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1- PROTOZOÁRIOS

Os protozoários são organismos unicelulares, eucarióticos e que apresentam nutrição


heterotrófica.

A maioria deles é aquático de vida livre, mas alguns são parasitas e vivem dentro do corpo de
outros seres vivos, inclusive dos humanos.

Os protozoários pertencem ao Reino Protista, juntamente com as algas.

Por serem eucariontes, apresentam núcleo individualizado e sua única célula exerce todas as
funções que normalmente há nos multicelulares: respiração, excreção e reprodução.

Uma característica típica de suas células é a presença de vacúolos contráteis ou pulsáteis, com
função de realizar regulação osmótica.

Devido à diferença de concentração entre o citoplasma e o ambiente externo, há entrada


constante de água por osmose. Assim, o vacúolo controla a quantidade de água, recolhendo e
eliminando o excesso.

Classificação dos seres vivos

Um tipo bastante comum de classificação dos protozoários usa como critério o modo de
locomoção desses seres no meio aquático.

De acordo com esse sistema, existem protozoários ciliados, flagelados, sarcodíneos ou


rizópodos e esporozoários.

Os protozoários ciliados são aqueles que se locomovem por auxílio de estruturas


denominadas de cílios, como o Paramecium.

Os flagelados, por sua vez, utilizam como meio de locomoção os flagelos, como é o caso do
Tripanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.

2- DISENTERIA

A disenteria não é uma doença, mas um sintoma de uma doença potencialmente letal. O
termo refere-se a qualquer caso de diarreia sanguinolenta infecciosa, um flagelo que mata
centenas de milhares de pessoas em todo o mundo a cada ano. A maioria das vítimas vive em
áreas em desenvolvimento com falta de saneamento, mas casos esporádicos podem surgir em
qualquer parte do mundo.

Diferença entre diarreia e disenteria

Tanto na diarreia como na disenteria ocorre uma perda de água e eletrólitos, que resulta no
aumento do número de evacuações. ... "A disenteria é resultado de um processo inflamatório
intestinal intenso que provoca, geralmente, lesão das células intestinais e o consequente
aparecimento de sangue nas fezes"

Causa

Disenteria é uma infecção do intestino grosso que causa diarreia severa com muco e sangue,
juntamente com cólicas e dores abdominais. Normalmente é provocada por água ou alimentos
contaminados. A disenteria pode ter origem bacteriana, sendo as bactérias dos gêneros
Shigella, Campylobacter e Salmonella as mais comuns. Existe também a disenteria amebiana,
causada pela ameba Entamoeba histolytica.

Como as pessoas contraem disenteria?

A ameba de E. histolytica e a bactéria shigella freqüentemente se desenvolvem em alimentos e


água contaminados por fezes humanas. Grandes surtos de disenteria bacilar ocorreram em
comunidades onde o esgoto se mistura com água potável. Frutas e vegetais cultivados com
água contaminada são outra fonte comum de doença. As infecções também podem se
espalhar pelas casas quando as pessoas não lavam as mãos depois de usar o banheiro, depois
de trocar fraldas ou antes de manusear alimentos. As infecções por shigella tendem a ser
especialmente contagiosas.

Sintomas

Disenteria amebiana: diarreias com muito muco e sangue. Se o paciente não receber
tratamento nos primeiros dias, ao final de cerca de 3 semanas a doença ficará mais intensa,
com o agravamento do quadro, com a presença de hemorragias intestinais, desnutrição e
desidratação. Outros sintomas incluem vômitos, náuseas e perda de apetite. Dependendo do
parasita podem ocorrer ou não sangue e muco nas fezes e o volume das fezes pode variar.

Disenteria bacteriana: os sintomas mais comuns incluem febre elevada, cefaleia, cólica
abdominal e uma diarreia aquosa e abundante. Os sintomas duram por volta de 3 a 7 dias e
podem desaparecer sozinhos. A intensidade dos sintomas e sua duração vão depender do
micro-organismo responsável e das condições físicas do paciente. Uma complicação frequente
é a desidratação, ocasionada pela perda de líquidos na diarreia e vômitos. O período de
convalescença dura em torno de um mês.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado com uma amostra de fezes para se identificar o agente patogênico
(bactérias ou amebas). Em alguns casos pode-se ser necessário realizar uma ecografia para
visualização do fígado. Exame de sangue pode ser necessário para identificar anticorpos

Tratamento

Disenteria amebiana: administração de medicamentos para eliminar os parasitas. Portadores


saudáveis devem ser tratados também para interromper a cadeia de transmissão. Pode ser
necessária a internação de pacientes com hemorragias intestinais ou desidratação. Nos casos
em que houve formação de abscessos no fígado, uma intervenção cirúrgica será necessária.

