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Índice

Introdução ..................................................................................................................................... 2
Objetivos ....................................................................................................................................... 3
Influência do microscópio na evolução da Infecciologia .............................................................. 5
Infecciologia moderna ................................................................................................................... 5
Conceitos de Infecciologia ............................................................................................................ 6
Referências bibliográficas ........................................................................................................... 10

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Introdução

A origem das doenças infecciosas na população humana não é perfeitamente


conhecida Aceita-se que elas acompanhem a espécie humana desde seus primórdios. No
correr da história foram responsáveis por constantes epidemias causadas pela
emergência de novas doenças, dados arqueológicos tem trazido subsídios aos
conhecimentos da antiguidade sobre as doenças infecciosas. Por exemplo os egípcios
em suas esculturas representaram indivíduos com sequelas de poliomielite, os clássicos
trabalhos de Sir Armand Ruffer mostram a presença de ovos de sihstosoma nos rins de
múmias, bem como lesões tuberculosas nas vértebras das múmias da vigésima
primeira dinastia egípcia.

Até mesmo na bíblia sagrada, livro sagrado dos cristãos encontramos referências
á doenças infecciosas, 1Samuel 5:12 “e os homens que não morreram tinham sido
atingidos com hemorróidas. E o clamor da cidade por ajuda subia aos céus”. Até mesmo
leis profiláticas em relação a lepra encotram-se em levitico, no livro de números há
referenciam a gonorreia nos acampamentos e o relato da praga de Baal peor que foi
considerado por muitos como a epidemia da Sífilis por alguns autores. ( Olipio Fonseca
1992)

Tendo todos estes pontos em consideração, na presente abordarem vamos


debruçar-nos sobre a história da insectologia tendo em conta os diferentes cientistas que
contribuíram para evolução desta ciência, mencionaremos também conceitos básicos de
Infecciologia.

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Objetivos
Objetivo geral:

 Conhecer a evolução histórica da Infecciologia;

Objetivo específico:

 Descrever teorias de cientistas que influenciaram a evolução da Infecciologia;


 Descrever os principais conceitos de Infecciologia;

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A evolução da Infecciologia foi paulatina e aleatória, dependendo de progressos
ocorridos em variadas formas do conhecimento. Microrganismos causadores
de infecção e doença acompanham o homem, desde a mais remota antiguidade e
o nome "infectio" era reconhecido como algo de origem estranha que atacava o homem.

Entretanto, desconhecia-se quais eram os agressores, os microrganismos. Mesmo


assim, vários povos antigos possuíam um conhecimento intuitivo relacionado
às infecções, mecanismos de transmissão, tratamento e profilaxia. Com Hipócrates e
sua escola, evoluíram os conhecimentos relacionados aos quadros clínicos
das infecções. A primeira referência à existência de microrganismos patogénicos foi
feita por Varräo e Columela, um século A.

Referiam-se às doenças, como sendo causadas por seres vivos invisíveis


(Animalia minuta), que penetravam no corpo com os alimentos e o ar ingerido.
Posteriormente, no século XVI, Hieronymus Fracastorius, em
seu livro de enfermidades infecciosas, divulgou que doenças infecciosas eram
transmitidas por sementes invisíveis, denominadas contagium vivum.

No trabalho sobre o contágio, Fracastorius descreveu a origem das doenças


contagiosas, chamando de seminaria morbi (sementes da doença) as causas do contágio
de indivíduo a indivíduo (FRACASTORO, 1971).

Este trabalho se constituiu na primeira teoria racional a respeito da natureza das


infecções. Na mesma publicação apresentou um tratado e preconizou que o contagio
tinha relação com o fenómeno de atracão e repulsão de todas as coisas na natureza
(THURSTON, 2000)

Ao explicar, desta forma o contágio, dissociando-o da magia ou de miasmas,


relacionou as infecções à presença de agentes, que, uma vez instalados, se
multiplicavam e transmitiam as doenças. O que Fracastorius definiu sobre causa e efeito
das infecções, apesar de não a ter especificado na época sob a denominação de
microrganismo, micróbio, ou bactéria, prevalece até os dias atuais.

