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MÉDICAS PARA O
CIRURGIÃO-DENTISTA
MANUAL PARA O CLÍNICO
COMISSÃO DE EMERGÊNCIAS
MÉDICAS EM ODONTOLOGIA
DO CRO-MG
Dr. Marcelo Ferreira Pinto Cardoso - Especialista em Cirurgia Plástica
- Cirurgião-Dentista pela UFMG Periodontal e Periimplantar pela SLM
- Especialista em Cirurgia e Traumatologia Campinas
Bucomaxilofacial pela UFMG - Cirurgiã Bucomaxilofacial no Hospital
- Especialista em Implantodontia pelo Luxemburgo
CEO-IPSEMG - Professora da Especialização em
- Cirurgião Bucomaxilofacial no Hospital Implantodontia da SLM BH
Luxemburgo - Coordenadora da Mini Residência em
- 1º Tenente Cirurgião-Dentista do Quadro Cirurgia Bucomaxilofacial da ABO BH
de Oficiais da Saúde da Polícia Militar de
Minas Gerais Vladimir Reimar Augusto de Souza
Noronha
Dra. Jôice Dias Corrêa - Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial
- Cirurgiã-Dentista pela UFMG FO/UFMG
- Especialista em Periodontia pela PUC - Especialista em Estomatologia pelo CFO
Minas - Mestre e Doutor em Estomatologia pela
- Mestre em Estomatologia e Doutora em FO/UFMG
Biologia Celular pela UFMG - Professor de Cirurgia do Centro
- Estágio de Doutorado na Universidade da Universitário Newton Paiva
Pensilvânia - Professor de Cirurgia, Anestesiologia e
- Instrutora de Suporte Básico de Vida pela Terapêutica da PUC Minas
American Safety and Health Institute
- Professora na graduação e pós-graduação Prof. Dr. Marcelo Drummond Naves
do curso de Odontologia da PUC Minas - Doutor em Estomatologia pela PUC RS
- Especialista em Cirurgia e Traumatologia
Dr. Marcelo Dantas Pedrosa Buco Maxilo Faciais pela FORP/USP
- Médico pela PUC Minas - Especialista em Estomatologia
- Cirurgião-Dentista pela UFMG - Professor Associado IV do Departamento
- Médico Residente em Otorrinolaringologia de Clínica, Patologia e Cirurgia
no Hospital Felício Rocho Odontológicas da Faculdade de
- Instrutor de Suporte Básico de Vida (BLS) Odontologia da UFMG – Áreas de Cirurgia,
pela American Heart Association Patologia e Semiologia
- Coordenador do Curso URGEM - Urgências - Especialista em Suporte Básico de Vida e
e Emergências Médicas na Odontologia Socorrista pela American Heart Association
- Médico Plantonista em Urgências e e SOMITI
Emergências - Presidente da Comissão Permanente de
Suporte Básico de Vida da Faculdade de
Dra. Luiza Carvalho Lamounier Odontologia da Universidade Federal de
Cardoso Minas Gerais
- Cirurgiã-Dentista pela PUC MG
- Mestre e Especialista em Periodontia pela ILUSTRAÇÕES:
SLM Campinas Lucas Scudeler Furtado de Oliveira
- Especialista em Cirurgia e Traumatologia CRO-MG 27.812
Bucomaxilofacial pela UFMG
Cirurgião-Dentista
2. Telefones úteis 4
4. Sinais Vitais 7
4.1 - Pulso 7
4.2 - Frequência Respiratória 7
4.3 - Pressão Arterial 8
4.3.1 - Classificação da Hipertensão 8
4.3.2 - Atendimento Odontológico ao Hipertenso 8
5. Risco Cirúrgico 9
6. Classificação ASA 10
7. Material de Emergências 11
10. RCP 31
Esta apostila foi elaborada com base na experiência clínica dos membros da
Comissão de Emergências Médicas em Odontologia do CRO-MG, na literatura vigente e
busca servir de um protocolo de fácil consulta para orientar o profissional na prevenção das
emergências, na identificação e condução das emergências médicas mais frequentes no
consultório odontológico e nas manobras fundamentais do Suporte Básico de Vida
aplicadas à realidade da Odontologia de forma simples e prática. Entretanto, a decisão
clínica é valor individual de cada profissional habilitado e deve ser tomada de acordo com os
sinais e sintomas apresentados em cada caso, sendo que a equipe elaboradora não se
responsabiliza por falhas no diagnóstico e na conduta clínica dos cirurgiões-dentistas. Para
utilizar corretamente o manual, é recomendável que o profissional tenha realizado curso de
emergências baseado neste trabalho para melhor correlação clínico-patológica.
Não é objetivo deste trabalho uma descrição pormenorizada do assunto. Para uma
análise mais completa do assunto, é recomendável a consulta aos livros e artigos mais
atuais referentes ao tema.
2. TELEFONES ÚTEIS
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MODELO DE QUESTIONÁRIO DE SAÚDE GERAL
ATENÇÃO:
Este questionário é sigiloso e apenas seu dentista está autorizado a ter
acesso a suas informações.
