Você está na página 1de 10

FOI DEUS QUEM FEZ AS VIROSES

PATOGÊ NICAS
Por Jerry Bergman, PhD.

RESUMO

Um artigo da estrutura, função e posição chave dos vírus na ecologia é apresentada. Ela
conclui que viroses são entidades não coexistentes, similares as sementes e esporos, dos
quais as funções incluem transportar genes de uma planta para outra ou de um animal para
outro. Viroses são uma parte de um sistema que ajuda a produzir a variedade que é crítica para
manutenção da vida e levam a resistência as doenças de um organismo para outro. A maioria
das viroses vivem em seus hospedeiros sem causar problemas. Patogênese é evidência de
alguma coisa errada acontecendo, uma mutação ou um movimento acidental de genes, e não
evidência de um sistema deliberadamente desenhado para causar doença humana e
sofrimento.

INTRODUÇÃO

Uma linha importante de raciocíno usada para argumentar contra a visão mundial criacionista é
“porque um Deus benevolente poderia criar organismos patogênicos, aos quais a única função
parece ser causar doença e sofrimento ?” A história de Noé e o dilúvio é frequentemente
criticada pela alegação que Deus deve ter intencionado criar as viroses patogênicas no mundo:
porque elas existem hoje, Deus deve ter trazidos elas para a arca [1]. Um evolucionista resumiu
esta visão como segue:
“Embora haja uma enorme beleza nas plantas e animais do mundo, bem como no planeta
físico em si mesmo, há também muita coisa feia. Beleza e feiúra são, claro, percepções
humanas, mas então assim é a crença que um Criador inteligente é necessário para explicar a
existência da natureza e do mundo. Inumerável exemplos poderiam ser citados das
desagradáveis realidades biológicas, as quais são perfeitamente compreensíveis nos termos
da evolução, mas as quais não tem nenhum sentido nos termos desenhados por um Criador
infinitamente inteligente, sábio e complacente. Cada criatura viva, incluindo plantas, enfrentam
e lutam com doenças e parasitas. A maioria das doenças causadas por bactérias e vírus, os
quais existem em profusão enciclopédica, não servem para nenhum propósito, a exceção de
infectar outras criaturas e fazer suas vidas mais difíceis ou mais curtas.[2]”

A palavra vírus levanta memórias de pragas de virus tais como a praga do influenza de 1918
que matou aproximadamente 20 milhões de pessoas [3]. A percepção pública comum é que a
única função das viroses é causar doença. Entre as mais comuns das doenças causadas por
vírus estão os resfriados, Hepatite B, Herpes, Febre Amarela, Meningite Viral, Gripes,
Catapora, Mononucleose, Caxumba, Polio, Rubéola, Varíola, Pneumonia Viral, Verrugas, AIDS
e alguns câncers.

Viroses podem também produzir problemas de saúde influenciando o sistema imune a atacar o
corpo, resultando em doenças auto-imunes tais como a diabetes, lupus eritematoso, esclerose
múltipla e artitre reumatóide. Vírus podem causar doenças auto-imune deixando partes de seu
DNA no hospedeiro, o que poderá causar sua característica proteíco-imune tornar-se fixada
firmemente nas membranas celulares. Quando estas células reproduzem, as células filhas
também possuiem estas características únicas. Células brancas do sangue podem identificar
erroneamente estas auto-células como estranhas e inapropriadamente, atacá-las. Nas
infecções de Hepatite B, mais dano ao fígado pode ocorrer pelo ataque do sistema imune nas
células do fígado infestadas do que pelo ataque viral por si mesmo. Os vírus já foram
implicados na causa de alguns câncers, tais como a leucemia e também como praga de
fazendeiros infectando tanto suas culturas como os animais.

Embora os vírus foram descobertos apenas na virada do século 19, pesquisas descobriram
agora uma substancial quantidade de evidência que eles tiveram posições chaves na ecologia
e até mesmo essenciais para a vida. Sem os vírus, a revolução genética que nós conhecemos
agora, seria impossível. Eles também servem para numerosas funções benéficas que nós
estamos começando a pesquisar e compreender.

