Você está na página 1de 197

Brasil chega a 47 casos suspeitos de

‘hepatite misteriosa’ entre crianças

11 Estados já identificaram possíveis diagnósticos: Rio de


Janeiro, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Goiás,
Maranhão e Santa Catarina.

Forma aguda de inflamação no fígado tem


afetado crianças de 8 meses a 16 anos;
especialistas acreditam que a doença tem
relação com uma contaminação viral
O principal suspeito de ser o agente causador da
enfermidade é o adenovírus, que também causa o
resfriado. Ele foi encontrado em vários pacientes que
apresentam o quadro de hepatite. Algumas suspeitas
decaem tanto sobre o SARS-CoV-2, que provoca a Covid-
19, mas nada foi comprovado ainda
Sintomas da varíola do macaco
A doença geralmente dura de duas a quatro semanas. Os
sintomas podem aparecer de cinco a 21 dias após a infecção.

Poxviridae family of viruses,

Imagem de partículas maduras do vírus da varíola símia em forma oval e


outras imaturas em forma esférica
Geralmente, começa com sintomas semelhantes aos da
gripe, como dores musculares, de cabeça e calafrios, além
de inchaço dos gânglios linfáticos. Depois, a infecção
progride e começam a aparecer erupção cutânea que se
espalha para o rosto e o corpo.
Surto repentino: mais países registram casos da
VARÍOLA DO MACACO

Autoridades de saúde internacionais correm para


investigar o surgimento e a disseminação da varíola do
macaco, doença endêmica na África, que agora se
espalha pela França, Alemanha, Reino Unido, Estados
Unidos, Suécia, Espanha e Canadá, Israel e Suiça

Ainda não se sabe de onde as pessoas pegaram o vírus e


há suspeitas de ele possa estar se espalhando por meio de
uma nova via de transmissão
A varíola é uma das doenças mais mortais que já existiu, e
estudos sobre múmias egípcias sugerem que ela pode estar
circulando entre nós há pelo menos 3 mil anos.

Só no século 20, calcula-se que a varíola matou cerca de 300


milhões de pessoas.
A varíola humana se tornou a primeira doença erradicada da história
há mais de 40 anos, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS)
certificou seu fim em 1980, após uma bem-sucedida campanha de
vacinação global.

Nesse caso, as pessoas com mais de 55 anos que foram vacinadas contra a
varíola humana antes de sua erradicação podem ter uma imunidade
considerável contra a varíola dos macacos.
O que é a varíola do macaco?
A varíola do macaco é uma infecção viral rara, parente da
varíola que foi erradicada em 1980.

As complicações da varíola do
macaco podem incluir infecções
secundárias, broncopneumonia,
sepse, encefalite e infecção da
córnea com consequente perda de
visão
Por que se chama varíola do
macaco?
O vírus da varíola do macaco foi descoberto pela primeira vez
em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à
varíola ocorreram em macacos de laboratório mantidos para
pesquisa, daí o nome.

Mas os macacos podem NÃO ser os culpados pelos surtos, e o


reservatório natural da varíola dos macacos permanece
desconhecido, embora a OMS diga que os ROEDORES são os
mais prováveis.
Você não está Descobrindo os vírus
sozinho...
0 Os cientistas estimam que existem
aproximadamente 1031 vírus.
Isso é um 1 com 31 zeros!!!!!!!!

0 Em outras palavras, há mais de dez milhões


de vírus a mais na Terra do que estrelas em
todo o universo.

microbiota...
O que é um vírus?
0 Um primeiro ponto importante a ser considerado é que os
vírus não são considerados seres vivos, uma vez que eles
não possuem uma estrutura de célula.

0 Eles são parasitas intracelulares obrigatórios, o que


significa que são completamente dependentes de outras
células para se reproduzir.

0 Não possuem metabolismo próprio independente do


hospedeiro.
Histórico,
O vírus tem acompanhado a humanidade a muito tempo

Existem evidências de doenças virais em vários relatos históricos


Descobrindo os vírus
1884- Postulados de Koch

Com os estudos de Koch, foram desenvolvidas técnicas de cultura pura com as quais
foi possível isolar bactérias como responsáveis por muitas doenças infecciosas.
Deste modo distinguiu-se doença bacteriana das não bacterianas.
Histórico
Virologia e o início da Biologia Molecular (1930-1950
Início do século XX
Dimensões da partícula viral

Por isso eles são bastante pequenos, os menores sendo da ordem de 0,02
µm (micrômetros, ou seja, um milionésimo (10-6) do metro)
Descobrindo os vírus
O que caracteriza os vírus?
Quebrando paradigmas

Pensavam-se que eram bactérias.


