraguai e à Bolívia foi de
aproximadamente 150 km/ano e tornou-se zero após os paralelos 33 e 34, entre as
províncias de Entre Rios, Santa Fé, Córdoba e São Luiz, na Argentina.
O veneno da Apis mellifera é uma mistura complexa de substâncias
químicas com atividades tóxicas como: enzimas hialuronidases e fosfolipases,
peptídeos ativos como melitina e a apamina, aminas como histamina e serotonina
entre outras. A fosfolipase A2, o principal alérgeno, e a melitina representam
aproximadamente 75% dos constituintes químicos do veneno. São agentes
bloqueadores neuromusculares, podem provocar paralisia respiratória, possuem
poderosa ação destrutiva sobre membranas biológicas, como exemplo, sobre as
hemácias, produzindo hemólise. A apamina representa cerca de 2% do veneno total
e se comporta como neurotoxina de ação motora. O cardiopeptídeo, não tóxico, tem
ação semelhante à das drogas adrenérgicas e demonstra propriedades
antiarrítmicas. O peptídeo MCD, fator degranulador de mastócidos, é um dos
responsáveis pela liberação de histamina e serotonina no organismo dos animais
picados.
As reações desencadeadas pela picada de abelhas são variáveis, de acordo
com o local e o número de ferroadas, as características e o passado alérgico do
indivíduo atingido. As manifestações clínicas podem ser: alérgicas (mesmo com uma
só picada) e tóxicas (múltiplas picadas).
19.2.1 Manifestações
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horas, diminuindo-se gradativamente nos dias subsequentes. Podem ser tão
exuberantes a ponto de limitar a mobilidade do membro. Menos de 10% dos
indivíduos que experimentaram grandes reações localizadas apresentarão a seguir
reações sistêmicas.
3. Sistêmicas: Apresentam-se como manifestações clássicas de anafilaxia,
com sintomas de início rápido, 2 a 3 minutos após a picada. Além das reações
locais, podem estar presentes sintomas gerais como cefaleia, vertigens e calafrios,
agitação psicomotora, sensação de opressão torácica e outros sintomas e sinais.
a) Tegumentares: prurido generalizado, eritema, urticária e angioedema;
b) Respiratórias: rinite, edema de laringe e árvore respiratória, trazendo
como consequência dispneia, rouquidão, estridor e respiração asmatiforme. Pode
haver broncoespasmo;
c) Digestivas: prurido no palato ou na faringe, edema no local dos lábios,
língua, úvula e epiglote, disfagia, náuseas, cólicas abdominais ou pélvicas, vômitos e
diarreia;
d) Cardiocirculatórias: a hipotensão é o sinal maior, manifestando-se por
tontura ou insuficiência postural até colapso vascular total. Podem ocorrer
palpitações e arritmias cardíacas e, quando há lesões preexistentes (aterosclerose),
infartos isquêmicos no coração ou cérebro.
4. Reações alérgicas tardias: Há relatos de raros casos de reações alérgicas
que ocorrem vários dias após a(s) picada(s) e se manifestaram pela presença de
artralgias, febre e encefalite, quadro semelhante à doença do soro.
5. Tóxicas: Nos acidentes provocados por ataque múltiplo de abelhas
(enxame) desenvolve-se um quadro tóxico generalizado denominado de síndrome
de envenenamento, por causa de quantidade de veneno inoculada. Além das
manifestações já descritas, há dados indicativos de hemólise intravascular e
rabdomiólise. Alterações neurológicas como torpor e coma, hipotensão arterial,
oligúria/anúria e insuficiência renal aguda podem ocorrer.
As reações de hipersensibilidade podem ser desencadeadas por uma única
picada e levar o acidentado à morte, em virtude de edema de glote ou choque
anafilático.
Na síndrome de envenenamento, descrita em pacientes que geralmente
sofreram mais de 500 picadas, distúrbios graves hidroeletrolíticos e do equilíbrio
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ácido básico, anemia aguda pela hemólise, depressão respiratória e insuficiência
renal aguda são as complicações mais frequentemente relatadas.
Remoção dos ferrões: Nos acidentes causados por enxame, a retirada dos
ferrões da pele deverá ser feita por raspagem com lâminas e não pelo pinçamento
de cada um deles, pois a compressão poderá espremer a glândula ligada ao ferrão e
inocular no paciente o veneno ainda existente.