A DESCOBERTA DAS VIROSES

Os cientistas descobriram e estudaram esta misteriosa forma de “vida” na virada do século.


Pesquisadores descobriram que se o fluido extraído de certos animais doentes e plantas eram
dissolvidos em um solvente e passados através do mais conhecido filtro ultra fino (cerâmica
eram usadas frequentemente) e o filtrado ainda causava doença [4]. O cientista russo Dmitri
Ivanovski descobriu o filtrado de uma folha de tabaco infectada pela doença mosaica causaria
doença em plantas saudáveis [5].

O botânico alemão Martinus Bijerinck chamou este fluido infeccioso de contagium vivum
fluidum. Este fluido continha agentes que são agora conhecidos como vírus, a palavra latina
para “veneno”. Primeiramente, muitos pesquisadores assumiram que toxinas devem ter
causado a doença. Bijerinck desaprovou essa teoria quando ele mostrou que a seiva poderia
sucessivamente transmitir a doença virulenta completamente por muitas gerações de plantas.
Isto indicava que o agente causador da doença estava multiplicando-se na planta, de outro lado
ele tornaria-se sucessivamente mais fraco conforme se espalhava em novas gerações de
plantas. Outros especulavam que esporos de bactérias muito menores do que aqueles que
tinham sido descobertos eram a causa da doença. Foi eventualmente percebido que o culpado
era uma forma não celular de “vida” que poderia difundir através da parede celular e
membranas para o protoplasma da célula.

Figura 1 Modelo de um adenovírus mostrando sua cápsula icosaédrica com 20 faces triagulares, 12 vértices e 30 lados [63].

William Elford do Instituto Nacional de Pesquisas Médicas em Londres, desenvolveu uma nova
tecnologia de filtros em 1931, a qual ajudou pesquisadores a imaginarem o quanto
extremamente pequenos são os vírus [6]. Nós agora sabemos que comparar um vírus com
uma célula animal é como comparar uma bola de basquete com as Torres Gêmeas de New
York. Foi apenas desde os anos 30, com a invenção do microscópio eletrônico, que os
cientistas puderam na verdade visualizarem os vírus.

No meio dos anos 30, Wendell Stanley do Instituto Rockefeller, misturou vírus em um solvente.
Ele então permitiu ao solvente que evaporasse e descobriu a formação de cristais. Na verdade
com a formação dos cristais percebeu-se que todos os vírus tem um formato idêntico, peso,
carga elétrica e características químicas. Muitos vírus, incluindo o Reoviridae, o Parvoviridae e
Iridoviridae são icosaedros regulares tendo exatamente 20 faces triangulares, 12 vértices e 30
lados (Figura 1) [7]. Isto é clara evidência que vírus são diferentes de qualquer coisa vida
conhecida e são muito mais matéria inanimada do que animada. Alguns vírus são de formato
isométrico, outros assemelham-se com longos tubos redondos e ainda outros dão a aparência
de pequenos foguetes miniaturas. Debates se os vírus são vivos ou não vivos ocorreram
rapidamente depois da descoberta de Stanley. Hoje nós reconhecemos que vírus são apenas
transportadores de genes tais como as lipoproteínas são os transportadores de
colesterol/ácidos graxos do sistema circulatório do corpo.

Figura 2 Representação diagramática do vírus da imunodeficiência humana (HIV). GP 120 e GP 41 são dois componentes da
glicoproteína da membrana lípidica. O envelope da membrana e o envelope da proteína são feitos de proteínas P24 e P18
respectivamente (de Gallo) [9].
A CONSTRUÇÃO DOS VÍRUS

