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DE
MICROBIOLOGIA
E
PARASITOLOGIA
Definição de Microbiologia
Exemplo de agente etiológico de uma patologia viral: Covid 19 é causada pelo agente
etiológico: SARS-CoV-2;
Exemplo de agente etiológico de uma patologia causada por fungo: Candidíase é causada
pelo agente etiológico: Candida albicans.
Exemplo de agente etiológico de uma patologia causada por protozoário: Malária é causa
por um tipo de protozoário pertencente ao gênero Plasmodium, podendo ser: Plasmodium
vivax, Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae.
Exemplo de agente etiológico de uma patologia causada por helmintos: os helmintos são
vermes, animais metazoários, isto é, são organismos pluricelulares, podendo ser de vida livre
ou causar doenças, inclusive, nos humanos e como exemplo de patologia causada por
helmintos, temos a Esquistossomose que é causada pelo agente etiológico Schistosoma
mansoni.
* Hospedeiro: É um organismo que abriga um parasita em seu corpo. O parasita pode ou não
causar doença no hospedeiro. O parasita possui dependência metabólica em relação ao
hospedeiro, utilizando recursos para a sua sobrevivência. O hospedeiro também constitui o
habitat do parasita. Podemos encontrar dois tipos de hospedeiros:
a) Hospedeiro intermediário: é o que apresenta o parasita em sua fase larvária ou assexuada. Como, por
exemplo, o caramujo é o hospedeiro intermediário do parasita Schistossoma mansoni, na sua fase
larval, causador da parasitose denominada de Esquistossomose; temos também, como exemplo, o
porco é o hospedeiro intermediário do parasita Taenia solium, na sua fase larval, causador da
parasitose denominada de Teníase.
* Fonte de infecção: É qualquer via utilizada pelo agente infeccioso para passar diretamente
para o hospedeiro.
Exemplo: A fonte de infecção da covid-19 são as vias aéreas superiores, ou seja, nariz, faringe
e laringe, isto é, o vírus transita por essas estruturas do sistema respiratório.
* Endemia: São doenças próprias de uma região. Ocorre quando o número de casos de uma
doença, verificada num certo período de tempo, não ultrapassa o número de casos esperado.
Exemplos de patologias endêmicas do Brasil: Doença de Chagas, Malária, Tuberculose,
Esquistossomose, Dengue, Zica, Chikungunya.
* Epidemia: É quando ocorre um aumento súbito no número de casos de uma doença em uma
população.
Exemplo: Quando a covid 19 começou na China, a doença até então não existia na China e de
repente contaminou um grande número de pessoas pertencente a população chinesa, ela
começou como sendo uma epidemia.
* Pandemia: Serve para se referir à uma determinada doença que atinge mais de um continente,
em uma onda epidêmica que pode se prolongar por vários anos.
Exemplos de doenças pandêmicas: Aids, Covid 19, Peste bubônica, Gripe espanhola.
* Surto epidêmico: É quando ocorre dois ou mais casos de uma determinada doença em locais
ou instituições, tais como: creches, escolas, domicílios, edifícios, resenhas, cozinhas
coletivas, almoços e ou reuniões de comunitários atrelados e aliados à hipótese de que
tiveram como relação entre eles à mesma fonte de infecção ou de contaminação ou o mesmo
fator de risco e ocorrência simultânea.
VIROLOGIA
* Os vírus são seres acelulares, ou seja, não são formados por célula, no entanto precisam
delas para se reproduzir;
* Os vírus são seres que apresentam especificidade, ou seja, são específicos, isto é, para invadir
uma célula, um vírus tem de se encaixar perfeitamente nos receptores presentes na
membrana celular, como uma chave se encaixa em uma fechadura e à isso denominamos
como “certa afinidade química”. É justamente a necessidade dessa associação exata às
proteínas celulares que torna os vírus tão específicos: eles só conseguem infectar células que
possuam receptores compatíveis com os ligantes de seu envoltório.
