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SINDROME DE EAGLE

OBJETIVO

Desta forma, este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão da literatura abordando a importância
do conhecimento dos aspectos anatômicos, e das manifestações clínicas da Síndrome de Eagle, para os
cirurgiões-dentistas.

INTRODUÇÃO (O que é)

Síndrome de Eagle é uma patologia caracterizada pelo alongamento do processo estiloide. Além disso, a síndrome
também está ligada à calcificação do ligamento conhecido como estilo-hióideo.

O processo estilóide é uma estrutura óssea delgada e pontuda, que se projeta para baixo e para frente
da face inferior do osso temporal.

Está situado posteriormente à faringe, onde se originam os músculos: estilo-hióideo, estiloglosso e


estilofaríngeo; e os ligamentos: estilo-hióideo e estilomandibular

O alongamento do processo estilóide é uma anomalia que pode estar acompanhada pela: calcificação
dos ligamentos estilo-hióideo e estilomandibular, podendo desencadear uma sérte de sintomas

A análise de radiografias e manejos no paciente, são importantes instrumentos para a confirmação do


seu diagnóstico. A síndrome pode ser confundida com a disfunção temporomandibular. Isso porque as duas são
Mas a síndrome de Eagle é descrita como
caracterizadas por manifestar dores orofaciais muito fortes.
a presença da dor de forma contínua na faringe.

Apenas 4% da população sofre de alongamento do processo estiloide e a maioria dos


pacientes é assintomática. A síndrome de Eagle é muito rara, pois estima-se que ocorra em 1 a
cada 62.500 pessoas. 

NORMAL PROCESSO ESTILÓIDE ALONGADO


TC DA BASE DE CÂNIO

CAUSAS

—A causa é ainda desconhecida, mas existem 3 teorias ainda não comprovadas:

—1ª Teoria: o alongamento ocorre devido a uma hiperplasia estimulada por um trauma prévio.

—2ª Teoria: o alongamento e a calcificação ocorrem devido a uma metaplasia óssea estimulada por
um trauma prévio.

—3ª Teoria: o alongamento e/ou a calcificação seriam uma variação anatômica que inicia a sua
formação no início da vida.

DEFINIÇÃO (Aspectos clínicos e radiográficos)

SINTOMAS:

 Dificuldades para abrir a boca, mastigar ou engolir

 Sensação de algo preso na garganta

 Dor de garganta e na língua

 Dor de ouvido

 Diminuição da audição

 Zumbido

 Dor ao virar o pescoço

 Dor na face

 Dor na ATM (articulação temporo-mandibular).


SOLUÇÃO DO CASO

TRATAMENTO:

Existem diferentes abordagens para o tratamento da síndrome, incluindo as modalidades


farmacológica, cirúrgica ou associação de ambas. Em relação ao tratamento conservador, pode
ser feito com fisioterapia, analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes, corticoides e até
mesmo infiltração local com anestésico associado a hidrocortisona . Contudo, alguns
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pacientes necessitam de uma intervenção cirúrgica para melhora do quadro e esta pode ser
feita de duas maneiras: (1) abordagem intraoral e (2) abordagem transcervical.

Tratamento Apesar de pacientes sintomáticos responderem à terapia analgésica, alguns deles necessitarão de terapia
cirúrgica quando não responderem bem à terapia medicamentosa. Em casos cirúrgicos, o acesso pode ser feito por via
transfaringiana ou externa. A maioria dos autores prefere o acesso externo porque o risco de contaminação é menor,
proporciona melhor exposição do campo cirúrgico e permite a amputação de uma maior porção do complexo
estilóide. O paciente é submetido à anestesia geral, é feita uma incisão de cinco centímetros, três a quatro cm do ramo
mandibular. O processo estilóide pode ser então amputado. Por via transfaringiana a incisão é feita na fossa tonsilar
sobre o processo estilóide. Os tecidos moles e Figura 14 – Injeção de Anestésico 34 músculos são dissecados e o
processo estilóide é então amputado tão perto quanto possível do osso temporal. Nos casos menos graves, o
tratamento com analgésico pode ser o suficiente. Após a confirmação do diagnóstico com a injeção de anestésicos,
alguns autores recomendam a infiltração de 0,5 a 1 ml de cortisona sintética (sulfato de isopropalina 10ml).
(Balasubramian S, 1964). Exames radiográficos como Radiografia Póstero-Anterior, Lateral de Crânio e Panorâmica
podem confirmar claramente a presença de um processo estilóide alongado ou calcificação do ligamento
estilohióideo. Uma radiografia póstero-anterior poderá demonstrar algum desvio na extremidade do processo
estilóide, além de seu tamanho.

TC DE PESCOÇO
CERVICOTOMIA PRODUTO DA RESSECÇÃO

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