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SEDAÇÃO NA

ODONTOLOGIA
P RO F ° : C A R LS O N L EA L M ATÉ R I A : U RG Ê N C IA E E M E RG Ê N C I A
A LU N O S ° : A N N A PAU LLA , A N D R É I A , DA N IE LLY S I LVA , M A RTI N A , M A RCO S ,
YU RY, RO D R I GO E V I N Í C I O S .
URGÊNCIA EMERGÊNCIA
Ocorrência imprevista de agravo à saúde com Constatação odontológica de condições de
ou sem risco potencial a vida, cujo portador agravo a saúde que impliquem sofrimento
necessita de assistência odontológica intenso ou risco iminente de morte, exigindo
imediata. portanto, tratamento odontológico imediato.

Fonte: Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO)


URGÊNCIA
Dor odontológica aguda, decorrente de inflamações da polpa – Pulpite;
Alveolite pós-operatória, controle ou aplicação medicamentosa local.
Abscessos (dentário ou periodontal) ou infecção bacteriana, resultando em dor
localizada e edema;
Remoção de suturas;
Trauma dentário com avulsão ou luxação.
Biópsia de alterações anormais dos tecidos bucais;

Fonte: Conselho Federal de Odontologia (CFO)


EMERGÊNCIA
Sangramentos não controlados;
Traumatismo envolvendo os ossos da face, com potencial comprometimento da via aérea
do paciente;
Celulite ou infecções bacterianas difusas, com aumento de volume (edema) de
localização intra-oral ou extra-oral, e potencial risco de comprometimento da via aérea
dos pacientes.
Convulsões
Hipertensão
ASMA

nte: Conselho Federal de Odontologia (CFO)


ETO et al., 2006)
ANAMNESE
Identificação: Idade, sexo, etnia, escolaridade, profissão, naturalidade,
procedência e religião
Queixa Principal: História da doença atual, história médico-odontológica
pregressa, história familiar, hábitos de vida, história psicossocial e cultural.
EXAME FÍSICO
Exame Geral: Registro dos dados vitais - pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória.
Cabeça e Pescoço: exame extrabucal e intrabucal.
EXAME COMPLEMENTARES
Exames de imagem
Radiografia panorâmica;
Tomografia Computadorizada;
EXAMES LABORATORIAIS
Hemograma: é um tipo de exame de sangue que analisa diversos aspectos dos componentes
sanguíneos (leucócitos, hemácias e plaquetas), como os seus formatos e quantidades.

HOMEM VALORES DE REFERÊNCIA MULHER VALORES DE REFERÊNCIA


Eritrócitos Eritrograma
Hemácias 4.2 a 5.9 milhões/ µL Hemácias 4.2 a 5.9 milhões/ µL
Hemoglobina 13.0 a 18.0 g/dL Hemoglobina 13.0 a 18.0 g/dL
Hematócrito 38 a 52% Hematócrito 38 a 52%
VCM 80.0 a 100.0 fL VCM 80.0 a 100.0 fL
HCM 27.0 a 32.0 pg HCM 27.0 a 32.0 pg
CHCM 31.0 a 36.0 g/dL CHCM 31.0 a 36.0 g/dL
RDW 10 a 16% RDW 10 a 16%
LEUCOGRAMA E
PLAQUETOGRAMA
LEUCOGRAMA HOMEM E MULHER
Leucócitos totais 4000 a 11000/ µL
Neutrófilos 0 a 800/ µL Plaquetas 150.000 a 450.00 µL
bastonetes Plaquetócrito 0,100 a 0,500%
Neutrófilos 1600 a 8000/ µL Volume Plaquetário (VPM) 6,00 a 10,00 fL
segmentados
PDW (Índice de anisocitose plaquetário) 10,00 a 18,00 fL
Linfócitos 900 a 4000/ µL
Monócitos 100 a 1000/ µL
Eosinófilos 0 a 500/ µL
Basófilos 0 a 200/ µL
SEDAÇÃO EM ODONTOLOGIA
A sedação em odontologia é uma competência que permite
empregar a analgesia e a hipnose, desde que o profissional seja
devidamente habilitado.