Ciência vai mudando a forma de acordo com os novos conhecimentos
Características Gerais
Conceito
Parasitas intracelulares obrigatórios que
utilizam o aparato enzimático da célula
hospedeira para síntese de seus
componentes e sua perpetuação na natureza.
A estrutura dos vírus:

Grande variedade de formatos


Os vírus possuem sim algumas características em comum, que
incluem:

Vamos olhar mais de perto essas características.

Um genoma de ácido nucleico


feito de DNA ou RNA, dobrado
dentro do capsídeo

cápsula proteica protetora

camada de membrada chamada de envelope (alguns, mas não todos os vírus)


Capsídeo Viral
O capsídeo, ou cápsula proteica, de um vírus é formado por
muitas moléculas de proteínas (não apenas uma grande). As
proteínas se juntam para formar unidades
denominadas capsômeros, que juntas formam o capsídeo.

As proteínas do capsídeo são sempre codificadas pelo


genoma do vírus, ou seja, é o vírus (não a célula hospedeira)
que fornece as instruções para a sua produção.
Os capsídeos podem ter várias formas, mas
normalmente, assumem um dos seguintes formatos
(ou variação desses formatos):

Icosaédrico – capsídeos icosaédrico possuem 20 lados e são


nomeados com base no polígono de 20 lados icosaedro.
Os capsídeos podem ter várias formas, mas
normalmente, assumem um dos seguintes formatos
(ou variação desses formatos):

vírus ebola

Filamentoso – capsídeos filamentosos recebem esse nome


por sua aparência linear e fina. Também podem ser chamados
de cilíndricos ou helicoidais.
Os capsídeos podem ter várias formas, mas
normalmente, assumem um dos seguintes formatos
(ou variação desses formatos):
bacteriófago T4

Cabeça-cauda -Estes capsídeos são um tipo híbrido entre forma


filamentosa e icosahédrica. Eles consistem basicamente de uma cabeça
icosahédrica ligada a uma cauda filamentosa
Envelope viral
Além do capsídeo, alguns vírus têm também uma membrana lipídica
externa que envolve todo o capsídeo conhecida como envelope.

Os envelopes, contêm proteínas que são especificadas pelo vírus, as


quais, muitas vezes, ajudam as partículas virais a se ligarem às células
hospedeiras.
Vírus Envelopado
Estrutura dos vírus
Existem muitos tipos diferentes de vírus no mundo. Eles variam muito em
tamanho, formatos e ciclo de vida.

ViralZone: https://viralzone.expasy.org/678
Genomas Virais
Os vírus podem apresentar todas as combinações possíveis de
encadeamento e do tipo de ácido nucleico (DNA de cadeia
dupla, RNA de cadeia dupla, DNA de cadeia única ou RNA de
cadeia única).

Os genomas virais também se apresentam em várias formas,


tamanhos e variedades, embora sejam geralmente muito
menores do que os genomas de organismos celulares.
Vírus com DNA (Desoxivírus)
Vírus com RNA
Dogma central nos vírus
Processos Intracelulares
Reprodução Viral
Ciclo Lítico- Liberação Viral
Exemplo de ciclo Lítico:
Ebola é uma doença viral aguda que causa febre hemorrágica. O vírus
Ebola Zaire é a estirpe mais mortal, e tem sido identificada como a causa
do surto atual. Em epidemias anteriores, esta estirpe teve uma taxa de
mortalidade de 90%.

A origem do vírus é incerta. Mas alguns especialistas acreditam que os morcegos


podem abrigar o vírus em seu trato intestinal. Os primeiros seres humanos
infectados e que espalharam a doença provavelmente caçaram e comeram um
animal infectado.
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é
uma doença viral altamente contagiosa que afeta,
principalmente, aves silvestres e domésticas.

Atualmente o mundo vivencia a maior pandemia de Influenza


Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e a maioria dos casos
está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias
com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres
locais
Um homem de 44 anos de cidade, que morava na área urbana da cidade, começou a
apresentar dores no corpo, febre, mal-estar e sintomas respiratórios no dia 25 de
abril. Quatro dias depois, ele foi internado com alterações na função renal e
hepática e faleceu no dia 30 de abril. À época, a causa da morte ainda não havia
sido esclarecida.
No alerta epidemiológico, a secretaria afirma que os exames laboratoriais para
dengue, leptospirose, HIV, hepatite B, influenza e Covid-19 deram negativo.
Somente o RT-PCR de Febre Amarela deu positivo.

