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MALÁRIA

MED51
GRUPO7
INTEGRANTES DO GRUPO

01 02 03 04 05
Braúlio Odair Eunice Gheslene Jéssica Bemi Jéssica Miguel
Pires de Patrícia Diogo Patrícia Mpassi Mavacala
Andrade do Moreira Paulo
Nascimento
INTRODUÇÃO

A malária é uma doença importante no cenário internacional, tendo se restringido às áreas mais tropicais e
mais pobres do planeta nas últimas décadas, quando comparado ao cenário mais difuso da doença dos
últimos dois milênios.
Se ontem não dispúnhamos de ferramentas de controle adequadas, hoje precisamos dar acesso às populações
acometidas aos mosquiteiros impregnados, aos testes rápidos de diagnóstico e às novas drogas disponíveis
para os parasitos resistentes.
OBJETIVOS

Geral Conhecer a malária no seu contexto geral

Específicos Descrever os factores de risco e a sua fisiopatologia;


Citar as suas manifestações clínicas e laboratoriais;
Expor os esquemas de tratamento para diferentes casos da infeçção;
Abordar as medidas de prevenção da doença.
MALÁRIA

Apesar dos avanços verificados com o aumento da cobertura das acções integradas de controlo da
malária, nomeadamente a gestão adequada de casos, o tratamento intermitente e preventivo na
grávida, a distribuição de redes mosquiteiras, as acções de controlo vectorial integrado e a
pesquisa operacional, a malária continua a ser a principal causa de morbilidade e de mortalidade
em Angola com diferentes níveis de endemicidade, afectando principalmente grávidas e crianças
menores de cinco anos.
MALÁRIA
Malária é uma doença
infeciosa transmitida por mosquitos e
causada
por protozoários parasitários do géner
o Plasmodium que, por sua vez, tem
várias espécies – falciparium, vivax,
ovale, malariae e knowlesi.
Plasmodium falciparum é um
protozoário parasita, uma das
espécies do género Plasmodium que
causa a malária em humanos. É
transmitida por mosquitos Anopheles.
Podem-se observar diferentes fases
evolutivas, no mosquito Anopheles,
no interior dos hepatócitos e no
interior dos glóbulos vermelhos do
hospedeiro humano.
EPIDEMIOLOGIA
• A malária é a principal causa de morte em Angola. Em
2020, 16 mil pessoas morreram por malária em Angola, de
acordo com os últimos dados disponíveis da Organização
Mundial de Saúde. Em todo o mundo, é o quinto país com
o maior número de casos, com 8,2 milhões de infetados,
afetando mais as mulheres grávidas e as crianças com
menos de 05 anos, em termos de mortalidade.
• Luanda, Lunda Norte, Malanje, Uíje, Bié, Benguela,
Huambo, Huíla e Cabinda são as províncias em que se
registou mais casos, afertando especialmente pacientes
pediátricos.
• No primeiro trimestre de 2022, Angola registou 2.580.388
casos da doença, que resultaram em 3.980 mortes por
malária.
FACTORES DE RISCO
Fatores de risco • Biológicos – relacionados à população suscetível, agente etiológico e presença
para a malária são do vetor;
as condições que
aumentam a • Ambientais – modificações do meio ambiente, temperatura, umidade e
probabilidade de presença de criadouros;
surgimento,
agravamento e • Econômicos – relacionados à baixa renda, ao desemprego e às condições de
morte pela doença trabalho, moradia e migrações;
num determinado • Socioculturais – relacionados ao nível educacional, hábitos e costumes
momento. Estes culturais e religiosos;
podem ser
classificados, entre • Infra-estrutura de Serviços de Saúde – relacionados à insuficiência de
outros, como: serviços de saúde.
FISIOPATOLOGIA
• 1º Ciclo exo-eritrocítico,
pré-eritrocítico ou tecidual;
• 2ª Hipnozoítos;
• 3ª Ciclo eritrocítico:
• 4º O desenvolvimento intra-
eritrocítico do parasito;

• O ciclo sanguíneo se repete
sucessivas vezes, a cada P.
falciparum48 horas, nas infecções
pelo e P. vivax, e a cada 72 horas
nas infecções pelo P.malariae.
QUADRO CLÍNICO
• A primoinfecção é caracterizada pela ocorrência
de paroxismos febris.

• Os paroxismos iniciam-se com calafrios,


acompanhados de mal-estar, cefaleia e dores
musculares e articulares.

• Náuseas e vômitos são sintomas frequentes,


podendo também ocorrer dor abdominal intensa. 

