Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A maioria deles é aquático de vida livre, mas alguns são parasitas e vivem dentro do corpo de
outros seres vivos, inclusive dos humanos.
Por serem eucariontes, apresentam núcleo individualizado e sua única célula exerce todas as
funções que normalmente há nos multicelulares: respiração, excreção e reprodução.
Uma característica típica de suas células é a presença de vacúolos contráteis ou pulsáteis, com
função de realizar regulação osmótica.
Um tipo bastante comum de classificação dos protozoários usa como critério o modo de
locomoção desses seres no meio aquático.
Os flagelados, por sua vez, utilizam como meio de locomoção os flagelos, como é o caso do
Tripanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.
2- DISENTERIA
A disenteria não é uma doença, mas um sintoma de uma doença potencialmente letal. O
termo refere-se a qualquer caso de diarreia sanguinolenta infecciosa, um flagelo que mata
centenas de milhares de pessoas em todo o mundo a cada ano. A maioria das vítimas vive em
áreas em desenvolvimento com falta de saneamento, mas casos esporádicos podem surgir em
qualquer parte do mundo.
Tanto na diarreia como na disenteria ocorre uma perda de água e eletrólitos, que resulta no
aumento do número de evacuações. ... "A disenteria é resultado de um processo inflamatório
intestinal intenso que provoca, geralmente, lesão das células intestinais e o consequente
aparecimento de sangue nas fezes"
Causa
Disenteria é uma infecção do intestino grosso que causa diarreia severa com muco e sangue,
juntamente com cólicas e dores abdominais. Normalmente é provocada por água ou alimentos
contaminados. A disenteria pode ter origem bacteriana, sendo as bactérias dos gêneros
Shigella, Campylobacter e Salmonella as mais comuns. Existe também a disenteria amebiana,
causada pela ameba Entamoeba histolytica.
Sintomas
Disenteria amebiana: diarreias com muito muco e sangue. Se o paciente não receber
tratamento nos primeiros dias, ao final de cerca de 3 semanas a doença ficará mais intensa,
com o agravamento do quadro, com a presença de hemorragias intestinais, desnutrição e
desidratação. Outros sintomas incluem vômitos, náuseas e perda de apetite. Dependendo do
parasita podem ocorrer ou não sangue e muco nas fezes e o volume das fezes pode variar.
Disenteria bacteriana: os sintomas mais comuns incluem febre elevada, cefaleia, cólica
abdominal e uma diarreia aquosa e abundante. Os sintomas duram por volta de 3 a 7 dias e
podem desaparecer sozinhos. A intensidade dos sintomas e sua duração vão depender do
micro-organismo responsável e das condições físicas do paciente. Uma complicação frequente
é a desidratação, ocasionada pela perda de líquidos na diarreia e vômitos. O período de
convalescença dura em torno de um mês.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado com uma amostra de fezes para se identificar o agente patogênico
(bactérias ou amebas). Em alguns casos pode-se ser necessário realizar uma ecografia para
visualização do fígado. Exame de sangue pode ser necessário para identificar anticorpos
Tratamento
Prevenção
Lavar as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes das refeições. Ao manusear ou
cozinhar alimentos, deve-se lavar as mãos. As roupas do paciente infectado devem ser lavadas
com água quente para eliminar os agentes infecciosos.
3- Leishmaniose Tegumentar (LT)
A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na
pele e mucosas das vias aéreas superiores. A doença é causada por protozoários do gênero
Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de
LT. A doença é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de flebotomíneos (espécie
de mosca) infectadas.
TRANSMISSÃO
SINTOMAS
a) Leishmaniose cutânea
A lesão mede de alguns milímetros até alguns centímetros, tem uma consistência endurecida
com bordas elevadas e um fundo avermelhado que pode conter secreções. Quando há
infecção bacteriana associada pode causar dor local e produzir uma secreção purulenta.
Além da tradicional ferida localizada, a forma de apresentação das lesões pode variar, de
acordo com o tipo de protozoário responsável e com a imunidade da pessoa, podendo surgir
também como caroços disseminados pelo corpo ou infiltrações na pele, por exemplo.
DIAGNÓSTICO
Dessa forma, também pode ser necessário fazer um exame de diagnóstico para o qual há
algumas opções, como o teste reativo na pele para leishmaniose, chamado de
Intradermorreação de Montenegro, o exame de aspiração ou biópsia da lesão, para identificar
o parasita, ou os exames de sangue, ELISA ou PCR.
TRATAMENTO
PREVENÇÃO
∙ População humana: adotar medidas de proteção individual, como usar repelentes e evitar a
exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este
habitualmente possa ser encontrado;
∙ Vetor: manejo ambiental, por meio da limpeza de quintais e terrenos, para evitar o
estabelecimento de criadouros para larvas do vetor;
4- TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário
chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Homens e
outros animais também podem hospedar o parasita.