A febre amarela é transmitida por um mosquito infectado por seu vírus. Nas regiões de mata, os insetos dos gêneros
Haemagogus ou Sabethes picam macacos com a doença e, então, podem passá-la a seres humanos nas redondezas
A suspeita é de que o homem tenha contraído a doença quando se
deslocou para a área rural de São João da Boa Vista, que fica próxima de
áreas de conservação ambiental com presença de macacos, 5 dias antes
do início dos sintomas.

A secretaria também ressalta que, até o momento, “não foi estabelecida a transmissão em
primatas não humanos”, no município. “No entanto, houve epizootia (infecção de vários
animais) por Febre Amarela em macaco “Sauá” confirmada por teste laboratorial na região
em fevereiro de 2023.”
O vírus da febre amarela,
é um gênero de vírus
RNA, da família
flavivírus com 40 a 60 nm
de diâmetro, possui
capsídeo proteico,
envelope lipídico com
proteínas de membrana,
apresentando simetria
icosaédrica.

Febre amarela passa por xixi ou relações sexuais?


“Para causar problemas, o vírus precisa chegar à
corrente sanguínea, o que acontece quando o
mosquito nos pica”. “

Já quando entramos em contato com xixi, não há


esse contato direto com os vasos sanguíneos”.

Acima disso, a presença do vírus na urina não quer


dizer que, ali, ele tem potencial de transmissão.

E no sêmen?
não dá pra descartar a hipótese.
Reprodução Viral
Ciclo Lisogênico- Liberação Viral
O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no
organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado.
Ciclo de replicação
MECANISMO DE INFECÇÃO DO VÍRUS
O processo de replicação dos vírus possui 5
etapas :
1. Adsorção
2. Separação dos ácidos nucléicos do capsídeo
3. Expressão e replicação de ácidos nucléicos
4. Montagem
5. Liberação e transmissão
1. Adsorção
Ligação do vírus com a célula hospedeira.

Na ligação, uma proteína específica no capsídeo do vírus "fixa-se" fisicamente em


uma molécula específica na membrana da célula hospedeira.
Esta molécula, denominada de receptor, é geralmente uma proteína. Um vírus
reconhece suas células hospedeiras com base nos receptores que elas carregam, e
uma célula sem receptores para vírus não podem ser infectadas por este vírus.
2. Separação dos ácidos nucléicos do capsídeo

Injeção do ácido nucléico dentro do citoplasma.

Uma rota típica para a entrada viral é a fusão com a membrana, que é mais comum
nos vírus com envelopes. Vírus podem induzir a célula a absorvê-los por um
processo de transporte chamado endocitose. Alguns até mesmo injetam seu DNA
na célula
3. Expressão e replicação de ácidos nucléicos

O genoma viral é copiado e seus genes são expressos para produzir


proteínas virais.

Esta etapa envolve copiar o genoma viral e fazer mais proteínas virais,
para que novas partículas virais possam ser montadas. A maior parte da
"maquinaria" para replicação e expressão genética é fornecida pela célula
hospedeira.
4. Montagem

Novas partículas virais são montadas de cópias do genoma e


de proteínas virais.

Durante a montagem, as proteínas do capsídeo recentemente


sintetizadas juntam-se para formar capsômero, que interagem com
outros capsômeros para formar o capsídeo inteiro.
5. Liberação e transmissão

Diferentes tipos de vírus saem das células por diferentes vias: alguns fazem a
célula hospedeira se romper (processo chamado lise), enquanto outros saem
pelas próprias vias de exportação da célula (exocitose), e outros ainda crescem
da membrana plasmática, levando um pequeno pedaço com eles quando saem.
O conhecimento acerca das fases da replicação viral é importante para estratégias de
desenvolvimento de fármacos e para a compreensão da patologia das doenças.
PASSO 1: o vírus entra em uma célula
ETAPA 2: O vírus libera código genético
ETAPA 3: o código genético se converte em proteínas
PASSO 4: Proteínas fazem cópias
ETAPA 5: as peças virais são montadas
Interação com a célula hospedeira
Mutações” e “variantes” se tornaram palavras frequentes na
imprensa, lançando sobre a sociedade algumas perguntas
importantes:

as vacinas
continuarão
As pessoas funcionando?
poderão ser
reinfectadas?

O vírus está mais


perigoso?

