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SEMIOLOGIA E TRATAMENTO DAS AFECÇÕES DO TECIDO MOLE

LESÕES FUNDAMENTAIS

LESÕES PLANAS: LESÕES EM DEPRESSÃO: LESÕES ELEVADAS


COR PERDA TECIDUAL
Mancha Úlcera Pápula
Mácula Erosão Nódulo
Fissura Placa
Sulco Vesícula
Bolha

Lesões em depressão: perda tecidual


Úlcera: Perda da camada epitelial com exposição do conjuntivo, lesões de
bordas distantes. Processo de cicatrização de 2 inserção
Erosão: Perda superficial da camada epitelial sem atingir o conjuntivo, não
sente dor.
Fissura: Exposição do conjuntivo, paciente sente dor. Lesão retilínea.
Processo de cicatrização de 1 inserção.
Sulco: Perda superficial da camada epitelial sem atingir o conjuntivo, paciente
não sente dor.
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Paciente não sente dor quando não a exposição de tecido conjuntivo

Lesões elevadas: lesões com conteúdo solido (Pápula, nódulo e placa)


Pápula: Elevações sólidas até 5 mm superficiais
 Única ou múltiplas;
 Consistência fibrosa;
 Superfície: lisa/rugosa; redonda/oval;
 Pontiaguda/achatada;
Nódulo: Elevação sólida acima de 5 mm a 3 cm
 Superficial ou profunda
 Consistência: fibroso, branda ou endurecida, elástica ou pétrea;
Placa: Lesões elevadas em relação ao tecido normal
 Consistente à palpação
 Superfície: Ondulada, lisa ou ambas

Lesões elevadas: lesões com conteúdo liquido (vesícula e bolha)


Vesícula: até 3mm
 Ex: Pústula, vesícula com pus
Bolha: acima de 3mm
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Lesões planas: alteração de coloração


 Hipocrômicas: são claras, da cor rosa pálida ao branco;
 Hipercrômicas: das mais variadas cores, por pigmentação endógena
(melanina) e exógena; Ex: pigmentação de amálgama

pigmentação de amálgama

Tamanho:
 Mácula (até 15 mm)
 Mancha (mais que 15 mm)

Manobra de semiotécnica em vidro pressão / diascopia: Semiologia que


consiste na pressão de uma lâmina de vidro, contra alguma lesão cutânea. O
intuito de tal manobra é de verificar se a lesão é vascular (telangiectasia) ou
lesão de pigmentação (ex: tatuagem de amálgama). JÁ CAIU EM PROVA DE
CONCURSO.

Telangiectasia: lesões vasculares permanentes causadas por dilatação


permanente do calibre de pequenos vasos.
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PATOLOGIA BUCAL
(Distúrbios de desenvolvimento e tumores de tecido mole)
Grânulos de fordyce
 Pápulas amarelas múltiplas;
 Bilateral
 + 80% população
 Mucosa jugal e vermelhão do lábio superior

 Múltiplas pápulas juntas: Placa papulosa

Leucoedema: aspecto esbranquiçado da mucosa jugal (parte interna das


bochechas).
 Comum de causa desconhecida;
 Comum em Negros;
 Mucosa jugal bilateral;
 Diminui com distensão (ele volta a coloração normal quando estica a
mucosa);
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Tórus palatino: exostose (crescimento para fora) na linha mediana do palato


duro. Um ou mais crescimentos ósseos.
 Assintomático
 Diagnostico clinico
 Nódulo de característica endurecida (pois é osso);
 Cirurgia se houver dificuldade para PT ou PPR;

Tórus mandibular
 Exostose na região de pré-molares inferiores bilateral;
 Diagnostico clinico;
 Relação com Bruxismo;
 Menos comum que o palatina;
 Cirurgia se houver dificuldade para PT ou PPR;

