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Trabalho de

Biologia
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SUMÁRIO

1. OS SERES VIVOS ......................................................................................3

2. VÍRUS …………………………………..................................................................4

2.1 O que são? .................................................................................................4

2.2. São vida?....................................................................................................5

3. VACINAS ...................................................................................................

4. CRISPR…………………….................................................................................

1. Os seres vivos

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Desde muito cedo somos ensinados a definir o
que é um ser vivo e o que é um ser não vivo; para
algumas pessoas é um trabalho simples, "um
humano está vivo, uma rocha não", porém,
conforme nos aprofundamos nesse assuntos
notamos cada vez mais a sua complexidade.
Filósofos, físicos, químicos, biólogos, ambos lutam
para que, de forma exata, respondam a esta
pergunta; grandes mentes tentaram por anos
solucionar esse questionamento.

Mas então, porque é tão difícil definir o que é um ser vivo ou


não vivo?

De acordo com a NASA a vida é " um sistema


químico autossustentável capaz de evolução
Darwiana", segundo filósofos antigos era "qualquer
sistema capaz de realizar uma série de funções,
entre elas: comer, excretar, respirar, movimentar,
crescer, etc...". Podemos perceber com isso que a
definição é uma grande variável, cada um a enxerga
de uma forma e tiram suas conclusões se baseando
em sua opinião, experiência, estudos e etc.

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Na escola, somos ensinado que os organismos
podem ser considerados seres vivos com base em:

● Sua composição química (carbono, hidrogênio,


oxigênio e nitrogênio);
● Se possuem células ou não;
● Se possuem material genético (RNA ou DNA);
● Seu metabolismo;
● Capacidade de reprodução (sexuada ou assexuada);

entre outros conceitos ditos como básicos para se


existir um organismo vivo; é aí que os vírus
entram.

2.Vírus

2.1. O que são?

De forma básica, os vírus são seres de tamanho que


varia de 20 a 400 nm (nanômetros);

Podem infectar praticamente todas as formas de vida,


plantas, animais, fungos e até bactérias;

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São chamados de parasitas intracelulares
obrigatórios, ou seja, agem dentro das células de outros
indivíduos, utilizando necessariamente a maquinaria
celular dos seres infectados;

Durante a infecção viral a célula do infectado é


induzida a produzir os produtos virais, ao invés de
produtos para sua própria sobrevivência.

Sua organização é
bem simples, eles
possuem material
genético (sendo DNA
ou RNA), uma capa
proteica chamada
capsídeo, e em alguns
vírus, um envelope
lipídico (de gordura);
alguns tipos de vírus,
tendo como exemplo
o retrovírus, podem
ter algumas enzimas necessárias para a multiplicação
de seu genoma.

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2.2. São vida?

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Há muito tempo existem debates que discutem se
vírus é ou não um ser vivo. Debates que abordam
diversos aspectos e fatos, porém, uma das principais
características do vírus que faz com que ele seja tido
como um ser não vivo é a falta de uma célula em sua
organização, já que isso contrária a teoria celular.

Mas será que isso é o bastante para caracteriza-lo


como um ser não vivo?

De acordo com o artigo de Francisco Prosdicimi e


Sávio Torres de Farias, a resposta pra essa pergunta é
não. No artigo, ambos defendem que o vírus pode ser
sim definido com um ser vivo.

Eles refutam argumentos comumente usados como o


de que o vírus não possui autonomia para se reproduzir
sozinhos, utilizando como exemplo de espécies de figo
que precisam de uma vespa em particular para poder se
reproduzir, sendo assim, também não se reproduzem
de forma autônoma.

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3. Vacinas

Vacinas inativadas:
Em 1796 foi criada a primeira vacina do mundo,
desse tempo até hoje as pesquisas evoluíram, surgiram
novas tecnologias e melhoraram as antigas. A vacina
mais estudada no mundo é a inativada, como já diz o
nome, nessas vacinas o vírus é inativado, ou seja,
morto. As vacinas inativadas enganam o sistema
imune, o fazendo acreditar que o vírus morto
representa perigo real, o que desencadeia o processo de
proteção. Um exemplo de vacina inativada é a
CoronaVac, que trata-se de uma vacina de vírus inteiro
inativo, cada dose de 0,5 mL de suspensão injetável
contém 600 SU do antígeno do vírus SARS-CoV-2. A
produção de uma vacina inativada envolve vários passos
importantes, na primeira fase o vírus é cultivado em um
substrato apropriado, como células ou ovos
embrionados de galinha, na segunda fase o vírus é
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purificado para remover impurezas e depois é
inativado, muitas vezes o processo de inativação pode
ocorrer antes do processo de purificação. A inativação
do vírus pode ser feita de várias maneiras, um método
mais utilizado em processos industrial é o químico, que
usa substâncias como o formaldeído (formol) ou beta-
propiolactona, que impede o crescimento de
microorganismos, na produção da CoronaVac os dois
métodos são utilizados. Outra forma de inativar o vírus
é por meio de radiação gama, uma radiação
eletromagnética de alta frequência também usada na
esterilização de ferramentas cirúrgicas. Quando a
vacina inativada é administrada no corpo, o sistema
imunológico reconhece o agente infeccioso na vacina,
que desencadeia uma resposta imune, levando a
produção de anticorpos e outras formas de defesa.
Desta forma, quando o organismo realmente encontrar
o vírus, ele estará preparado para lidar com o patógeno
devido a resposta imune pré-induzida pela vacinação.