Outro dia um especialista explicava em uma entrevista que


“surgem mutações e algumas se tornam variantes de maior
propagação”. Pois bem, esse processo tem nome e sobrenome:
evolução por seleção natural.
Mutações podem ocorrer em
todos os Organismos
Mutações podem ocorrer nas
Biomoléculas
A mutação, ocorre ao acaso e sozinha não torna os
organismos mais adaptados. Cada vez que um vírus se
multiplica, um em cada cem mil nucleotídeos –representadas
pelas letras A, C, U e G que formam a sequência genética de
RNA– é copiado de modo errado, resultando em mutações
aleatórias.
Erros no mecanismo de replicação podem provocar cópias diferentes das
originais, com mutações. Se as mudanças não forem vantajosas, ou seja, não
melhorarem a capacidade de ataque do vírus, essas cópias desaparecem. Porém
quando as mudanças aprimoram o vírus, a reprodução passa acontecer, com
prevalência, a partir dessa cópia vantajosa. Assim nascem as variantes virais.
Para analisar e rastrear os genomas do
vírus, os pesquisadores coletaram
amostras de pacientes infectados pela
Covid-19 em diferentes países da Europa.
Hoje, a mutação está presente em 90%
das sequências genéticas no Reino Unido,
60% das sequências da Irlanda e entre
30 e 40% das sequências na Suíça e na
Holanda.
EVOLUÇÃO DO COVID-19

Ao multiplicar esses milhões de cópias pelos milhões de


células, pelos milhões de pessoas infectadas, a chance de
haver uma cópia diferente e mais vantajosa aumenta”. Quando
variantes passam a ser encontradas com muita frequência,
significa que elas têm mais aptidão para provocar a doença e
colonizar os seres humanos.
“É uma evolução natural. Quanto mais pessoas
infectadas houver, sejam sintomáticas ou
assintomáticas, mais chances o vírus tem de se
multiplicar e gerar novas variantes”
Mas há alguma regularidade no caos.

Coronavirus Gang

Não podemos prever qual letra será trocada por outra em um


evento de mutação, mas sim quantas mutações irão ocorrer a
cada geração. Como o genoma do vírus é constituído de 30 mil
letras, cada novo vírus tem uma chance de cerca de 30% de
ser mutante.
Grupos de vírus de acordo
com critérios epidemiológicos
O que é uma infecção
viral?
No dia a dia, tendemos a pensar que a infecção viral é uma
coleção desagradável de sintomas que sentimos quando
pegamos um vírus, como o da gripe ou da catapora.

Mas o que realmente ocorre no


seu corpo quando você tem um
vírus?
Os bilhões de vírus que vivem em nosso
Viroma Humano

corpo e ajudam a nos manter saudáveis


Viroma Humano:
É a soma de todos os vírus em nosso corpo, encontrados em todos os
tecidos, e até mesmo entrelaçados no código genético dentro de nossas
células.

Muitos vírus estão envolvidos em processos essenciais do


nosso organismo e fazem parte de nosso ecossistema interno
Individuals may respond to triggers of disease in different
ways in a manner dependent on the nature of their individual
viromes and genetic constitution.
Polimorfismos Genéticos
PRATICAMENTE TODAS AS DOENÇAS
TÊM UM COMPONENTE GENÉTICO

FIBROSE DOENÇAS AIDS


CÍSTICA CARDIOVASCULARES

GENÉTICO AMBIENTE
HIV – AIDS
Paciente de Berlim
Genética I

O painel irá fornecer características como predisposição para maior ou menor carga viral
do Sars-CoV-1, que tem 80% similaridade com o novo coronavírus

Em uma pesquisa feita com dados de 750 mil clientes da 23andMe, foi possível
aferir que o sangue tipo O é o menos suscetível ao coronavírus nos Estados Unidos.

Em uma análise feita com genes de mais de 1.600 infectados na Itália e na


Espanha que sofreram insuficiência respiratória, o resultado mostrou que o
sangue tipo A estava associado a um aumento de 50% ...

Portanto, o estudo da genética pode ajudar a identificar e proteger quem corre maiores riscos,
além de acelerar o desenvolvimento de prevenções e tratamentos.
PRINCÍPIOS DAS DOENÇAS VIRAIS

• O processo fundamental consiste no ciclo de replicação do vírus em


uma célula hospedeira

• Muitas infecções virais são subclínicas

• A mesma doença pode ser produzida por uma variedade de vírus

• A doença produzida não tem relação com a morfologia viral

• A evolução de qualquer caso é determinada pela constituição


genética do vírus e do hospedeiro
INFECÇÕES VIRAIS
Infecções latentes
vírus presente sem causar danos as células

Nas infecções latentes o vírus persiste de forma oculta na maior


parte do tempo, ocorrendo exacerbações intermitentes da doença
clínica e detectação do vírus nesse período.