Língua fissurada: caracteriza pela presença de sulcos ou fissuras


 Língua sulcada ou escrotal;
 Língua geográfica;
 Síndrome de Melkersson-Rosenthal (paralisia facial e granulomatose
orofacial);
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Língua geográfica: Ligada a erosão

Língua Pilosa: caracterizada pelo alongamento das papilas filiformes do dorso


lingual.
Causa:
 Descamação defeituosa das papilas ou ao aumento da produção de
queratina;
 Antibióticos por longo período;
 Quadros de desidratação, debilitação geral, má higiene oral, consumo
de álcool, tabaco, café e chá, infecções, nevralgia trigeminal, terapia de
radiação de cabeça e pescoço;
Clinicamente:
 Apresenta o aspecto de pelos linguais;
 Diferentes colorações, desde o branco ao castanho, verde ou negro;
 Início na porção posterior do dorso lingual próximo ao forame cego
estendendo-se lateral e anteriormente;
 Podem chegar a 2 cm de comprimento;

Defeito de Stafne: presença de glândula submandibular


 Lesão radiolucida perto do ângulo mandibular;
 Glândula submandibular;
 Unilateral;
 Abaixo do canal mandibular;
 Comum em homens;
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TUMORES BENIGNOS DE TECIDO MOLE


Fibroma
Sinônimos: Fibroma de irritação, fibroma traumático, hiperplasia fibrosa focal
ou nódulo fibroso.
Causa: traumática (mordida);
 Tumor mais comum da boca;
 Mucosa jugal ao longo da linha de oclusão;
 Histopalogia (HP): atrofia epitelial e massa de tecido conjuntivo fibroso;
 Tratamento: cirúrgica

Epúlide fissurada: decorrentes de traumas crônicos, geralmente de uma


prótese mal adaptada.
Sinônimos: Hiperplasia fibrosa inflamatória, tumor por lesão de dentadura ou
Epúlide por dentária;
 Tumor de gengiva ou mucosa alveolar;
 Causa: Bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada, traumas,
mordeduras, aparelho ortodôntico;
 HP: hiperplasia do tecido conjuntivo, infiltrada inflamatória crônica
variável;
 Tratamento: remoção do fator traumático e cirúrgico;
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 Pólipo fibroepitelial ou fibroma por dentadura semelhante a folha:


massa aplainada, pediculada, palato duro abaixo da prótese;

Hiperplasia gengival medicamentosa: hiperplasia cauda por medicamentos.


 Fenitoína (anticonvulsivantes);
 Bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina);
 Ciclosporina (imunossupressoras);

Granuloma piogênico
 Comum, não neoplásico;
 Nódulo de superfície ulcerada, vermelho, roxo ou róseo, com aparência
altamente vascular, com sangramento fácil;
 Não é causada por microrganismo piogênicos;
 Não é granuloma verdadeiro;
 Não exclusiva de gengiva, pode ter em gengiva, lábios, língua e mucosa
jugal;
HP: proliferação de tecido vascular organizados em agregados lobulares;
Tratamento: Cirurgia perióstica (na gengiva);
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Lesão periférica (fora do osso) de células gigantes


 Sinônimo: Epúlide de células gigantes
 Osteclastos;
 Exclusivo de gengiva ou rebordo edêntulo;
 Nódulo vermelho ou roxo-avermelhada, séssil ou pedicula;
 Radiografia: Reabsorção em forma de taça;
 HP: proliferação de células gigante multinucleadas dentro de uma
formação de células mesenquimais ovóides fusiformes;
 Tratamento: cirurgia abaixo do osso subjacente;

Fibromas cemento-ossificante periférico


Sinônimo: Fibroma ossificante periférico;
 Pode-se desenvolver de uma granuloma piogênico;
 Tem menos sinais inflamatório;
 Exclusiva de gengiva;
 Acomete mais me adolescentes e adultos jovens e mulheres;
 Radiografia: tem a presença de imagem radiopaca do fibroma
ossificante periférico, pois tem tecido mineralizado;
 Tratamento: excisão cirúrgica subperióstica;
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CISTOS
Cisto é uma cavidade patológica revestida por epitélio com conteúdo liquido e
com conteúdo pastoso ou semi-pastoso.
Enucleação
A enucleação é uma cirurgia que remove uma massa sem
dissecar a região. O procedimento é bastante utilizado para retirar
cistos na cavidade bucal. Os cistos são acúmulos de líquidos que
podem servir de abrigo para bactérias e células mortas.

