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EN 95 | VÍRUS
MORFOLOGIA DE VÍRUS
As características morfológicas dos vírus podem ser: Esféricos como os vírus da
influenza e encefalite japonesa; Cilíndricos como a maioria dos vírus de plantas;
Cúbicas como o vírus da vaccínia; Espermatozoidal, como o bacteriófago. Morfologia de Vírus
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
As doenças exantemáticas são doenças infecciosas nas quais a erupção cutânea é a característica
dominante, mas geralmente também apresentam manifestações sistêmicas. Na maioria das vezes
apenas o diagnóstico é clínico pode indicar a doença a qual se está acometido.
A segui falaremos de três doenças exantemáticas mais comuns no Brasil, são elas sarampo, rubéola e
varicela.
Rubéola – é transmitida pela via respiratória e após um período de incubação, que varia de duas a três
semanas, seus primeiros sinais característicos são febre baixa, surgimento de gânglios linfáticos e de
manchas rosadas, que se espalham primeiro pelo rosto e depois pelo resto do corpo. Acomete
principalmente crianças entre cinco e nove anos. A forma congênita (quando a mulher grávida infecta o
feto) é perigosa, podendo deixar sequelas irreversíveis no feto como: glaucoma, catarata, malformação
cardíaca, retardo no crescimento, surdez e outras. A imunidade é adquirida pela infecção natural ou por
vacinação, sendo duradoura após infecção natural e permanecendo por quase toda a vida após a
vacinação. As crianças devem tomar duas doses da vacina tríplice viral: a primeira, com um ano de
idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Todos os adolescentes e adultos também precisam
tomar a vacina tríplice ou dupla viral, especialmente mulheres que não tiveram contato com a doença.
Gestantes não podem ser vacinadas.
Sarampo – é uma doença infecciosa aguda, transmissível, geralmente por tosse, espirros, fala ou
respiração, extremamente contagiosa e muito comum na infância. O período de incubação é de 10 a 12
dias. Os sintomas iniciais são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento do
nariz. Após estes sintomas, geralmente há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que
progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. Pode causar infecção nos ouvidos,
pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), diarréias, lesão cerebral, e morte. A única forma de
prevenção é a vacinação com a aplicação de duas doses da vacina tríplice viral durante a infância, a
primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Os adolescentes e adultos
devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral, caso não tenham tomado anteriormente.
Catapora (Varicela) – também conhecida como varicela, é transmitida de pessoa a pessoa, através de
contato direto ou de secreções respiratórias e, raramente, através de contato com lesões de pele,
inicialmente há o surgimento de lesões que progridem de manchas na pele para carocinhos, em seguida
pequenas bolhas e casquinhas na pele com distribuição predominantemente na face e tronco, que, após
algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas –
de 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e coceira, é frequente. Em crianças, geralmente, é uma
Autor: Líder Jefferson Ferro Especialidade de Vírus
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IASD – DSA – UNoB – AAmaR – Ministério Jovem
12ª Região de Desbravadores – Distrito de Itacoatiara
doença benigna e autolimitada. Em adolescentes e adultos, o quadro clínico é mais grave e sujeita a
complicações, como pneumonia. Se uma gestante adquirir, existe um risco de lesão fetal grave. A
infecção confere imunidade permanente. A imunidade passiva transferida para o feto pela mãe que já
teve varicela assegura, na maioria das vezes, proteção de 4 a 6 meses de vida extrauterina. Além de ser
possível a prevenção através da vacinação, que começou a ser fornecida em 2013.
Herpes - Herpes, ou cobreiro é uma doença causada pelo Vírus Varicela-Zóster, o mesmo que causa a
Catapora. Esse vírus permanece em latência durante toda a vida da pessoa.
Pode levar a complicações e outras formas clínicas graves, inclusive, levar à morte.
Os sinais e sintomas da doença, é quase sempre típico. Na maior parte dos casos, antecedem às lesões
na pele os seguintes sintomas: dores nevrálgicas (nos nervos); parestesias (formigamento, agulhadas,
adormecimento, pressão etc); ardor e coceira locais; febre; dor de cabeça e mal-estar.
Para pessoas sem risco de agravamento da Herpes-Zóster, o tratamento deve ser sintomático. Pode-
se administrar antitérmico, analgésico não salicilato e, para atenuar o prurido (pus), anti-histamínico
sistêmico. Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de antibióticos.
mesmo em morte.
A transmissão ocorre por via aérea, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. Já a
transmissão indireta é menos frequente, mas pode ocorrer pelo contato com objetos e/ou utensílios
contaminados com secreção do nariz e/ou boca.
O principal sintoma da caxumba é o aumento das glândulas, acompanhado de febre, dor de cabeça,
fadiga e fraqueza, perda de apetite e dor ao mastigar e engolir. Em homens adultos ocorre inflamação
nos testículos e infecção do tecido mamário nas mulheres
O tratamento é baseado nos sintomas clínicos do paciente, com adequação da hidratação e
alimentação, além disso, a boa higiene bucal é fundamental. A maioria dos casos da caxumba tem
recuperação natural e progressiva, sem grandes complicações, em até duas semanas.
Meningite – A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a
medula espinhal. A meningite pode ser causada por vírus ou por bactéria.
O risco de contrair meningite é maior entre crianças menores de cinco anos, principalmente até um
ano, no entanto pode acontecer em qualquer idade.