Belo Horizonte:
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4. SINAIS VITAIS:
4.1 - PULSO:
Avaliar pulso Radial ou Carotídeo:
Frequência normal na maioria
dos indivíduos em repouso:
60 a 100 bpm (Batimentos por minuto)
Taquicardia (Pulso
acelerado): >100 bpm
OBSERVAÇÕES: A taquicardia é um
evento comum no consultório devido
a fatores como stress e ansiedade.
O profissional deve ficar atento às
taquicardias sintomáticas (
acompanhadas de mal-estar, tontura,
fraqueza, vibração no peito) e às taquicardias
acima de 150bpm em repouso. Os quadros
de taquicardia sintomática e taquicardia
acima de 150bpm devem ter o atendimento odontológico suspenso
e o paciente deve ser encaminhado ao médico para investigação.
4.2 - FREQUÊNCIA
RESPIRATÓRIA:
• Avaliar a quantidade de elevações do tórax ou
abdômen durante os movimentos inspiratórios
em 01 minuto.
Frequência normal:
• Adultos: 16 a 20 IRPM (Impulsos respiratórios por minuto)
• Adolescentes: 28-22 IRPM
• Lactantes 25-35 IRPM OBSERVAÇÕES: Expirações prolongadas e sons
respiratórios pronunciados podem sugerir Doenças
• Recém-Nascidos 40-45 IRPM Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC)
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4.3 - PRESSÃO ARTERIAL:
Pressão Arterial normal: 120/80 mmHg - OBSERVAÇÃO: Os sinais vitais devem ser
correlacionados com a história clínica do paciente
Pressão Arterial controlada: até 140/90 e podem estar alterados por stress, ansiedade ou
mmHg (VER HIPERTENSÃO Pág) esforço físico. Em caso de dúvidas, acalme o
paciente e realize novamente as aferições após um
período de repouso.
4.3.1 - CLASSIFICAÇÃO DA
HIPERTENSÃO:
Belo Horizonte:
Atenciosamente,
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6. CLASSIFICAÇÃO ASA:
EXEMPLO, INCLUINDO
CLASSE CARACTERIZAÇÃO
MAS NÃO LIMITADOS A:
• Oxímetro portátil
O objetivo é: “Seja simples,
• Estetoscópio e Esfigmomanômetro para que seja feito”
• Glicosímetro
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8. SUPORTE BÁSICO
DE VIDA:
Medidas iniciais e imediatas aplicadas a uma vítima fora do ambiente hospitalar,
executada por pessoas treinadas para realizar a manutenção dos sinais vitais e evitar
o agravamento das lesões.
OBJETIVOS:
• Organizar e sistematizar o atendimento às urgências e emergências.
• Não piorar o prognóstico do tratamento definitivo.
• Manter o paciente vivo até a chegada do serviço de urgências e emergências!
8.1 - ETAPAS DO
ATENDIMENTO:
ETAPA 1: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI). ESTEJA SEGURO!
ETAPA 2: VERIFICAR NÍVEL DE CONSCIÊNCIA.
ETAPA 3: ACIONAR O SOCORRO.
OBSERVAÇÕES: Acionar o socorro sempre que a vítima estiver inconsciente, ou em caso de emergências
graves ameaçadoras à vida, mesmo que a vítima esteja consciente. Na dúvida, chame ajuda.
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8.1.2 - PROTOCOLOS DE
TRATAMENTO:
P. A.B.C.D.* (Vítima Consciente) C.P. A.B.D.* (Vítima Inconsciente)
P - Posição da cadeira odontológica C - Circulation (Circulação)
A - Airway (via aérea) P - Posição da cadeira odontológica
B - Breathing (Ventilação) A - Airway (Via aérea)
C - Circulation (Circulação) B - Breathing (Boa Ventilação)
D - Cuidados Definitivo D - Cuidados Definitivo
OBSERVAÇÕES: Na vítima inconsciente, o primeiro passo é checar o pulso. Caso o paciente não tenha
pulso carotídeo identificável em até 10 segundos, considerar parada cardiorrespiratória.
(Seguir para o tópico: Parada Cardiorrespiratória, Pág )
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A - Airway (Vias Aéreas)
Abrir as vias aéreas elevando-se o queixocom extensão cervical.
C - Circulation (Circulação)
Checar o pulso carotídeo por até 10 segundos.
D - Cuidados definitivos
São aqueles cuidados realizados até a melhora clínica do paciente,
ou até a chegada do socorro.
Posição de recuperação
Paciente de lado para prevenir aspiração se
o paciente tiver histórico de inconsciência.
A - LIPOTIMIA
O QUE É?
COMO PREVENIR?
SINAIS E SINTOMAS
• Tontura • Hipotensão
• Náusea • Estado pré-síncope
• Sudorese
O QUE É?
COMO PREVENIR?