Tipos:
 Cisto odontogênico inflamatório;
 Cisto odontogênicos de desenvolvimento;
 Cistos não odontogênicos;
 Pseudocistos;

CISTOS ODONTOGÊNICOS INFLAMATÓRIOS


 Cisto radicular;
 Cisto residual;
 Cisto paradentário;
 Cisto da bifurcação vestibular;

Cisto radicular ou cisto periapical


 Dente não vital;
 O mais comum de os cistos odontogênico;
 Restos de malassez; (dente necroso libera processo inflamatório na
região periapical, estimulando os restos de malessez e formando assim
o revestimento epitelial do cisto);
Tratamento: cirúrgico de curetagem;
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CISTOS ODONTOGÊNICOS DE DESENVOLVIMENTO


 Cisto dentígero;
 Cisto de erupção;
 Queratocisto odontogênico;
 Cisto periodontal lateral;
 Cisto gengival;
 Cisto odontogênico epitelial calcificante;
 Cisto odontogênico glandular;
 Cisto odontogênico ortoqueratinizado;

Cisto dentígero
Sinônimo: cisto folicular;
 Cisto odontogênico de desenvolvimento é o mais comum;
 Jovens;
 Unido a junção amelo-cementaria;
 Coroas de dentes dente incluso ou dentes irrompidos;
 3° molar inferior, canino superior e 2° pré molar inferior;
 Reabsorção de raízes;
 Tratamento: curetagem
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Cisto de erupção
 Sinônimo: Hematoma de erupção;
 Pode ter aspecto sanguinolento;
 Tumefação flutuante na crista alveolar;
 Tratamento: Exérese dos tecidos gengivais para exposição da coroa
dentaria. ulectomia: remove os tecidos que estão revestindo a porção
oclusal/incisal (parte de cima) de um dente (imagem a baixo).
Ulotomia: um corte reto na incisal

ulectomia Ulotomia
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Queratocisto odontogênico
 Sinônimo: cisto primordial;
 Agressivo;
 Não expande corticais ósseas;
 Mandíbula posterior;

CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS


 Cisto do ducto nasopalatino (canal incisivo);
 Cisto nasolabial;
 Cisto palatino do recém-nascido;
Cisto do ducto nasopalatino
 Sinônimo: Cisto do canal incisivo
 Cisto não odontogênico mais comum;
 Adulto homens;
 Tumefação região anterior da maxila;
 Dentes com vitalidade;
 Lesão radiolucida (escura) entre os incisivos centrais superiores;
 Formato de pera invertida ou coração;
 Proliferações epiteliais do ducto nasopalatino;
 Tratamento: enucleação cirúrgica;
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Cisto nasolabial
Sinônimo: Cisto de klestadt
 Lábio superior lateralmente a linha média (elevação da asa do nariz);
 Apagamento do fundo de vestíbulo (interferência no uso de prótese;
 Adultos mulheres;
 Cisto de tecido mole;
 HP: epitélio colunar pseudoestratificado, células caliciformes e ciliadas;
 Tratamento: excisão cirúrgica com acesso intraoral;

Cistos palatinos de recém-nascido


Pérolas de Epstein: são cistos localizados no rafe palatina mediana
 Origem: epitélio aprisionado ao longo da linha de fusão;
 De 1 a 3mm;
 Pápulas brancas ou branco-amareladas;