19.3 FORMIGAS
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As espécies mais comuns são a Solenopsis invicta, a formiga lava-pés
vermelho, originária das regiões Centro-Oeste e Sudeste (particularmente o
Pantanal mato-grossense) e a Solenopsis richteri, a formiga lava-pés preta,
originária do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. A primeira é responsável pelo
quadro pustuloso clássico do acidente. O formigueiro do gênero tem características
próprias: tem inúmeras aberturas e a grama próxima não é atacada, podendo haver
folhas de permeio à terra da colônia. As saúvas, comuns em todo o Brasil, podem
produzir cortes na pele humana com as potentes mandíbulas.
O veneno da formiga lava-pés (gênero Solenopsis) é produzido em uma
glândula conectada ao ferrão e cerca de 90% é constituído de alcaloides oleosos,
onde a fração mais importante é a Solenopsin A, de efeito citotóxico. Menos de 10%
têm constituição proteica, com pouco efeito local, mas capaz de provocar reações
alérgicas em determinados indivíduos. A morte celular provocada pelo veneno
promove diapedese de neutrófilos no ponto da ferroada.
Imediatamente após a picada, forma-se uma pápula urticariforme de 0,5 a
1,0 cm no local. A dor é importante, mas com o passar das horas, esta cede e o
local pode se tornar pruriginoso. Aproximadamente 24 horas após, a pápula dá lugar
a uma pústula estéril, que é reabsorvida de 7 a 10 dias. Acidentes múltiplos são
comuns em crianças, alcoólatras e incapacitados. Pode haver infecção secundária
das lesões, causada pelo rompimento da pústula pelo ato de coçar. Processos
alérgicos em diferentes graus podem ocorrer, sendo inclusive causa de óbito. O
paciente atópico é mais sensível. Infecção secundária é mais comum, podendo
ocorrer abscessos, celulites, erisipela. O diagnóstico é basicamente clínico.
19.3.1 TRATAMENTO
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dias, após a melhora das lesões. Anafilaxia ou reações respiratórias do tipo
asmático são emergências que devem ser tratadas prontamente.
20 PLANTAS TÓXICAS
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FIGURA 27 – COMIGO-NINGUÉM-PODE
Família: Araceae
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.
Nome popular: Aninga-do-Pará.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro clínico: irritante mecânico por ingestão e
contato (ráfides). Dor em queimação, eritema e
edema (inchaço) de lábios, língua, palato e
FONTE: Arquivo pessoal do autor
faringe. Sialorreia, disfagia, asfixia. Cólicas
abdominais, náuseas, vômitos e diarreia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia.
Lacrimejamento.
Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese. Tratamento sintomático:
Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, bochechos com hidróxido de
alumínio); analgésicos e antiespasmódicos. Anti-histamínicos. Corticoides em
casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios
antissépticos. Oftalmologista.
FIGURA 28 – TINHORÃO
Família: Araceae
Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro clínico: Irritante mecânico por ingestão e
contato (ráfides). Dor em queimação, eritema e
edema (inchaço) de lábios, língua, palato e
FONTE: Arquivo pessoal do autor faringe. Sialorreia, disfagia, asfixia. Cólicas
abdominais, náuseas, vômitos e diarreia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.
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Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva,
bochechos com hidróxido de alumínio), analgésicos e antiespasmódicos. Anti-
histamínicos. Corticoides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos.
Oftalmologista.
FIGURA 29 – TAIOBA-BRAVA
Família: Araceae.
Nome científico: Colocasia antiquorum Schott.
Nome popular: cocó, taió, tajá.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro clínico: irritante mecânico por ingestão
e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço)
de lábios, língua, palato e faringe. Sialorreia,
FONTE: Arquivo pessoal do autor
disfagia, asfixia. Cólicas abdominais, náuseas,
vômitos e diarreia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia.
Lacrimejamento.
Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de
oliva, bochechos com hidróxido de alumínio), analgésicos e antiespasmódicos. Anti-
histamínicos. Corticoides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios
antissépticos. Oftalmologista.
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BANANA DE MACACO
FIGURA 30 – BANANA DE
MARCACO
Família: Annonaceae
Nome científico: Rollinia leptopetala R.E.Fr.
Nome popular: araticum, ata-brava, banana-
de-macaco, bananinha, bananinha-de-
macaco, bananinha-de-quem-quem, fruta-
de-macaco, pereiro.
Parte tóxica : todas as partes da planta.
