Você está na página 1de 21

UNIDADE CURRICULAR: PEDIATRIA

TEMA: LEPTOSPIROSE

Dezembro 2022
LEPTOSPIROSE

TURMA: MED51

Integrantes:
 Deolinda Gonga 1020324

 Edmila da Silva 1019950

 Érica dos Santos 1020365

 Gisela da Cruz 1020653

 Hermenegilda Calala 1019970

Docente: Andrés Pietro


SUMÁRIO

 Objectivos…………………………………………………………………... 4
 Introdução………………………………………………………………….. 5

 Revisão Bibliográfica……………………………………………… 6-12

 Conceito

 Classificação

 Manifestações Clínicas

 Diagnóstico

 Tratamento

 Prevenção

 Conclusão…………………………………………………………………. 13

 Referências
Bibliográficas…………………………………………………………….14
OBJECTIVOS

 GERAL:
 Falar sobre a leptospirose.

 
 ESPECÍFICOS:

 Descrever a sua classificação e manifestações clínicas;

 Explicar a fisiopatologia da leptospirose;

 Falar do tratamento e da prevenção.


INTRODUÇÃO

A leptospirose é conhecida desde Hipócrates (460 à 377


 aC), quem primeiro descreveu (“corpus médicus”) a
icterícia infecciosa, nefrite infecciosa aguda associada “
tratando-se da doença que ainda hoje é conhecida como
Doença de Weil.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas
áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40%
nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada
às condições precárias de infra-estrutura sanitária e alta
infestação de roedores infectados.
 Segundo o dicionário de Aurélio de língua portuguesa on-line:
A Leptospirose é conceituada como doença causada por
qualquer bactéria do gênero Leptospira, que se origina pelo
contacto com a urina de ratos infectados.
 Porém o dicionário informal: conceitua a leptospirose como
uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave,
causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans. É uma
zoonose (doença de animais) que ocorre no mundo inteiro,
exceto nas regiões polares. Em seres humanos, ocorre em
pessoas de todas as idades e em ambos os sexos. Na maioria
dos casos de leptospirose a evolução é benigna
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

 A leptospirose é primariamente uma zoonose. Acomete


roedores e outros mamíferos silvestres e é um problema
veterinário relevante, atingindo animais domésticos
(cães, gatos) e outros de importância económica (bois,
cavalos, porcos, cabras, ovelhas).

O rato de esgoto é o principal responsável pela
infecção humana, em razão de existir em grande número
e ser próximo dos seres humanos. ( Michelle Sp)
 Segundo Carlos Lins (RJ) o conceitua como doença
infecciosa, febril de início abrupto, inaparente até formas
graves.
Classificação

Pode ser classificada em:


forma anictérica (sem amarelamento da pele): é a forma
mais benigna, com poucos sintomas e auto-limitada e presente
em 90% dos doentes.
Forma ictérica (pele amarelada) ou doença de Weil: forma
mais grave que acomete 10% dos doentes, podendo levar à
morte.
 Fisiopatologia

A Leptospira penetra ativamente por mucosas ou lesões na


pele. Após a penetração no hospedeiro, espalham-se rapidamente
pela via linfática e sanguínea e os principais órgãos alvos são
rins, fígado, cérebro e pulmões. Cerca de 5 a 7 dias após a
infecção, aparecem os primeiros sintomas, que podem diminuir
ou cessar ou podem aumentar ao desenvolver a forma mais
grave da doença. A síndrome da angústia respiratória aguda
(SARA) é a principal causa de morte em pacientes com
leptospirose grave. A liberação de componentes bacterianos
como LPS e fração glicolipoprotéica causam ativação da
resposta imune com agravamento do quadro clínico do paciente.
O
 Manifestações clínicas
 Os principais sintomas da fase precoce são:

 Febre

 Dor de cabeça

 Dor muscular, principalmente nas panturrilhas

 Falta de apetite

 Náuseas/vômitos
 Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose,
ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que
normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença.
Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é a
síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia
(tonalidade alaranjada muito intensa - icterícia rubínica),
insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar.
Pode haver necessidade de internação hospitalar.
 Manifestações na fase tardia:

Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência
renal e hemorragias
Síndrome de hemorragia pulmonar - lesão pulmonar
aguda e sangramento maciço
Comprometimento pulmonar - tosse seca, dispneia,
expectoração hemoptóica
Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA
 As complicações
 Insuficiência renal aguda - não oligúrica e hipocalêmica

 Insuficiência renal oligúrica por azotemia pré-renal

 Necrose tubular aguda

 Miocardite - acompanhada ou não de choque e arritmias por distúrbios


eletrolíticos
 Pancreatite

 Anemia
Distúrbios neurológicos (confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação
meníngea)

 A leptospirose é uma causa relativamente frequente de meningite asséptica.