A história das vacinas de vírus inativado começa no


século XIX, quando o cientista Louis Pasteur realizou

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um experimento usando calor extremo para inativar o
vírus da raiva, sendo a primeira vacina de vírus
inativado. Hoje em dia esse tipo de inativação não é
mais comum, pois é difícil de encontrar o ponto certo
de temperatura e do tempo de exposição ao calor sem
afetar as propriedades imunogênicas. Em 1948 o diretor
do Laboratório de Pesquisa de Vírus da Escola de
Medicina da Universidade de Pittsburgh, Jonas Salk
começou a estudar a experiência com o vírus inativado
contra a poliomielite, também chamada de pólio ou
paralisia infantil, doença do neurônio motor da medula
espinhal causada pelo poliovírus. Salk e sua equipe
usaram formaldeído para matar o poliovírus sem
destruir suas propriedades antigênicas. Cerca de 29 mil
casos de poliomielite eram registrado nós Estados
Unidos no ano de 1955, dois anos depois com a chegada
das vacinas a doença não atingia 6 mil pessoas. Em 19
de Março de 1989, o Brasil confirmava o último registro
de poliomielite em território nacional, graças as ações
de vacinação em larga escala.

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Vacina Atenuada:
As vacinas atenuadas são vacinas criadas a partir de
vírus vivos que foram enfraquecidos para que não
causem a doença, mas ainda estimulem uma resposta
imunológica, eles passam por um processo no qual sua
virulência é reduzida a níveis considerado seguros para
aplicação clínica. É como se o organismo fosse
enganado por uma doença bem fraca, mas que gera a
mesma reação imunológica que teria frente a um vírus
circulante no corpo. Geralmente é a primeira opção de
vacina na hora das pesquisas, já que induzem ótimas
respostas imunológicas por tempo duradouro. Quando
nos vacinamos os nosso nível de anticorpos contra a
doença aumenta de modo considerável, porém com o
tempo é normal que o índice comece a cair mas não
significa que não estamos protegidos contra
determinado patógeno. Quando nosso organismo fica
em frente um corpo estranho, como o vírus contido em
uma vacina no geral, o nosso sistema imunológico

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responde de duas formas: a produção de anticorpos e
proteínas que combatem o agente infeccioso, e a outra
memória celular também chamada de humoral, elas são
responsáveis por lembrar as informações e ativar as
células de defesa e combater um determinado antígeno
já conhecido pelo nosso corpo, assim gerando uma
proteção a longo prazo. E as vacinas atenuadas tem uma
boa resposta humoral, referente ao níveis de
anticorpos, e celular, isso explica o porquê dessa
técnica geralmente ser aplicada ainda na primeira
infância e ser de dose única. Atenuar um vírus pode ser
feito de diversas maneiras, como realizando em
passagens sequenciais do vírus em sistemas não
naturais, como animais, ovos embrionados ou células
em vitro. Isso faz com que os vírus percam sua
capacidade de replicação, se tornando atenuado. Outra
técnica é engenharia genética, deletando ou cortando
genes específicos do genoma viral, o que também pode
enfraquecer o vírus. Esses tratamentos são utilizados
para criar vacinas eficientes e seguras, mas nem
sempre é possível atenuar todos os vírus com sucesso.

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Por exemplo, a vacina contra gripe do Butantan
utilizava vírus inativados, enquanto a vacina contra a
dengue do mesmo instituto é feita com vírus atenuados
geneticamente.

O histórico das vacinas atenuadas começaram a


mais de 230 anos atrás, quando o médico britânico
Edward Jenner observou que as vacas tinham feridas
semelhantes a das varíolas e que as pessoas que lidavam
com gado pareciam imunes à doença. Ele então bovino
da varíola, que causou uma versão leve da doença. Após
isso ele inoculou no menino o vírus humano da varíola,
e o resultado foi que a criança não contraiu a doença,
iniciando assim o conceito de imunização.

