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 Origem

 Transmissão
 Alterações no organismo Humano
 Sinais e Sintomas
 Formas de Diagnóstico
 Tratamento
 Curiosidade
História

Em 1909 a doença de Chagas foi descoberta pelo sanitarista brasileiro


Carlos Chagas que, na ocasião, combatia a malária no interior de Minas
Gerais. O vetor da doença é o protozoário Trypanosoma cruzi – batizado
assim por Chagas para homenagear o cientista Oswaldo Cruz que usa o
barbeiro como hospedeiro. O nome “barbeiro” se deve ao costume do
inseto picar as pessoas na região do rosto.
Berenice, uma criança em 1909, foi o primeiro caso descrito da doença de Chagas.
Ela morreu aos 82 anos, de insuficiência cardíaca, em junho de 1981.
Jornal da Tarde, 7 de maio de 1979.
Agente etiológico/hospedeiro/vetores

Trypanosama cruzi, é protozoário flagelado da família trypanosomatidae,


caracterizado pela presença de flagelos e uma única mitocôndria . No
sangue dos vertebrado, apresenta-se sob a forma de tripomastigota, e nos
tecido, amastigota.
Triatomíneos hematófagos que depende da espécie, podem viver em meio
silvestre no peridomicilio ou no intradomícilio.
Além do homem, diversos mamíferos domésticos e silvestre tem sido
encontrados naturalmente infectados pelo T. cruzi. Epidemiologicamente
os mais importante são aqueles que coabitam ou estão próximos ao
homem.
Transmissão

A doença de chagas, ao contrário do que muitos pensam, não é transmitida aos


seres humanos diretamente pela picada. O barbeiro se infecta com o parasita
quando suga o sangue de um animal contaminado (geralmente gambás ou
pequenos roedores), e a transmissão para humanos ocorre quando a pessoa coça
o local da picada, e as fezes do barbeiro penetram pelo orifício ali deixado.
Pode ocorrer a transmissão também por transfusão de sangue contaminado. Isso
significa que, durante a gravidez, a mãe pode passar a doença para filho.
Já foram registrados no país casos de infecção transmitida oralmente quando
pessoas que consumiram caldo-de-cana ou comeram açaí moído contaminado.
Especialistas acreditam que haja uma invasão ativa do parasita diretamente
através do aparelho digestivo nesse tipo de transmissão.
O porque dos sinais e sintomas

A transmissão se dá pelas fezes que o “barbeiro” deposita sobre a pele


da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca
coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local
da picada. O T.cruzi contido nas fezes do “barbeiro” pode penetrar no
organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou
através de feridas ou cortes recentes existentes na pele. Podemos ter
ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de
sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita
da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça
(ingestão de carne contaminada) e acidentalmente em laboratórios.
Sinais e Sintomas

Fase aguda: febre, mal estar, falta de apetite, edemas (inchaço) localizados na
pálpebra ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios
cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Frequentemente,
nesta fase, não há qualquer manifestação da doença, podendo passar
desapercebida.

Fase crônica: nessa fase muitos pacientes podem passar um longo período, ou
mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora
sejam portadores do T.cruzi. Em outros casos, a doença prossegue ativamente,
passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo,
salientando-se o coração e o aparelho digestivo.
Alterações no Organismo Humano
Após a contaminação, os tripomastigotas invadem células preferencialmente do sistema
macrofágico-mononuclear. Ali realizam os primeiros ciclos intracelulares, num período de
incubação de 5 a 7 dias, a partir do qual grande quantidade de tripomastigotas cai na corrente
sanguínea e linfática, então se disseminando por todo o organismo com preferência ao
miocárdio. Surge a miocardite difusa, e lesões mais importantes nas mio células e no sistema
de condução. A flogose é intensa, com exsudato linfo monocitário predominante.
Macroscopicamente há cardiomegalia, estando o coração flácido e congesto. No tubo digestivo
destaca-se a miosite focal e comprometimento dos plexos nervosos intramurais das vísceras
ocas, com acentuada lesão neural autônoma, principalmente ao nível parassimpático. No
sistema nervoso, além dos sistemas autônomos já referidos, nos casos mais graves a invasão do
espaço meníngeo, sobrevindo uma meníngeo encefalite multifocal de células mononucleadas.
Muitos outros órgãos e sistemas podem ser acometidos na fase aguda, porem com baixa ou
nenhuma repercussão clínica.
Aspectos macroscópicos Forma amastigota no
do coração, mostrando miócito cardíaco, com
coração flácido, globoso de halo claro envolto e
aspecto liso e brilhante
mitocôndrias
(A). Extensa destruição
lítica hialina, infiltrado de
vacuolizadas.
células mononucleadas
com áreas de dissociação
de fibras cardíacas e
necrose.