Cinco formas morfológicas básicas existem: esférica, cilíndrica, tijolo, projétil e com cauda.
Vírus possuem uma cobertura proteica chamada de capsid (cápsula) que frequentemente é
revestida com um envelope feito com carboidratos ou lípidios – um capsídeo icosaédrico feito
com até 122 capsômeros, dos quais 110 são hexâmetros e 12 são pentâmetros [8]. Este
capsídeo revestido abriga ácido nucleico e outras estruturas que facilitam a preservação dos
genes que eles contém (Figura 2) [9]. O ácido nucleico, pode ser duplo ou único, DNA ou RNA.
Se o RNA é usado como código master, o vírus é chamado de retrovírus e requer um complexo
enzimático chamado de transcriptase reversa para converter o RNA para DNA. Finalmente,
todos os vírus contém proteínas (chamadas de antígenos) extendendo de sua superfície que
pode conectar-se com receptores específicos nas células hospedeiras.

Alguns dos mais complexos vírus também tem estruturas de acessórios que capacitam eles a
ligarem-se em organismos selecionados. Estas estruturas incluem um longo tubo como uma
“bainha”, várias fibras de caudas e um injetor (Figura 3) [10,11]. Cada um destes embora
pareçam simples estrutura, são enormemente complexos, e cada uma tem centenas ou
milhares de partes. A pesquisa devotada a compreendê-los irá manter a morfogênese T-4 (um
vírus bacteriológico ou bacteriofágo) liderando a biologia molecular para o próximo século [12].

Vírus não tem nenhuma característica da vida – eles não crescem, eles não tem células e eles
vêm apenas em modelos padronizados com poucas, se qualquer, variações de partes padrões.
Eles não tem a maioria das enzimas e organelas celulares necessárias para a vida e
consequentemente devem explorar as organelas de seu hospedeiro. Por essa razão, vírus são
chamados de parasitas intracelulares, e são ‘partículas infecciosas’ ao invés de organismos. A
unidade infecciosa completa é chamada de virion. As poucas enzimas que ele possui (tais
como a integrase) são usualmente relacionadas aos mecanismos que eles usam para entrar na
célula hospedeira. Eles são usualmente apenas capaz de multiplicarem-se em seu hospedeiro
específico, e frequentemente em apenas um orgão específico dentro do hospedeiro (tal como o
fígado por exemplo). Todos membros de um tipo viral são usualmente quase idênticos em cada
modo, exceto pelos antígenos de glicoproteína em seu revestimento proteico [13]. Este é o
sinal que pode disparar uma resposta imunológica em um hospedeiro.

Uma vez que percebeu-se que vírus são transportadores de genes, o próximo passo foi
determinar como eles transportam os genes para outras células e dividem-se no DNA dessas
células. O conteúdo do pacote genético que permitiu aos vírus atuarem em suas funções foi
outro foco de pesquisa. Como a função dos vírus tornou-se melhor conhecida, pesquisadores
começaram a tentar explorar eles para usos humanos. Isto levantou a revolução genética,
incluindo a tecnologia de DNA recombinante e a terapia genética.

REPLICAÇÃO VIRAL

Os vírus são os menores agentes infecciosos conhecidos e variam de 200 nanômetros a 20


nanômetros (no caso do parvovírus). Comparada com células animais, vírus são extremamente
pequenos – 50 milhões de vírus da polio podem caber dentro de uma célula humana em média
[14]. Uma bactéria típica tem 1 micron de diâmetro, enquanto um bacteriofágo é 1/40 de um
micron. A relação entre vírus e seus hospedeiros é complexa, e usualmente começa quando
um vírus faz contato com uma célula potencialmente hospedeira. Toda forma conhecida de
vida pode ser infectada por vírus mas algumas formas de vida parecem ser menos propensas
do que outras, por exemplo, algumas espécies de artrópodes e gimnospermas são conhecidos
por serem hospedeiros de vírus [15].
Figura 3. O mecanismo de injeção bacteriofago é um exemplo da complexa estrutura que capacita vírus a ligarem-se com a célula
hospedeira a) vírus ligam-se a células hospedeiras com um canal extentido. b) o canal contrai injetando DNA bacteriofago na
célula hospedeira [64].