* Os vírus realizam constantemente mutação, principalmente, vírus que possui como ácido
nucleico, o RNA;
*Os vírus podem apresentam como ácido nucleico: DNA ou RNA;
3) Envelope viral: alguns vírus o nucleocapsídeo é envolto externamente por uma membrana
lipoproteica.
Os vírus dispõem de dois tipos de ciclos reprodutivos: ciclo lisogênico e ciclo lítico.
1) Ciclo Lisogênico: no ciclo lisogênico, o vírus que invadiu a célula hospedeira agrega
seu material genético ao genoma da mesma. Nesse processo, a presença do parasita não
interfere de nenhuma forma no mecanismo celular: toda a sua atividade, desde o metabolismo
até a reprodução, ocorre normalmente, assim como numa célula saudável. Quando a célula
hospedeira passa por divisões mitóticas, ela transmite às células-filhas não só o seu genoma,
como também, o material genético do vírus que a infectou. Dessa forma, o parasita intracelular
“se vale” do processo reprodutivo da célula para se multiplicar e contaminar novas células do
organismo vivo, retomando o seu ciclo.
É exatamente por causa desse tipo de reprodução viral que algumas doenças demoram
tanto tempo para se manifestarem no organismo. AIDS e herpes são bons exemplos disso:
como a célula continua desempenhando suas funções enquanto o vírus está no ciclo lisogênico,
o surgimento de qualquer sinal ou sintoma da doença se torna dificílimo. É possível detectar
indícios das enfermidades somente quando o vírus atinge o ciclo lítico, que é a fase em que o
vírus se liberta do cromossomo, levando à morte da célula hospedeira, também conhecida
como lise celular.
2) Ciclo Lítico: no ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético no da célula
hospedeira, e, ao contrário do outro ciclo, passa a dominar o metabolismo da mesma,
destruindo-a por final e incluindo estas etapas à seguir:
* Penetração - inserção do genoma viral no interior da célula hospedeira. Tal processo pode
ocorrer de três formas: diferentes, são elas:
1 - Direta: apenas o material genético do vírus é injetado na célula, enquanto sua parte proteica
permanece no lado externo;
2 - Fusão do envelope viral: o envelope viral (camada lipoproteica que envolve alguns vírus)
é fundido à membrana celular, o capsídeo se desfaz e o genoma do parasita invade a célula.
Esse processo ocorre somente com vírus envelopados;
3 - Endocitose: os receptores químicos da membrana celular promovem a fixação do vírus, e
depois o parasita é englobado pelas invaginações da mesma;
COVID-19
O vírus SARS-CoV2 é classificado como RNA+, o que significa que pode ser lido
diretamente pelas estruturas celulares. É considerado um tipo de RNA mensageiro que, ao ser
percorrido por ribossomos celulares, induz a produção de proteínas virais. Outra característica
desse tipo de RNA é a presença da enzima replicase (RNA polimerase), a qual acompanha o
vírus ou é produzida pela célula infectada, quando então a produção de uma molécula de RNA
negativo (RNA-) ocorre a partir da molécula de RNA+, típica do vírus. A molécula de RNA-
é transitória e, a partir dela, são produzidas inúmeras moléculas de RNA+ que são idênticas
ao RNA original. Portanto, a molécula transitória de RNA- serve como modelo para a
produção de moléculas de RNA+; cada uma delas descenderá do vírus que infectou a célula;
esses descendentes parasitarão a célula e se produzirão no interior dela.
A síntese das novas moléculas de RNA+ ocorre no interior das estruturas vesiculares
celulares, denominadas endossomos; eles se organizam assim que o RNA + viral entra no
interior celular. A produção das proteínas virais, por sua vez, ocorre com a participação de
ribossomos ligados ao retículo endoplasmático rugoso na presença do complexo de golgi, onde
ocorre a montagem dos viríons (chamados assim porque ainda não são realmente vírus). A
ligação do vírus com a célula-alvo ocorre por meio da proteína S, que interage com os
receptores celulares-esse processo se assemelha a um pendrive, com uma unidade USB
integrada.