A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas não se
transmite de uma pessoa para outra.
Seu diagnóstico é feito levando em conta exames clínicos e exames laboratoriais de sangue.
Sintomas
* Febre;
* Cansaço;
* Dores no corpo;
* Dificuldade para enxergar que pode evoluir para cegueira; * Lesões na retina.
Tratamento
Disseminada da doença pode envolver retina, pulmões, cérebro, pele, músculos, fígado e
coração.
Pacientes com Aids requerem tratamento e atenção especial para controlar a progressão da
depressão imunológica associada à doença.
Recomendações
* Tenha cuidado com a higiene das mãos e dos utensílios de cozinha quando estiver lidando
com alimentos;
5- GIARDÍASE
Além do ser humano, a giardíase pode afetar também cães, gatos, gado e roedores, dentre
outros.
Causas
A giardíase é causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia, transmitido pela ingestão dos
cistos oriundos das fezes de indivíduos contaminados, os quais podem estar presentes na
água, no alimento ou nas mãos. Eles também podem ser transportados por moscas e baratas e
transmitidos por sexo anal desprotegido. É discutível se a transmissão da Giardia lamblia pode
se dar pelo contato próximo entre duas pessoas ou com animais domésticos. O cisto da Giardia
lamblia pode durar até dois meses fora do organismo humano ou animal.
Sinais e sintomas
∙ Fraqueza.
∙ Dor abdominal.
∙ Febre baixa.
∙ Náuseas e vômitos.
∙ Perda de peso.
∙ Cólicas abdominais.
Diagnóstico
Nenhum método diagnóstico para giardíase é 100% preciso. O diagnóstico clínico pode ser
difícil, embora haja certos sintomas sugestivos. Um diagnóstico mais aproximado pode ser
feito via exame de fezes ou, em casos raros, através de aspiração de líquido ou biópsia
duodenal. O exame de fezes nunca detecta giardíase em pessoas que não têm a doença, mas
naquelas que têm, só é positivo em cerca de 73% dos casos. Outro exame é a pesquisa de
anticorpos nas fezes. O teste ELISA mostra anticorpo para a Giardia lamblia em 95%, mas há
cerca de 2% de casos falso-positivos.
Tratamento
O tratamento da giardíase pode ser feito com o uso de fármacos adequados. Medicamentos
anti-infecciosos podem ser usados. As taxas de cura são geralmente maiores do que 80%. A
resistência as drogas pode ser um fator para a falha do tratamento, exigindo, as vezes, uma
alteração no tratamento com antibióticos.
Habitualmente, a giardíase é uma doença autolimitada e cerca de 85% das pessoas param de
apresentar sintomas, geralmente em menos de um mês.
∙ Lavar bem as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais, antes de comer
ou preparar alimentos.
∙ Beber apenas água tratada filtrada ou fervida e higienizar os alimentos antes do consumo.
6- DOENÇA DE CHAGAS
Doença causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de
um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro. O nome do parasita foi dado por seu
descobridor, o cientista Carlos Chagas, em homenagem ao também cientista Oswaldo Cruz.
Segundo os dados levantados pela Sucen, esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das
casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e
embaixo de pedras.
Transmissão
A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que
se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado (gambás ou
pequenos roedores). A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes
eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou.
Sintomas
∙ Febre,
∙ mal-estar,
∙ inflamação
Com frequência, a febre desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que
lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos.
Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença, 20,
30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina.
Meningite e encefalite são complicações graves da doença de Chagas na fase aguda, mas são
raros os casos de morte.
Evolução
A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem
resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras.
O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de
um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de
zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados.
Tratamento
A medicação é dada sob acompanhamento médico nos hospitais devido aos efeitos colaterais
que provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês. O efeito do medicamento costuma
ser satisfatório na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na
fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da
doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações.
Recomendações
* Como não existe vacina para a doença de Chagas, os cuidados devem ser redobrados nas
regiões onde o barbeiro ainda existe, como o vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais,
e em algumas áreas do nordeste da Bahia;
* Pessoa que esteve numa região de transmissão natural do parasita deve procurar assistência
médica se apresentar febre ou qualquer outro sintoma característico da doença de Chagas;
* Portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue;
7- CONCEITO DE FUNGOS
Além de heterotróficos, os fungos são seres eucarióticos e podem ser unicelulares, como no
caso das leveduras, ou multicelulares, como os cogumelos. Os fungos possuem um papel
ecológico muito importante também desempenhado por algumas bactérias: a decomposição.