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Influência do microscópio na evolução da Infecciologia

O surgimento do microscópio por volta de 1.600, foi de notável importância para


a descoberta dos microrganismos, a história da microscopia começa com o fabrico das
primeiras lentes óticas, através do polimento do vidro, pelo fiorentino Salvino
d´Amato, em 1285. A ideia de combinar lentes para aumentar o tamanho dos
objectos mais pequenos data de 1590 e deve-se a Zacharias Janssen, sendo, o primeiro
microscópio por ele desenvolvido capaz de uma ampliação de cerca de 30 vezes.

A capacidade de ampliação foi evoluindo em consequência do aperfeiçoamento


das lentes. No séc. XVII, Antonie Van Leeuwenhoek (físico holandês) desenvolveu
o microscópio simples capaz de ampliações de até 200x e medindo apenas 6,7
centímetros, com o qual o cientista fez a primeira observação de bactérias, às quais na
altura deu o nome de protozoários.

Infecciologia moderna

A infecciologia moderna tem o seu marco no seculo XIX, com o


estabelecimento da teoria microbiana das doenças, sob a liderança de Pasteur e Koch
que em seu experimento mais conhecido provaram que o azedamento do leite e a
fermentação do vinho são causados por microrganismos. Assim afirmaram
que microrganismos conhecidos como germes podem levar a doenças. Esses
pequenos organismos, pequenos demais para serem vistos sem ampliação,
invadem humanos, outros animais e outros hospedeiros vivos.

Seu crescimento e reprodução dentro de seus hospedeiros podem causar


doenças. Germe refere-se não apenas a uma bactéria, mas a qualquer tipo de
microrganismo, como protistas ou fungos, ou mesmo patógenos não vivos que podem
causar doenças, como vírus, príons ou viróides.

As doenças causadas por patógenos são chamadas de doenças infecciosas.


Mesmo quando um patógeno é a principal causa de uma doença, fatores
ambientais e hereditários muitas vezes influenciam a gravidade da doença e se
um indivíduo hospedeiro potencial se torna infectado quando exposto ao patógeno.

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Patógenos são doenças que podem passar de um indivíduo para outro, tanto em
humanos quanto em animais.

Actualmente é conceituada como sendo a especialidade médica que se ocupa do estudo


das doenças causadas por diversos vírus patogenos como prions, vírus, bactérias,
protozoários, fungos e animais. A infecciologia também é chamada de doenças infecto-
parasitarias ou moléstias infecciosas e parasitaria.

Conceitos de Infecciologia

A Infecciologia é uma das especialidade mais procuradas do momento e engloba


uma gama de conhecimentos todos eles necessários a académicos, generalistas,
especialistas e outros profissionais de saúde. Infecções são o resultado de interacções
desfavoráveis entre organismos parasitas e seus hospedeiros.

Há uma gama de interacções possíveis entre o nosso sistema imunológico e os


mecanismos de virulência dos patógenos e elas se tornam patológicas quando o
hospedeiro não consegue eliminar ou conter o patógeno. Torna-se importante ter
conhecimentos sobre os conceitos básicos de Infecciologia tais como:

Infecção: é a penetração e multiplicação de microrganismos em um determinado


local do corpo, que leva a uma resposta imunológica do hospedeiro (mobilização de
micrófagos e macrófagos, linfócitos, produção de anticorpos etc.).

Enfatizamos que infecção não é sinónimo de doença, e temos muitas situações em


que a multiplicação não acarreta lesão visível.

Fonte de infecção: local onde um microrganismo multiplica-se. Na maior parte das


doenças infecciosas, a fonte de infecção é um indivíduo doente ou convalescente.

No caso das zoonoses podem ser fontes de infecções animais doentes, águas (rios,
lagos, mares etc.) e alimentos. Há casos de portadores, indivíduos ou animais, que
albergam o microrganismo parasita, mas não estão doentes, no período de incubação,
nem convalescentes. Como exemplos, podemos citar que uma pequena parcela da
população humana alberga meningococos nas vias aéreas superiores, sem apresentar
qualquer sinal ou sintoma de meningite, e que certos animais são considerados

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reservatórios, por exemplo morcegos que podem albergar o vírus da raiva, sem
manifestar a doença.