Essa proteína entra em contato com o receptor celular proteico, a enzima conversora de
angiotensina 2 (ACE2) , presente principalmente nas células pulmonares. Com a ligação de
ambas as proteínas, o vírus pode invadir a célula.
Após a fusão das proteínas- a do vírus e a do receptor ACE2- ocorre a fusão da
membrana lipídica do vírus com a membrana plasmática celular, e o vírus ganha o interior da
célula.
Após a introdução do material genético viral na célula hospedeira, uma vesícula celular
é formada (uma espécie de bolsa, chamada endossomo); em seu interior, o vírus é retido e
multiplicado.Posteriormente, as moléculas de RNA+ produzidas dentro dos endossomos são
liberadas, e a síntese das proteínas acontece.
Uma das características que mais chama a atenção em relação à nova variante é a
quantidade de alterações genéticas detectadas em seu sequenciamento, muitas delas em
regiões da proteína S.
Enquanto algumas mutações já foram encontradas em outras VOCs, outras podem estar
associadas a vantagens adaptativas modestas em relação ao vírus original e outras ainda até o
momento com função desconhecida. Também foram detectadas mutações em outras regiões
do SARS-CoV2, como em genes associados a proteínas de nucleocapsídeo, que podem estar
associados a aumento na transmissibilidade e que estão presentes em todas as VOCs detectadas
até o presente.
Gravidade em crianças.
Sobre a nova cepa ser mais grave em crianças do que as outras variantes, o pediatra e
infectologista comenta. “É muito difícil ter a certeza da gravidade de uma nova cepa bem no
início da sua aparição, mas mesmo que haja aumento das hospitalizações em crianças com
coronavírus, é difícil provar causalidade. Por exemplo, uma criança pode ser internada com
apendicite e no protocolo da internação o resultado da testagem para COVID-19 (seja por PCR
ou por antígeno) dar positivo, nesse caso, essa decorrência simplesmente é incidental e não é
a causa da internação. Essa situação de causalidade é imporetante entender porque é muito
difícil ter a certeza da gravidade de uma nova cepa bem no início da sua aparição”.
Sintomas em Crianças.
Segundo Marcio, com a variante Ômicron continua sendo um desafio diferenciar o vírus
SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) de qualquer outra infecção por vírus respiratório comum
na infância. “Os sinais e sintomas são exatamente os mesmos, e os pais precisam se atentar
caso os filhos apresentem: queda do estado geral, espirros, desidratação, diarreia, falta de ar,
tosse, dificuldade para respirar e sinais clínicos de gravidade de qualquer outra infecção, seja
respiratória ou gastrointestinal.”
A BQ.1 possui mutações genéticas na proteína Spike que fazem com que o
reconhecimento e a neutralização do vírus pelo sistema imunológico sejam mais difíceis,
afirmaram os cientistas que participaram da live, organizada pelo Comitê Científico Unesp
Covid19.
Segundo Deyvid Amgarten, cientista bioinformata do Hospital Israelita Albert
Einstein, “ as mutações são muito parecidas. São todas de uma mesma linhagem, costumamos
dizer, as linhagens da BA.5”
Foi divulgada a identificação de subvariantes que ainda não tinham sido registradas no
Brasil: BQ.1.1.17 e BQ.1.1.18, encontradas em amostras de pacientes de Santo André e São
Caetano do Sul, no ABC.
Agora, em 2022, a covid19 se apresenta como uma doença leve para a população
vacinada e que afeta principalmente os pacientes imunossuprimidos, grupo que reúne pessoas
com transplantes de órgãos sólidos e indivíduos que fazem quimioterapia, entre outros. Esses
pacientes demandam atenção especial porque tem sua imunidade prejudicada pelo uso de
medicações.
Existem diferentes tipos de tecnologia de vacinas que são capazes de defender nosso
organismo quando há exposição à esses microrganismos. Temos, por exemplo:
* Variante: É quando uma mutação é identificada diversas vezes, há uma variante do vírus. Se
trata do mesmo vírus com pequenas diferenças no código genético.