Disenteria bacteriana: consiste na administração de antibióticos, repouso, boa ingestão de


líquidos. Em casos graves, pode-se proceder a hidratação pela via parentérica.

Prevenção

Lavar as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes das refeições. Ao manusear ou
cozinhar alimentos, deve-se lavar as mãos. As roupas do paciente infectado devem ser lavadas
com água quente para eliminar os agentes infecciosos.
3- Leishmaniose Tegumentar (LT)

A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na
pele e mucosas das vias aéreas superiores. A doença é causada por protozoários do gênero
Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de
LT. A doença é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de flebotomíneos (espécie
de mosca) infectadas.

No Brasil, a leishmaniose tegumentar americana, conhecida popularmente como "úlcera de


bauru" ou "ferida brava", é transmitida pelos mosquitos do gênero Lutzomyia, conhecidos
como mosquitos palha.

TRANSMISSÃO

Os vetores da Leishmaniose Tegumentar (LT) são insetos conhecidos popularmente,


dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros.
A transmissão da doença é através da picada do mosquito, que se contamina pela Leishmania
após picar pessoas ou animais portadores da doença, principalmente, cachorros, gatos e ratos,
e, por isso, a doença não é contagiosa e não há transmissão de pessoa para pessoa. Os
mosquitos costumam viver em ambientes quentes, úmidos e escuros, principalmente em
florestas ou quintais com acúmulo de lixo orgânico.

No homem, o período de incubação, tempo que os sintomas começam a aparecer desde a


infecção, é de, em média, 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos, de 2
semanas, e mais longos, de 2 anos.

SINTOMAS

As principais formas de apresentação da leishmaniose tegumentar são:

a) Leishmaniose cutânea

A leishmaniose cutânea é a forma mais comum da doença, e costuma causar o


desenvolvimento de uma ferida, que:

∙ Começa como um pequeno nódulo no local da picada do mosquito;

∙ Evolui para uma ferida aberta indolor, em algumas semanas ou meses;

∙ Cicatriza lentamente sem necessidade de tratamento entre 2 a 15 meses;

∙ Nódulos linfáticos podem estar inchados e dolorosos.

A lesão mede de alguns milímetros até alguns centímetros, tem uma consistência endurecida
com bordas elevadas e um fundo avermelhado que pode conter secreções. Quando há
infecção bacteriana associada pode causar dor local e produzir uma secreção purulenta.

Além da tradicional ferida localizada, a forma de apresentação das lesões pode variar, de
acordo com o tipo de protozoário responsável e com a imunidade da pessoa, podendo surgir
também como caroços disseminados pelo corpo ou infiltrações na pele, por exemplo.

b) Leishmaniose mucosa ou mucocutânea


É mais rara, na maioria das vezes surgindo após a lesão cutânea clássica, e se caracteriza por
lesões destrutivas na mucosa das vias aéreas superiores, como nariz, orofaringe, palatos,
lábios, língua, laringe e, mais dificilmente, traqueia e parte superior dos pulmões.

Na mucosa podem ser observados vermelhidão, inchaço, infiltração e ulceração e, se houver


infecção secundária por bactérias, as lesões podem apresentar secreção purulenta e crostas.
Além disso, na mucosa do nariz, pode haver perfuração ou até destruição do septo
cartilaginoso e, na boca, pode haver perfuração do palato mole.

DIAGNÓSTICO

Na maioria dos casos o médico é capaz de fazer o diagnóstico da leishmaniose tegumentar


apenas através da observação das lesões e relato do paciente, especialmente quando este vive
ou esteve em regiões afetadas pelo parasita. Porém, a doença também pode ser confundida
com outros problemas como tuberculose cutânea, infecções fúngicas ou hanseníase, por
exemplo.