A principal forma de prevenir a meningite é por meio da vacinação. As vacinas estão disponíveis para
prevenção das principais causas de meningite bacteriana.
A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o quadro clínico é grave, por isso no momento em que
achar que você ou alguém pode estar com sintomas de meningite deve procurar atendimento médico
o mais rápido possível. Um médico pode determinar se você tem a doença, o tipo de meningite e o
melhor tratamento.
Na meningite bacteriana, geralmente, a transmissão é de pessoa a pessoa, por meio das vias
respiratórias, por gotículas e secreções das vias aéreas superiores (do nariz e da garganta). Já na
meningite viral a transmissão é fecal-oral.
Devido à gravidade do quadro clínico, os casos suspeitos de meningite sempre são internados nos
hospitais, por isso, ao se suspeitar de um caso, é urgente a procura por um pronto-socorro hospitalar
para avaliação médica.
Hepatite – é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de
alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes,
metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem
sempre apresentam sintomas.
Sintomas mais comuns da hepatite A e B: Dor ou desconforto abdominal; Dor
muscular; Fadiga; Náusea e vômitos; Perda de apetite; Febre; Urina escura e
Amarelamento da pele e olhos
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Sintomas mais comuns da hepatite C: Dor ou inchaço abdominal; Fadiga; Náusea e vômitos; Perda de
apetite; Febre; Urina escura; Coceira; Amarelamento da pele e olhos e Sangramento no esôfago ou no
estômago.
A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B, entretanto quem se vacina para
o tipo B, se protege também para hepatite D, e está disponível gratuitamente no SUS. Para os demais
tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico.
VÍRUS INFLUENZA
Infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global. Um
indivíduo pode contraí-la várias vezes ao longo da vida. Em geral, tem evolução autolimitada,
podendo, contudo, apresentar-se de forma grave.
Os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis produzidos por pessoas infectadas ao
tossir ou espirrar. Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas
infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com
epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A
responsável pelas grandes pandemias.
Gripe ou Resfriado
Pegou uma gripe? Tem certeza? Os sintomas como nariz entupido, espirros, dores
de cabeça e no corpo podem caracterizar a gripe ou resfriado. Você sabe a
diferença?
A gripe é causada por um vírus e geralmente é caracterizada por febre alta,
seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A
febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas
respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-
se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre.
O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, e é causada
por vírus diferentes, sendo os mais comuns associados ao resfriado os rinovírus, os vírus parainfluenza e
o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem crianças. Os sintomas do resfriado, apesar
de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Os
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sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de
febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas.
PRÍON
Os Príons são moléculas proteicas que possuem propriedades infectantes. O
nome príon vem do inglês proteinaceous infectious particles, que quer dizer
partículas proteicas infecciosas. Tais partículas se distinguem de vírus e
bactérias comuns por serem desprovidos de carga genética.
As doenças causadas por elas são raras e progressivas, afetam o cérebro e não
tem cura. Muitas vezes resultam em deixar o cérebro esponjoso e degeneram
o sistema nervoso central. Algumas dessas doenças são: doença de
Creutzfeldt-Jakob, Encefalopatia Espongiforme Bovina (vaca louca), Kuru, a Nova Variante de
Creutzfeldt-Jakob (que, diferente da comum, afeta pessoas mais novas por meio da “Vaca Louca”) e a
Insônia Familiar Fatal.
PANDEMIA VIRAL
H1N1 – O vírus influenza de origem suína, A/California/04/2009 (H1N1), foi inicialmente detectado no
México e determinou a pandemia de influenza de 2009. Em agosto de 2010, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) declarou o início da fase pós-pandêmica. As características dessa última pandemia foram
marcadamente diferentes das anteriores. O vírus emergiu de rearranjos genéticos originários em
hospedeiro mamífero não humano, demonstrou transmissibilidade interespécies e afetou a população
humana de forma diferente dos vírus pandêmicos anteriores (1918, 1957 e 1968) com maior morbidade
e mortalidade em crianças e adultos jovens. Atualmente, o vírus apresenta padrão sazonal da mesma
forma que o influenza A H3N2 e o influenza B, mantendo, até o momento, o mesmo perfil de
patogenicidade, espectro clínico e sensibilidade a antivirais. A cepa foi incluída na vacina sazonal
trivalente anual recomendada, principalmente para proteção dos grupos de risco mais vulneráveis a
complicações pelas diferentes cepas de influenza.
Em seu primeiro ano de circulação, esse vírus, denominado influenza A H1N1 2009, causou cerca de
12.800 óbitos no mundo, sendo que a maior taxa de mortalidade ocorreu no continente americano, com
76,9 mortes a cada 10 mil habitantes. No Brasil, 2.051 óbitos e mais de 44 mil casos da doença foram
confirmados no mesmo ano e a maior incidência ocorreu nas regiões Sul e Sudeste, em crianças
menores de 2 anos e adultos com idade entre 20 e 29 anos
FONTES PESQUISADAS:
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/caxumba
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/hepatite
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/poliomielite
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/aids-hiv
https://borabiologar.wordpress.com/2015/03/01/prions-e-virus/
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/herpes-zoster
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/raiva
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/rubeola-sintomas-transmissao-e-prevencao
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/sarampo-sintomas-transmissao-e-prevencao
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/varicela-sintomas-transmissao-e-prevencao