Doença infecciosa: é configurada quando a multiplicação microbiana lesa as células,


tecidos ou o organismo como um todo, sendo possível detectar sinais e sintomas. A
lesão pode ser decorrente da multiplicação em si, da elaboração de produtos tóxicos ou
da elaboração de substâncias que protegem os microrganismos de outros mecanismos,
abordados neste capítulo.

Hospedeiro: É o organismo que serve de passagem para o agente invasor. Pode ser
um homem (como qualquer outro mamífero), mas também um não mamífero, como um
inseto. A partir de então vêm as definições de hospedeiro definitivo e hospedeiro
intermediário:

 Definitivo: aquele em que o parasita atinge a maturidade ou passa sua fase


sexuada;
 Intermediário: aquele em que o parasita se encontra em forma larvária ou
assexuada.

Contaminação: significa a entrada de um microrganismo ou de uma substância


indesejável para um organismo, objecto ou substancias.

Contagio: transmissão do agente infeccioso, de um doente ou portador para


outro individuo.

Resistência: defesa de um organismo contra um invasor, em que o primeiro


impede a difusão ou a multiplicação de agentes infecciosos que o invadiram, é chamada
de resistência. Ele pode, ainda, defender-se dos efeitos nocivos dos produtos tóxicos do
invasor.

Alguns factores interferem na resistência:

 O estado de nutrição;
 A integridade de pele e mucosas;
 A capacidade de reacção e adaptação aos estímulos do meio;
 factores genéticos;
 O estados actuais de saúde;
 O estresse e a imunidade específica.

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Susceptibilidade: A partir do momento em que se define o que é resistência, fica
fácil entender que qualquer indivíduo não resistente a determinado microorganismo é
susceptível. Ele pode contrair determinada doença e posteriormente se tornar resistente
a ela.

Resistência natural: Quando se observa que um indivíduo pode resistir a


determinada invasão, independentemente de anticorpos específicos, é o que se chama de
resistência natural.

Pode ocorrer por factores ligados ao gene (por exemplo, a raça negra é menos
susceptível à penetração de larvas de ancilostomídeos) ou barreiras naturais específicas
anatómicas e ser permanente ou temporária a certo agente infeccioso.

Indivíduo imune: É aquele com anticorpos protectores específicos ou imunidade


celular em consequência de uma infecção ou imunização anterior, capaz de reagir
eficazmente para prevenir uma infecção ou doença clínica quando exposto a seu agente
infeccioso.

A imunidade é dividida em 2 grupos:

 Imunidade Inata;
 Imunidade Adquirida.

Imunidade inata: obtém-se a resposta inicial a qualquer ataque microbiológico. Ela é


inespecífica, mas juntamente com as barreiras naturais (pele, mucosas, acidez gástrica)
constitui a linha de frente na defesa do organismo.

Imunidade adquirida: há maior complexidade na resposta e maior especificidade na


destruição do invasor, o que leva mais tempo para ocorrer, pois há necessidade de
memória imunológica específica.

A imunidade adquirida pode ser: Passiva é humoral de curta duração (de alguns dias
a vários meses) e pode ser obtida naturalmente, por transferência de mãe a filho, ou ar.

Colonização: por analogia ao significado usual dessa palavra, é o estabelecimento de


um grupo – neste caso, de microrganismos − num determinado local, passando a viver
lá sem causar prejuízos.

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Conclusão
Após pesquisas feitas chegamos a conclusão que a Infecciologia é uma ciência
em constante evolução e neste processo teorias propostas por cientistas como o italiano
Francatrius, Louis Pausteur foram cruciais para que hoje tivéssemos um conhecimento
abrangente sobre as doenças infecciosas.

Os conhecimentos sobre as doenças infecciosas são de extrema importância para


os profissionais de saúde, e por assim ser concluímos o que conceitos básicos como o de
infecção , doenças infecciosas, imunidade etc, entre muitos outros conceitos devem ser
do domínio de profissionais de saúde .

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Referências bibliográficas

1. INFECTOLOGIA_V_1_FECHADO.pdf--- Atualização 2019


2. Tratado de Infectologia Veronesi 5a Ed 2015.pdf Roberto Focaccia
3. Article13.pdf Infectologia.pdf

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