A sedação consciente tem se mostrado uma técnica útil no


controle da ansiedade e do medo em pacientes odontológicos,
permitindo uma melhor qualidade de vida e conforto durante o
tratamento.
RESOLUÇÃO CFO-51, de 30 de abril de 2004
Baixa normas para habilitação do CD na aplicação da analgesia relativa ou sedação consciente,
com óxido nitroso.
Art. 2º. O curso deverá ter sido autorizado pelo Conselho Federal de Odontologia, através de ato
específico, ministrado por Instituição de Ensino Superior ou Entidade da Classe devidamente
registrada na Autarquia.
§ 3º. Do conteúdo programático deverão constar, obrigatoriamente, as seguintes matérias:
a. História do uso da sedação consciente com óxido nitroso;
b. Introdução à sedação;
c. Emergências médicas na clínica odontológica e treinamento em suporte básico de vida
(teórico-prático);
§ 4º. Ao final de cada curso deverá ser realizada uma avaliação teórico-prática.
Técnicas disponíveis para aplicação em
consultório
Estado físico do paciente: Para definir o plano de tratamento para um paciente e escolha
da sedação aplicável, o dentista deve avaliar o quadro físico de saúde conforme a
classificação ASA .

ASA I Paciente saudável


ASA II Paciente c/ doença sistémica leve
ASA III Paciente c/ doença sistémica grave
ASA IV Paciente c/ doença sistémica grave que
representa ameaça constante a vida
ASA V Paciente moribundo que não se espera
melhorias sem ser através de intervenção
cirúrgica
ASA VI Doente c/ morte cerebral

Fonte: Adaptado de ASA (2014).


NÍVEIS DE SEDAÇÃO
1. Sedação mínima:
Responde normalmente a comandos verbais;
Função cognitiva e coordenação prejudicadas;
Não afeta as funções respiratórias ou cardiovasculares;
2. Sedação moderada:
Responde a comandos verbais quando lhe é dado uma ordem;
Reação tátil e com luz;
Via aérea permeável e a ventilação espontânea é adequada;
A função cardiovascular geralmente é mantida;

Fonte: Adaptado de ASA (2016).


NÍVEIS DE SEDAÇÃO
3. Sedação profunda:
Não desperta facilmente;
Resposta a estimulação repetida ou dolorosa;
Função respiratória é comprometida, sendo auxiliada;
Função cardiovascular mantida;
4. Anestesia geral:
Depressão de nível de consciência;
Indivíduo não desperta mesmo que exposto a estímulos dolorosos;
Ventilação comprometida com necessidade de assistência respiratória;
A função cardiovascular pode estar comprometida nesse estágio;

Fonte: Adaptado de ASA (2016).


TIPOS DE SEDAÇÃO NA
ODONTOLOGIA

Sedação inalatória com óxido nitroso e Sedação intravenosa Sedação medicamentosa via orale
oxigênio intranasal

Anestesia Geral
CONTRAINDICAÇÕES
Contraindicações: Conforme a Guidelines publicadas pela American Dental Association-
ADA (2016) a sedação consciente em odontologia é contraindicada em pacientes:
Pacientes que não são capazes de cooperar com o tratamento;
Pacientes com hipersensibilidade aos medicamentos utilizados na sedação, ou em
pacientes que estejam tomando medicamentos que possam interagir com esses
medicamentos.
Pacientes com distúrbios respiratórios graves;

(CAMARINHA, 2013). (LUZ; SILVA, 2018).