Dessa forma, também pode ser necessário fazer um exame de diagnóstico para o qual há
algumas opções, como o teste reativo na pele para leishmaniose, chamado de
Intradermorreação de Montenegro, o exame de aspiração ou biópsia da lesão, para identificar
o parasita, ou os exames de sangue, ELISA ou PCR.

TRATAMENTO

Em alguns casos, lesões da leishmaniose tegumentar podem regredir espontaneamente ou


com o uso de medicamentos convencionais. No entanto, qualquer ferida na pele que custe a
cicatrizar exige avaliação médica especializada.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento específico e gratuito para a


Leishmaniose Tegumentar (LT). O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos,
repouso e uma boa alimentação.

PREVENÇÃO

As principais formas de prevenir a Leishmaniose Tegumentar (LT), segundo orientações do


Ministério da Saúde, são as seguintes ações direcionadas:

∙ População humana: adotar medidas de proteção individual, como usar repelentes e evitar a
exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este
habitualmente possa ser encontrado;

∙ Vetor: manejo ambiental, por meio da limpeza de quintais e terrenos, para evitar o
estabelecimento de criadouros para larvas do vetor;

∙ Atividades de educação em saúde: devem ser inseridas em todos os serviços que


desenvolvam as ações de vigilância e controle da LT, com o envolvimento efetivo das equipes
multiprofissionais e multinstitucionais, para um trabalho articulado nas diferentes unidades de
prestação de serviços.

4- TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário
chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Homens e
outros animais também podem hospedar o parasita.

A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados — em especial


carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais que abriguem
os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros ou
material contaminado por elas mesmas.

A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas não se
transmite de uma pessoa para outra.

Seu diagnóstico é feito levando em conta exames clínicos e exames laboratoriais de sangue.

Sintomas

A toxoplasmose pode ser uma doença absolutamente assintomática ou provocar quadros


graves no miocárdio, fígado e músculos, encefalite e exantema máculo-papular (vermelhidão
pelo corpo em forma de pequenas manchas e pápulas).

No caso de haver sintomas, merecem destaque:

* Febre;

* Manchas pelo corpo;

* Cansaço;

* Dores no corpo;

* Linfadenopatia, ou seja, ínguas espalhadas pelo corpo;

* Dificuldade para enxergar que pode evoluir para cegueira; * Lesões na retina.

Tratamento

Em caso de pacientes soropositivos, o tratamento é indispensável, pois a forma

Disseminada da doença pode envolver retina, pulmões, cérebro, pele, músculos, fígado e
coração.

Pacientes com Aids requerem tratamento e atenção especial para controlar a progressão da
depressão imunológica associada à doença.

Recomendações

* Evite contato com fezes de animais, especialmente de gatos ou outros felinos;

* Tenha cuidado com a higiene das mãos e dos utensílios de cozinha quando estiver lidando
com alimentos;

* Não coma carne mal passada nem vegetais mal lavados;

* Não se descuide do acompanhamento pré-natal, se você estiver grávida. Toxoplasmose é


uma enfermidade grave durante a gestação;

* Gestantes precisam estar atentas, principalmente se tiverem contato com gatos.


Medidas especiais de higiene são fundamentais nesses casos.

5- GIARDÍASE

A giardíase é uma infecção do intestino delgado causada por um protozoário flagelado


unicelular que ocorre em todo o mundo, mas é mais frequente em regiões em que as
condições sanitárias e de higiene são precárias.

Além do ser humano, a giardíase pode afetar também cães, gatos, gado e roedores, dentre
outros.

Causas

A giardíase é causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia, transmitido pela ingestão dos
cistos oriundos das fezes de indivíduos contaminados, os quais podem estar presentes na
água, no alimento ou nas mãos. Eles também podem ser transportados por moscas e baratas e
transmitidos por sexo anal desprotegido. É discutível se a transmissão da Giardia lamblia pode
se dar pelo contato próximo entre duas pessoas ou com animais domésticos. O cisto da Giardia
lamblia pode durar até dois meses fora do organismo humano ou animal.

Sinais e sintomas

As infecções podem ser assintomáticas ou gerar:

∙ Diarreias crônicas com odor forte, devido à má absorção de gorduras.

∙ Fraqueza.

