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Introdução......................................................................................................................................2
Objectivo.........................................................................................................................................2
Leptospirose.....................................................................................................................................3
Tratamento da leptospirose..............................................................................................................5
Prevenção da leptospirose................................................................................................................6
Conclusão........................................................................................................................................7
Referencias Bibliográficas.............................................................................................................8
Introdução
Objectivo
Este trabalho foi desenvolvido com o objectivo de reunir conceitos actualizados sobre a
leptospirose humana e as principais técnicas de diagnóstico laboratorial empregado, ampliando a
compreensão a respeito da doença e do seu agente, além de fornecer informações importantes
sobre a escolha do melhor método diagnóstico levando em consideração a característica bifásica
da doença em humanos.
Leptospirose
A família das espiroquetas distingue-se pela forma helicoidal das bactérias. As espiroquetas
patogênicas são Treponema, Leptospira e Borrelia. Tanto Treponema como Leptospira são
muito finas para serem visualizadas usando microscopia de campo claro, mas são claramente
vistas usando microscopia de campo escuro ou de fase. Borrelia são mais espessas e também
podem ser coradas e visualizadas usando microscopia de campo claro.
Leptospirose, uma zoonose que ocorre em muitos animais domésticos e selvagens, pode
provocar doença inaparente ou grave, até mesmo doença fatal em seres humanos. Infecções
humanas são raras nos EUA.
A síndrome de Weil (leptospirose ictérica) é uma forma grave, com icterícia causada por
hemólise intravascular e, geralmente, azotemia, anemia, diminuição de consciência e febre
contínua. O início é semelhante para as formas menos graves. Porém, manifestações
hemorrágicas, que incluem epistaxes, petéquias, púrpura e equimoses decorrentes de dano
capilar, aparecem e raramente progridem para hemorragia subaracnoide, adrenal, ou
gastrintestinal. Trombocitopenia pode ocorrer. Sinais de disfunção hepatocelular e renal
aparecem do 3º ao 6º dia. Anormalidades renais incluem proteinúria, piúria, hematúria e
azotemia. O dano hepático é mínimo e a cura é completa.
A mortalidade é nula em pacientes anictéricos. Na icterícia, a taxa de casos fatais é de 5 a 10%
(até 40% nos casos graves); é mais alta em pacientes > 60 anos.
Diagnóstico da leptospirose
Hemoculturas
Exames sorológicos
Punção lombar é obrigatória quando são encontrados sinais de irritação meníngea; a contagem
de células no líquido cerebrospinal permanece entre 10 e 1.000 células/microL (0,01-1 × 10 9/L)
e normalmente < 500 células/microL (< 0,5 × 10 9/L), com predomínio de mononucleares. A
glicose no líquido cerebrospinal é normal; a proteína é < 100 mg/dL (1 g/L).
Em geral, a contagem de leucócitos é normal ou ligeiramente elevada no sangue periférico,
mas pode alcançar 50.000/microL (50 × 10 9/L) em pacientes gravemente enfermos com
icterícia.
O diagnóstico também é confirmado por:
Tratamento da leptospirose
Penicilina
Doxiciclina
Terapia antibiótica é mais eficaz quando iniciada no começo da infecção.
Na doença grave, recomenda-se um dos seguintes:
Penicilina G 1,5 milhões de unidades IV a cada 6 horas durante 7 dias
Ampicilina 500 mg a 1000 mg IV a cada 6 horas por 7 dias
Ceftriaxona 1 g IV a cada 24 h por 7 dias
Nos casos graves, cuidados de suporte, incluindo líquidos e terapia eletrolítica e, às vezes,
terapia de reposição renal e/ou transfusão de sangue, também são importantes.
O isolamento do paciente não é necessário, mas a urina deve ser manipulada e dispensada
cuidadosamente.
Prevenção da leptospirose
Para prevenir a doença, administra-se doxiciclina, 200 mg, por via oral, 1 vez por semana, 1 a
2 dias antes e durante todo o período de exposição geográfica conhecida.
Conclusão
A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial, que pode levar ao óbito, quando ocorrem
manifestações mais severas. Com o intuito de melhorar o prognóstico dos pacientes e iniciar o
tratamento adequado, muitos estudos têm sido conduzidos para o desenvolvimento de técnicas
mais simples e rápidas, que permitam o diagnóstico precoce e acurado da leptospirose.
Todas as técnicas conhecidas até o momento precisam ser comparadas à MAT, que permanece
como o teste padrão-ouro, reconhecido pela OMS. Contudo, por ser uma técnica complexa e
laboriosa, torna-se inviável em locais sem a infra-estrutura dos centros de referência.
Além disso, o conhecimento das técnicas disponíveis e a viabilidade do uso de cada uma delas,
no contexto logístico do laboratório disponível para o diagnóstico, reflecte um melhor manejo de
insumos, equipamentos e mão-de-obra especializada, o que implicará a rapidez e melhoria do
diagnóstico bem como a brevidade do tratamento deste agravo nos casos positivos, como
também a redução dos índices de óbitos por essa enfermidade em nosso país.
Referencias Bibliográficas
1. Costa F, Hagan JE, Calcagno J, Kane M, Torgerson P, Martinez-Silveira MS, et al.
Global morbidity and mortality of leptospirosis: A systematic review. PLoS Negl Trop
Dis. 2015; 9(9): e0003898.
2. BRASIL. Casos Confirmados de leptospirose de 2007 a 2019. 2020. Disponível em:
<http://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/07/casos-conf-lepto-2007-
2019.pdf> acessado em: 03/01/2021.
3. Faine S, Adler B, Bolin C, Perolat P. Leptospira and leptospirosis. 2nd ed. Melbourne,
Australia: Medsci; 1999.
4. Casanovas-Massana A, Costa F, Riediger IN, Cunha M, Oliveira D, Mota DC, et al.
Spacial and temporal dynamics of pathogenic Leptospira in surface waters from the urban
slum environment. Water Research. 2018; 130: 176- 184.