Princípio ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro clínico: irritante mecânico por
ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema
(inchaço) de lábios, língua, palato e faringe.
Sialorreia, disfagia, asfixia. Cólicas FONTE: Disponível em:
abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Philodendron_bipinn
atifidum>. Acesso em: 28 dez. 2011.
Contato ocular: irritação intensa com
congestão, edema, fotofobia.
Lacrimejamento. Tratamento: Evitar lavagem
gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, bochechos
com hidróxido de alumínio), analgésicos e antiespasmódicos. Anti-histamínicos.
Corticoides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos.
Oftalmologista.
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Família: Euphorbiaceae. FIGURA 31 – COROA DE CRISTO
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa-de-cristo.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: látex irritante
Quadro clínico: irritação de pele e mucosas
com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas,
prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia,
edema de lábios e língua, dor em queimação, FONTE: Arquivo pessoal do autor
náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões na córnea.
Tratamento: lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de
potássio 1:10.000, pomadas de corticoides, anti-histamínicos VO
Ingestão: evitar esvaziamento gástrico. Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores
de mucosa (leite, óleo de oliva).
Casos graves: corticoides. Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios
antissépticos, avaliação oftalmológica.
FIGURA 32 – BICO-DE-PAPAGAIO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: látex Irritante
Quadro clínico: irritação de pele e mucosas
com hiperemia ou vesículas e bolhas;
pústulas, prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia,
FONTE: Arquivo pessoal do autor
edema de lábios e língua, dor em queimação,
náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.
AN02FREV001/REV 4.0
127
Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de
potássio 1:10.000, pomadas de corticoides, anti-histamínicos VO.
Ingestão: evitar esvaziamento gástrico. Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores
de mucosa (leite, óleo de oliva). Casos graves: corticoides.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação
oftalmológica.
FIGURA 33 – AVELÓS
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo,
dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São
Sebastião.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: látex irritante
Quadro clínico: Irritação de pele e mucosas com
hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido,
dor em queimação.
FONTE : Arquivo pessoal do autor Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia, edema
de lábios e língua, dor em queimação, náuseas,
vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.
Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de
potássio 1:10.000, pomadas de corticoides, anti-histamínicos VO.
Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico. Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores
de mucosa (leite, óleo de oliva). Casos graves: corticoides.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação
oftalmológica.
AN02FREV001/REV 4.0
128
FIGURA 34 – PINHÃO-ROXO
Família: Euphorbiaceae
Nome científico: Jatropha curcas L.
Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-
paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-
roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo.
Parte tóxica: folhas e frutos.
FIGURA 35 – MAMONA
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Ricinus communis L.
Nome popular: carrapateira, rícino,
mamoeira, palma-de-cristo, carrapato.
Parte tóxica: sementes.
Princípio ativo: Toxalbumina (ricina)
Quadro clínico: ingesta: ação irritativa do
FONTE: Arquivo pessoal do autor trato gastrointestinal, dor abdominal, náuseas,
vômitos, cólicas intensas, diarreia às vezes sanguinolentas. Hipotensão, dispneia,
arritmia, parada cardíaca. Evolução para desidratação grave, choque, distúrbios
hidroeletrolíticos, torpor, hiporreflexia, coma. Pode ocorrer insuficiência renal.
Contato: látex, pelos e espinhos: irritante de pele e mucosas.
AN02FREV001/REV 4.0
129
Tratamento: Antiespasmódicos, antieméticos, eventualmente antidiarreicos.
Correção precoce dos distúrbios hidroeletrolíticos
Lesões de pele: soluções antissépticas, analgésicos, anti-histamínicos.
Casos graves: corticoides.
FIGURA 36 – SAIA-BRANCA
Família: Solanaceae.
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo,
trombeteira, cartucheira, zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: alcaloides beladonados (atropina,
escopolamina e hioscina).
Quadro clínico: Início rápido: náuseas e vômitos.
Quadro semelhante à intoxicação por atropina: pele
quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas
FONTE: Arquivo pessoal do autor secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora,
febre, distúrbios de comportamento, alucinações e
delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares,
respiratórios e óbito.
Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água,
permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%. Tratamento de suporte/sintomático.
Tratar hipertermia com medidas físicas. Evitar sedativos nos casos mais graves.