Ex. Herpesvírus

Varicelavírus

Fatores de ativação

imunossupressão/queimadura/febre
INFECÇÕES VIRAIS

Infecções persistentes
vírus causa danos as células

As infecções crônicas estão associadas a interação prolongada entre


o vírus e o hospedeiro, onde o vírus pode ser persistentemente
detectado, e os sintomas clínicos podem ser leves ou o indivíduo pode
se apresentar assintomático

Ex. Vírus da rubéola

HIV
INFECÇÕES VIRAIS
Infecções lentas
As infecções por vírus lentos caracterizam-se por um período de
incubação prolongado (meses ou anos), durante o qual o vírus continua
a se multiplicar. Em geral, sem sintomatologia aparente

Ex. Prion
O que são os Príons???
Príons não são fungos, vírus, bactérias nem protozoários,
mas tem tamanho diminuto e são capazes de causar
infecções.

Além disso, não possuem ácidos nucleicos, mas têm


capacidade de replicação; e podem ser infecciosos ou
transmitidos hereditariamente
Além da vaca louca, os príons são responsáveis por outras doenças degenerativas
do sistema nervoso central, como a Kuru, responsável por quadro de perda de
coordenação motora, demência e morte – descrita em habitantes de um grupo
étnico da nova Guiné que tinha a prática do canibalismo: fator que propiciava sua
transmissão.
VIAS DE PENETRAÇÃO DO VÍRUS
Mucosa do sistema respiratório, digestório, urinário, – conjuntiva/córnea –
pele – Sangue: agulhas, picadas, transfusão, mordida de animais, relação
sexual

A via respiratória é provavelmente a mais comum.


PROPAGAÇÃO VIRAL
Salto Parasitário
Influenza:
atravessando a barreira das espécies
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS VIROSES

Quem nunca saiu irritado de um consultório médico após receber um diagnóstico


de virose, que atire o primeiro comprimido de anti-inflamatório.
a história não é bem assim...
Não é tão fácil quanto se pensa descobrir com exatidão
qual a doença que acomete o paciente. Isso porque vários
tipos diferentes de viroses – como gripe, dengue, zika,
resfriado, mononucleose, entre outras – apresentam
sintomas semelhantes, como febre, dor de cabeça, fadiga.

Na Europa, já existem exames que


identificam de forma mais precisa 20
tipos diferentes de vírus. A má
notícia, porém, é que custam cerca de
R$ 4 mil.

Medicamentos são apenas para aliviar os sintomas


Importância do diagnóstico
laboratorial:
-

0 Etapa fundamental para o controle das epidemias;

0 Confirmação laboratorial necessária em virtude da


Similaridade de muitas de eventos clínicos e
epidemiológicos de muitas doenças infecciosas.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS
VIROSES

0 Isolamento e Identificação do vírus:

Através de sistemas vivos (cultura de


células) nos quais os vírus são 0 Detecção direta do vírus,
propagados. antígenos e genomas virais

Sorologia:
São utilizados métodos para
detecção de anticorpos
específicos, produzidos pelo
hospedeiro em resposta à
infecção viral.
As injeções de cabotegravir são uma aposta para a
evolução da profilaxia pré-exposição (PrEP), método
que consiste no uso programado de medicação anti-
HIV com o objetivo de prevenir a infecção, mesmo
que haja relações sexuais sem preservativo.

Custo do Cabotegravir para o


paciente?? R$ 2,1 mil dólares

Como funciona a PrEP injetável?


A PrEP injetável utiliza um medicamento chamado Cabotegravir
de ação prolongada, um antirretroviral da classe dos inibidores
da integrasse que foi testada para a profilaxia pré-exposição
Entender as principais etapas para o
desenvolvimento das vacinas

Governos e instituições filantrópicas


contribuíram com bilhões para a pesquisa e o
desenvolvimento de vacinas contra o SARS Cov
2. A sociedade científica, por sua vez, está
fazendo história ao avançar na produção de uma
vacina em um tempo recorde.

DESAFIOS DA VACINA??
Primeiro: Saber a causa da doença.

É necessário estudar a fundo o agente causador da doença


e principalmente entender a reação do nosso organismo.
Fase pré- clínica
Nessa fase são realizado teste em laboratório com os vírus
in vitro.
Fase 1
Os pesquisadores entendem como a vacina se comporta em
humanos, por ainda não saber os riscos apresentados, a
vacina é aplicada em um número pequeno de pessoas
Fase 1
Nessa etapa, a principal preocupação é a: SEGURANÇA.

