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IASD – DSA – UNoB – AAmaR – Ministério Jovem

12ª Região de Desbravadores – Distrito de Itacoatiara


EN 11 | Répteis

O corpo dos répteis é coberto por uma pele seca e impermeável. Suas células epidérmicas são ricas em
queratina, proteína que protege o animal contra a desidratação e representa uma adaptação à vida em
ambientes terrestres. A pele pode apresentar escamas (cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças
(tartarugas, jabutis). Assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos: a temperatura do corpo
varia de acordo com a temperatura do ambiente. A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são mais
desenvolvidos que os dos anfíbios, apresentando dobras internas que aumentam a sua capacidade respiratória
em relação aos anfíbios. O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e um ventrículo parcialmente
dividido. No ventrículo ocorre mistura do sangue oxigenado com o sangue não oxigenado. Os répteis
crocodilianos (crocodilo, jacarés) possuem dois ventrículos. Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros;
algumas espécies são herbívoras e outras são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo. O intestino
grosso termina na cloaca.
Em algumas serpentes existe uma estrutura entre os olhos e as narinas, chamada fosseta loreal (no detalhe). Ela
possibilita que a cobra perceba a presença de outros animais vivos por meio do calor emitido pelo corpo deles.

A fosseta loreal está sendo apontada na foto pela seta

Embora os répteis não tenham orelha externa, alguns deles apresentam conduto auditivo externo e curto, que
fica abaixo de uma dobra da pele, de cada lado da cabeça. Na extremidade de cada conduto auditivo situa-se o
tímpano, que se comunica com a orelha média e a interna. Vários experimentos comprovam que a maioria dos
répteis é capaz de ouvir diversos sons.
Até mesmo a excreção dos répteis está adaptada à mínima perda de água possível. O produto de excreção
nitrogenado é o ácido úrico, eliminado pela cloaca, com as fezes, na forma de uma pasta semi – sólida.
Possuem fecundação interna, as fêmeas são geralmente ovíparas, isto é, quando fecundadas põem ovos e os
embriões se desenvolvem dentro deles, portanto fora do corpo materno. O desenvolvimento embrionário ocorre
inteiramente no interior de um ovo dotado de casca protetora calcária porosa, que permite a ocorrência de trocas
gasosas. Alguns lagartos e cobras podem ser ovovivíparos (o ovo é posto pela fêmea depois de permanecer
durante certo tempo do desenvolvimento do embrião dentro do corpo da mãe) ou vivíparos (o desenvolvimento
do embrião ocorre totalmente dentro do organismo da fêmea).

CLASSIFICAÇÃO
As principais ordens em que se divide a classe dos répteis são:

QUELÔNIOS
São as tartarugas marinhas, os jabutis e os cágados. Têm o corpo recoberto por duas partes: a carapaça
dorsal, na parte superior do corpo, e o plastrão, na parte inferior. Essas duas partes são soldadas uma à outra.
Há aberturas apenas para a saída do pescoço, dos membros anteriores e posteriores e da cauda.
As tartarugas marinhas são aquáticas e suas patas têm a forma de nadadeiras, o que facilita a locomoção na
água. Os cágados vivem em água doce e seus dedos são ligados por uma membrana que auxilia na natação. Os
jabutis são terrestres e seus dedos são grossos. Sua carapaça geralmente é mais alta do que a das tartarugas e
cágados. Esses animais não têm dentes. A boca apresenta um bico córneo.
Autor: Líder Jefferson Ferro As informações prestadas aqui são sugestões!
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Cágado Jabuti Tartaruga marinha

CROCODILIANOS
São os crocodilos e os jacarés. Grandes répteis aquáticos, os crocodilianos têm corpo alongado e recoberto
por placas córneas. Possuem quatro membros, que são usados para a locomoção terrestre e aquática.
O jacaré tem a cabeça mais larga e arredondada do que a dos crocodilos, e, quando fecha a boca, seus dentes
não aparecem. Já o crocodilo tem a cabeça mais estreita e, mesmo com a boca fechada, alguns dentes são
visíveis. Jacarés e crocodilos habitam regiões tropicais, geralmente às margens dos rios. No Brasil só existem
jacarés.

Jacaré

Crocodilo

Gavial

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ESCAMADOS
São os lagartos e as serpentes (ou cobras). Esses animais têm a pele coberta por escamas e dividem-se em
três grupos menores: lacertílios, ofídios e anfisbenídios.
LACERTÍLIOS – Compreendem os lagartos, os camaleões e as lagartixas, répteis de corpo alongado, com a
cabeça curta e unida ao corpo por um pequeno pescoço. Possuem quatro membros, sendo os anteriores mais
curtos que os posteriores.