AN02FREV001/REV 4.0
130
Quadro semelhante à intoxicação por atropina: pele
FIGURA 37 – SAIA ROXA
quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas
secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora,
febre, distúrbios de comportamento, alucinações e
delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma,
distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.
Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem
gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de
potássio ou ácido tânico a
4%. Tratamento de suporte/sintomático. Tratar FONTE: Arquivo pessoal do autor
FIGURA 38 – ESTRAMÔNIO
Família: Solanaceae
Nome científico: Datura stramonium L.
Nome popular: zabumba, mata
zombando, figueira do inferno
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: Plantas beladonadas
Quadro clínico: Início rápido: náuseas e
vômitos.
FONTE: Arquivo pessoal do autor Quadro semelhante à intoxicação por atropina:
pele quente, seca e avermelhada, rubor facial,
mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de
comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica. Nos casos graves:
depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.
Tratamento: esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água,
permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%. Tratamento de
suporte/sintomático. Tratar hipertermia com medidas físicas. Evitar sedativos nos
casos mais graves.
AN02FREV001/REV 4.0
131
FIGURA 39 – LÍRIO
Família: Meliaceae
Nome científico: Melia azedarach L.
Nome popular: lilás ou lírio da índia, cinamomo,
lírio ou lilás da china, lírio ou lilás do Japão,
jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro,
jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-
FIGURA 40 – CHAPÉU-DE-NAPOLEÃO
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Thevetia peruviana Schum.
Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio Ativo: Glicosídeos Cardiotóxicos
Quadro Clínico: Quadro semelhante à
intoxicação por digitálicos.
FONTE: Arquivo pessoal do autor
Ingestão: dor/queimação, sialorreia, náuseas,
AN02FREV001/REV 4.0
132
vômitos, cólicas abdominais, diarreia.
Manifestações neurológicas com cefaleia, tonturas, confusão mental e distúrbios
visuais.
Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão.
Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.
Tratamento: Tratamento de suporte, com atenção especial aos distúrbios
hidroeletrolíticos.
Antiarrítmicos habituais nos distúrbios de ritmo.
Antiespasmódicos, antieméticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e
avaliação oftalmológica.
AN02FREV001/REV 4.0
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Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e
avaliação oftalmológica.
FIGURA 42 – ESPIRRADEIRA
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos
Quadro clínico: quadro semelhante à intoxicação
por digitálicos.
Ingestão: dor/queimação, sialorreia, náuseas,
vômitos, cólicas abdominais, diarreia.
AN02FREV001/REV 4.0
134
FIGURA 43 – DEDALEIRA
Família: Scrophulariaceae
Nome científico: Digitalis purpúrea L.
Nome popular: Dedaleira, digital.
Parte tóxica: folha e flor
Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos
Quadro clínico: quadro semelhante à
intoxicação por digitálicos.
Ingestão: dor/queimação, sialorreia, náuseas,
vômitos, cólicas abdominais, diarreia.
Manifestações neurológicas com cefaleia,
FIGURA 44 – MANDIOCA-BRAVA
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Manihot utilissima Pohl.
(Manihot esculenta ranz).
Nome popular: mandioca, maniva.
Parte tóxica: raiz e folhas.
Princípio ativo: glicosídios cianogênicos
AN02FREV001/REV 4.0
135
Quadro clínico: liberam ácido cianídrico causando anóxia celular. Distúrbios
gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, acidose
metabólica, hálito de amêndoas amargas.
Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor, convulsões e coma.
Crise típica: opistótono, trismas e midríase.
Distúrbios respiratórios: dispneia, apneia, secreções, cianose, distúrbios
cardiocirculatórios.
Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.
Tratamento: tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos
na saliva ou cianeto no sangue. Nitrito de amila por via inalatória 30 seg a cada 2
min: formação de cianometahemoglobina (atóxica). Nitrito de sódio 3% – 10 ml EV
(adultos), se necessário. Tratar com Azul de Metileno + Vit C.
Hipossulfito de sódio 25% - 25 a 50 ml EV (adultos), 1 ml/Kg (crianças).
Dão origem a tiocianatos.O2. Hidroxicobalamina 15.000 mcg EV-formação de ciano-
cobalamina (atóxica). Esvaziamento gástrico.
Família: Rosaceae
Nome científico: Prunus sphaerocarpa SW
Nome popular: pessegueiro bravo, marmeleiro bravo.
Partes tóxicas: frutas e sementes.
Princípio ativo: glicosídios cianogênicos
Quadro clínico: liberam ácido cianídrico causando
anóxia celular.