SINAIS E SINTOMAS
• Tontura • Hipotensão
• Náusea • Perda da Consciência < 2 min
• Sudorese
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C - HIPOGLICEMIA
SINAIS E SINTOMAS
OBSERVAÇÕES: Caso o profissional não esteja habilitado a realizar o acesso venoso periférico,
manter as manobras de Suporte Básico de Vida até a chegada do socorro médico.
Não administre nada via oral para o paciente inconsciente. 17
D - HIPERTENSÃO
O QUE É?
COMO PREVENIR?
PA SINAL RECOMENDAÇÕES
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D - HIPERTENSÃO
SINAIS E SINTOMAS
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E - A.V.E.
(Acidente Vascular Encefálico)
Dano vascular que reduz o Através de uma boa anamnese, aferir os sinais
fluxo sanguíneo cerebral. vitais do paciente antes do procedimento.
SINAIS E SINTOMAS
TRATAMENTO
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F - CONVULSÕES
O QUE É?
COMO PREVENIR?
SINAIS E SINTOMAS
TRATAMENTO
O QUE É?
Dor no peito devido a diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para parte do miocárdio.
COMO PREVENIR?
Realizar uma boa anamnese para identificar fatores de riscos conhecidos que possam estar
presentes, aferir sinais vitais antes dos procedimentos.
SINAIS E SINTOMAS
• Dor na região pré-cordial (lado esquerdo do peito), mal localizada, podendo irradiar
para ombro, braço esquerdo, pescoço e mandíbula
• Sudorese
• Palidez • Náuseas
• Falta de ar • Vômitos
COMO PREVENIR?
SINAIS E SINTOMAS
• Falta de ar crescente
• Chiado expiratório (Sibilos)
• Uso da musculatura acessória (intercostal) para respiração
• Cianose (pele e mucosas começam a ficar arroxeadas)
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I - SÍNDROME DA
HIPERVENTILAÇÃO
O QUE É?
Dor no peito, aumento na frequência ou na profundidade das respirações, ou ainda por uma
combinação dos dois, devido a diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para o miocárdio.
COMO PREVENIR?
SINAIS E SINTOMAS
P - Sentado, confortável
A - Via aérea adequada pois paciente está consciente
B - Acalmar o paciente, instruir a respiração lenta e profunda, Técnica do saco de papel
C - Avaliar Pulso e P.A
D - Aguardar melhora clínica. Monitorar o paciente com O.O.P.P se necessário.
(Oxímetro, oxigênio se SpO2 < 94%, pulso e pressão)
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J - INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
O QUE É?
COMO PREVENIR?
Realizar uma boa anamnese para identificar fatores de riscos conhecidos que possam estar
presentes. Aferir sinais vitais antes dos procedimentos.
SINAIS E SINTOMAS
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K - OBSTRUÇÃO DE VIA
AÉREA POR CORPO
ESTRANHO
P - Paciente em pé
A - Manobra de Heimlich
B - Avaliar padrão respiratório
C - Avaliar sinais Vitais
D - Aguardar transporte definitivo e monitorar se necessário
• Chamar socorro
• Repetir manobras
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M - REAÇÕES
ALÉRGICAS
O QUE É?
Estado de hipersensibilidade a um
determinado alérgeno. COMO PREVENIR?
SINAIS E SINTOMAS
Manifestações Sistêmicas:
Manifestações cutâneas:
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M - REAÇÕES
ALÉRGICAS
2 - Anafilaxia, Choque Anafilático e Mani-
TRATAMENTO festações cutâneas imediatas ou inten-
sas:
Manifestações cutâneas de início tardio:
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N - REAÇÕES DE SUPERDOSAGEM
DE ANESTÉSICOS LOCAIS
O QUE É?
COMO PREVENIR?
Fazer uma boa anamnese, aferir sinais vitais do paciente, aspirar antes da injeção, injetar o
anestésico lentamente, perguntar o peso do paciente e respeitar a dose máxima para cada
indivíduo.
SINAIS E SINTOMAS
• Agitação • Convulsões
• Loquacidade • Distúrbios visuais
• Irritabilidade • Desorientação
• Euforia • Aumento da PA
• Sudorese • Aumento da FC
• Vômitos • Aumento da FR
• Confusão
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10. PARADA
LOREM IPSUM
CARDIORRESPIRATÓRIA
ORIENTAÇÕES
PROTOCOLO C.A.B.D.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Se não for possível uma ventilação segura com dispositivo de
ventilação manual (AMBU), realizar apenas as compressões
torácicas até a chegada da equipe de emergências.
Cadeia de Sobrevivência:
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11. USO DO DESFIBRILADOR
EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA)
Dispositivo portátil e prático para ser usado O DEA é capaz de analisar o ritmo
em caso de parada cardiorrespiratória (PCR) cardíaco, indicando ou não a desfibrilação
fora do hospital pelos socorristas. (choque) que poderá reverter a PCR.
IMPORTANTE:
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Rua da Bahia, nº 1477 - Lourdes - Belo Horizonte/MG - CEP: 30160-017 - Telefax (31) 2104-3000