Nódulos de Bohn
 Vão estar espalhadas pelo palato duro;
 Glândulas salivares;
 De 1 a 3 mm;
 Pápulas brancas ou branco-amareladas;
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Tratamento de ambas lesões: lesão inócuas e nenhum tratamento é


necessário;

PSEUDOCISTOS
 Cisto ósseo traumático;
 Cisto ósseo aneurismático;
 Cisto ósseo estático (defeito de stafne);

Defeito de stafne
 Lesão radiolucida (escura) perto ângulo mandibular;
 Glândula submandibular;
 Unilateral;
 Abaixo do canal mandibular;
 Comum em homens;

PATOLOGIA DENTARIA

Dentes Natais: presentes desde o nascimento; dentes de serie normal;


Dentes neonatais: primeiros 30 dias; dente de serie normal;
Doença de Riga-Fede: ulcerações traumáticas da base da língua pelos dentes
inferiores; acontece em bebes na fase de amamentação;
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Hipodontia: ausência de 1 a 6 dentes excluindo os 3° molares;


Oligodontia: ausência de mais de 6 dentes;
Anodontia: ausência de todos os dentes;

LESÕES NÃO CARIOSAS


Atrição: contato dente-dente
Abrasão: agente externo
Erosão: reação química, perimólise (suco gástrico)
Abfração

Atrição: é definida como um desgaste patológico de tecido duro quando existe


o contato entre os dentes naturais e/ou artificiais envolvendo as superfícies
oclusal e incisal durante a mastigação ou a parafunção, ou seja, desgaste pelo
contato oclusal e Interproximal entre dente e dente.
 Ocorre em pessoas mais velhas, ou com pacientes com bruxismo.
 Ocorrer tanto na dentição decídua como na permanente;
 Desgaste fisiológico

Abração: ação mecânica de agente externo;


 Escovação dentaria com pasta abrasiva;
 Escovação horizontal intensa;
 Lápis, palito, cachimbo, roer a unha, mascar fumo;
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Erosão: Processo químico, interno (suco gástrico/vomito) ou externos


(refrigerante, bebidas acidas).
 Pode ser chamado de corrosão;
 Contornos arredondados
 Sem pigmentação;
 Circundada por halo translucido;
 Restauração em ilhas;
 Depressões em dentina com margens em esmalte;

Dentes Natais: presentes desde o nascimento;


Dentes neonatais: primeiros 30 dias;
Doença de Riga-Fede: ulcerações traumáticas da base da língua pelos dentes
inferiores;
Hipodontia: ausência de 1 a 6 dentes excluindo os 3° molares;
Oligodontia: ausência de mais de 6 dentes;
Anodontia: ausência de todos os dentes;
Microdontia
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 Incisivo lateral superior (coroa conoide);


 Terceiros molares;
 São dentes que mais frequentemente estão ausentes;

ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO EM RELAÇÃO A FORMA DOS


DENTES
 Geminação;
 Fusão;
 Concrescência;
 Dens in dente;
 Dentes de Turner;
 Taurodontia;
 Hipercementose;

Fusão
 Contagem revela a falta de um dente quando o dente anômalo é
contado como um.
 Imagem radiográfica de um dente com uma coroa grande, duas câmaras
pulpares;
 Dois canais radiculares e duas raizes;
 Tendencia familiar;
 Dentição decídua e permanente;

Geminação
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 Contagem normal quando o dente anômalo é contado com um;


 Dente com uma grande coroa, duas câmaras pulpares;
 Um único canal radicular, uma raiz;

Concrescência
União pelo cemento de dois dentes formatos;
Região superior posterior;
2° e 3° molar (impactado);
Dentes cariados com grande perda coronária;

Dens in dente
 Profunda invaginação (dentro do dente) da superfície da coroa ou da
raiz que é limitada pelo esmalte;
 Presença de forame cego e possibilidade de comunicação entre a
invaginação e a câmara pulpar;
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 Incisivos laterais, centrais, pré-molares, caninos e molares;