Nela são medidos possíveis


efeitos colaterais e dosagem
Fase 2
Os testes começam já começam a envolver algumas
centenas de pessoas. Avaliando os resultados dos
voluntários.

grupo controle

Nessa fase os pesquisadores querem entender como


diferentes organismos respondem a vacina
Fase 3
Milhares de pessoas são vacinadas para ver como a
vacina se comporta no mundo real.
Anvisa
Quando todas essas fases terminam, é preciso ter contato
direto com as agências regulatórias para conduzir os
estudos finais para liberação da vacina.
Quando finalmente sai a aprovação é necessário começar a
produção. Que também é complexo e pode demorar meses...

Por fim, vacinar a população!!!!!


Quanto tempo leva para desenvolver uma vacina????

Vacina COVID-19 foi a mais rápida da história


Vocês já se perguntaram qual é o
preço real de um medicamento?

Para responder bem essa pergunta precisamos


compreender antes o que são patentes
Patentes
0 Propriedade Intelectual
0 Protege um conhecimento, impedindo que
outros possam acessá-lo

Criasse um cerca ao redor de um conhecimento!!


Direitos exclusivos

Quando uma empresa desenvolve uma nova fórmula, ela pode


patenteá-la e obter direitos exclusivos de venda e
distribuição desse medicamento.
Recompensa dos investimentos
Injusto???

Limitam o acesso da população ao


medicamento, porque outras empresas ficam
proibidas de produzir o medicamento.
Impedindo assim que haja concorrência
Tratamentos que podem salvar
vidas ficam fora do alcance de
quem mais precisa

Isso acaba gerando um grande


problema de saúde pública
Vamos conhecer um pouco sobre cada
uma das vacinas que já estão aprovadas
para uso emergencial em diversos
países.

Entender a tecnologia por trás das vacinas e nos informar


sobre dados importantes, como quantas doses são
necessárias.
Existem 14 vacinas aprovadas no mundo contra COVID-19.
Outras 184 estão em desenvolvimento, das quais 91 se
encontram em fase de testes clínicos
VACINAS INATIVADAS
A primeira forma de fazer uma vacina é a partir de um vírus
ou bactéria que carrega a doença, ou um muito semelhante a
ele, e inativá-lo ou matá-lo usando produtos químicos, calor ou
radiação.

Essas vacinas utilizam a


tecnologia, existente desde o
final do século 19.

❑ Polio (Salt – VIP), raiva, Influenza,


Hepatite A
Cólera, coqueluche, peste, febre
tifoide (bacterias)
Vacina CoronaVac da Sinovac

•Tecnologia: Para formular a CoronaVac se utiliza o vírus


causador da COVID-19 inativado, ou seja, o Sars-CoV-2 se
encontra “morto” através de métodos químicos.
O vírus não é capaz de causar a doença, pois se encontra
inativo, entretanto, a resposta imune pode ser um pouco
mais fraca, o que justifica o uso de adjuvantes.

•Preço: Em torno de 10 dólares por dose (aproximadamente 53 reais por


dose).
Vacina viva atenuada
Uma vacina viva atenuada usa uma versão viva, mas
enfraquecida do vírus. A vacina contra sarampo,
caxumba, rubéola (MMR), varicela e herpes zoster são
exemplos desse tipo.

vacinas como essa podem não


ser adequadas para pessoas
com sistema imunológico
comprometido.
Vacina de vetor viral
Este tipo de vacina usa um vírus seguro para entregar
subpartes específicas – chamadas proteínas – do organismo
de interesse para que possa desencadear uma resposta
imunológica sem causar doenças. Para fazer isso, as
instruções para fazer partes específicas do patógeno de
interesse são inseridas em um vírus seguro.

O vírus seguro serve então como uma


plataforma ou vetor para entregar a
proteína ao corpo. A proteína
desencadeia a resposta imunológica.

A vacina do Ebola é uma vacina de vetor


viral e este tipo pode ser desenvolvido
rapidamente.
Vacina Universidade de Oxford e AstraZeneca

•Tecnologia: A vacina é baseada na tecnologia que utiliza adenovírus de


chimpanzé modificado. Nessa vacina, utiliza-se um adenovírus de chimpanzé
que não possui a capacidade de se replicar na célula do indivíduo vacinado, ou
seja, não causa doenças. O adenovírus é um vírus de DNA e esse adenovírus
modificado para a vacina contém a sequência completa e otimizada que
codifica para a produção da proteína Spike do Sars-CoV-2.
Uma vez lá, as próprias células do paciente são capazes de produzir a proteína
Spike e gerar a resposta imune.

