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DOENÇAS DE

BACTÉRIANAS
BIOLOGIA
LUIZA EVANGELISTA 2AUT
RAFAELA LOURENÇO DOS REIS 2 AUT
LEPTOSPIROSE
• A leptospirose, ou doença do xixi de rato, é causada pela bactéria
Leptospira interrogans
• É uma zoonose (doença de animais) que ocorre no mundo inteiro e afeta
pessoas de todas as idades e de ambos os sexos.
• Esta zoonose acomete roedores e, de forma menos frequente, mamíferos
silvestres, animais domésticos; e outros de importância econômica, como
bois, cavalos, porcos, cabras e ovelhas.
• Estes, ao urinar, liberam leptospiras vivas, que podem contaminar a água e
o solo. É por tal motivo que surtos desta doença tendem a ocorrer em
épocas de enchente.
• Rede de esgoto precária, falta de drenagem da água das chuvas, coleta de
lixo inadequada e inundações são condições favoráveis para o
aparecimento de epidemias.
• A infecção pode ser por via cutânea, por meio de ferimentos e fissuras; ou
pelas mucosas do nariz ou da boca, principalmente pela ingestão de água e
alimentos contaminados. O período médio de incubação da doença é de
dez dias.
• Os sintomas, que aparecem entre dois a trinta dias após a infecção, incluem
febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos,
aumento do fígado, hemorragias, lesões na pele e problemas respiratórios
• Meningite e complicações renais e hepáticas podem se manifestar, com
condições de levar o indivíduo a óbito - aproximadamente 20% dos doentes
infectados.
• O diagnóstico da doença não é fácil, em razão da variedade de sintomas
comuns em outros quadros clínicos. Excluída a manifestação de outras
doenças, a leptospirose é confirmada por meio de testes sorológicos.
• O tratamento é feito com antibióticos, como a doxiciclina ou a penicilina.
Em caso de dor e febre, não se utiliza medicamentos como ácido
acetilsalicílico, pois podem aumentar o risco de sangramentos.
• Quanto à prevenção, deve-se evitar contato com águas de esgoto,
enchentes e alagamentos, bem como o contato com o solo sem luvas e
botas de borracha. Também é importante não deixar lixo acumulado em
casa e nas proximidades, para não atrair roedores. Os animais domésticos
devem ser vacinados duas vezes ao ano e, caso seja constatada a doença
em algum deles, é necessário informar a vigilância sanitária.
PNEUMONIA
• A pneumonia é uma inflamação dos pulmões que pode ser desencadeada por
diferentes agentes e produz sinais e sintomas respiratórios.
• A pneumonia apresenta diferentes causas, podendo ser desencadeada por
agentes infecciosos ou ser consequência de processos alérgicos, sendo, nesse
caso, provocada por agentes como fumaça e produtos químicos. Dentre os
agentes infecciosos, podemos destacar as infecções virais, as bacterianas e as
fúngicas. Na maioria dos casos, no entanto, a doença costuma ser causada por
uma bactéria, o Streptococcus pneumonia e (também chamada de
pneumococo).
• pode ser classificada de diferentes formas, sendo uma dessas
classificações a divisão da pneumonia em dois tipos: a hospitalar e a
adquirida na comunidade.
• A pneumonia adquirida no hospital ou hospitalar é uma complicação
frequente em pacientes hospitalizados, sendo esse problema considerado a
segunda causa de infecção em pacientes nessas condições. Ela se
manifesta clinicamente após 48 horas da internação ou em menos de 48
horas após a alta do hospital.
• A pneumonia adquirida na comunidade, por sua vez, é aquela infecção que
ocorre em indivíduos sem que haja relação com o ambiente hospitalar.
Nesse caso, ela se manifesta clinicamente na comunidade ou em até 48
horas de uma internação.
• Frequentemente a pneumonia é associada com a gripe, sendo uma
complicação grave dessa virose. Nesses casos, o que ocorre normalmente
é o comprometimento dos sistemas de defesa, facilitando a ação de
organismos causadores de pneumonia, como o pneumococo. O vírus Sars-
Cov-2, causador da COVID-19, pode ser responsável também por causar a
pneumonia.
• De acordo com o Ministério da Saúde, a pneumonia pode ser transmitida
pelo ar, saliva, secreções e até mesmo por transfusão de sangue.
• A pneumonia é uma doença que afeta os pulmões, desencadeando
problemas como tosse, produção de muco, falta de ar e dores no tórax, as
quais podem ser intensificadas com uma respiração profunda. Além disso,
a pneumonia provoca febre alta, calafrios, alterações na pressão arterial,
perda de apetite, mal-estar e fraqueza.
• A pneumonia é diagnosticada analisando-se os sintomas do paciente,
realizando a auscultação dos pulmões (verificação de ruídos pulmonares) e
por meio de radiografia do tórax. Exames complementares podem ser
realizados para identificar o agente causador do problema.
