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DOENÇA DE

CHAGAS
Agente etiológico: Trypanosoma cruzi

@MUNDODAPARASITOLOGIA
Doença de chagas

É uma inflamação causada por um parasita encontrado

em fezes de insetos.

A doença de Chagas é uma endemia muito comum em

países subdesenvolvidos com estimativas de 12 milhões

de infectados e cerca de 50 mil mortes a cada ano nas

Américas. É bastante comum em países da América do

Sul, América Central e no México.  No Brasil, esta

endemia atinge cerca de oito milhõesde habitantes,

principalmente populações pobres que residemem

condições precárias.

A doença de Chagas, segundo a OMS, constitui uma

das principais causas de morte súbita que pode ocorrer

com freqüência na fase mais produtiva do cidadão


Morfologia

Trypanosoma cruzi

A forma tripomastigota do T. cruzi é alongada com

cinetoplasto posterior ao núcleo, o flagelo forma uma

extensa membrana ondulante e torna-se livre na

extremidade anterior da célula.

A forma amastigota é arredondada ou oval, com

flagelo curto que não se exterioriza, formando ninhos

no tecido muscular. 

A forma epimastigota é alongada, com cinetoplasto

justanuclear e anterior ao núcleo, possuindo uma

pequena membrana ondulante que se torna livre na

porção anterior da célula. É a forma encontrada

somente no hospedeiro intermediário (Triatomíneo).


Transmissão

É transmitida no ato de alimentação do vetor

(transmissão vetorial clássica). Assim que o triatomíneo

(Triatoma infestans) popularmente conhecido como

“barbeiro”  termina de se alimentar, ele defeca,

eliminando os protozoários e colocando-os em contato

com a ferida e a pele da vítima. Também pode ser

transmitida por transfusão de sangue ou durante a

gravidez, da mãe contaminada para o filho. Outro modo

de transmissão é pela ingestão de alimentos

contaminados com vetores triturados ou com seus

dejetos.
Diagnóstico

O diagnóstico é realizado com a visualização do

parasita no sangue. Pode ser utilizada também a

detecção de anticorpos no soro (imunofluorescência

indireta, hemaglutinação indireta e teste de Elisa que

detecta enzimas). Existem também testes moleculares

que podem ser utilizados para a confirmação da

doença em qualquer fase.          

                                        

Clínico :   Origem do paciente, presença de sinais de

porta de entrada, febre irregular ou ausente,

hepatoesplenomegalia, taquicardia, edema

generalizado ou dos pés (fase aguda), alterações

cardíacas, de esôfago e cólon (fase crônica).


Diagnóstico

Laboratorial:  

Fase Aguda: alta parasitemia, anticorpos inespecíficos e

início dos específicos.

Fase Crônica: baixa parasitemia, presença de anticorpos

específicos (IgG)e IgM em baixas concentrações. 

OMS: diagnóstico utilizando dois testes sorológicos

diferentes principalmente na triagem de doadores de

sangue.
Quadro Clínico / Sintomas

O quadro grave é caracterizado por febre de intensidade

variável, mal-estar, inflamação dos gânglios linfáticos e

inchaço do fígado e do baço. Pode ocorrer e persistir

durante até oito semanas uma reação inflamatória no

local da penetração do parasito (inchação, edema),

conhecida como chagoma. O edema inflamatório

unilateral das pálpebras (sinal de Romaña) ocorre em

10% a 20% dos casos quando a contaminação ocorre na

mucosa ocular. Em alguns casos há manifestações fatais,

ou que podem constituir uma ameaça à vida, incluindo

inflamação do coração e inflamações que comprometem

a meninge e o cérebro. A fase crônica sintomática

decorre com maior frequência de lesões cardíacas, com

aumento do volume do coração, alterações do ritmo de

contração, e comprometimento do tubo digestivo, com

inchação do esôfago e do estômago.


Profilaxia

Para a proteção coletiva: Combate aotriatomíneo,

evitando que ele o inseto “barbeiro” forme colônia

dentro das residências. Melhoria das habitações rurais

(Vedação de frestas nos telhados e de buracos nas

paredes), uso de mosquiteiros ou telas metálicas.         

                                                

Medidas de proteção individual: uso de: repelentes,

roupas de mangas longas  durante a realização de

atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em

áreas de mata. 

Para a prevenção da transmissão oral é importante

seguir todas as recomendações de boas práticas de

higiene e manipulação de alimentos.


Tratamento

O tratamento é realizado com o uso do benzonidazol.

Este medicamento é distribuído pelo SUS (Sistema

Único de Saúde) em casos agudos e crônicos. Contudo,

ainda não há garantias na eficácia total do tratamento.

Para retardar a evolução da doença é muito importante

uma boa alimentação e um acompanhamento médico

constante.

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