Entretanto, diversas vacinas utilizando adenovírus de chimpanzé modificado


vêm sendo testadas na fase I e II, como formulações contra tuberculose,
malária, Zika vírus e Chikungunya.

•Preço: Entre 3 e 4 dólares por


dose (entre 15 e 21 reais por dose).
O Ministério da Saúde investiga o caso de uma gestante que morreu
após receber a vacina Oxford/AstraZeneca contra a COVID-19 e
desenvolver um caso de trombose, no Rio de Janeiro.

Agora, as autoridades de saúde verificam se é possível estabelecer uma relação


direta entre o imunizante contra o coronavírus SARS-CoV-2 e a formação do
coágulo, como um efeito adverso raro.
Dados científicos
Vacina AstraZeneca/Oxford: risco de trombose é
raríssimo e não há motivo para interromper imunização,
avaliam cientistas

0 Essa reação pode ser por algum outro componente da vacina,


por algum processo da produção ou ate mesmo por algum
fator genético ou ambiental.

0 16% de desenvolver Trombose adquirindo COVID-19


0 0,003% de desenvolver Trombose via vacinação Astrazeneca
Vacina Sputnik V do Instituto de Pesquisa
Gamaleya
•Tecnologia: Essa vacina se baseia na utilização da
tecnologia de adenovírus não-replicantes, de maneira similar
à vacina da Oxford/AstraZeneca. A Sputnik V utiliza dois
adenovírus humanos sem a capacidade de replicação,
contendo o gene que codifica para a produção da proteína
Spike de Sars-CoV-2 para estimular a resposta imunológica.
Os vetores de adenovírus recombinantes utilizados são o
tipo 26 (Ad26), aplicado na primeira dose e, o tipo 5 (Ad5),
aplicado na segunda dose, para amplificar a resposta imune.

•Preço: Aproximadamente 10
dólares por dose (em torno de 54
reais por dose).
Anvisa decide não autorizar
importação da vacina russa
Sputnik V
Os técnicos ressaltaram que a aprovação poderia colocar
em risco a saúde de pelo menos 14,8 milhões de brasileiros.

No caso da vacina Sputnik V, um dos pontos críticos e


cruciais que nós observamos foi a presença de adenovírus
replicante na vacina. Isso significa que o vírus que deve ser
utilizado apenas para carrear material genético
do coronavírus para as células humanas e assim promover
a resposta imune, ele mesmo se replica.
A vacina de ácido nucleico usa apenas um fragmento do
material genético que fornece as instruções para proteínas
específicas, ao contrário das abordagens de vacinas que
usam um micro-organismo inteiro enfraquecido, morto ou
partes de um.
Vacina mRNA-1273 da
Moderna Therapeutics e
Pfizer

•Preço: Entre 15 e 18 dólares por dose


(aproximadamente entre 79 e 85 reais
por dose).
Essa tecnologia é a mesma
aplicada no desenvolvimento
de vacinas de modRNA,
como da Pfizer/BioNTech e
Moderna Therapeutics
Brasil tem 15 pesquisas de vacina contra covid em
andamento
•Estudos ocorrem em na USP (Universidade de São Paulo), UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais), junto com a Fiocruz Minas, e no Instituto Butantan.
•Alguns testes em humanos começam ainda neste ano
InCor
As pesquisas começaram logo após o sequenciamento
genético do vírus, e os testes em humanos devem ter início
ainda em 2021.
O projeto recebeu aportes de R$ 25 milhões da Fapesp
(Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

A vacina utiliza uma tecnologia nova que usa pseudovírus. O


antígeno é aplicado por spray nasal.
Dúvidas sobre Vacinas?????
Vírus e câncer

Atualmente há evidências suficientes de


que alguns tipos de vírus, bactérias e
parasitos associados a infecções crônicas
estão presentes no processo de
desenvolvimento do câncer.
No mundo, estima-se que 18% dos casos de
câncer se devam a agentes infecciosos,
O HPV (vírus do papiloma humano) é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais
frequentes. Aproximadamente 50% da população sexualmente ativa deve entrar em contato
com o vírus em algum momento da vida. Além de outras doenças, este vírus é o principal
responsável pelo Câncer de Colo de Útero. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer),
18.000 casos novos de câncer do colo uterino são registrados a cada ano no Brasil.
1. Vacina quadrivalente contra o HPV (6,11,16 e 18)
2. Vacina bivalente contra o HPV 16 e 18