• Como a pneumonia pode ser ocasionada por diferentes agentes, o tratamento
varia de acordo com a causa. Nas pneumonias causadas por bactérias, por
exemplo, o tratamento baseia-se no uso de antibióticos, tais como
amoxicilina e azitromicina.
• A pneumonia pode ser prevenida com a adoção de algumas medidas simples,
tais como lavar as mãos, evitar aglomerações, não fumar (o fumo facilita a
penetração de agentes infecciosos), fazer a correta higienização do ar-
condicionado e se vacinar.
COQUELUCHE
• A coqueluche é uma doença extremamente contagiosa provocada pelas
bactérias Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis que ao entrar no
organismo permanece incubada até 14 dias.
• Se desenvolvem no nariz, boca e garganta e após tal período de incubação
invade o aparelho respiratório liberando nele suas toxinas produzidas que
fazem com que haja superprodução do muco, impede a fagocitose e
desregula a ação das células que fazem a fagocitose (macrófagos).
• É transmitida duas semanas antes até três semanas depois do início da tosse
após uma pessoa doente espirrar, falar ou tossir. Também pode se contrair a
doença quando compartilha-se lençóis, copos e outros objetos pessoais.
• É transmitida duas semanas antes até três semanas depois do início da tosse
após uma pessoa doente espirrar, falar ou tossir. Também pode se contrair a
doença quando compartilha-se lençóis, copos e outros objetos pessoais.
• Se manifesta em três fases: catarral que dura até 14 dias, paroxística que dura
até 6 semanas e fase de convalescença que permanece por até 3 semanas.
• Sintomas
Inflamação dos brônquios, febre baixa, tosse seca, coriza, espirros, vômito,
sudorese, expectoração e posteriormente com a agravação da doença manifesta
perda de consciência, convulsão, pneumonia, encefalite, lesões cerebrais, óbito.
• Tratamento
O tratamento utiliza antibióticos para combater as bactérias, onde
normalmente utiliza-se a eritromicina já que é eficaz e pouco tóxica. Neste
caso, o emprego de imunoglobulina humana ainda não é comprovadamente
eficaz.
É importante descansar muito, ingerir bastante líquidos, utilizar oxigênio e
sedativos leves para controlar crises de tosse.
• Prevenção
A doença pode ser prevenida através da vacina tríplice que é administrada na
criança com dois meses de vida com reforços subsequentes. Se uma pessoa
sã for exposta a um doente deve procurar auxílio médico para que este
prescreva antibióticos para prevenir a doença.
SÍNDORME DO CHOQUE TÓXICO
• A Síndrome do Choque Tóxico (SCT) é um processo conhecido,
principalmente, por sua ocorrência em mulheres que fazem uso de
tampões menstruais. Esse processo inflamatório grave é induzido por
toxinas produzidas por algumas bactérias.
• As bactérias causadoras da STC que merecem destaque são
Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes.
• No caso dos tampões, acredita-se que a SCT ocorra devido à proliferação
de bactérias nesses locais quando os absorventes ficam grandes períodos
na vagina da usuária. Por essa razão, é essencial trocar os tampões com
frequência durante o período menstrual. Além disso, estudos apontam que
as fibras que formam o absorvente interno podem causar lesões na vagina
da mulher, facilitando a entrada de bactérias na corrente sanguínea.
• Entretanto, hoje se sabe que esse processo inflamatório pode ocorrer em
outros locais e por diferentes causas. Entre as principais situações clínicas
que determinam o surgimento dessa grave síndrome, podemos citar
queimaduras, lesões na pele, feridas operatórias e infecções respiratórias.
• A SCT é um processo infamatório grave que apresenta um curso clínico
bastante rápido e progressivo. Se não tratado adequadamente e de maneira
rápida, pode levar à morte em poucas horas, em consequência da falência
cardiocirculatória e renal.
• Várias são as manifestações clínicas que podem indicar a ocorrência da
SCT, como febre alta, dor severa e abrupta, hipotensão, aparecimento de
erupções cutâneas vermelhas, conhecidas como exantema, descamação dos
pés e mãos e comprometimento muscular. Podemos citar ainda sintomas
gastrointestinais e hiperemia (congestão sanguínea) faríngea e conjuntival.
• O diagnóstico da SCT deve ser feito de maneira rápida para evitar
complicações graves. O médico inicialmente analisa os sinais e sintomas do
paciente, e o diagnóstico é principalmente clínico. Ele deve também colher
amostras dos locais em que há suspeita de infecção para poder identificar o
que está causando essa síndrome. A identificação do agente é importante
para escolher a melhor terapia a ser adotada.
Existe, sim, tratamento para a SCT, e sua eficiência é relativamente associada à
rapidez do diagnóstico. De uma maneira geral, adota-se uma terapia
antimicrobiana, a qual dura, em média, duas semanas, a depender do estado do
paciente.
FEBRE MACULOSA
• A febre maculosa é uma doença febril grave que é transmitida pela picada de
carrapato. Se não tratada, causa a morte em 80% dos casos.