Dragão de Komodo Iguana

Camaleão Diabo Espinhoso


OFÍDIOS—Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que não têm pernas. Uma serpente é peçonhenta
quando seus dentes são capazes de inocular veneno nos animais que ataca. Os dentes têm um canal ou sulco
que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da picada, o veneno escoa por esse
canal e é inoculado no corpo da presa.

Cobra do Milho Cobra Naja

Surucucu Coral Verdadeira


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ANFISBENÍDIOS – São escavadores ou fossadores, na sua maior parte ápodes. Muitas vezes se confundem com
serpentes ou minhocas. A cabeça cilíndrica é pequena, com os olhos e ouvidos completamente escondidos na
pele. Não se distingue o corpo da cauda que são igualmente cilíndricos. O corpo é vermiforme, as patas são
rudimentares ou ausentes, e a cauda curta e romba. São animais de vida subterrânea. Alimentam-se de
invertebrados e são ovíparos.

Cecília ou Cobra Cega ANFISBENA DO Gênero Bipes

DENTIÇÕES DAS SERPENTES


As serpentes podem ter quatro tipos de dentição:

ÁGLIFA: As serpentes que possuem esse tipo de dentição


são as da família Boidae, da qual pertencem as jiboias, e
as serpentes não peçonhentas da família Colubridae
como a “cobra do milho”. Não existe nenhum dente
especializado na injeção de veneno.

OPISTÓGLIFA: Aqui existem um ou dois pares de


dentes posicionados na parte posterior do maxilar.
Esse tipo de dentição é encontrado em serpentes
da família Colubridae e exemplos são e as falsas-
corais e a cobra-verde (Phylodryas olfersii).
Acidentes com essas serpentes são raros, e pela
posição dos dentes a inoculação do veneno é difícil.
Embora elas não sejam agressivas o veneno da
espécie P. olfersii é extremamente tóxico.

PROTERÓGLIFA: As serpentes que possuem esse tipo de


dentição são as da família Elapidae são exemplos: as
Najas, Mambas e Corais. Possuem um par de dentes
especializados e fixos na parte dianteira da boca
(protero) e canaliculados por onde passa o veneno.

SOLENÓGLIFA: Esse é o tipo de dentição mais sofisticado


característica de serpentes da família Viperidae, como as
jararacas e cascavéis. A sofisticação vem do fato desse
tipo de dentição ser caracterizada por dois dentes
compridos e retráteis na parte anterior da boca. Além
disso, são canaliculados, o canal é interno e diretamente
ligado à glândula de veneno. Essa estrutura torna os
dentes dessas serpentes altamente eficientes na injeção
do veneno, pois são como seringas hipodérmicas, e
permitem a injeção rápida de grandes quantidades.

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Serpentes Venenosas do Brasil
CASCAVEL (Crotalus) Possui fosseta loreal ou lacrimal; a
extremidade da cauda apresenta guizo ou chocalho de cor
amarelada. Nomes populares: Cascavel, Boicininga, Maracambóia,
etc. Essas serpentes são menos agressivas que as Jararacas. Vivem
em áreas abertas, é encontrada em todo o Brasil, exceto na Floresta
Amazônica. Causam o envenenamento chamado crotálico.

JARARACA (Bothrops). Possui fosseta loreal ou lacrimal, tendo a


extremidade da cauda com escamas e cor geralmente parda. Nomes
populares: Caiçaca, Jararacuçu, Urutu, Jararaca de Rabo Branco,
Cotiara, Cruzeira, Patrona e Malha de Sapo. Algumas espécies são
mais agressivas e encontram-se geralmente em locais úmidos. São
responsáveis por 70% dos acidentes ofídicos. Algumas alcançam
mais de um metro de comprimento. Causam o envenenamento
chamado botrópico.
SURUCUCU (Lachesis). Os acidentes com serpentes do gênero
Lachesis são raros. É a maior serpente da América Latina, podendo
chegar a 4 metros. No Brasil, o gênero Lachesis muta, Nomes
populares: Surucucu, Pico-de-Jaca, Surucutinga, Malha de Fogo.
Possui duas subespécies: Lachesis muta muta e Lachesis muta
rhombeata. Habitam áreas florestais como Amazônia, Mata Atlântica
e alguns enclaves de matas úmidas do Nordeste. Causa o
envenenamento chamado laquético.
CORAL VERDADEIRA (Micrurus) Não possui fosseta loreal
(Atenção: ausência de fosseta loreal é característica de não
venenosas. As Corais são exceção). Nomes populares: Coral, Coral
Verdadeira, Boicorá, Ibiboboca, etc. Encontrada em todo o Brasil.
Vivem sob folhas, troncos ou galerias no solo.- hábitos subterrâneos.
Essas serpentes não são agressivas. Seus acidentes são raros,
porém, pelo risco de insuficiência respiratória aguda, devem ser
considerados como graves. Coloração formada por anéis vermelhos,
pretos, brancos ou amarelados. Pouco se diferencia da falsa coral,
sendo recomendável que pessoas sem conhecimentos específicos
não tentem identificá-las. Causam o envenenamento chamado
elapídico.