As duas vacinas não contêm o DNA do vírus (vacina inativada), apenas proteínas
do capsídeo viral (envoltório do vírus). Estas proteínas são chamadas de VLP
(vírus-like particle), ou seja, partículas semelhantes a vírus.
Estas proteínas induzem a produção de grandes quantidades de anticorpos
neutralizantes e não tem capacidade de produzir doença.
Vírus e Terapia Gênica
Vírus e Terapia Gênica

Atualmente os vetores virais (vírus modificados em laboratório para levar


genes até as células doentes) são considerados mais eficientes, sendo
utilizados com maior frequência nas pesquisas e testes clínicos de terapia
genética em todo o mundo; apesar dos resultados satisfatórios, estudo
reforça a necessidade de intensificar as pesquisas com o objetivo de
desenvolver novos vetores
degeneração macular relacionada à idade (DMRI). as células da retina
morrem e não são renovadas.
Janet Osborne tornou a
primeira pessoa no mundo a ser
submetida a uma terapia
genética que tenta deter a
forma de cegueira mais comum
no Ocidente.

O professor Robert
MacLaren aplica a injeção de
terapia genética no olho
esquerdo de Janet Osborne
Fibrose Cística
Doença autossomica
recessiva
Mutação de um gene
localizado no braço londo
c=do cromossomo 7 que
codifica a proteína
transmembrana reguladora
de transporte iônico
Fibrose Cística
maior fluxo de Na para preservar o equilíbrio eletroquímico
e, secundariamente, de água para a célula por ação osmótica.
Ocorre então, desidratação das secreções mucosas e
Via aéreas:
Obstrução impede a respiração.
As doenças pulmonares são as
responsáveis pela maioria das
mortes

Fígado:
Intupimento de ductos da bile
impede a digestão e
interrompe a função hepática

Pâncreas:
Impede q o pâncreas forneça
importantes enzimas digestivas
ao intestino. Pode resultar em
diabetes.

Intestino delgado:
A obstrução do intestino por
fezes impactadas requer casos
de cirurgia

Trato reprodutivo:
Obstrução dos ductos
eferentes. Em mulheres causa
a infertillidade devido ao muco
denso que impede a entrada
do sptz

Pele:
Mau funcionamento da
glândulas sudoríparas faz com
que o suor contenha cloreto de
sódio em excesso. Medição
fundamental para o
diagnóstico.
Fagoterapia
Prospects of Inhaled Phage Therapy for Combatting Pulmonary Infections

Front. Cell. Infect. Microbiol., 06 December 2021


Fagoterapia/Desafios
Além dos desafios regulatórios, os fagos não podem ser
patenteados porque são produtos biológicos. Isso
significa que a maioria das empresas farmacêuticas evita
financiar pesquisas para desenvolvê-los como
medicamentos.
As bactérias também podem desenvolver resistência a
fagos ao longo do tempo, uma questão que os
pesquisadores de fagos e médicos conseguiram contornar
até agora. Eles fazem isso seja isolando novos fagos de
bilhões de amostras disponíveis na natureza ou treinando
fagos em laboratório para desenvolver novas maneiras de
atacar as bactérias.
Dúvidas sobre qualquer assunto
relacionado aos Vírus?????
Roteiro para a P2:
Fungos e Vírus
Explique o que significa o termo
sapróbio e como os fungos se
alimentam.
Como se pode detectar a Vírus são
replicação viral em cultura de sempre
células? patogênicos?
O que é o viroma humano?

Quais as características gerais dos fungos


que os diferenciam de todas as outras
formas de vida?
Vírus são vivos?
O que você deverá
conhecer:
✓ O conceito de fungo, levedura, bolor e cogumelo
✓ As estruturas macroscópicas e microscópicas dos
dois tipos de fungos (unicelulares e pluricelulares).
✓ Como os fungos obtém energia.

O que você deverá


compreender:
✓ Benefícios e malefícios de fungos para o ser humano.

✓ Resposta do sistema imune frente a fungos (Exposição humana às


micotoxinas)
O que você deverá
conhecer:
Definição de vírus.
Esquematizar um vírus indicando seus principais componentes.
Propriedades metabólicas dos vírus.
Listar todas as etapas da replicação viral e revisar aonde e como elas ocorrem.
Mecanismos de entrada e saída da célula.

O que você deverá


compreender:
Infecção e patogênese:
Tipos de infecções virais
Vias de transmissão viral
Vacinas virais
Susceptibilidade

Você também pode gostar