Raramente ocorrem: encefalite, paralisias focais, espasticidade, nistagmo,
convulsões, distúrbios visuais de origem central, neurite periférica, paralisia de
nervos cranianos, radiculite, síndrome de Guillain-Barré Guillain-Barré e
mielite.
 Diagnóstico

Diagnóstico laboratorial
 Exames específicos
 O método laboratorial de escolha depende da fase evolutiva em que se
encontra o paciente.
 Fase precoce:
 Exame direto
 Cultura
 Detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR)

Fase tardia:
 Cultura
 ELISA-IgM
 Microaglutinação (MAT)
 Esses exames devem ser realizados pelos Lacens, pertencentes à Rede
Nacional de Laboratórios de Saúde Pública.
 Exames inespecíficos
 Hemograma
 Bioquímica (ureia, creatinina, bilirrubina total e frações, TGO, TGP, gama-GT,
fosfatase alcalina e CPK, Na+ e K+)
 Radiografia de tórax
 Eletrocardiograma (ECG)
 Gasometria arterial

Considerando-se que a leptospirose tem um amplo espectro clínico, os
principais diagnósticos diferenciais são:
 Fase precoce – dengue, influenza (síndrome gripal), malária, riquetsioses, doença
de Chagas aguda, toxoplasmose, febre tifóide, entre outras doenças.
Fase tardia – hepatites virais agudas, hantavirose, febre amarela, malária
grave, dengue hemorrágica, febre tifóide, endocardite, riquetsioses, doença de
Chagas aguda, pneumonias, pielonefrite aguda, apendicite aguda, sepse, meningites,
colangite, colecistite aguda, coledocolitíase, esteatose aguda da gravidez, síndrome
hepatorrenal, síndrome hemolíticourêmica, outras vasculites, incluindo lúpus
eritematoso sistêmico, dentre outras.
Tratamento em crianças

Antibioticoterapia é indicada em qualquer fase da doenca, mas sua
eficacia costuma ser maior na primeira semana do inicio dos sintomas
.

 Amoxacilina 50mg/kg/dia de 8/8h por 5 a 7 dias

 Azitromicina caso haja contraindicaçao da amoxacilina e doxicilina)


10mg/kg/dia no primeiro dia 5mg/kg/dia nos proximos dois dias.
 Penicilina G cristalina

 50.000 a 100.000 UI/kg/dia EV dividido em 4 ou 6 doses por 7 dias

 Ampicilina 50 a 100mg/Kg/dia Ev dividido em 1 ou 2 doses por 7 dias

 Ceftriaxona 80 a 100mg/kg/dia ev dividido em 2 a 4 doses por 7 dias


 Prevenção
 A prevenção da Leptospirose ocorre por meio de medidas como:
Obras de saneamento básico (drenagem de águas paradas
suspeitas de contaminação, rede de coleta e abastecimento de
água, construção e manutenção de galerias de esgoto e águas
pluviais, coleta e tratamento de lixo e esgotos, desassoreamento,
limpeza e canalização de córregos), melhorias nas habitações
humanas e o controle de roedores.
Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que
crianças nadem ou brinquem nessas águas. Pessoas que
trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de
esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos
duplos amarrados nas mãos e nos pés).
 A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras e
deve ser utilizada para desinfetar reservatórios de água: um litro de
água sanitária para cada 1.000 litros de água do reservatório. Para
limpeza e desinfecção de locais e objetos que entraram em contato
com água ou lama contaminada, a orientação é diluir 2 xícaras de
chá (400ml) de água sanitária para um balde de 20 litros de água,
deixando agir por 15 minutos.
 Controle de roedores - acondicionamento e destino adequado do lixo,
armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de
caixas d´água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes,
etc. O uso de raticidas (desratização) deve ser feito por técnicos
devidamente capacitados.

Ações de prevenção em situações emergenciais
CONCLUSÃO

Ao fim deste trabalho de investigação científica fazemos


as seguintes considerações finais, lectospirose é uma
doença infecciosa, febril, aguda potencial grave.
Causada por qualquer bactéria do gênero leptospira, que
se origina pelo contacto com a urina de rato infectado.
Pode ser classificada em Forma anictérica  que é a forma
benigna com poucos sintomas autolimitada e presente
em 90%dos doentes.  E forma icterícia ou doença de weil
que é a forma mais grave que acomete 10% dos doentes,
podendo levar a morte.
OBRIGADA!

Você também pode gostar