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Vírus: Seres vivos ou não vivos?

Os vírus são uma espécie de parasitas que podem entrar no corpo


de uma pessoa ou animal e causar doenças como: febre, dengue,
hepatite, AIDS e muitas outras.

Muitas pessoas falam que vírus não são seres vivos, mas, outras
falam que eles são sim seres vivos. O que eles realmente são?

Alguns defendem que não e alegam que eles são seres inanimados
que necessitam de uma célula hospedeira para se reproduzirem,
além de não possuírem uma estrutura celular.

Os vírus não possuem células, a unidade estrutural e funcional dos


seres vivos. Essa característica contraria a teoria celular, que diz
que todos os seres vivos são formados por células. Assim sendo,
por não possuírem células, muitos afirmam que vírus não são seres
vivos. Os vírus não apresentam potencial bioquímico que possibilita
a produção de energia metabólica. Assim sendo, os vírus não são
capazes de respirar e alimentar-se, por exemplo. Os vírus só são
capazes de se reproduzir no interior de outra célula. Por essa razão,
dizemos que eles são parasitas intracelulares obrigatórios.

Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula


hospedeira, eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou
realizar qualquer atividade biossintética. Eles obviamente se
reproduzem, mas diferentemente de células, que crescem, duplicam
seu conteúdo para então dividir-se em duas células filhas, os vírus
replicam-se através de uma estratégia completamente diferente:
eles invadem células, o que causa a dissociação dos componentes
da partícula viral; esses componentes então interagem com o
aparato metabólico da célula hospedeira, subvertendo o
metabolismo celular para a produção de mais vírus.

De outro, há evidências cada vez mais fortes de que os vírus são


sim seres vivos.

Um estudo mostrou que os chamados mimivírus – vírus gigantes


que infectam bactérias – podem ser infectados por outros vírus
chamados de Sputinik. O fato de que alguns vírus podem adquirir
doenças causadas por outros vírus, portanto, é umas das
evidências que contraria a ideia de que eles são seres inanimados.
Ainda, ao contrário da maior parte dos outros vírus, os mimivírus
são capazes de produzir proteínas complexas, mais um ponto que
reforça sua classificação como um ser vivo.
Cientistas também descobriram que os mimivírus possuem um
sistema de defesa muito similar ao sistema CRISPR, encontrado
em bactérias e outros microrganismos. Os vírus também
compartilham um mesmo tipo de código genético com os
organismos que chamamos de seres vivos.

A presença de RNA ou DNA indica que esses organismos são


capazes de transmitir suas características aos seus descendentes.
Os vírus apresentam capacidade de evolução, ou seja, sofrem
alterações ao longo do tempo, uma característica importante, uma
vez que admitimos que os seres vivos mais bem adaptados
sobrevivem no meio.

Por isso, considerando a tradicional definição de seres vivos,


poderíamos dizer que os vírus estão no meio do caminho entre os
seres vivos e não vivos. Isto é, apesar deles possuírem várias
características que podem caracterizá-los como seres vivos,
eles não possuem todas as necessárias.

Em casos como este, cabe aos cientistas rever estes limites, afinal,
a biologia não é uma ciência exata e sempre há exceções. Os vírus
parecem ser uma delas. Todas estas evidências encontradas levam
a crer que os vírus são sim seres vivos, porém desprovidos de
células. Atualmente, grande parte da comunidade científica já
reconsidera a reclassificação destes organismos e parece que
estamos caminhando rumo à sua inclusão definitiva no seleto grupo
dos seres vivos.

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