∙ Dor abdominal.

∙ Febre baixa.

∙ Náuseas e vômitos.

∙ Perda de peso.

∙ Cólicas abdominais.

Essas manifestações podem também gerar um quadro de deficiência vitamínica e mineral e,


em crianças, podem causar a morte, se não tratadas.

Diagnóstico

Nenhum método diagnóstico para giardíase é 100% preciso. O diagnóstico clínico pode ser
difícil, embora haja certos sintomas sugestivos. Um diagnóstico mais aproximado pode ser
feito via exame de fezes ou, em casos raros, através de aspiração de líquido ou biópsia
duodenal. O exame de fezes nunca detecta giardíase em pessoas que não têm a doença, mas
naquelas que têm, só é positivo em cerca de 73% dos casos. Outro exame é a pesquisa de
anticorpos nas fezes. O teste ELISA mostra anticorpo para a Giardia lamblia em 95%, mas há
cerca de 2% de casos falso-positivos.
Tratamento

O tratamento da giardíase pode ser feito com o uso de fármacos adequados. Medicamentos
anti-infecciosos podem ser usados. As taxas de cura são geralmente maiores do que 80%. A
resistência as drogas pode ser um fator para a falha do tratamento, exigindo, as vezes, uma
alteração no tratamento com antibióticos.

Como evolui a giardíase?

Habitualmente, a giardíase é uma doença autolimitada e cerca de 85% das pessoas param de
apresentar sintomas, geralmente em menos de um mês.

Algumas pessoas, no entanto, podem desenvolver uma infecção crônica. Prevenção

∙ Lavar bem as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais, antes de comer
ou preparar alimentos.

∙ Beber apenas água tratada filtrada ou fervida e higienizar os alimentos antes do consumo.

6- DOENÇA DE CHAGAS

Doença causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de
um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro. O nome do parasita foi dado por seu
descobridor, o cientista Carlos Chagas, em homenagem ao também cientista Oswaldo Cruz.
Segundo os dados levantados pela Sucen, esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das
casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e
embaixo de pedras.

Transmissão

A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que
se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado (gambás ou
pequenos roedores). A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes
eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou.

A transmissão pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e durante a


gravidez, da mãe para filho. No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via
oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído. Embora não se
imaginasse que isso pudesse acontecer, o provável é que haja uma invasão ativa do parasita
diretamente através do aparelho digestivo nesse tipo de transmissão.

Sintomas

∙ Febre,

∙ mal-estar,

∙ inflamação

∙ dor nos gânglios,


∙ vermelhidão,

∙ inchaço nos olhos (sinal de Romanã),

∙ aumento do fígado e do baço

Com frequência, a febre desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que
lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos.

Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença, 20,
30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina.

Meningite e encefalite são complicações graves da doença de Chagas na fase aguda, mas são
raros os casos de morte.

Evolução

Caindo na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se


localiza no coração, intestino e esôfago. Nas fases crônicas da doença, pode haver destruição
da musculatura e sua flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa problemas
como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon que pode
provocar retenção das fezes) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos
alimentos ingeridos. Essas lesões são definitivas, irreversíveis.

A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem
resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras.

Diagnóstico e período de incubação

O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de
um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de
zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados.

Tratamento

A medicação é dada sob acompanhamento médico nos hospitais devido aos efeitos colaterais
que provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês. O efeito do medicamento costuma
ser satisfatório na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na
fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da
doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações.

Recomendações

* Como não existe vacina para a doença de Chagas, os cuidados devem ser redobrados nas
regiões onde o barbeiro ainda existe, como o vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais,
e em algumas áreas do nordeste da Bahia;

* Pessoa que esteve numa região de transmissão natural do parasita deve procurar assistência
médica se apresentar febre ou qualquer outro sintoma característico da doença de Chagas;

* Portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue;

* A cana-de-açúcar deve ser cuidadosamente lavada antes da moagem e a mesma precaução


deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo;
* Eliminar o inseto transmissor da doença ou mantê-lo afastado do convívio humano é a única
forma de erradicar a doença de Chagas.