A multiplicação dos vírus ocorrem em seis passos básicos:

Ligação. Vírus e células animais contém projeções, tipicamente glicoproteínas, que permitem
um vírus e célula animal fazerem contato entre si, e quimicamente e mecanicamente ligarem-se
se houver compatibilidade. O revestimento proteico (e o envelope de lipídeos, se presente)
assim deve ligar-se a membrana exterior do hospedeiro para infectá-lo. Para infectar uma
célula, os antígenos na superfície do vírus devem ser compatíveis com o receptor da célula
(N.T. é uma ligação tão compatível quanto duas peças de quebra cabeças que se encaixam, ou
seja o receptor é uma substância que “sentirá” que se encaixa perfeitamente com o antígeno
do vírus). Se o encaixe não for preciso, a ligação não poderá ocorrer e a penetração não terá
resultado positivo. O encaixe é usualmente específico-espécies; assim um tipo de vírus
específico irá infectar apenas um tipo de animal ou de planta específico. Porém, alguns tipos de
vírus tais como da raiva e da influenza tem uma ampla variedade de hospedeiros.

Penetração. Subsequente a ligação, são drenados para a célula pela membrana celular
‘fechando-a’. Este processo é chamado de endocitose e ele é o mesmo processo que a célula
usa para obter seus nutrientes. Há alguns tipos de vírus que podem passar diretamente através
dos poros na membrana celular do hospedeiro. Há também outros tais como os bacteriófagos
que permanecem do lado de fora da célula mas injetando seu DNA dentro das células (Figura
3).

Transfecção. O DNA viral é dividido em um local específico no DNA hospedeiro por integrase.
A enzima faz isso cortando o DNA plásmico circular, então dividindo em um novo DNA e
reparando os dois pontos cortados desse DNA. (ver Figura 5).

Replicação e Síntese. O DNA viral ou RNA direciona a célula hospedeira a produzir cópias
dos ácidos nucleicos virais e proteínas, incluindo as enzimas.

Montagem. Uma vez dentro da célula, o vírus pode organizar algo equivalente a uma linha de
montagem biológica (Figura 4) [16]. Em um tipo de vírus a cauda é montada primeiro
construindo a camada proteica. Blocos de proteína são adicionados um a um por vez. Este
processo de adição para quando uma outra proteína agindo como ‘fita métrica’ determina que a
cauda está no comprimento adequado. Um sinal é então produzido indicando que a estrutura
está completa e a proteína em forma de andaime solta-se para ser usada novamente fazendo
outra cauda de vírus. Herpes e outros vírus vêm com uma caixa de ferramentas de proteínas
por eles mesmos. A maioria dos outros vírus, tais como o vírus do mosaico do tabaco, tem de
recorrer quase totalmente a ‘caixa de ferramentas proteicas’ da célula hospedeira.

Liberação. As novas viroses são liberadas da célula para infectar outras células, espalhando
mais genes para outras células [17].

Retroviroses não podem danificarem as células até eles usarem a transcriptase reversa para
converter seu RNA a DNA. O hospedeiro então pode integrar os genes do vírus em seu próprio
DNA, produzindo uma cópia quando a célula replicar. Neste estágio um genoma fage é referido
como um profágo.

Figura 4. Bacteriofágo DNA é inserido no cromossomo bacterial através de corte nos pontos de encaixe e dividindo-se. PP e BB
são ligações fage e bacterial, respectivamente. BP e PB são pontos híbridos [65].
A ORIGEM DE TODOS OS VÍRUS

Alguns evolucionistas alegam que os vírus evoluiram de bactéria por seleção natural. Neste
processo, como eles tornaram-se parasitas, eles perderam todas as complexas estruturas
proteicas que a bactéria requer. Outros teorizam que vírus eram a primeira forma de vida, e
que a bactéria evoluiu a partir deles (assim como todas outras formas de vida). O problema
fatal com essa teoria é que vírus não são formas de vida, e de modo a reproduzirem e fazerem
o ATP, eles requerem todo o maquinário e complexo celular existente em células bacteriais.
Outros cientistas especulam que uma simbiose reversa ocorreu e que vírus surgiram de partes
da célula tais como plasmideos bacteriais e outras organelas, e eventualmente evoluiram em
separadas formas de vida [18].