Megacólon (dilatação do
intestino grosso) o que pode
resultar em dificuldades com
relação a deglutição, causar
engasgos, dor abdominal.
Diagnóstico

O diagnostico da doença de Chagas é feito por métodos parasitológicos,


radiológicos e por testes sorológicos. Os métodos parasitológicos de
diagnostico podem ser utilizados tanto na fase aguda quanto na fase
crônica.
Na fase aguda são utilizados métodos diretos para pesquisa de
tripanossomos na corrente sanguínea e indiretos como o xenodiagnóstico,
que apresenta elevada sensibilidade. A pesquisa de tripanossomos pode
ser feita por microscopia direta, onde o sangue é examinado entre lamina
e lamínula, durante as seis primeiras semanas da doença.
Hemoaglutinação indireta(HAI)
Imunofluorescência indireta(IFI)
Técnica de Imunenzimática (ELISA)
Tratamento
Devem ser considerados o tratamento especifico (erradicação do parasito) e o tratamento
sintomático (manejo de lesões e distúrbios produzidos pela parasitose), sendo ambos igualmente
importante na fase aguda e crônica da doença de Chagas. Como regra geral, a cura da
parasitológica é sempre almejada, sendo mais viável em pacientes agudos, congênitos, muito
jovens e com infecção recente. Ao lado disso, o tratamento sintomático (clinico ou cirúrgico)
objetiva reduzir as lesões e a morbimortalidade, especialmente ao nível da cardiopatia e das
formas digestivas (principalmente nas fases crônicas). Via de regra, a imensa maioria dos
chagásicos pode e deve ser tratada ambulatoriamente, ao nível da rede básica de saúde e em
estabelecimento de nível secundário, reservando-se ao especialista os casos mais graves e os
casos de solução cirúrgica. A revisão medica do chagásico, deve ser, inicialmente diária e depois
semanal na fase aguda, anual na fase crônica indeterminada, semestral na forma crônica
cardíaca ou digestivas leves, e progressivamente amiúde nas formas graves, especialmente da
cardiopatia. Pode ser fatal se não tratada.
Curiosidade

A doença de chagas esta entre ás 4 principais causa de mortes por


doença infecciosas e parasitaria no Brasil.
Apesar da diminuição principalmente por vetor, essa doença ainda é
muito prevalente no Brasil
Referencias

 https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-chagas-e-o-barbeiro-informacao-e-a-melhor-forma-
de-erradicacao/#:~
 https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/2463/2/9861526.pdf
 http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252003000100022&script=sci_arttext
 http://www.salus-online.fcs.uc.edu.ve/chagas_portugues.pdf
 http://www.submarino.net/cchagas/artigos/art1.htm
 http://www.rbac.org.br/wp-content/uploads/2019/04/RBAC-vol-50-4-2018-edi
%C3%A7%C3%A3o-completa-com-corre%C3%A7%C3%B5es.pdf#page=32
 https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-04/am-consumo-
de-acai-pode-ser-causa-de-infeccao-por-doenca-de-chagas

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