7- CONCEITO DE FUNGOS

Os fungos constituem o Reino Fungi, no qual se enquadram espécies como os cogumelos,


bolores, orelhas-de pau e leveduras. Todos os fungos são heterotróficos, ou seja,
diferentemente das plantas, não são capazes de produzir seu próprio alimento, nutrindo-se
por absorção.

Além de heterotróficos, os fungos são seres eucarióticos e podem ser unicelulares, como no
caso das leveduras, ou multicelulares, como os cogumelos. Os fungos possuem um papel
ecológico muito importante também desempenhado por algumas bactérias: a decomposição.

Economicamente, os fungos são usados para as mais variadas funções. As leveduras, por
exemplo, são utilizadas na fabricação de pão, vinhos e cerveja em face de capacidade de
fermentação. Existem também fungos comestíveis, como é o caso do champignon. Alguns
fungos são usados ainda na fabricação de antibióticos, como é o caso do Penicillium utilizado
na produção de penicilina, e como repositores da flora intestinal.

Alguns fungos são parasitas e podem causar doenças, que genericamente são chamadas de
micoses.

Micoses Cutâneas e Subcutâneas

As micoses podem ser divididas em:

- Micoses superficiais: limitadas às camadas mais externas da pele e do cabelo.

- Micoses cutâneas: envolvem as camadas mais profundas da epiderme e seus tegumentos, o


cabelo e as unhas.

- Micoses subcutâneas: envolvem derme, tecidos subcutâneos, músculo e fáscia.

Micoses Cutâneas

As infecções fúngicas que afetam a pele dos seres humanos podem ser superficiais ou
profundas. Trataremos das superficiais, que acometem a epiderme, as membranas mucosas,
cabelos e unhas. Os tipos mais comuns de micoses superficiais são as dermatofitoses ou tinea,
a pitiríase versicolor e as candidíases.

Os dermatófitos são fungos encontrados no solo, em animais ou em humanos que digerem


queratina e invadem a pele, os cabelos e as unhas, provocando uma série de manifestações
clínicas.

Micose de couro cabeludo ou Tinea capitis Trata-se da dermatofitose mais comum em


crianças, acometendo o couro cabeludo e os cabelos, provocando descamação e alopecia em
placa.
Geralmente afeta crianças entre 2 e 10 anos, raramente afetando lactentes e adolescentes. Os
agentes mais frequentemente envolvidos são os dermatófitos das espécies Microsporum e
Trychophyton.

O quadro clínico inicial mostra quebra de cabelos e alopecia parcial. No caso de inflamação,
pode haver a presença de pústulas, supuração e formação de kerion (abaulamento doloroso,
infiltrado e endurecido), que denota intensa sensibilização do indivíduo à presença do fungo.

O diagnóstico diferencial das Tinea capitis inclui, principalmente, dermatite seborreica,


tricotilomania, alopecia areata, foliculite e impetigo.

O exame dos fios de cabelo sob microscópio, após tratamento com hidróxido de potássio,
revela a presença de esporos fora da haste. A realização de cultura para pesquisa do agente
etiológico é recomendada tanto para definição do tratamento quanto para acompanhamento
e critério de cura.

Micose de corpo ou Tinea corporis: Infecção superficial da pele, com acometimento


preferencial da face, do tronco e dos membros. As crianças frequentemente apresentam
lesões no rosto, que, em muitos casos, ocorrem por contato com animais de estimação.

O acometimento da área inguinal e pélvica (Tinea cruris) é frequente em adolescentes do sexo


masculino, principalmente nos esportistas. Essas lesões devem ser diferenciadas de intertrigos
e dermatites de contato, que não apresentam bordas tão bem demarcadas como as tinea.
Lesões nesta localização podem ocorrer devido a espécies de Candida, que levam ao
surgimento de lesões satélites na raiz das coxas.

É muito importante lembrar que as tineas são causadas por dermatófitos e não por espécies
de Candida (exceto a Tinea cruris). Desta forma, o uso de cremes com nistatina não são
apropriados nesses casos. Cremes disponíveis comercialmente à base de isoconazol, ciclopirox,
clotrimazol, cetoconazol e oxiconazol.

Apesar dos sintomas e sinais melhorarem após 7 a 10 dias do início do tratamento, o uso
prolongado da medicação tópica evita recidivas. Essa duração de tratamento garante a cura
clínica e microbiana. Se isso não ocorrer, é provável que seja necessário uso de medicação
sistêmica, por se tratar de infecção mais extensa.

