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Doença de Chagas

Discente: Ana Luiza Mariano de Oliveira


Preceptora: Dra. Margaret Dias
Histórico
★ Nasceu em 9 de Julho de 1878.

 No dia 14 de Abril de 1909, o cientista Carlos Chagas encontrou o protozoário


Trypanossoma Cruzi no sangue de uma menina de 2 anos de idade, chamada
Berenice, moradora da cidade de Lassance (Mg).

✙ 8 de Novembro de 1934, vitima de morte súbita.


CONCEITO
 A Doença de Chagas, também chamada de Tripanossomíase Americana é
uma doença potencialmente mortal causada por um protozoário parasita
chamado de Trypanossoma Cruzi.

 É Antropozoonoses, cujo principal vetor é um inseto triatomíneo


conhecido como Barbeiro.
Temos 2 grupos de hospedeiros:
 Hospedeiro Vertebrado: Mamíferos domésticos e silvestres (humanos, gato, cão, rato, sapo, porco, tatu,
preguiça, morcego..)
Temos 2 grupos de hospedeiros:

 Hospedeiro Invertebrado (Vetor): Inseto Barbeiro ou


“Chupão” “Chupanza”
Epidemiologia
 Acomete entre 12 e 14 milhões de pessoas em larga extensão na América Latina;
 Aprox. 8 milhões de pessoas no Brasil;
 Os indivíduos mais atingidos fazem parte da população pobre que reside em áreas
precárias e principalmente na zona rural;
 É considerada a 4ª doença de maior impacto na saúde pública do nosso país;
 70% transmissão oral;
 7% transmissão vetorial;
 22% sem identificação;
 Em 2020 foram confirmados 146 casos de DCA no Brasil, letalidade 2%(3/146).
Os óbitos ocorreram no Estados do Pará.
 A região Norte apresentou a maior taxa de incidência da DCA.
Formas de Transmissão
 Fezes do barbeiro contaminado (incubação 5-15 dias)
 Transfusão Sanguínea (30 até 60 dias)
 Oral: amamentação, açaí ou caldo de cana (3 a 22 dias)
 Congênita: pode ocorrer em qualquer período da gestação ou durante o
parto
 Acidentes Laboratoriais;
 Transplantes.
3 Principais Formas do Protozoário

 Tripomastigota;

 Epimastigota;

 Amastigota.
3 Principais Formas do Protozoário

1 - Tripomastigota
 *Forma infectante;
 grande mobilidade;
 Não se divide,
 Membrana ondulante.

.
3 Principais Formas do Protozoário

2- Epimastigota:
 Alongadas;
 Móveis;
 *Reproduz no barbeiro;
 Não é infectante.
3 Principais Formas do Protozoário

3- Amastigota:
 Esféricos;
 Pouca Mobilidade;
 Interior de células humanas;
 *Reproduz dentro da célula humana.
Ciclo da Doença
Diagnostico
Apresentação Clínica da DCA
Fase Aguda

 Duração de 3-4 meses;


 Assintomática na maioria dos casos;
 Febre, cefaleia, mialgia, artralgia, diarreia, vomito;
 Miocardite aguda, pericardite, cardiomegalia, insuficiência cardíaca,
arritmias;
 Sinal de Romanã, Chagoma e parasitemia patente.
Tratamento Fase Aguda

 Uma pessoa infectada e diagnosticada nessa fase, deve receber o


tratamento adequado com:
 Benznidazol ou Nifurtimox: são os únicos medicamentos disponíveis no
mundo, indicam 100% de chance de cura.
 Se a DCA não for tratada na fase aguda, evolui para a fase crônica
geralmente silenciosa.
Fase Crônica

 Indeterminada: 70% dos casos, assintomática e sem sinais de


comprometimento do aparelho circulatório e digestivo.
 Digestiva: - 10% dos casos
- Evidencias de acometimento do aparelho digestivo, freq. evolui p
megacolón ou megaesôfago.
 Associada (Cardiodigestiva): - Cerca de 5% dos casos
- Ocorrência concomitante c/ lesões

 Manifestações Clínicas:
Insuficiência cardíaca, Arritmias, Tromboembolismo, Morte súbita.
Fase Crônica

 Nesta fase, detectar o parasita no sangue é mais difícil, mesmo que a


presença de anticorpos contra o parasita continue elevada. Os demais
sintomas desta fase são:
 Palpitações, dores no peito, inchaço dos membros inferiores, constipação,
palpitações, dores abdominais, desmaio.
Fase Crônica

 Megaesôfago:
Disfagia, Regurgitação, Dor Esofagiana, Pirose, Odinofagia.

 Megacolon:
Constipação intestinal, Disquezia, Distensão abdominal, torções de
intestino, Fecaloma.
TRATAMENTO – FASE CRONICA

 Tratamento sintomático;
 Formas cardíacas: cardiotônicos, Diuréticos, antiarrítmicos,
vasodilatadores, etc.
 Formas digestivas: uso de dietas, laxativos ou lavagens. Em estágios
mais avançados, impõem – se a dilatação ou correção cirúrgica do órgão
afetado.
Profilaxia e Controle
Profilaxia e Controle
 Destruição de casas de pau - a – pique e construção de casas apropriadas;
 Proteger portas e janelas com telas;
 Proteger camas com cortinado;
 Exposição dos colchões ao sol;
 Manter quintal limpo;
 Combate ao barbeiro;
 Não manter dentro de casa animais de sangue quente;
 Educação Sanitária na população;
 Educação ambiental;
 Controle em hemocentro;
 Controle da transmissão congênita;
 O açaí deve ser cuidadosamente lavado antes da moagem para o preparo e
consumo.
Chagas – Notificação
Compulsória
 No Brasil, é compulsória a notificação de casos agudos da doença de
Chagas, segundo a Portaria 5 de 21 de fevereiro de 2006 da Secretaria
de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. 

 Notificação:
Todos os casos suspeitos deverão ser notificados e investigados de
imediato. A notificação deve ser feita na suspeita, pelo SINAN e
encaminhado imediatamente.
Bibliografia

 https://chagas.fiocruz.br/sessao/vetor/
 ARRUDA, I. C. Doença de Chagas. Curso de Ciências Biológicas na UniCEUB. Disponível em
http://repositório.uniceub.br/bitstream/123456789/2463/2/9861526.pdf
 BRENER, Z. Tripanosoma cruzi. Clínica e terapêutica da doença de caas. Rio de Janeiro,
Editora FIOCRUZ, 1997. 486p.
 Disponível em http://books.sciclo.org
 Boletim Epidemiológico, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde.
Obrigada!!

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