 Dente superiores;

Dentes de Turner
 Infecção ou trauma do dente decíduo. Afeta a camada ameloblástica;
 Incisivos permanentes superiores e pré-molares superiores e inferiores;
 Graus: leve descoloração amarela ou acastanhada do esmalte are uma
forma grave com depressões e irregulares na coroa dental;

Taurodontia
 Aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente multirradicular com
deslocamento apical do soalha pulpar e da bifurcação das raízes;
 Forma lembra dentes molares dos animas ruminantes;
 Bifurcação próxima a raiz;
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DOENÇAS BACTERIANAS
 Sífilis;
 Actinomicose;
 Gonorreia;
 Tuberculose;
 Noma;
 Sinusite;

SÍFILIS
 3, a 4 milhões de novos casos no Brasil;
 Também chamado de Lues;
 A bactéria que causa: treponema pallidum;
 IST: infecção sexualmente transmissível;
 Teste rapido (30 minutos);
 Exames (teste de sífilis): FTA-abs e TPHA para a detecção de
anticorpos do Treponema pallidum;
 Tratamento: depende da fase que o paciente se encontra, medicamento
penicilina.
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Sífilis primaria
 Sinônimo: cancro (lesões parecidas com câncer), area de inoculação;
 Podem aparecer de 3 a 90 dias após contagio;
 Lesões ricas em bactérias;
 Assintomática, sem prurido, sem ardência;
 São lesões únicas;
 Acomete em lábio, língua, palato e gengiva;

Sífilis secundárias: evolução da sífilis primaria


 Disseminação linfática;
 Placa mucosa (necrose-acinzentada);
 Múltiplas placas;
 Ocorre em língua, lábios, mucosa jugal e palato;
 Aparece de 4 a 10 semanas após cancro;
 Manchas no corpo, incluído palmas das mãos e planta nos pés;
 Lesão ricas em baterias;
 Lesões papilares podem lembrar papilomas virais: condiloma lata
 Resolução espontânea: de 3 a 12 semanas
 Lues maligna: imunossuprimidos (AIDS). Febre, cefaleia e mialgia.
 Ulcerações necrótica em face e couro cabeludo;
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Sífilis terciaria: acometimento vascular e SNC (sistema nervo central)


 Goma (granulomas destrutivos): lesão nodular com inflamação
granulomatosa, endurecida ou ulcera;
 Acomete o palato ou língua (glossite intersticial: padrão lobular; glossite
luética: perda das papilas e atrofia);

Sífilis congênita: tríade de Hutchinson (dentes de Hutchinson, queratite


intersticial, VIII par craniana – surdez).
 Dentes de Hutchinson: incisivos em chave de fenda e molares em
amora (de Fournier ou de Moon);

(incisivos em chave de fenda) (molares em amora/ Fournier ou de Moon);


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Actinomicose
 Causada pela bactéria: actinomyces israelli
 Reação supurativa: grânulos de enxofre (botriomicose);
 Tratamento: penicilina

DOENÇAS FUNGICAS
 Candidíase;
 Histoplasmose;
 Blastomicose;
 Paracoccidioidomicose;

Candidíase
 Manifestação oral mais comum (no paciente HIV positivo)
 Candida albicans;
 Dimorfismo: levedura e hifas;
 Crianças e idosos;
 Uso prolongado de antibióticos;
 Imunossupressão;
 Tratamento: (antifúngico) Nistatina 5 ml a 4 vezes ao dia.
Tipos:
 Pseudomembrana: sapinho;
 Eritematosa;
 Glossite rombóide mediana;
 Lesão beijada;
 Queilite angular;
 Estomatite por dentadura;
 Crônica hiperplásica;
 Mucocutânea;
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Paracoccidioidomicose/ blastomicose sul-americana;