Vacinas Fragmentadas:

As vacinas fragmentadas não precisam expor o


sistema imunológico ao vírus ou bactéria por inteiro,

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elas possuem subunidades de patógenos virais ou
bacterianos que funcionam como antígenos, moléculas
que o sistema imune reconhece e contra as quais
produzem uma resposta protetora os antígenos podem
ser proteínas, polissacarídeos açúcares) ou uma
combinação de ambos. O vírus da gripe é mutável, ou
seja muda periodicamente ponto por conta disso a
composição da vacina da gripe também é reformulada,
sendo necessária uma nova aplicação a cada ano. A
vacina influenza trivalente é fragmentada e inativada, A
fabricação da vacina contra a Influenza é um processo
complexo que requer um planejamento detalhado e
uma execução precisa. Após a Organização Mundial de
Saúde (OMS) anunciar as três cepas do vírus que devem
compor o imunizante trivalente da próxima campanha
para o hemisfério sul. Cada uma das cepas selecionadas
é produzida individualmente para depois serem
reunidas na formulação final da vacina. Para produzir
um Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) (monovalente) da
vacina Influenza, o primeiro passo é produzir os bancos
virais das cepas recomendadas pela OMS. Isso é feito na

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planta de Produção de Bancos Influenza (PBI), onde
uma equipe especializada faz uma primeira ampliação
do vírus recebido, chamado de banco semente. Em
seguida, é produzido o banco de trabalho, que será
utilizado na fabricação de todos os lotes de
monovalentes. A produção de cada IFA (monovalente)
da vacina Influenza leva cerca de dois meses e meio e
exige um planejamento detalhado para garantir que
todos os processos ocorram de forma satisfatória.
Durante a produção, o Butantan recebe mais de 500 mil
ovos controlados diariamente, que são utilizados como
reservatório para a multiplicação do vírus. Os ovos são
alocados em um equipamento que realiza um pequeno
furo na casca e injeta uma quantidade mínima de uma
solução chamada tampão de inóculo, que contém o
vírus. Os ovos são então incubados por um período
determinado, durante o qual replicam o vírus influenza.
Após a incubação, os ovos passam por um processo de
resfriamento para interromper a replicação viral, e o
líquido alantoico, que contém uma grande
concentração do vírus, é coletado. O líquido alantoico

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passa por processos de clarificação e concentração para
deixar o material coletado o mais puro possível. Em
seguida, o vírus é fragmentado e inativado, e o produto
final passa por uma filtração esterilizante para garantir
que esteja completamente livre de bactérias e outros
microrganismos contaminantes. As vacinas são então
acondicionadas em frascos ampolas com dez doses e
passam por uma quarentena de 15 dias em câmara fria
antes de serem entregues ao Ministério da Saúde e
disponibilizadas ao público-alvo da campanha de
imunização.

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4.Crispr

Qual a definição de CRISPR?

CRISPR é uma técnica de mudança, uma espécie de


alteração genética pois se baseia na descoberta de que
as proteínas ‘’Cas’’ cortam o DNA desde que seja dado a
elas um RNA de reconhecimento, no geral é como se
fosse um técnica de alteração genética feita em
laboratório para o uso medicinal, como tratamento de
infecções que podem acontecer no futuro, uma espécie
de “precaução”.

O que é Cas?

‘’Cas’’ ou ‘’cas9’’ é uma enzima que tem dois lugares


de nuclease, sendo que cada um destes é responsável
por cortar ou fragmentar uma das fitas do DNA que
tenha sido percebido pelo sistema ‘’CRISPR-Cas’’.

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Fonte:

https://www.sanarmed.com/artigos-cientificos/o-sistema-crispr-cas9-e-a-
possibilidade-de-edicao-genomica-para-a-cardiologia

Como funciona e como é aplicada a técnica CRISPR?

Alguns cientistas descobriram que essa região


interage como se fosse um sistema de defesa de
bactérias, em que partes de DNA de “vírus invasores”
são colocados nas repetições.

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São usados como se fossem uma “memória” em uma
infecção futura, quando uma infecção ocorre depois
desse “tratamento”, as bactérias produzem enzimas
como as Cas9 que agem como algumas tesouras para
cortar moléculas que carregam a “memória” do vírus,
daí se o novo invasor apresentar comportamentos
idênticos a alguma dessas “memórias”, o material
genético será fragmentado ou cortado por essa enzima.

Fonte:https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/cientistas-
injetam-pela-1-vez-em-humanos-celulas-com-genes-
editados.ghtml

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Com esse mecanismo de defesa das bactérias, os
cientistas descobriram como informar a essas enzimas
a sequência a ser editada em um genoma. A informação
ocorre por uma sequência de RNA que é construída e
sintetizada em laboratórios

Esse RNA é chamado de RNA-guia já que, é construído


através da sequência de DNA que vai ser modificado, ou
seja, um ou mais genes de interesse. Desse jeito o
sgRNA pode conduzir a proteína Cas9 até uma região
do genoma do organismo que está sendo modificado e
cortar a dupla fita de DNA.

Fonte:https://profissaobiotec.com.br/3-tecnicas-revolucionarias-para-a-edicao-do-dna/

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