Acidentes com cobras o que fazer: aprendendo o que é certo e errado


Iremos aprender agora algumas informações sobre o que deve ser feito e o que NÃO deve ser feito quando
alguém sofre uma picada de cobra, segundo informações dos técnicos e pesquisadores do Instituto Butantã.

SIM
 Fique calmo e, se possível, procure ajuda de um adulto.
 Mantenha a pessoa deitada e quieta, se possível ela deve ser carregada.
 Se a picada foi na perna ou no braço, manter o membro picado mais alto possível que o resto do corpo.
 Leve a pessoa o quanto antes para um posto de saúde ou hospital para que ela tome o soro específico.
 O único remédio contra a picada é o soro antiofídico.
 Se possível, preste atenção nas características da cobra para informar ao médico e ajudá-lo a dar o soro
correto.
NÃO
1. Desespero, nervosismo e pânico não ajudam, só atrapalham.
2. Não deixe a pessoa acidentada correr ou nadar.
3. Não amarre a perna ou o braço picado.
4. Não faça cortes nem sangre o local da picada.
5. Não use remédios caseiros, querosene, álcool, fumo urina, bebidas alcoólicas e etc.

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As Serpentes e o Meio Ambiente
As serpentes fazem parte do ecossistema e ajudam o mesmo a se manter em equilibrado.
Por isso não mate estes animais. Da peçonha de cobras como a jararaca, o professor
brasileiro Sérgio Henrique Ferreira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP),
descobriu uma substância útil para remediar a hipertensão. Mais tarde, a empresa
americana Bristol-Meyer Squibb investiu recursos para continuação das pesquisas a partir
dos estudos do Prof. Ferreira e atualmente é detentora da patente do princípio ativo
captopril. Além do captopril vários outros medicamentos já foram produzidos a partir de
toxinas de serpentes, como é o caso de alguns medicamentos antitrombóticos (Defibrase
e Reptilase).
A ação desses medicamentos se baseia na ação das toxinas de serpentes do gênero
Bothrops que são capazes de clivar o fibrinogênio do sangue e até mesmo “dissolver”
coágulos já estabelecidos. Do veneno da cascavel faz-se uma cola cirúrgica, também do
veneno se extrai uma enzima que entra na composição de alguns medicamentos. A surucucu tem seu veneno
usado para fazer medicamentos em vários países para controle da menstruação e medicamento para câncer.

Por que preservar as serpentes?


• Cobras comem ratos que são causadores da leptospirose;
• A cada 100 casos de leptospirose, 40 morrem;
• Morrem mais pessoas em acidentes domésticos do que por picadas de cobras;
• Você tem mais chances de morrer atingido por um raio do que picado por cobra;
No Brasil é proibida a criação de qualquer animal silvestre
em cativeiro, por isso se você quer criar um réptil em
cativeiro, precisa adquiri-lo de maneira legal, através de
criatórios ou lojas legalizados onde os mesmos são
nascidos em cativeiro. Algumas espécies como a tartaruga
tigre-d’água, as jiboias e jabutis são os mais comuns no
comércio. Cuidado com o comércio ilegal!
Na Bíblia podemos citar diversos versos onde encontramos
as serpentes como em Gênesis 3:1, onde a serpente
conversa com Eva no paraíso, Êxodo 7:10, onde Arão joga
sua vara e ela se torna uma serpente e Números 21:4-9,
onde Moisés faz uma serpente de bronze. Existem outras,
pesquise e conheça mais sobre estas e outras histórias.

REFERÊNCIAS

Https://sites.google.com/site/naturezanow/diversidade-nos-animais/revestimento/revestimento-nos-
vertebrados/pele-com-escamas-epidermicas;
http://www.ninha.bio.br/biologia/jabuti_piranga.html ;
http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/crocodilos-gigantes-viveram-entre-ancestrais-humanos-17052012-26.shl.
www.portaldoprofessor.mec.gov.br;
Fotos das mandíbulas das serpentes: Http://snakesonmyblog.blogspot.com.br/

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