Pitiríase versicolor: É uma micose superficial extremamente comum, que afeta principalmente
adolescentes e adultos jovens. Caracteriza-se pela presença de múltiplas placas ovais,
descamativas, de cores variadas, dependendo da cor do paciente. As lesões se localizam no
pescoço, na face, nas costas e nos membros superiores. São causadas pelo fungo Pityrosporum
orbiculare, que existe na pele normal. O tratamento tópico prolongado (acima de 2 meses)
com cremes antifúngicos e xampus pode ser suficiente.

Candidíases ou sapinho: É uma micose aguda ou crônica da pele, das membranas mucosas e,
ocasionalmente, de órgãos internos. A espécie mais comum envolvida nesses quadros é a
Candida albicans. Existem fatores que predispõem a infecção por cândida, dentre eles
diabetes, Síndrome de Down, leucemias, uso de antibióticos sistêmicos, corticoides e
imunossupressores. Neonatos são fisiologicamente suscetíveis à candidíase, principalmente
oral.
A candidíase oral (sapinho) é adquirida pelo neonato durante o parto, através da passagem
pelo canal vaginal. O quadro clínico se caracteriza pela presença de placas esbranquiçadas,
friáveis, sobre base inflamatória, em toda cavidade oral, língua e palato.

O tratamento consiste na limpeza e remoção das lesões com solução de nistatina.

A candidíase cutânea ocorre, preferencialmente, em áreas de dobras (virilhas, períneo,


interglúteo e espaços interdigitais), em função da umidade e do calor locais.

No período neonatal, podem ocorrer duas formas de candidíase: uma forma congênita, em
que as lesões estão presentes no nascimento ou nos primeiros dias de vida, e uma forma
cutânea do neonato, que surge mais tardiamente. A forma congênita é adquirida
intrauterinamente, enquanto a última ocorre após a passagem pelo canal de parto. Em geral,
evolui bem, sem sintomas constitucionais. No entanto, deve-se estar atento aos pacientes
prematuros ou com outros quadros associados para uma eventual disseminação sistêmica do
quadro.

Na candidíase de início mais tardio, as lesões acometem a região perineal, genital, suprapúbica
e as coxas. Classicamente, a pele da região envolvida apresenta eritema vivo e pústulas na
borda da lesão, com lesões satélites.

O tratamento tópico geralmente é suficiente nas candidíases cutâneas não complicadas.

Micoses Subcutâneas

As micoses subcutâneas geralmente começam quando esporos são inoculados ao ferir-se com
plantas, madeira, pedras ou terra. São mais comum nas extremidades, algumas podem crescer
a ponto de deformar ossos e articulações. São mais comuns entre homens jovens que
trabalham como agricultores, jardineiros ou entre crianças que brincam com terra e plantas.
Endêmicas de lugares tropicais ou subtropicais e úmidas.

∙ Esporotricose cutânea-linfática: Causada por Sporotrix Na forma mais comum da doença,


começa como um nódulo inflamado na perna, braço ou rosto, pouco doloroso. Resiste a
tratamento com antibióticos e com o tempo outros nódulos aparecem. Os nódulos
endurecem, ulceram e eventualmente cicatrizam. Em pessoas imunodeprimidas podem se
espalhar para ossos e articulações ou outros órgãos.

∙ Cromoblastomicose: Causada por fungos pigmentados dos gêneros Fonsecaea, Phialophora e


Clamidophora começa como um nódulo vermelho que cresce lentamente, causa coceira e fica
cada vez mais escuro até formar uma placa verrugosa que pode ser indolor. Não invade
músculo nem ossos e raramente se dissemina.

∙ Eumicetoma ou micetoma fúngico: Causada por fungos Ascomycota, representam 40% dos
micetomas. Na América do Norte geralmente é causado por Pseudallescheria, na América do
sul por Madurella, na África por Leptosphaeria, enquanto Acremonium é comum em todo
hemisfério norte. Mais de 20 espécies de fungos causam eumicetomas. Formam grânulos
brancos, marrons, amarelos ou negros dependendo da espécie e crescem lentamente,
endurecendo a pele e secretando pus. Eventualmente podem deformar ossos, articulações e
músculos e exigir amputação.

