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UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE MEDICINA
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

Epifisiólise

Orientador/a: Dr. Prof. Henrique


Luanda – Angola
Janeiro 2022
Apresentadores

• Edson dos Santos

• Eduarda Kapata

• Eliane Maurício

• Edna Canivete

• Erika dos Santos

• Conceição Marta
Sumário
• Conceituação
• Epidemiologia
• Etiologia
• Classificação
• Apresentação clínica
• Diagnóstico
• Tratamento
• Conclusão
Conceituação
• A epifisiólise ou escorregamento epifisário proximal do fêmur (EEPF)
caracteriza-se pelo enfraquecimento na camada hipertrófica da placa
fisária, levando ao deslocamento da cebeça em relação ao colo
femoral.
• O Conceito atual é que a epífise femoral mantém sua relação normal
com o acetábulo, por meio do ligamento redondo. O desvio do colo
fêmur ocorre para superior e anterior e , ao se considerar o desvio da
epífise, este se dá para posterior.
Epidemiologia
• A prevalência pode variar de 2 a 10 adolescentes a cada 100.000
indivídios. A idade de acontecimento corresponde, em geral, ao período
do estirão do crescimento, incidindo com maior frequência dos 10 aos 13
anos nas meninas e dos 10 aos 15 anos nos meninos. Quando presente
em crianças ou adolescente fora dessa faixa etária, deve-se suspeitar de
alterações endócrina associada.
• Mais frequente em meninos, sendo mais comum no quadril esquerdo. O
índice de bilateralidade pode chegar a mas de 60% dos casos. Existem
dois biótipos principais de acometimento: o adiposo-genital
(adolescentes encontra-se no percentual acima de 95% do peso normal
no seu grupo etário) e o biótipo alto e magro, semelhante ao da
síndrome de Mikulics.
• O risco de ocorrer escorregamento no quadril contralateral é maior nos
18 meses subsequentes ao diagnostico em um dos quadril
Etiopatogenia
• Etiologia desconhecida, sendo provavelmente decorrente da somatória
de fatores biomecânicos e bioquímicos .
• Os fatores biomecânicos que aumentam o estresse na placa de
crescimento estão a obesidade e a verticalização da fise, estudos
sugerem que essas crianças tem uma diminuição da anteversão do colo
femoral e aumento da profundidade do acetábulo.
• Maior frequência em pacientes com Hipotireoidismo, hipogonadismo e
fazendo uso de suplementação com hormônio de crescimento.
• Estudos recentes tem relacionado a incidência da EEPF em pacientes
com a presença de resistência periférica a insulina.
Fisiopatologia
• O escorregamento pode se da de forma aguda ou progressiva. A
epífise permanece na sua posição caracteristicamente posterior. A
impressão radiográfica de varo, antes interpretada como um desvio
para medial, é apenas efeito paralaxe, conforme é possível observar
na radiografia em hiperextensão do quadril, em que a correção da
posição do membro inferior elimina a impressão do falso varismo do
colo.
• Com o escorregamento progressivo, a área do colo femoral
descoberta é preenchida por um calo ósseo que, dependendo da
gravidade do escorregamento forma uma gibosidade ântero-superior
consequente impacto no acetábulo. Isso limita a mobilidade e pode
ser uma das causas de degeneração articular precose.
Anatomia patológica
• A articulação do quadril e sua sinóvia mostram alterações histológicas
nos pacientes com EEPF, entre tanto, ainda não está totalmente
esclarecido se essas alterações são primárias ou relacionais a
pequenos escorregamentos. A sinóvia apresenta característica
inflamatórias e a fise exibe alargamento de sua camada hipertrófica,
sinais de alteração na maturação da cartilagem e na ossificação
endocondral subjacente.
Quadro clínico
• Apresenta ampla variedade. A presentação mais frequente é de dor
intermitente na região inguinal irradiada para face medial da coxa, especial
após esforços, e por mais de 3 semanas. As vezes a queixa principal pode ser
uma dor vaga na face medial do joelho, o que provoca atraso do diagnostico
e compromete o prognóstico da doença.
• De forma menos usual, apresenta quadro de dor súbita após trauma de
baixa intensidade e incapacidade funcional para marcha, o que representa
quadro agudo ou forma crônica agudizada.
• Ao exame físico, se o paciente capaz de andar observa-se marcha antálgica à
custa do membro inferior afetado e atitude de rotação lateral. Com relação à
mobilidade do quadril, existe limitação da rotação interna , abdução e se
possível a flexão, o membro inferior tem a necessidade de rodar
externamente (Manobra de Drheman)
Diagnóstico Clínico
• Exame físico (Manobra de Drheman).
• Imagiologico:
- Radiográfico ( Rx da bacia devem ser feitas em duas incidências: AP e
de Lauenstein (Perfil - posição de rã),
- Ultra-sonografia,
- Cintilografia óssea,
- Tomografia computadorizada
- Ressonância magnética.
Manobra de Drheman
• Indica doença articular do quadril.
Realização: O paciente é supino. O médico segura você
a perna pelo pé e pela parte dorsal do joelho e realiza
um flexão desta articulação. O aumento da rotação
externa do articulação coxofemoral durante este
movimento indica um distúrbio do articulação. O
movimento pode ser indolor mas nem sempre.
Avaliação: Em indivíduos jovens Observe
principalmente um sinal de Drehmann positivo em
caso de epifisiolose da cabeça femoral. Como
resultado, o rotação externa quando um flexão da
articulação coxofemoral. Também uma infecção do
articulação coxofemoral, osteoartrite quadril incipiente
ou tumor eles podem dar um resultado de teste
positivo.
Classificação
• Diversas classificações foram descritas com intuito de uniformizar o
tratamento e prever o prognóstico.
• De ponto de vista clínico:
- Agudo: sintomatologia abrupta e início até 3 semanas.
- Crônica: em geral mais indisiosa e deignóstco realizado após 3 semanas de
início do quadro.
- Crônico agudizados: piora súbita é quadro preexistente.