Economicamente, os fungos são usados para as mais variadas funções. As leveduras, por
exemplo, são utilizadas na fabricação de pão, vinhos e cerveja em face de capacidade de
fermentação. Existem também fungos comestíveis, como é o caso do champignon. Alguns
fungos são usados ainda na fabricação de antibióticos, como é o caso do Penicillium utilizado
na produção de penicilina, e como repositores da flora intestinal.
Alguns fungos são parasitas e podem causar doenças, que genericamente são chamadas de
micoses.
Micoses Cutâneas
As infecções fúngicas que afetam a pele dos seres humanos podem ser superficiais ou
profundas. Trataremos das superficiais, que acometem a epiderme, as membranas mucosas,
cabelos e unhas. Os tipos mais comuns de micoses superficiais são as dermatofitoses ou tinea,
a pitiríase versicolor e as candidíases.
O quadro clínico inicial mostra quebra de cabelos e alopecia parcial. No caso de inflamação,
pode haver a presença de pústulas, supuração e formação de kerion (abaulamento doloroso,
infiltrado e endurecido), que denota intensa sensibilização do indivíduo à presença do fungo.
O exame dos fios de cabelo sob microscópio, após tratamento com hidróxido de potássio,
revela a presença de esporos fora da haste. A realização de cultura para pesquisa do agente
etiológico é recomendada tanto para definição do tratamento quanto para acompanhamento
e critério de cura.
É muito importante lembrar que as tineas são causadas por dermatófitos e não por espécies
de Candida (exceto a Tinea cruris). Desta forma, o uso de cremes com nistatina não são
apropriados nesses casos. Cremes disponíveis comercialmente à base de isoconazol, ciclopirox,
clotrimazol, cetoconazol e oxiconazol.
Apesar dos sintomas e sinais melhorarem após 7 a 10 dias do início do tratamento, o uso
prolongado da medicação tópica evita recidivas. Essa duração de tratamento garante a cura
clínica e microbiana. Se isso não ocorrer, é provável que seja necessário uso de medicação
sistêmica, por se tratar de infecção mais extensa.
Pitiríase versicolor: É uma micose superficial extremamente comum, que afeta principalmente
adolescentes e adultos jovens. Caracteriza-se pela presença de múltiplas placas ovais,
descamativas, de cores variadas, dependendo da cor do paciente. As lesões se localizam no
pescoço, na face, nas costas e nos membros superiores. São causadas pelo fungo Pityrosporum
orbiculare, que existe na pele normal. O tratamento tópico prolongado (acima de 2 meses)
com cremes antifúngicos e xampus pode ser suficiente.
Candidíases ou sapinho: É uma micose aguda ou crônica da pele, das membranas mucosas e,
ocasionalmente, de órgãos internos. A espécie mais comum envolvida nesses quadros é a
Candida albicans. Existem fatores que predispõem a infecção por cândida, dentre eles
diabetes, Síndrome de Down, leucemias, uso de antibióticos sistêmicos, corticoides e
imunossupressores. Neonatos são fisiologicamente suscetíveis à candidíase, principalmente
oral.
A candidíase oral (sapinho) é adquirida pelo neonato durante o parto, através da passagem
pelo canal vaginal. O quadro clínico se caracteriza pela presença de placas esbranquiçadas,
friáveis, sobre base inflamatória, em toda cavidade oral, língua e palato.
No período neonatal, podem ocorrer duas formas de candidíase: uma forma congênita, em
que as lesões estão presentes no nascimento ou nos primeiros dias de vida, e uma forma
cutânea do neonato, que surge mais tardiamente. A forma congênita é adquirida
intrauterinamente, enquanto a última ocorre após a passagem pelo canal de parto. Em geral,
evolui bem, sem sintomas constitucionais. No entanto, deve-se estar atento aos pacientes
prematuros ou com outros quadros associados para uma eventual disseminação sistêmica do
quadro.
Na candidíase de início mais tardio, as lesões acometem a região perineal, genital, suprapúbica
e as coxas. Classicamente, a pele da região envolvida apresenta eritema vivo e pústulas na
borda da lesão, com lesões satélites.
Micoses Subcutâneas
As micoses subcutâneas geralmente começam quando esporos são inoculados ao ferir-se com
plantas, madeira, pedras ou terra. São mais comum nas extremidades, algumas podem crescer
a ponto de deformar ossos e articulações. São mais comuns entre homens jovens que
trabalham como agricultores, jardineiros ou entre crianças que brincam com terra e plantas.
Endêmicas de lugares tropicais ou subtropicais e úmidas.