∙ Feohifomicose subcutânea: Causada por diversos hifomicetos, geralmente do gênero


Exophiala, formam nódulos escuros que crescem formando placas verrugosas. Se não tratados
podem disseminar causar abcessos em seios paranasais, cérebro, pulmões e necrosar ossos e
articulações mesmo em pacientes previamente saudáveis.

∙ Lobo micose ou doença de Lobo: Causada por Loboa loboi. Começa como um nódulo duro de
tecido conjuntivo, como um queloide, que crescem durante anos formando placas bolhosas
que podem ulcerar, deixar grandes cicatrizes e deformar membros.

∙ Rinosporidiose: Causada por Rhinosporidium seeberi infecta principalmente nariz, faringe e


olhos formando nódulos de tecido maduro (hiperplasia). Pode ser transmitido pelo ar e
também é encontrado em locais áridos. Apesar de estar classificado como micose no CID-10,
atualmente está sendo reclassificado como uma protozoonose.

8- CONCEITO DE HELMINTOS

A Helmintologia é o ramo da zoologia que estuda os vermes, muitos dos quais são parasitos
que vivem em um organismo vivo ou são de vida livre. O campo da helmintologia engloba
todas as formas de helmintos parasitos de humanos, animais e plantas e todos os aspectos da
interação entre os helmintos e seus hospedeiros.

Os helmintos podem-se classificar em três grandes grupos: nematódeos, ou vermes


cilíndricos; cestóides, ou vermes chatos; e trematódeos, providos de ventosas. Os helmintos
podem multiplicar-se dentro ou fora do corpo do hospedeiro. Isso depende do ciclo vital
específico de cada parasito. Os que parasitam o intestino do homem quase nunca produzem
por si sós a morte do hospedeiro. Trazem, no entanto, malefícios ao organismo parasitado,
muitas vezes debilitando-o perigosamente.

ESQUISTOSSOMOSE

A esquistossomose ocorre em diversas regiões do mundo sendo que, no Brasil, o responsável


pela doença é o Schistossoma mansoni. Este tem a espécie humana como hospedeiro
definitivo, e caramujos de água doce como hospedeiros intermediários.

Pessoas contaminadas permitem com que outros indivíduos adquiram a doença ao liberar
ovos do parasita em suas fezes e urina, quando estas são depositadas em rios, córregos e
outros ambientes de água doce; ou quando chegam até estes locais pelas enxurradas.

Na água, as larvas são liberadas e só continuam seus ciclos de vida se alojarem-se em


caramujos.

As larvas, se desenvolvem e são liberadas na água. Em contato com a pele e mucosa humanas,
penetram no organismo e podem causar inflamação, coceira e vermelhidão nessas regiões. Lá,
se desenvolvem, reproduzem e eliminam ovos a partir de veias do fígado e intestino,
obstruindo-as.

Os sintomas, quando aparecem, surgem aproximadamente e 5 semanas após o contato com as


larvas.

Na fase aguda (a mais comum), a doença se manifesta por meio de vermelhidão e coceira
cutâneas, febre, fraqueza, náusea e vômito. O indivíduo pode, também, ter diarreias,
alternadas ou não por constipações intestinais.
Na fase crônica, fígado e baço podem aumentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de
sangue em vômitos e fezes, e aumento do abdome (barriga d’água) são outras manifestações
possíveis.

O diagnóstico é feito via exames de fezes em 3 coletas, onde se verifica presença de ovos do
verme; ou por biópsia da mucosa final do intestino. Há também como diagnosticar verificando,
em amostra sanguínea, a presença de anticorpos específicos.

O tratamento é feito com antiparasitários, geralmente em dose única.

A prevenção consiste em identificação e tratamento das pessoas adoecidas, saneamento


básico, combate aos caramujos, e informação a população de risco. Evitar contato com agua
represada ou de enxurrada e usar roupas adequadas ao entrar em contato com a água
suspeita de estar infectada são medidas individuais necessárias.

9- TENÍASE

A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium (do porco) e
Taenia saginata (do boi). Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em
seu intestino delgado.

As tênias também são chamadas de "solitárias", porque na maioria dos casos o portador traz
apenas um verme adulto.