• Quanto a estabilidade da epífise, segundo Loder et al.


- Estável: paciente é capaz de deambular, mesmo com auxílio de muletas.
- Instável: existe incapacidade para marcha.
• Classificação radiológica mais utilizada na prática é a que quantifica
proporcionalmente o escorregamento da epífise em relação ao colo.
- Grau 0 (pré-deslizamento): alargamento da placa epifisária, que sofre
aumento de altua. Torna-se lisa, perdendo o aspecto “serrátil” dos
processos mamilares, típicos da cartilagem de crescimento normal.
- Grau I (mínimo ou leve ): a epífise desloca-se até um terço da largura da
metáfise do colo femoral
- Grau II (moderado): a epífise desloca-se até a metade da largura da
metáfise do colo femoral.
- Grau III (grave): a epífise desloca-se mais da metade da largura do colo
femoral
• Segundo Southwick quanto aos limites
radiológicos da epífise nas vistas AP e
Perfil (Lauenstein) unindo uma linha os
pontos estremos da epífise, traçase a
seguir sua perpendicular, que formará
determinado ângulo com uma terceira
linha, paralela ao eixo da diáfise:
ângulo epifisodiafisário normal de 145°
e projeção de frente 10°:
- Escorregamento Leves: até 30°.
- Escorregamento moderado: entre 30 e
60°.
- Escorregamento graves: acima de 60°
Tratamento
• Com objetivo principal é a fusão precose da fise impedindo o
agravamento do quadro.
• Diversas tecnicas já foram propostas, consiste na melhor método:
- Fixação in situ, com a penas um parafuso canulado, sempre que
possível.
- A Imobilização gessada, além de aumentar o índice de complicações,
não garante a parada da progressão
- Osteotomias femorais, caso mais graves
Prognóstico
• A importância do diagnóstico reside no fato de o escorregamento ser
progressivo e a fixação in situ ter os melhores resultados. As
alterações biomecânicas encontradas nos casos moderados e graves,
além da limitação funcional, podem propiciar degeneração articular
precoce. É portanto , fundamental o diagnóstico de EEPF na sua fase
inicial, devendo o tratamento ser instituído imediatamente, alterando
assim o curso natural da doença.
Referências
• Tratado de ortopedia / Orthopedic Treaty Cohen, Moisés; Mattar
Junior, Rames; Jesus-Garcia Filho, Reynaldo. São Paulo; Roca; 2007.
885 p.
• Manual ilustrado do exame ortopédico [recurso eletrônico] / M294
organizadores Felipe Augusto Rozales Lopes, Carlos Henrique
Maçaneiro, Bruna Mariah Martins Batista. – Joinville, SC: Editora
UNIVILLE, 2021.
• MANUAL DE FISIOTERAPIA CLINICA DIFERENCIAL. Barrera Pacheco
Marian del Rosario. Cruz Uc Mónica del Rosario. Asesor: Lic. Ft.
Alejandro Hernández Salazar SAN FRANCISCO DE CAMPECHE,
CAMPECHE 2012.
Obrigado

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