CONTRAINDICAÇÕES
Para a American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons (AAOMS) (2013) a sedação
consciente está contraindicada:
Pacientes com problemas cardíacos graves;
Pacientes com doenças hepáticas ou renais graves;
Pacientes que passaram recentemente por cirurgias de nariz e garganta, e infeções de ouvido e
mulheres gravidas é contraindicação para o oxido nitroso;
As contraindicações gerais para o uso da sedação consciente por via intranasal são:
Gravidez e lactação (pode afetar o feto ou lactente);
Miastenia grave (pode agravar a fraqueza muscular);
Insuficiência respiratória;
Glaucoma de angulo fechado (os fármacos podem aumentar a pressão intraocular);
(ANTONUCCI; PORCELLA; PILLONI, 2016). (LUZ; SILVA, 2018). (CAMARINHA, 2013).
INDICAÇÕES
Ansiedade aguda relacionada à tratamentos odontológicos
Procedimentos invasivos e longos
Condições médicas, agravadas pelo estresse: angina, asma e epilepsia,
pacientes com dificuldades cognitivas e crianças cima de 1 ano de idade
Pacientes neuro divergentes
Pacientes neuro atípicos
Pacientes com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH):

(Guimarães e Medeiros 2018) (KAPUR; KAPUR, 2018). (MASCARENHAS; DELGADO, 2019) (Kaufman e Zeltser 2021),
Sedação inalatória com óxido nitroso e
oxigênio
Gás inalatório que provoca efeito analgésico e sedativo leve;
Procedimentos simples e pouco invasivos;
Posição supina;
Máscara nasal apropriada;
Sedação ideal varia de paciente para paciente e é limitada a no máximo
70% de N2O;

(BARATIERI, 2015, p. 265). (MACEDO-RODRIGUES; REBOUÇAS, 2015)


SEDAÇÃO INTRAVENOSA OU
ENDOVENOSA
Rápida ação entre 2 e 5 minutos;
Período de latência de 20 a 25 minutos.
Midazolam;
Propofol;
Cloridrato de cetamina;

(DA SILVA BARBOSA et al., 2015). (MARTINS, 2018). (COSTA; MANIA; RAGGIO, 2021).
SEDAÇÃO MEDICAMENTOSA VIA
ORAL
Benzodiazepínicos: agem como ansiolíticos, relaxantes musculares e sedativos, podendo ser
utilizados em diferentes graus de sedação;

(MARTINS, 2018).
SEDAÇÃO MEDICAMENTOSA VIA
INTRANASAL
Mais comumente utilizadas em odontopediatria;
Uso de baixos níveis terapêuticos dos medicamentos;
Rica vascularização da cavidade nasal;
Midazolam;
Início de ação e recuperação são mais rápidos do que por via oral;
Variando de 5-10 minutos, com dosagem recomendada de 0,2-0,3 mg/kg;

(MENDES, 2021). (ALSARHEED, 2016).


ANESTESIA GERAL
O paciente sofre de uma determinada condição (deficiência física ou mental, doenças, etc.);
O Paciente que têm uma fobia real do dentista;
O Paciente que precisa de tratamentos extensos;
O Paciente é alérgico a anestésicos locais.
REFERÊNCIAS
Valores de referência do hemograma.
https://www.tuasaude.com/valores-de-referencia-do-hemograma/#google_vignette
CFO.
https://website.cfo.org.br/wp-content/uploads/2020/03/CFO-URGENCIAS-E-EMERGENCIAS.pdf
Aprenda na prática: Interpretação de Exames.
https://dex.descomplica.com.br/pos-em-enfermagem-em-uti/interpretacao-de-exames/interpret
acao-de-exames-interpretacao-de-exames-laboratoriais/explicacao/1
NETO, G. C. O.; SILVA, A. C. M.; NICOLAU, R. A. URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ODONTOLÓGICAS .
Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP). São José dos Campos, Brasil 2006.
https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2006/inic/inic/03/INIC0001236ok.pdf
AMERICAN DENTAL ASSOCIATION (2016). ADA guidlines for the use of sedation and general
anesthesia by dentists.
https://www.ada.org/-/media/project/ada-organization/ada/ada-org/files/resources/research/a
da_sedation_use_guidelines.pdf?rev=313932b4f5eb49e491926d4feac00a14&hash=C7C55D7182
C639197569D4ED8EDCDDF6