 Causada pelo fungo: paracoccidioides brasiliensis;
 Dimorfismo: esporos e leveduras;
 Homens agricultores;
 Mulheres: prótese hormonal;
 Primário: pulmão;
 Envolvimento da adrenal;
 Boca: secundário. Estomatite moriforme;
 Microqueilite: aumento volumétrico do lábio;

(Estomatite moriforme)

DOENÇAS ASSOCIADAS AO HIV (causador da AIDS)

O HIV é o vírus da imunodeficiência humana,


que, se não for tratado, pode causar AIDS.
Sexualmente transmissível.
Lesões mais comuns: menos linfócitos TCD4/mm3 e carga viral elevada;
 Candidíase (manifestação intraoral mais comum do HIV);
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 Leucoplasia pilosa;
 Eritema gengival linear;
 Sarcoma de Kaposi;
 Linfoma não Hodgkin;

Candidíase:
 Manifestação oral mais comum (no paciente HIV positivo);
 Pseudomembrana: sapinho (-200 linfócitos TCD4/mm3);
 Eritematosa (-400 linfócitos TCD4/mm3);
 Queilite angular (na comissura labial);
 Crônica hiperplásica;
Tratamento:
 Mais difícil;
 Nistatina não é eficaz;
 Clotrimazol tópico;
 Fluconazol, cetoconazol e itraconazol;

Leucoplasia pilosa (altamente indicativa do desenvolvimento de AIDS)


 Fator etiológico: EBV ou HHV-4;
 Acomete o bordo lingual;
 Paciente transplantados: coração, rim, fígado, medula óssea;
 Sinal de supressão imune grave e doença mais avançada;
 Tratamento: terapia HAART (terapia anti-retroviral altamente eficaz);
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Sarcoma de Kaposi: neoplasia mais comum do HIV


 Neoplasia multifocal de células endoteliais;
 Fator etiológico: HHV – 8
 Saliva: importante via de transmissão;
 Palato duro (mais comum), gengiva e língua;
 Biópsia;
 Diagnostico diferencial: angiomatose bacilar, linfoma;
 Tratamento: Terapia HAART

Linfoma não Hodgkin


 Segunda neoplasia mais comum;
 Linfoma de células B: EBV ou HHV – 8
 Gengiva, palato, língua, amigdala;
 Terapia HAART: diminui muitos as infecções e SK, porém não teve
efeito sob os linfomas;

DOENÇAS PERIODONTAIS ASSOCIADAS AO HIV


 Eritema gengival: faixa linear de eritema que envolve a gengiva
marginal live e se estende 2 a 3 mm apical. Candidíase incomum.
 Gengivite ulcerativa necrosante;
 Periodontite ulcerativa necrosante;

DOENÇAS VIRAIS (vírus)


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 Virus do herpes simples;


 Varicela;
 Herpes zoster;
 Mononucleose infeciosa;
 Sarampo;
 Papiloma;
 AIDS;

Herpes simples
 Causa (vírus): HHV – 1 ou HHV – 2;
 Múltiplas vesículas;
 Latência: Gânglios nervosos;
 Eritema multiforme: 15% procedimento por recorrência sintomática do
herpes;
 Infecção primaria: apenas 12% apresentam sinais e sintomas intensos
para serem lembradas pelas crianças ou pais;
 Maioria: resfriado comum entre 6 meses a 5 anos;
 Sintomas iniciais: dor de garganta, febre, mal estar, linfadenopatia e
cefaleia;
 Herpes recorrente: ou herpes secundário ou herpes labial, borda do
vermelhão e pele adjacente aos lábios;

 Recidivas: luz UV, traumático;


 Sinais e sintomas prodrômicos: dor, ardência, prurido, formigamento,
calor localizado, eritema.
 Boca (infecção primária): mucosa queratinizada (palato e gengiva
inserida)
 Citologia esfoliativa
 HP: acantólise (células de Tzanck), degeneração balonizante;
 Migra para o gânglio trigeminal e permanece latente;
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 Tratamento: aciclovir 5% creme, 5 vezes ao dia;

