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UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS


UNIDADE: DE SEMIOLOGIA MÉDICA 1

Semiologia do Sistema Respiratório

O Orientador:
________________________
Professor Dr. Lopes Martins

Luanda, 2020
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
UNIDADE: DE SEMIOLOGIA MÉDICA
2

Dor Torácica

Autor:
Leyvis Mondovam Gilberto Viongo
Cód.Estudante: 1019632
Turma: MED33

Luanda, 2020
Sumário
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 4

Divisão topográfi ca do tórax .............................................................................................................. 4

BJECTIVOS ........................................................................................................................................... 7

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................................... 8

Conceito .............................................................................................................................................. 8
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Classificação ou caracteristicas da dor torácica .................................................................................. 8

Causas da dor torácica ........................................................................................................................ 8

Fisopatologia da dor torácica .............................................................................................................. 9

Dor nociceptiva ................................................................................................................................... 9

Dor nociceptiva visceral ................................................................................................................... 10

Dor referida ou dor reflexa ................................................................................................................ 10

Dor visceral pulmonar....................................................................................................................... 10

Exames Complementares .................................................................................................................. 10

Tratamento da Dor ............................................................................................................................ 10

Analgésicos opiáceos ........................................................................................................................ 10

Analgésicos não opiáceos ................................................................................................................. 11

Analgésicos adjuvantes ..................................................................................................................... 11

CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 12

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 13
INTRODUÇÃO
Para abordarmos sobre a dor torácica devemos ter noções sobre o toráx e a dor. O
tórax forma a caixa óssea, ou caixa torácica, e acomoda e protege diferentes estruturas: o
coração, os pulmões e espaços pleurais, o mediastino e parte do esôfago. A respiração é
basicamente um ato automático, controlado por centros respiratórios localizados no tronco
encefálico que produzem o impulso neuronal para a ação dos músculos respiratórios. A
inspiração constitui-se em um processo ativo e a expiração, passivo.
Durante a inspiração, o músculo diafragma se contrai, desce e expande a cavidade 4
torácica, comprimindo o conteúdo abdominal; além dele, outros músculos da caixa torácica,
como os escalenos e os intercostais paraesternais, também expandem o tórax. À medida que o
tórax se expande, a pressão intratorácica diminui, o que facilita a entrada do ar da árvore
traqueobrônquica para os sacos aéreos distais. O oxigênio difunde-se para os capilares
pulmonares adjacentes, alcançando o sistema cardiovascular, e é distribuído para os tecidos,
enquanto o dióxido de carbono difunde-se do sangue para os alvéolos e, destes, para os
brônquios, traqueia e meio externo.
Na expiração, a parede torácica e os pulmões retraem-se, e o diafragma relaxa e eleva-
se, passivamente. Enquanto o ar flui para fora do corpo, o tórax e o abdome retornam às suas
posições de repouso.
Qualquer disfunção na oxigenação dos tecidos ou na eliminação do dióxido de
carbono (CO2) pode ter sua origem na falha do sistema respiratório e merece uma
investigação clínica acurada. A doença pulmonar é, frequentemente, identificada pela
presença de tosse, dispneia, produção de escarro, dor torácica, chiado, roncos, estridores e
cianose, e a caracterização minuciosa desses sinais e sintomas principais e aqueles que os
acompanham, descrevendo as condições e o tempo de início, periodicidade de ocorrência,
exposições ocupacionais e ambientais, hereditariedade etc., é importante para orientar o
raciocínio inicial do diagnóstico sindrômico e possibilitar um exame físico focado, utilizando
os métodos propedêuticos adequados e orientando a solicitação apenas dos exames
complementares necessários, uma vez que, comprovadamente, exames laboratoriais e de
imagem contribuem em menos de 30% para o diagnóstico.