FONTE: Arquivo pessoal do autor
Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos,
cólicas abdominais, diarreia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas.
Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor, convulsões e coma.
Crise típica: opistótono, trismas e midríase.
Distúrbios respiratórios: dispneia, apneia, secreções, cianose, distúrbios
cardiocirculatórios.
AN02FREV001/REV 4.0
136
Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.
Tratamento: Tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos
na saliva ou cianeto no sangue.
Nitrito de amila por via inalatória 30 seg a cada 2 min: formação de
cianometahemoglobina (atóxica).
Nitrito de sódio 3% - 10 ml EV (adultos), se necessário. Tratar com Azul de Metileno
+ Vit C.
Hipossulfito de sódio 25% - 25 a 50 ml EV (adultos), 1 ml/kg (crianças).
Dão origem a tiocianatos.O2.Hidroxicobalamina 15.000 mcg EV-formação de ciano-
cobalamina (atóxica). Esvaziamento gástrico.
BROTO DE BAMBU
137
FIGURA 47 – GIESTA
Família: Leguminosae (Fabaceae)
Nome científico: Cytisus Scoparius
Nome popular: giesta.
Parte tóxica: folha, caule e flor.
Princípio ativo: alcaloides não atropínicos
Quadro clínico: predominam sintomas
gastrointestinais: náuseas, cólicas
abdominais e diarreia.
FIGURA 48 – JOÁ
Família: Solanaceae
Nome científico: Nicandra physaloides
Nome Popular: Joá-de-capote
Nome popular: Joá.
Parte tóxica: fruto e semente.
Princípio ativo: alcaloides não atropínicos
AN02FREV001/REV 4.0
138
gástrica). Antiespasmódico, antiemético. Manter o estado de hidratação. No quadro
obstrutivo por joá: clister à base de soro fisiológico. Tratamento sintomático.
FIGURA 49 – ESPORINHA
Família: Ranunculaceae
Nome científico: Delphinium spp
Nome popular: esporinha
Parte tóxica: semente
Princípio ativo: alcaloides não atropínicos
(alcaloide delfina)
Quadro clínico: predominam sintomas
gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais
FONTE: Arquivo pessoal do autor e diarreia.
Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e
discreta confusão mental.
Tratamento: esvaziamento gástrico (muitas vezes não é necessária lavagem
gástrica). Antiespasmódico, antiemético. Manter o estado de hidratação.
AN02FREV001/REV 4.0
139
Plantas: Cogumelos não comestíveis: Várias famílias e gênero: Amanita sp, Boletus
sp, Clavaria sp e outros.
Princípio ativo: Cogumelos
Quadro clínico: (pp. síndromes) síndrome gastrointestinal: náuseas, vômitos,
desconforto e dores abdominais e diarreia.
Aparecimento em 1 a 3 horas.
Distúrbios hidroeletrolíticos e circulatórios.
Síndrome muscarínica: período de incubação geralmente de uma hora. Cefaleia,
vômitos, cólicas abdominais, sudorese intensa. Visão borrada, miose, salivação,
broncoespasmo, lacrimejamento, rinorreia. Bradicardia, tremores, tonturas,
hipotensão arterial, choque.
Tratamento: síndrome gastrointestinal: sintomático, antiemético, antiespasmódico,
correção dos distúrbios hidroeletrolíticos. Observar paciente por 2-3 dias.
Síndrome muscarínica: atropina. Medidas sintomáticas e de suporte.
FIGURA 51 – URTIGA
Família: Urticaceae.
Nome científico: Fleurya aestuans L.
Nome popular: urtiga-brava, urtigão,
cansanção.
Parte tóxica: pelos do caule e folhas.
Princípio ativo: histamina, acetilcolina,
serotonina.
Sintomas: o contato causa dor imediata devido FONTE: Arquivo pessoal do autor
ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão
cutânea, bolhas e coceiras.
AN02FREV001/REV 4.0
140
FIGURA 52 – AROEIRA
Família: Anacardiaceae.
Nome científico: Lithraea brasiliens March.
Nome popular: pau-de-bugre, coração-de-
bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato,
aroeira-brava.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
MEDIDAS PREVENTIVAS
AN02FREV001/REV 4.0
141
7 – Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a
planta para identificação.
8 – Em caso de dúvida, ligue para o Centro de Intoxicação de sua região.
AN02FREV001/REV 4.0
142