Até agora faltam evidências para cada uma dessas teorias. Tanto plasmídeos bacteriológicos
como vírus contém as sequências de nucleotídeos para iniciar a replicação. Enquanto estas
estruturas são necessárias para a função de cada uma, isto não prova filogenia de qualquer
um. E mais, todos os vírus antigos até agora descobertos em pedras antigas e outros lugares,
são totalmente desenvolvidos vírus funcionais.

A FUNÇÃO DOS VÍRUS NA ECOLOGIA

A importância dos vírus é relacionada a importância da bactéria. Como Margulis observa,


microorganismos tem sido considerados ‘pequeninos seres que são primariamente germes e
patogênicos’ [19]. Em contraste com esta imagem pública, a bactéria é a base de nosso
sistema vital. Elas suprem nossos solos fértis e gases atmosféricos. Elas limpam nossas fontes
de águas, tem função em estabilizar a concentração de nitrogênio atmosférico, regular a acidez
ou alcalinidade do solo e assim geralmente assegurar que nosso mundo é habitável [20].

A visão agora emergindo das relações normais entre vírus e genes não é tanto
hospedeiro/invasor, mas uma relação mais parecida com abelhas carregando pólen de flor em
flor, assim causando a fertilização por toda parte. Vírus não levam apenas seus genes, mas
também os genes de outras criaturas, especialmente de bactérias [21]. Embora a bactéria
transmita informação genética entre si usando vários processos tais como pili transfer (veja
abaixo), viral transfer é agora conhecida como algo criticamente importante [22].

Figura 5. Ciclo de replicação de um bacteriofágo [16].


Uma função crítica dos vírus relata-se ao fato que bactéria contém um constante, sistema
genético (a grande replicon), mas eles funcionam no mundo adquirindo variáveis sistemas
genéticos (vários pequenos replicons, incluindo plasmídeos e vírus). Os pequenos replicons
são fisicamente separados do principal DNA bacterial, chamado de genofore. Novo DNA pode
ser inserido no genofore; e geralmente ele se divide sincronizadamente com ele, mas alguns
são capazes de começar auto-replicarem automáticamente (Figura 5).

Mathieu e Sonea alegam que vírus convertem toda bactéria em um superorganismo global e
gigante, e que vírus possuem um incrível mecanismo para a criação e troca de material
genético [23]. A maior classe de genes trocados são genes resistentes a antibióticos (ver figura
6), em conjunto com genes que permitem a bactéria degradar toxinas (tais como bifenil
policlorinato) ou converter mercúrio em formas menos venenosas [24]. Esta habilidade é
significante no desenvolvimento de resistência aos antibióticos produzidos por outros
organismos, permitindo a bactéria sobreviver e ajudar a manter o balanço tão crítico para a
ecologia.

Uma importante categoria de pequenos replicons são os profágos, phages e outros tipos de
vírus. E ainda, nenhuma bactéria foi encontrada na natureza sem tal suplemento genético
temporário [25]. Alguns dos replicons, especialmente os que não são úteis a bactéria,
eventualmente desaparecem. Zeste processo foi uma vez chamado de curing porque os
replicons eram então considerados elementos infecciosos danosos. Nós agora sabemos que a
posição chave destes vírus é importante em conferir variação a bactéria. Por esta razão, vírus
são críticos para as bactérias, e bactérias são críticas para ecologia [26]. Para produzir essa
variação cada pequeno replicon pode visitar milhares de diferentes cadeias bacteriais e cada
célula bacterial, embora usualmente receba apenas poucos pequenos replicons por vez, é
capaz de ser visitada por dezenas de centenas de diferentes tipos [27].