Varicela
 Também chamada de catapora, infecção primaria;
 Virus: VZV ou HHV – 3
 Herpes zoster: reativação;
 Manifestação clássica: vesículas circundadas por um eritema;

Mononucleose Infecciosa
 Doença do beijo;
 Virus: Epstein-Barr (EBV) ou HHV – 4: Leucoplasia pilosa, linforma de
burkitt, carcinoma nasofaríngeo;
 Infecções por contato íntimo;
 Fadiga, mal estar, dor d garganta, cefaleia, náusea, elevação de
temperatura,
 Teste de Paul-Bunnell
 Boca: tumefação linfoide, petéquias em palato mole e duro;
 Habitat: parótida;
 Pode afetar odontogênese: hipoplasia do esmalte;

HHV
HHV1 ou HHV2: Herpes simples
HHV3: Varicela
HHV4: Epstein Barr Vírus
HHV5: Citomegalovírus
HHV8: Sarcoma de Kaposi Herpes Vírus

Sarampo: manchas de Koplik


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HPV

HPV é o papilomavírus humano, que pode se manifestar como verrugas e, se


não for tratado, pode causar alguns tipos de câncer. Sexualmente transmissível.

Doenças relacionadas ao HPV:


 Papiloma (papiloma escamoso);
 Condiloma acuminado;
 Verruga vulgar;
 Hiperplasia epitelial focal;

Papiloma
 Tumor benigno de origem epitelial;
 Jovens;
 Lesão punica;
 Acomete a língua, lábios, palato duro e mole;
 Esbranquiçados projeções digitiformes, aparência de couve-flor ou
verrucosa;
 Superfície vegetante;
 Tratamento: excisão cirúrgica;
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Hiperplasia epitelial focal


 Múltiplas pápulas, indolores, placas ou arredondadas;
 Requente em vários membros da família;
 Crianças e jovens;
 Mucosa labial, julga e língua;
 Coloração da mucosa normal;
 Tratamento: regressão espontânea;

Condiloma Acuminado
 Verruga venérea;
 Adolescentes e adultos jovens;
 Tende a ser maio que o papiloma. Pode ter mais que uma lesão;
 Mucosa labial, palato mole e freio lingual;
 Rosa, projeções de superfície curtas e embotadas;
 Tratamento: cirurgia conservadora;

DOENÇAS AUTO-IMUNES
Condições associadas à disfunção imunológica/doenças dermatológicas:
 Pênfigo;
 Líquen plano;
 Penfigóide;
 Eretema multiforme;
 Lúpus eritematoso;
(todas essas doenças podem se manifestar como gengivite descamativa
(não induzida por biofilme))

Líquen Plano
 Adulto meia idade, mulheres, acima de 50 anos;
 Pele: pápulas (vermelhas) eritematosas ou purpúreas entremeadas com
estrias de wickhan;
 Boca: Reticular: mais frequente e assintomáticos (simétricos e
bilaterais);
 Erosivos: menos frequentes e doloroso. Áreas atróficas
eritematosas.
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 Podem estar associadas a áreas hiperpigmentadas acastanhadas;

Reticular

De erosão, com úlceras

Pênfigo
 Tipos: vulgar (mais cai), vegetante, eritematoso e foliáceo;
 Boca: geralmente 1° sinal;
 Autoanticorpos dirigidos contra componentes do desmossoma:
bolha intra-epitelial;
 Clínica: erosões ou ulcerações em palato, mucosa, labial, jugal, ventre
lingual e gengiva;
 Manobra de Nickolsky positivo, tem relação com o Pênfigo;
 HP: acantólise (células da camada basal parecem desabar) e células
balonizantes de Tzanck (forma arredondada);
 Diagnostico: imunofluorescência direta ou indireta;
 Tratamento: corticoterapia e/ou imunossupressores;

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