• A febre maculosa é uma doença febril causada por bactérias do gênero Rickettsia. A
febre maculosa brasileira é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, uma
espiroqueta (bactéria com formato helicoidal) gram-negativa (cora-se de vermelho
quando submetida à coloração de Gram).
• Os vetores da febre maculosa são algumas espécies de carrapatos. No Brasil, os
principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, principalmente o A.
cajennense, conhecido como carrapato-estrela. Além de atuar como vetores, os
carrapatos são reservatórios da bactéria, já que a transmitem aos seus descendentes.
• A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato contaminado. Para
que a transmissão aconteça, o carrapato deve ficar aderido à pele por um
período de quatro a cinco horas. Alguns autores afirmam que, para que
ocorra a transmissão, são necessárias de seis a dez horas. Vale destacar que
uma pessoa doente não transmite a febre maculosa para outra pessoa.
• O período de incubação da febre maculosa (tempo decorrido entre o contato
com a bactéria e os primeiros sintomas) é de 2 a 14 dias. O início da doença
é súbito, e os sintomas iniciais são febre alta, dores musculares, dor de
cabeça, náusea, vômito, manchas vermelhas pelo corpo e mal-estar. Esses
sintomas são pouco específicos e podem causar um atraso no diagnóstico.
• A doença pode evoluir para casos mais graves, causando edema nas pernas,
aumento do fígado e baço, insuficiência renal, edema pulmonar, tosse,
meningites e manifestações hemorrágicas. O paciente pode ter ainda
confusão mental, convulsões e chegar ao coma profundo.
• O diagnóstico da febre maculosa é feito com exames, uma vez que os
sintomas são pouco específicos. O exame mais utilizado é a reação de
imunofluorescência indireta, que busca identificar anticorpos contra a doença.
• O tratamento deve ser iniciado mesmo sem confirmação laboratorial do caso,
bastando apenas a suspeita da doença. O tratamento iniciado nos primeiros
dias da doença apresenta maior chance de sucesso. Por ser causada por uma
bactéria, o tratamento da febre maculosa baseia-se no uso de antibióticos.
FEBRE TIFÓIDE
• A febre tifoide é uma doença infecciosa, transmissível e desencadeada
pela bactéria Salmonella enterica sorotipo Typhi.
• A doença, que apresenta gravidade variável, está relacionada diretamente
com as condições de saneamento básico em uma região e com os hábitos
de higiene de cada indivíduo.
• Assim sendo, sua incidência é maior em áreas associadas a baixos níveis
socioeconômicos, ocorrendo, no Brasil, um maior número de casos nas
regiões Norte e Nordeste.
• É uma doença transmissível que acomete com maior frequência as pessoas
com idade entre 15 e 45 anos.
• Após a ingestão de água ou alimentos contaminados pela bactéria, esta
atravessa o epitélio intestinal e alcança a corrente sanguínea, espalhando-se
pelo corpo todo, acometendo diferentes órgãos. A doença manifesta-se cerca
de três semanas após a infecção.
• A febre tifoide provoca sintomas como febre alta, mal-estar, dor de cabeça,
dores abdominais, falta de apetite, manchas rosadas no corpo, prisão de ventre
ou diarreia, tosse seca, bradicardia relativa (frequência cardíaca menor do que
a esperada para uma determinada situação) e aumento do baço. Em crianças o
quadro clínico tende a ser menos severo que nos adultos.
• A febre tifoide é diagnosticada com base na análise dos sintomas do paciente e
por meio de exames laboratoriais, como a hemocultura, coprocultura,
mielocultura e urocultura.
• A febre tifoide é uma doença bacteriana que necessita de tratamento
imediato com a administração de antibióticos.
• Quando a doença é diagnosticada de maneira precoce e o tratamento é
iniciado rapidamente, as chances da doença se manifestar de maneira leve
são maiores, e os riscos de complicações sérias são reduzidos. Casos leves
são geralmente tratados em casa, enquanto casos mais graves necessitam
de internação para a administração de injeções de antibióticos.
• É importante destacar que o paciente deve fazer uso dos antibióticos
seguindo rigorosamente a recomendação do médico, obedecendo horário e
dosagem. É fundamental também que o tratamento não seja interrompido,
mesmo que a pessoa se sinta melhor.
• Como a febre tifoide é transmitida pela via fecal-oral, uma das principais formas
de prevenir-se da doença é adotando hábitos adequados de higiene pessoal. Lavar
as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de preparar os
alimentos e fazer as refeições; lavar bem utensílios utilizados no preparo dos
alimentos; alimentar-se em locais limpos; lavar bem os alimentos, em especial
aqueles ingeridos in natura; e beber apenas água tratada e acondicionar
adequadamente os alimentos são algumas das formas de prevenção da doença.
• Outro ponto importante diz respeito ao saneamento básico. Investimentos nessa
área são essenciais para a melhoria da qualidade de vida da população.

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