∙ Eumicetoma ou micetoma fúngico: Causada por fungos Ascomycota, representam 40% dos
micetomas. Na América do Norte geralmente é causado por Pseudallescheria, na América do
sul por Madurella, na África por Leptosphaeria, enquanto Acremonium é comum em todo
hemisfério norte. Mais de 20 espécies de fungos causam eumicetomas. Formam grânulos
brancos, marrons, amarelos ou negros dependendo da espécie e crescem lentamente,
endurecendo a pele e secretando pus. Eventualmente podem deformar ossos, articulações e
músculos e exigir amputação.
∙ Lobo micose ou doença de Lobo: Causada por Loboa loboi. Começa como um nódulo duro de
tecido conjuntivo, como um queloide, que crescem durante anos formando placas bolhosas
que podem ulcerar, deixar grandes cicatrizes e deformar membros.
8- CONCEITO DE HELMINTOS
A Helmintologia é o ramo da zoologia que estuda os vermes, muitos dos quais são parasitos
que vivem em um organismo vivo ou são de vida livre. O campo da helmintologia engloba
todas as formas de helmintos parasitos de humanos, animais e plantas e todos os aspectos da
interação entre os helmintos e seus hospedeiros.
ESQUISTOSSOMOSE
Pessoas contaminadas permitem com que outros indivíduos adquiram a doença ao liberar
ovos do parasita em suas fezes e urina, quando estas são depositadas em rios, córregos e
outros ambientes de água doce; ou quando chegam até estes locais pelas enxurradas.
As larvas, se desenvolvem e são liberadas na água. Em contato com a pele e mucosa humanas,
penetram no organismo e podem causar inflamação, coceira e vermelhidão nessas regiões. Lá,
se desenvolvem, reproduzem e eliminam ovos a partir de veias do fígado e intestino,
obstruindo-as.
Na fase aguda (a mais comum), a doença se manifesta por meio de vermelhidão e coceira
cutâneas, febre, fraqueza, náusea e vômito. O indivíduo pode, também, ter diarreias,
alternadas ou não por constipações intestinais.
Na fase crônica, fígado e baço podem aumentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de
sangue em vômitos e fezes, e aumento do abdome (barriga d’água) são outras manifestações
possíveis.
O diagnóstico é feito via exames de fezes em 3 coletas, onde se verifica presença de ovos do
verme; ou por biópsia da mucosa final do intestino. Há também como diagnosticar verificando,
em amostra sanguínea, a presença de anticorpos específicos.
9- TENÍASE
A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium (do porco) e
Taenia saginata (do boi). Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em
seu intestino delgado.
As tênias também são chamadas de "solitárias", porque na maioria dos casos o portador traz
apenas um verme adulto.
São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas com estruturas fisiológicas
para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos.
O homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu intestino, sendo
portanto o hospedeiro definitivo. Os últimos anéis ou proglótides são hermafroditas e aptos à
fecundação. Geralmente, os espermatozoides de um anel fecundam os óvulos de outro
segmento, no mesmo animal.
A quantidade de ovos produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada proglote), sendo uma
garantia para a perpetuação e propagação da espécie. Os anéis grávidos se desprendem
periodicamente e caem com as fezes.
O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de
fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do
intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos,
perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sanguínea, alcançam os músculos e o fígado do
porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex
invaginado numa vesícula.
Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes cisticercos, as
vesículas são digeridas, liberando o escólex, que se everte e fixa-se nas paredes intestinais
através dos ganchos e ventosas.
O homem com tais características desenvolve a teníase, isto é, está com o helminto no estado
adulto e é o seu hospedeiro definitivo.
Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis,
normalmente do tamanho de uma ervilha. Na linguagem popular, são chamados de
“pipoquinhas" ou "canjiquinhas".
Ciclo da Teníase
1. Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode ingerir cisticercos (lasvas
de tênia). 2. No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta.
Intermediário.
6. Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada cisticerco, cujo
tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva contém escólex e um curto
pescoço, tudo envolto por uma vesícula
Protetora.
Sintomatologia
Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais
como alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjoos, diarreias frequentes,
perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.
Profilaxia e Tratamento
CISTICERCOSE
Os fatores de risco incluem o consumo da carne de porco crua e mal passada, frutas e verduras
contaminadas com o parasita, contato com pessoas infectadas ou material fecal.
Para prevenir esta doença é preciso tomar algumas medidas, tais como: lavar as mãos depois
de defecar e antes de manipular alimentos, beber água mineral ou fervida, lavar e retirar a
casca das frutas antes de consumi-las, evitar alimentos que possam estar contaminados com
fezes, evitar o consumo de carnes cruas ou mal passadas.
O diagnóstico desta infecção em diversos casos resulta difícil e pode requerer vários tipos de
testes. Para identificar lesões são necessárias radiografias, tomografias computadorizadas,
exame do liquido cefalorraquidiano, provas sorológicas, biópsia da área afetada, por exemplo.
Mesmo não sendo muito precisos os exames de sangue também podem ser solicitados.