Divisão topográfi ca do tórax


Para orientar o exame, favorecer o exato registro dos achados, especificando a região,
e auxiliar em procedimentos de toracocentese e cirurgias, o tórax pode ser dividido, a partir
de pontos anatômicos de referência e linhas imaginárias. Esses marcos anatômicos são: a
incisura supraesternal; o ângulo de Charpy; e o ângulo de Louis ou esternomanubrial,
representado por uma crista óssea horizontal, no mesmo nível do segundo arco costal,
palpado ao se deslizar os dedos indicador e médio, lateralmente ao esterno, e, logo abaixo, o
segundo espaço intercostal. Dessa maneira, é possível identificar, facilmente, as demais
costelas e seus respectivos espaços.
A linha traçada, verticalmente, no centro do esterno é a linha medioesternal, e divide a
região em hemitórax direito e esquerdo.
Ao lado da borda de cada esterno temos a linha paraesternal ou esternal, e através dos
pontos médios das clavículas e em paralelo com a linha medioesternal, a linha
hemiclavicular, de cada lado. Na face lateral do tórax, à direita e à esquerda, três linhas
traçadas verticalmente e paralelas à linha medioesternal dividem a região em três porções:
linha axilar anterior, que desce ao nível da prega axilar anterior; linha axilar posterior, que
desce ao nível da prega axilar posterior; e linha hemiaxilar ou axilar média, a partir do vértice
da axila.
No tórax posterior, a linha medioespinal divide os hemitórax, passando sobre os
processos espinhosos das vértebras, e as linhas escapulares, que passam pelo ângulo inferior
das escápulas e em paralelo à linha medioespinal, sendo demarcadas com os membros
superiores junto ao corpo. 5

As linhas medioesternal e vertebral são precisas, e as demais, estimadas. O tórax é


examinado nas regiões anterior(A), laterais(B) e posterior, sendo as regiões anterior e
posterior divididas em superior, média e inferior.

Segundo Yoshikama e Castro,2015. A dor é uma qualidade sensorial complexa,


puramente subjetiva, difícil de ser conceituada e frequentemente difícil de ser descrita ou
interpretada. De acordo com a International Association for the Study of Pain (IASP), a dor é
atualmente definida como experiência emocional desagradável relacionada a um dano
tecidual real ou potencial. Esta def nição, válida para todos os tipos de dores, quaisquer que
sejam os mecanismos, causa ou duração.
A dor pode ser considerada como um sintoma ou manifestação de uma doença ou
afecção orgânica, mas também pode vir a constituir um quadro clínico mais complexo.
Existem muitas maneiras de se classif car a dor. Considerando a duração da sua manifestação,
ela pode ser de três tipos:
 DOR AGUDA - Aquela que se manifesta transitoriamente durante um período
relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em
tecidos ou órgãos, ocasionadas por infl amação, infecção, traumatismo ou
outras causas. Normalmente desaparece quando a causa é corretamente
diagnosticada e quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido
corretamente pelo paciente. A dor constitui-se em importante sintoma que
6
primariamente alerta o indivíduo para a necessidade de assistência médica.
 DOR CRÔNICA - Tem duração prolongada, que pode se estender de vários
meses a vários anos e que está quase sempre associada a um processo de
doença crônica. A dor crônica pode também pode ser consequência de uma
lesão já previamente tratada.
 DOR RECORRENTE - Apresenta períodos de curta duração que, no entanto,
se repetem com frequência, podendo ocorrer durante toda a vida do indivíduo,
mesmo sem estar associada a um processo específico.
BJECTIVOS
Objectivo Geral :
 Estudar Dor Torácica.

Objetivos específico:
 Descrever generalidades da tematica;

 Identificar a funcionalidade da dor torácica; 7


 Conhecer a fisopatologia da dor torácica.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conceito
A dor torácica é o resultado de comprometimento da parede torácica ou da pleura
parietal, como uma inflamação sendo uma área abundante de fibras nervosas, um dos
problemas mais comuns na clínica médica.

Classificação ou caracteristicas da dor torácica


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Causas da dor torácica


9

Fisopatologia da dor torácica


Não se pode descrever a fisiopatologia da dor torácica sem conhecer só mente o da
dor que inicia nos receptores especiais da dor que se encontram distribuídos por todo o corpo.
Estes receptores transmitem a informação sob a forma de impulsos elétricos que enviam à
medula espinhal ao longo das vias nervosas e depois para o cérebro. Por vezes, o sinal
provoca uma resposta refl exa ao alcançar a medula espinhal; quando isso acontece, o sinal é
imediatamente reenviado pelos nervos motores ao ponto original da dor, provocando a
contração muscular. Isso pode ser observado no refl exo que provoca uma reação imediata de
retrocesso ao tocar em algo quente. O sinal de dor chega também ao cérebro, onde se
processa e é interpretado como dor, e então intervém a consciência individual ao dar-se conta
disso. Os receptores de dor e o seu percurso nervoso diferem segundo as diversas partes do
corpo. É por isso que varia a sensação de dor com o tipo e a localização da lesão. É possível
que a dor sentida em algumas partes do corpo não corresponda com certeza ao local onde
reside o problema, porque pode tratar-se de uma dor reflexa, isto é, provocada noutro sítio. A
dor reflexa acontece quando os sinais nervosos procedentes de várias partes do corpo
percorrem a mesma via nervosa que conduz à medula espinhal e ao cérebro (Segundo
Yoshikama e Castro,2015).
Classificação da dor por seu mecanismo fisiopatológico é bastante extesso, mas só será
mencionado aqueles questão interligado com a dor torácica, que são:

Dor nociceptiva
Compreende dor somática e visceral e ocorre diretamente por estimulação química ou
física de terminações nervosas normais. È o resultado de danos teciduais mais comuns e
frequentes nas situações inflamatórias, traumáticas e invasivas ou isquêmicas.
Dor nociceptiva visceral
A dor visceral difere das dores oriundas de outros tecidos, particularmente a pele.
Distingue-se da dor cutânea, não somente por sua origem, ma stambém pelas respostas
evocadas e as sensações produzidas. Diferente da dor somática, por ser mal localizada e
difusa. Ela se situa frequentemente num local diferente da estrutura de origem, porque é
referida ou projetada em estruturas cutâneas

Dor referida ou dor reflexa


É a dor visceral que é percebida na superfície cutânea distante do órgão 10
comprometido. É também uma dor somática, já que sua manifestação ocorre na superfície do
corpo, porém obedece às leis da organização metamérica que particularizam esse mecanismo
de projeção da dor.

Dor visceral pulmonar


A dor referida que acomete os pulmões se exterioriza através de um refl exo víscero-
sensitivo ou víscero-motor. Quando a patologia situa-se no lobo superior, a repercussão
ocorrerá, frequentemente, por dor ou rigidez do trapézio, peitoral, escaleno e angular da
escápula. O estímulo sai do pulmão à medula pela via simpática e se dirige da medula para os
músculos pelos nervos sensitivos ou motores cérebro-espinhais da via eferente. A dor e a
contratura são tipicamente resultantes de processos agudos, enquanto a atrof a traduz
processos crônicos. Quando o processo patológico acomete o lobo médio direito, pode surgir
dor refl exa no quadrante superior direito do abdômen. Quando acomete o lobo inferior, a dor
pode surgir na fossa ilíaca direita. As dores de origem pulmonar possuem uma intensidade
não comparável a uma dor referida usual, sendo geralmente uma dor surda ou difusa, sendo
comparada à parestesias (sensação de calor, frio, ardor, dormência, peso e tensão). O
parênquima pulmonar parece insensível à dor visceral verdadeira, diferentemente de outros
órgãos.

Exames Complementares
Ray-x

Tratamento da Dor
Existem vários tipos de analgésicos (fármacos que aliviam a dor) que podem
contribuir para controlar a dor. Classificam-se em três categorias: analgésicos opiáceos
(narcóticos), analgésicos não opiáceos e analgésicos adjuvantes.

Analgésicos opiáceos
Os analgésicos opiáceos são muito eficazes para controlar a dor, mas têm muitos
efeitos secundários e, com o tempo, as pessoas que os utilizam podem necessitar de doses
maiores. Antes de se suspender o uso prolongado de analgésicosopiáceos, deve diminuir-se a
dose gradualmente para minimizar o aparecimento de uma síndrome de abstinência.
Analgésicos não opiáceos
Todos os analgésicos não opiáceos são antinflamatórios não esteróides (AINE), com
exceção do paracetamol (acetaminofeno).

Analgésicos adjuvantes
Os analgésicos adjuvantes são fármacos que se administram habitualmente por razões
alheias à dor, mas que podem controlá-la em certas circunstâncias.

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CONCLUSÃO
No entanto deve se ter retido que a dor torácica é um sintoma que pode nos levar a
inumeras patologias que na qual para se diagnosticar no sistema respiratório devemos ser
bastante atento e ter em conta que a semiologia do exame físico dos pulmões compreende as
inspeções estática e dinâmica,seguidas pela palpação, percussão e ausculta, sendo a palpação
e a percussão reservadas para casos específicos, como dor muscular e suspeita de derrame
pleural, respectivamente.

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BIBLIOGRAFIA
1. Yoshikawa, Gilberto Toshimitsu; Castro, Roberto Chaves;Manual de Semiologia
Médica:a prática do exame físico, 2015.
2. Swart, Mark H.; Tratado de Semiologia Medica: História e Exame. 7ª Ed. 2015.
3. Ortiz, Marcio; Protocolo Clínico de dor tarácica. 2010.
4. Júnior, Fernando V. A.; Souza, AspásiaB. G.; Manual de Exame Físico.2019
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