São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas com estruturas fisiológicas
para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos.

O homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu intestino, sendo
portanto o hospedeiro definitivo. Os últimos anéis ou proglótides são hermafroditas e aptos à
fecundação. Geralmente, os espermatozoides de um anel fecundam os óvulos de outro
segmento, no mesmo animal.

A quantidade de ovos produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada proglote), sendo uma
garantia para a perpetuação e propagação da espécie. Os anéis grávidos se desprendem
periodicamente e caem com as fezes.

O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de
fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do
intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos,
perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sanguínea, alcançam os músculos e o fígado do
porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex
invaginado numa vesícula.

Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes cisticercos, as
vesículas são digeridas, liberando o escólex, que se everte e fixa-se nas paredes intestinais
através dos ganchos e ventosas.

O homem com tais características desenvolve a teníase, isto é, está com o helminto no estado
adulto e é o seu hospedeiro definitivo.
Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis,
normalmente do tamanho de uma ervilha. Na linguagem popular, são chamados de
“pipoquinhas" ou "canjiquinhas".

Ciclo da Teníase

1. Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode ingerir cisticercos (lasvas
de tênia). 2. No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta.

3. Proglotes maduras, contendo testículos e ovários, reproduzem-se entre si e originam


proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas desprendem-se unidas em grupos de 2 a
6 e são liberados durante ou após as evacuações.

4. No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede cerca de 30 mm de


diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é conhecido como oncosfera. Espalham-se pelo meio e
podem ser ingeridos pelo hospedeiro

Intermediário.

5. No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e caem no sangue.


Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema nervoso e coração.

6. Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada cisticerco, cujo
tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva contém escólex e um curto
pescoço, tudo envolto por uma vesícula

Protetora.

7. Por auto infestação, os ovos passam para a corrente sanguínea, desenvolvem-se em


cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando uma doença, a cisticercose, que pode ser
fatal.

Sintomatologia

Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais
como alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjoos, diarreias frequentes,
perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.

Profilaxia e Tratamento

A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinhar bem as carnes e na fiscalização da


carne e seus derivados (linguiça, salame, chouriço, etc.).

Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida.


Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc. O chá de
sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente
para crianças e gestantes.

CISTICERCOSE

A cisticercose é uma doença parasitária adquirida através da ingestão de alimentos


contaminados (com ovos de Taenia solium), principalmente carne de porco crua ou mal
passada.
Os sintomas desta doença podem ocorrer meses ou até mesmo anos depois de ter consumido
tais alimentos. Dentre eles podemos citar: dores de cabeça frequentes, convulsões,
transtornos de visão, alterações psiquiátricas, vômitos, infecções na coluna, demência e perda
da consciência. A maioria das pessoas com cisticercose nos músculos não apresenta sintomas.

Os fatores de risco incluem o consumo da carne de porco crua e mal passada, frutas e verduras
contaminadas com o parasita, contato com pessoas infectadas ou material fecal.

Para prevenir esta doença é preciso tomar algumas medidas, tais como: lavar as mãos depois
de defecar e antes de manipular alimentos, beber água mineral ou fervida, lavar e retirar a
casca das frutas antes de consumi-las, evitar alimentos que possam estar contaminados com
fezes, evitar o consumo de carnes cruas ou mal passadas.

O diagnóstico desta infecção em diversos casos resulta difícil e pode requerer vários tipos de
testes. Para identificar lesões são necessárias radiografias, tomografias computadorizadas,
exame do liquido cefalorraquidiano, provas sorológicas, biópsia da área afetada, por exemplo.
Mesmo não sendo muito precisos os exames de sangue também podem ser solicitados.

Para o tratamento são usados medicamentos antiparasitários, comumente combinados com


anti-inflamatórios. Em alguns casos, é necessário extirpar a área infectada através de um
procedimento cirúrgico. A cisticercose pode causar diminuição da visão e até mesmo cegueira
em alguns casos. Pode provocar dores abdominais, anorexia, insuficiência cardíaca, ritmo
cardíaco anormal, convulsões, aumento da pressão intracerebral e morte. Não são todos os
casos de cisticercose que podem ser tratados. Quando não existem lesões cardíacas, dano
cerebral ou cegueira, normalmente é possível tratar o paciente.

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