* Cepas: São variantes dentro de uma linhagem nas quais se observam mudanças significativas
no seu comportamento em relação às características nativas do vírus. Essas mudanças podem
deixá-las mais fortes ou mais transmissíveis.
Fonte: Revista Arco - Jornalismo científico e cultural.
Características gerais
1) Parede celular: é um envoltório externo rígido, responsável pela forma da célula e por sua
proteção;
5) Cromossomo: constitui uma molécula circular de DNA, neste estão presentes alguns
milhares de genes, necessários ao crescimento e à reprodução da bactéria. O cromossomo
bacteriano, geralmente está localizado na região central da célula e é longo e fino;
7) Plasmídeos: são moléculas circulares adicionais de DNA. Os plasmídeos são menores que
o DNA cromossômico e sua presença não é essencial à vida da bactéria. Possuir plasmídeos,
no entanto, por vezes é vantajoso, pois eles podem conter genes responsáveis pela
destruição de substâncias tóxicas como os antibióticos, por exemplo;
8) Flagelos: são filamentos proteicos móveis que, muitas bactérias podem apresentar, que
permitem a movimentação da célula;
Figura 5 - Imagem ilustrativa dos componentes que constitui uma célula bacteriana.
Morfologia bacteriana
1.d) Pneumococo:
1.e) Gonococo:
1.f) Tétrade:
1.g) Sarcina:
Técnica de Gram
Respiração bacteriana
Metabolismo bacteriano
Esporos bacterianos
Reprodução bacteriana
Embora não ocorra reprodução sexuada, pode ocorrer troca de material genético entre as
bactérias. Tal recombinação genética pode ocorrer por: transformação, conjugação ou
transdução.
C) Transdução- moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria para outra usando os
vírus como vetores (bacteriófagos). Quando o bacteriófago entra numa célula bacteriana, o
DNA do vírus mistura-se com uma parte do DNA bacteriano, de modo que o vírus passa a
carregar essa parte do DNA. Se o vírus infecta uma segunda bactéria, o DNA da primeira pode
misturar-se com o DNA da segunda. Essa nova informação genética é então replicada a cada
nova divisão.
MICOLOGIA
1) Hifas: são filamentos ramificados que constituem os fungos multicelulares e nelas contém
o material celular do fungo;
PROTOZOÁRIOS
São organismos unicelulares eucariotas, com formas variadas e que realizam todas as
funções mantenedoras da vida: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção,
havendo uma organela própria para cada função.
AMEBÍASE
Os cistos eliminados nas fezes, permanecem vivos por cerca de 10 a 20 dias, quando
contaminam o ambiente (água, alimentos, poeira e etc.) sendo então ingeridos. Resistem ao
suco gástrico e, chegando ao final do intestino delgado, desencistam-se e cada núcleo dá
origem a uma pequena ameba uninucleada (trofozoíto), que se alimenta e se reproduz por
divisão binária e se dirige para o intestino grosso onde forma colônias, reiniciando o ciclo.
Patogenia e Sintomatologia
Epidemiologia
GIARDÍASE
Epidemiologia
LEISHMANIOSE
Existem diversas espécies de Leishmania que podem atingir os humanos, causando formas
distintas de leishmaniose: a Leishmaniose tegumentar, que é a forma que atinge a pele e as
mucosas; e a Leishmaniose visceral, que é a forma que atinge as vísceras (baço, fígado e
medula óssea).
1) Amastigota: encontrada dentro dos macrófagos presentes nos órgãos atingidos pele ou
vísceras, essa forma não apresenta flagelo;
Patogenia e Sintomatologia:
_Fonte de infecção: roedores silvestres (paca, cotia, ratos silvestres) edentados (tatu,
tamanduá, preguiça), marsupiais (gambás e marmotas), carnívoros (cães, gatos, quatis);
humanos e equinos podem funcionar como fonte de infecção também.
_ Forma de transmissão: promastigotas.
_ Veículos de transmissão: hospedeiros intermediários, isto é, flebótomos das espécies
Lutzomya intermédia.
