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O que é o Cigarro Eletrônico?

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), são também conhecidos como


cigarros eletrônicos, vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not
burn (tabaco aquecido), entre outros.
Desde 2003, quando foram criados, tais produtos passaram por diversas
gerações: os produtos descartáveis - de uso único; os produtos recarregáveis
com refis líquidos (que contém em sua maioria propileno glicol, glicerina,
nicotina e flavorizantes) - em sistema aberto ou fechado; os produtos de tabaco
aquecido, que possuem um dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com
tabaco; os sistema "pods", que contém sais de nicotina e outras substâncias
diluídas em líquido e se assemelham à pen drives, dentre outros.
A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos
eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, por meio da Resolução de
Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. Essa
decisão se baseou no princípio da precaução, devido à inexistência de dados
científicos que comprovassem as alegações atribuídas a esses produtos.
Como funciona o Cigarro Eletrônico?
“A nicotina líquida é aquecida dentro desse dispositivo e ao dar uma tragada,
forma-se um vapor. Só que para formar esse vapor, é necessário que se insiram
substâncias que não existem no cigarro tradicional. O usuário de cigarro
eletrônico aumenta em 42% a chance de ter um infarto. O adolescente que usa
cigarro eletrônico, ele aumenta em 50% a chance de ter uma asma”, afirma
Stella Martins, pneumologista do InCor.

Em média, um cigarro comum oferece 15 tragadas. Um maço teria, então, 300


tragadas. Logo, um vaporizador de 1,5 mil tragadas seria equivalente a cinco
maços. Mas a comparação não é tão simples assim, porque um cigarro comum,
no Brasil, tem no máximo um miligrama de nicotina. Isso é regulamentado pela
Anvisa. E os diversos tipos de pod, como não são fiscalizados, podem entregar
muito mais nicotina.
Doenças ocasionadas pelo seu uso

Evali Acidente Vascular


Evali é uma lesão pulmonar
associada ao uso de cigarro Cerebral
eletrônico, sendo descrita pela
“Estimulante da produção de
primeira vez em 2019, nos
dopamina e serotonina, hormônios
Estados Unidos, em usuários de
ligados ao prazer e bem-estar, o
vaping. Acredita-se que tenha elemento contrai os vasos
relação com um diluente utilizado sanguíneos, aumentando a pressão
nesses dispositivos que afetam o sanguínea e acelerando o coração,
pulmão, causando um tipo de podendo ocasionar um infarto ou um
reação inflamatória no órgão. Acidente Vascular Cerebral”, explica
o cardiologista.
Existe o risco de explosão?
VERDADE
Além da intoxicação, existe ainda o risco de explosão. Segundo o estudo
Cigarros eletrônicos: o que sabemos? Estudo sobre a composição do vapor e
danos à saúde, o papel na redução de danos e no tratamento da dependência de
nicotina, elaborado pelo INCA e Ministério da Saúde, os DEF já foram
responsáveis por casos de explosões com danos físicos e materiais às vítimas.
Os relatos descritos no documento relacionavam o incidente a problemas com a
bateria do cigarro.
Dados entre os jovens
Pelo menos 1 a cada 5 jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil,
ou seja, 19,7%. A maior prevalência está entre os homens em todas as faixas
etárias. O índice é de 10,1% entre eles contra 4,8% entre as mulheres. A região
que mais usa cigarros eletrônicos é o Centro-Oeste (11,2% da população).

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