ACADEMY OF GENERAL DENTISTRY (AGD). Guideline on the Use of Sedation and General
Anesthesia for Dentists. 2013.
RESOLUÇÃO CFO-51, de 30 de abril de 2004. https://sistemas.cfo.org.br/visualizar/atos/RESOLU%C3%87%C3%83O/SEC/2004/51
MENDES, Anny Caroline dos Santos. 2021. Sedação consciente: suas possibilidades em odontopediatria. Trabalho de Conclusão de
Curso (graduação em Odontologia) - Universidade de Ensino Superior Dom Bosco, São Luís.
http://repositorio.undb.edu.br/handle/areas/642
ALSARHEED, Maha A. Intranasal sedatives in pediatric dentistry. Saudi medical journal, v. 37, n. 9, p. 948, 2016.
DA SILVA BARBOSA, A. C.; PINHO, R. C. M.; VASCONCELOS, M. M. V. B.; JUNIOR, A. D. F. P. C. Avaliação da via medicamentosa como
importante fator para a sedação consciente: relato de caso. Revista da AcBO, v. 4, n. 3, p. 15-28, 2015.
MARTINS, André Figueiredo. A sedação consciente no controle da ansiedade em odontologia. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso
(graduação em Odontologia) - Universidade de Tubarão, Tubarão.
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/9977/1/ANDR%C3%89%20P%C3%93S%20BANCA%20PARA%20RIUNI.pdf
COSTA, S.; MANIA, T. V.; RAGGIO, D. P. Sedação consciente com midazolam oral como coadjuvante no atendimento odontológico de
crianças não cooperativas: revisão integrativa. Brazilian Oral Research, v. 35, n. 3, p. 452, 2021.
BARATIERI, L. N. Odontologia restauradora: fundamentos e possibilidades. São Paulo: Editora Santos, 2015.
MACEDO-RODRIGUES, L. W.; REBOUÇAS, P. D. O uso de Benzodiazepínicos e N20/O2 na sedação consciente em Odontopediatria.
Revista da Faculdade de Odontologia de Lins, v. 25, n. 1, p. 55-59, 2015.
AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTS (ASA). Statement on the ASA Physical Status Classification System. 2014.
https://www.asahq.org/standards-and-practice-parameters/statement-on-asa-physical-status-classification-system
CAMARINHA, Carlos Jorge Laranjo Souto. Sedação consciente em medicina Dentária. Tese de Doutorado. Universidade
Fernando Pessoa, Porto, 2013. https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4450
LUZ, L. V.; SILVA, J. C. N. Avaliação do uso da sedação consciente em odontopediatria. Revista Paulista de pediatria, v.
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ANTONUCCI, R.; PORCELLA, A; PILLONI, M. Intranasal ketamine sedation in pediatric dentistry: A systemic review and
meta-analysis. Jornal of Dentistry, v. 44, n. 0, p. 1-8, 2016.
KAPUR, A.; KAPUR, V. Sedacao consciente em odontologia. Anais de cirurgia maxilofacial, v. 8, n. 2, p. 320, 2018.
MASCARENHAS, P.; DELGADO, T. H. The use of conscious sedation in pediatric patients with attention deficit
hyperactivity disorder undergoing dental treatment: A case series. Anesthesia Progress, v. 66, n. 3, p. 150-154, 2019.
KAUFMAN, E.; ZELTSER, R. Oral conscious sedation in patients with special needs: A case series. Journal of Oral and
Maxillofacial Surgery, Medicine, and Pathology, v. 33, n. 3, p. 228-231, 2021.
AMERICAN ASSOCIATION OF ORAL AND MAXILLOFACIAL SURGEONS (AAOMS). Office-Based Anesthesia and Anesthetic
Complications: Update on 2013 Standards and Guidelines. 2013.
https://www.aaoms.org/docs/govt_affairs/advocacy_white_papers/office-based_anesthesia_standards_and_guideline
s_2013.pdf
OBRIGADA PELA ATÊNÇÃO
BOA NOITE!

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