_ Via de penetração: inoculação na pele das formas promastigota pelo flebótomo.
Ciclo biológico
Assim que um humano é picado por um barbeiro positivo, nos dejetos, ou seja, fezes e
urina desse inseto encontram-se as formas infectantes, que são as tripomastigotas metacíclicos.
Essas formas podem penetrar na pele arranhada (pela coceira advinda da picada do barbeiro),
no orifício da picada do inseto ou na mucosa sadia (mucosa conjuntival). Ao penetrar nos
macrófagos ou outras células locais, o tripomastigota se transforma em amastigota e inicia a
reprodução por divisão binária. Passadas 36/48 horas, essa célula se rompe e as amastigotas
se transformam em tripomastigotas, que caem na corrente sanguínea e vão invadir outras
células próximas ou distantes (células lisas e estriadas cardíacas), reiniciando o processo.
Patogenia e Sintomatologia
_Fase crônica: o paciente apresenta uma baixa parasitemia, porém com uma resposta
imune elevada, miocardite e início de formação de lesões cardíacas, esofageanas ou entéricas,
ou seja, do sistema digestório, incluindo intestino. Essas lesões iniciais usualmente passam
despercebidas por vários anos, manifestando-se 20/30 anos mais tarde. Nessa fase, o número
de parasitos (ninhos de amastigota) no coração ou no intestino grosso é mínimo, porém as
lesões se devem à destruição dos neurônios formadores dos estímulos cardíacos e peristálticos
por um processo imunoinflamatório. Além disso, o infiltrado inflamatório promove um
distanciamento das miofibrilas, o que promove, então, a cardiomegalia, o megaesôfago, o
megacólon e as consequências insuficiência cardíaca, dificuldade de progressão do bolo
alimentar (mal de engasgo) ou do bolo fecal.
Epidemiologia
MALÁRIA
Agente Etiológico: Essa parasitose pode ser causada pelos protozoários pertencentes
ao seguinte gênero, Plasmodium, podendo ser:
Ciclo biológico
Epidemiologia
* Profilaxia: combate ao mosquito com inseticidas residuais e o tratamento dos doentes com
antimaláricos eficientes, melhoria geral dos serviços de saúde, educação sanitária e
ambiental.
*
Definição de Helmintos
Os helmintos ou vermes são organismos pluricelulares, podendo ser encontrados no
mundo todo, com espécies de vida livre e outras parasitando vegetais, animais e humanos.
ESQUISTOSSOMOSE
1) Vermes adultos: vivem acasalados dentro dos vasos componentes do sistema porta (isto é,
dos vasos que recolhem o sangue das vísceras e o levam para o fígado);
2) Casais adultos: vivem principalmente nos vasos da veia mesentérica inferior, que drena o
sangue do intestino grosso (reto e curva sigmoide). Outras formas encontradas são:
* Ovos: (nas fezes ou presos na mucosa intestinal ou no tecido hepático do paciente);
* Miracídio: encontrado dentro dos ovos maduros ou nadando na água para penetrar em um
hospedeiro intermediário, como no caso do caramujo do gênero Biomphalaria;
* Esporocisto: forma vista dentro do caramujo;
* Cercária: forma produzida no caramujo e que nada na água até penetrar na pele de algum
novo hospedeiro definitivo;
Ciclo biológico: um humano parasitado elimina em suas fezes ovos maduros, contendo
miracídios; os ovos entrando em contato com a água (córregos, açudes e etc), liberam
os miracídios, que passam a nadar durante cerca de 6 horas, até encontrar um caramujo
Biomphalaria; nesse molusco, o miracídio se transforma em esporocisto e cerca de 30
a 40 dias inicia a liberação de cercárias. Caso o miracídio penetre em caramujos de
outras espécies, ele não será capaz de completar o ciclo nesse hospedeiro diferente.