• Sinais clínicos de anemia, esplenomegalia e


hepatomegalia geralmente estão presentes.
A anemia é um achado O leucograma é
constante na Malária e
progride com a evolução
variado, não sendo
da doença.  característico. 
MANIFESTAÇÕES
LABORATÓRIAIS
Assim, pode ocorrer aumento das
Outros exames tornam-se transaminases, dificilmente
alterados à medida que ultrapassando o valor entre 5 e 10
aumenta o vezes o limite superior. Pode
comprometimento ocorrer hiperbilirrubinemia, com
predomínio da forma indireta.
sistêmico e a intensidade Hipoalbuminemia é encontrada
do órgão acometido.  nos casos mais graves.
MALÁRIA COMPLICADA
MALÁRIA NAS CRIANÇAS

- Risco de - Perímetro
- Parto
Retardo Cefálico
Prematuro
intrauterino  reduzido 

- Baixo Peso
- Risco de - Anemia
ao
Aborto  Materna 
Nascimento
EXEMPLO - CASO CLÍNICO
TRATAMENTO

OBJECTIVOS DO TRATAMENTO DA Tratamento da Malária não complicada por


MALÁRIA
Plasmódio Falciparum
Reduzir a mortalidade

Prevenir as complicações • Tratar crianças com uma das 


• seguintes terapias combinadas à base de
Reduzir a morbilidade artemisina (ACT):
• Arteméter + Lumefantrina (AL);
Eliminar a parasitémia para minimizar a transmissão
• Artesunato + Amodiaquina (AS + AQ);

Limitar a emergência e a expansão de resistência • Dihidroartemisinina + Piperaquina (DHA +


medicamentosa PPQ).
ESQUEMA DE TRATAMENTO COM ARTEMÉTER +
LUMEFANTRINA (20/120MG).
ESQUEMA DE TRATAMENTO COM ARTESUNATO +
AMODIAQUINA (AS+AQ)
ESQUEMA DE TRATAMENTO DIHIDROARTEMISININA
PIPERAQUINA (DHA+PPQ) POSOLOGIA
TRATAMENTO ESPECÍFICO DA MALÁRIA GRAVE/COMPLICADA

O tratamento da Malária grave recomendado para crianças e incluindo grávidas em todos os


trimestres e mulheres em amamentação é:
• Artesunato EV/ IM (tratamento de eleição). 
• Arteméter IM (segunda opção)
• Quinino EV/IM (terceira opção) - Logo que clinicamente o doente fique melhor deve passar-se para a
terapêutica oral com um ACT e completar o tratamento por um período de 3 dias, independentemente do
número de dias que o doente tenha tido a terapêutica com o Artesunato EV, Artemeter ou Quinino.
• Artesunato EV/IM (Adultos e Crianças >20 kg)
• 2,4 mg/kg EV/IM às 0h, às 12h e às 24h e continuar
• 2,4 mg/kg EV/IM diariamente até ao 6.º dia (Total de 7 dias)
• Crianças < 20Kg - utilizar 3mg/kg por peso corporal por dose.
A dosagem dos derivados da Artemisinina não necessita de ajuste na disfunção dos órgãos vitais.
• Arteméter IM (Crianças) - Iniciar no 1º dia com dose de carga de 3,2 mg/Kg de peso e continuar com
dose de manutenção de 1,6 mg/kg de peso durante mais 6 dias (ou passar a via oral segundo o esquema
habitual).
Grávida no primeiro trimestre;

Grávidas no primeiro trimestre com malaria não


TRATAMENTO DA complicada por P. falciparum tratar com Quinino e
MALÁRIA NÃO Clindamicina durante 7 dias;
COMPLICADO POR
PLASMODIUM Neonatos e crianças com menos de 5kg de peso corporal;
FALCIPARUM EM
GRUPOS  ESPECIAIS Tratar neonatos e crianças de peso inferior a 5 kg com
malária não complicada com ACT;

Na mesma dosagem alvo de mg/kg de peso corporal que as


crianças de peso de 5kg.
PREVENÇÃO
CONCLUSÃO
Apesar dos avanços verificados com o aumento da cobertura das acções integradas de
controlo da malária, nomeadamente a gestão adequada de casos, o tratamento
intermitente e preventivo na grávida, a distribuição de redes mosquiteiros, as acções
de controlo vectorial integrado e a pesquisa operacional, a malária continua a ser a
principal causa de morbilidade e de mortalidade em Angola com diferentes níveis de
endemicidade, afectando principalmente grávidas e crianças menores de cinco anos.
Os bebês com menos de 3 meses devem receber atenção médica o mais rápido
possível, pois são mais sensíveis e podem ter a doença agravada rapidamente.
CRIANÇAS acima de 1 ano tem evolução da doença semelhante ao adulto.
É de suma importância que a Malária seja previamente diagnosticada para melhor
tratamento e prevenção das complicações evitando a morte.
GRATOS PELA ATENÇÃO!!

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