Bactéria são designadas para engajar ativamente na troca de genes por vários mecanismos
complexos. Um deles é transdução, onde phages injetam seus DNA na bactéria [28].
Pesquisas de laboratório descobriram que a transdução pode espalhar genes de bactérias
muito além do local onde os vírus incorporaram os genes. Miller observou que:
“..quando uma bactéria transportando um novo gene entra em um habitat, bacteriofago
infectam aquela célula e criam mais partículas bacteriofagos. Se qualquer partícula acaba
contendo os genes, aquele gene pode ser passado adiante na população. Este modelo é
igualmente aplicável a transdução de DNA plasmídeo cromossômico. Nós isolamos bactérias e
bacteriofágos de vários lagos e temos demonstrado que bactéria compartilham informação
genética através de transdução. Muitos microbiologistas originalmente pensavam que
transdução não seria um meio importante de troca de genes no meio ambiente, porque isso
requer vírus e bactérias – pois pensavam que ambos estavam presente em baixas
concentrações – para interagirem. Mas ...bacteriofágos existem em concentrações muito altas
(frequentemente 100 bilhões de partículas de vírus por ml) em águas doces e marinhas. Estas
observações causaram uma re-evolução da frequência de interações, incluindo transdução,
que ocorre entre bacteriófagos e seus hospedeiros [29].

A incorporação de plasmídeos ou profágos nos cromossomos bacteriais é chamada de


transfecção. A incorporação de apenas genes por um vírus transportador de DNA livre é
chamada de transformação. Transfecção e transformação não são aleatórias, mas são
processos rigorosamente controlados. Receptores com superfície específicas determinam
quais genes ou pacotes de genes entram na célula.
Embora vários meios existam nos quais os genes podem ser transferidos de uma bactéria para
outra, a transferência ocorre muito raramente por transfecção. Em quase todos os procariotes
ela ocorre comumente através da intermediação de uma forma infecciosa de profago, o
bacteriofago temperado ou phage [30].

Plasmídeos raramente tornam-se integrados em um cromossomo bacterial, mas ao invés disso


são como genes ‘móveis-agendados’, passando e usados onde são necessários, senão são de
outro modo descartados (Figura 6). Nem todos os vírus servem essa função; muitos podem
servir algumas funções totalmente desconhecidas no mundo natural. A percepção que alguns
tipos de vírus tem uma ampla função essencial na vida, levou a uma revolução na biologia.
Usando as pesquisas passadas como guia é provável que a bactéria e vírus dos quais as
funções nós não compreendemos, será descoberto ter importante posições no mundo natural.

Um forte argumento para a posição de transportar gene (e outras funções dos vírus) é que
vírus são comparativamente simples, enquanto células são extremamente complexas e tem
elaborado sistemas de defesa. É lógico que células tenham defesas elaboradas, uma vez que
são necessárias para prevenir derrubadas genéticas. Este é o maior problema com a teoria da
evolução. Nas palavras de Syvanen:
“Se os vírus não eram nada além de notícias ruins, você poderia esperar que as células
evoluissem tendo uma enorme resistência a eles e elas expressarem resistência de algum
modo, mas os vírus também parecem extremamente acomodarem-se em outras” [31].
Figura 6. Sequência de montagem para um bacteriofago (de Stent e Calendar) [16].

VÍROSES PATOGÊNICAS

A tradicional compreensão que vírus são invasores alienígenas competindo contra os humanos
em uma luta de vida ou morte para as instalações de fabricação da célula, é agora vista ser
mais simplificada, se não incorreta. Não é usualmente o expediente do vírus matar o
hospedeiro, uma vez que isto pode causar a morte do vírus. Vírus devem ter uma reserva de
espécies hospedeiras nas quais eles podem viver permanentemente, de outro modo eles
seriam rapidamente extintos. AIDS por exemplo, infecta alguns primatas sem causar doença ou
morte e tem provavelmente vivido neles por muito tempo. O organismo hospedeiro deve tolerar
eles muito bem – na verdade, alguns tipos de vírus formam uma relação simbiótica com seus
hospedeiros.

Evidentemente,

Você também pode gostar