As cercárias saem do caramujo nos horários mais quentes e ensolarados do dia, isto é,
entre 10 e 14 horas e vivem mais de 24 horas, porém só são capazes de penetrar na pele durante
as primeiras 8 horas de vida (isto é, são infectantes apenas nas primeiras 8 horas de vida). Ao
penetrar na pele as cercarias perdem a cauda e se transformam em esquistossômulos, que caem
na corrente sanguínea e migram pelo organismo do paciente até alcançar o fígado e penetrar
nas veias do sistema porta intra-hepático; acasalam-se e migram por dentro dos vasos até
alcançar a veia mesentérica inferior, onde 30 a 40 dias depois da penetração das cercarias
iniciam a postura na submucosa do intestino grosso. Os ovos colocados aí podem: alcançar a
luz intestinal, sair para o exterior com as fezes do paciente e completar o ciclo no caramujo;
ficar presos na mucosa e formar granulomas intestinais; voltar pela corrente sanguínea e ficar
preso no tecido hepático.
Patogenia
Epidemiologia
Profilaxia: uso de privadas que tenham a descarga dirigida para fossas ou para esgotos
sanitários, educação sanitária, cívica e ambiental da população, melhora de qualidade
de vida da comunidade, dentre outros.
Figura 16 - Imagem demonstrativa quanto ao ciclo da Esquistossomose.
TENÍASE
Agente Etiológico: Essa parasitose pode ser causada por dois tipos de tênias:
_ Taenia solium: é o parasita da carne de porco;
_ Taenia saginata: é o parasita da carne de boi ou vaca;
Figura 19 - Imagem de proglótides gravídicas de uma tênia, observe que esse verme é
hermafrodita, pois, apresenta sistema reprodutor masculino e feminino.
Ciclo biológico: os humanos adquirem a teníase ao ingerir carne de suíno crua ou
malcozida, contendo cisticercos maduros. O mesmo ocorre com a T. saginata, sendo
que aqui o hospedeiro intermediário é o bovino e que nesse animal o cisticerco
permanece infectante por menos tempo, isto é, 1 a 2 meses. Os cisticercos ingeridos,
ao chegarem ao intestino delgado, estimulados pela bile, exteriorizam-se, prendem-se
à mucosa do intestino delgado pelo escólex e dão início à formação das tênias adultas.
Epidemiologia
ASCARIDÍASE
Ciclo biológico: os ovos infectantes são ingeridos por nova pessoa, no intestino da
qual as larvas eclodem , penetram na mucosa do intestino grosso e caem na corrente
sanguínea; passam pelo fígado e depois se dirigem Ra o coração e alcançam os
pulmões; perfuram os alvéolos, sobem a árvore brônquica e chegam até a faringe, onde
podem ser expelidas junto com o muco produzido ou ingeridas; chegam ao intestino
delgado, onde se transformam em machos e fêmeas, que 30 dias depois iniciam a
oviposição (isto é, desde que houve a ingestão dos ovos até que as fêmeas iniciem a
oviposição, demora cerca de 60 dias).
_ Fase pulmonar: ocasionada pela passagem das larvas, causando manifestações como:
tosse produtiva, febre e outros.
_ Fase intestinal: magreza, palidez, tristeza e barriga aumentada de volume.
Epidemiologia:
Profilaxia: melhora dos fatores sociais, tais como: higiene pessoal, lavar corretamente
verduras, beber somente água filtrada, saneamento básico e outros.
ANCILOSTOMOSE
Morfologia e Habitat: esses parasitos vivem presos à mucosa duodenal pela cápsula
bucal. As formas encontradas são: ovos, larvas rabditoides e larvas filariodes.
_Fase cutânea: ocorre pela penetração de dezenas de larvas na pele (pés descalços,
nádegas quando se assenta no solo vestindo calção ou maiô).
_Fase pulmonar: ocorre durante a passagem das larvas pelos pulmões, ocasionando
febre, tosse produtiva.
_ Fase intestinal: havendo a presença de grande número de helmintos presos à mucosa
duodenal, o paciente queixa-se de dor na porção alta e direita do abdome, febre, fraqueza e
diarreiasanguinolenta.
Epidemiologia