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Caso Clínico
Figura 3
Caso2: Paciente HG, 46 anos, gênero masculino, branco, morador de
zona rural e portador de Diabete Mellitus. Paciente apresentava lesão
verrucosa em dorso de pé direito, com suspeita de carcinoma
epidermóide. Ao exame macroscópico, apresentava lesão elevada,
ulcerada, medindo 1,5x0,8cm. O exame microscópico pela coloração
de H&E revelou hiperplasia pseudoepiteliomatosa com infiltrado
misto difuso na derme (Fotos 1, 2 e 3). Identificaram-se
microabscessos na camada epitelial e presença de estruturas castanhas
em forma de esporos na camada córnea e no derma. No exame
microscópico foram observadas estruturas rredondadas castanhas
escuros (Figura 4).
Figura 4
Caso 3- Paciente do sexo feminino, de 34 anos de idade, branca, referindo manchas pruriginosas na pele, há 5
nos. Ao exame dermatológico, evidenciava lesões foliculares hipocrômicas que evoluíram para lesões eritemato
descamativas de aspecto circinado, pruriginosas, acometendo tronco e membros superiores. As lesões
apresentavam sinal de Zileri positivo e sinal de Besnier positivo. O exame microscópico direto (KOH_20%)
revelou presença de células leveduriformes, em cacho de uva e pseudohifas. O cultivo do material clínico foi
realizado em meio de Dixon modificado. O isolamento do microrganismo foi obtido após 15 dias, e a
identificação da espécie foi realizado pelo método de biologia molecular. Instituiu-se o tratamento com
cetoconazol /200mg / dia por 30 dias com regressão total das lesões.
Caso 4- Paciente masculino, 45 anos, natural do Pernambuco, residente em Serra Talhada e
procedente de Ipubi, solteiro, sem filhos, agricultor. Trabalhou por 28 anos na lavoura em
Pernambuco, com passagem também pelo Norte. Foi atendido no Ambulatório de Doenças
Infecciosas do HC em abril de 2010.Durante a consulta, queixou-se de aparecimento de
lesões cutâneas tumorais em membro inferior direito há 25 anos. O quadro teve início com
uma pequena lesão nodular e endurecida, localizada no maléolo lateral do tornozelo direito.
Treze anos depois de seu surgimento, foi realizada sua ressecção. Após a cirurgia, o quadro
evoluiu com piora lenta e progressiva, representada pela recidiva da lesão primária e posterior
disseminação das lesões, de maneira ascendente, para perna e joelho ipsilaterais, além do
aumento de seu número e diâmetro. O paciente negava história prévia de diabetes mellitus,
hipertensão arterial sistêmica, atopia e utilização de medicamentos de uso contínuo. No
momento do exame, apresentava-se em bom estado geral, sem sinais e sintomas constitucionais
ou linfonodomegalias. O exame dos sistemas não evidenciou qualquer alteração. O exame da
cútis dos membros revelou a presença de múltiplas tumorações nodulares de aparência
queloideana, com consistência fibroelástica e coloração acastanhada, isoladas e confluentes, em
membro inferior direito. As lesões encontravam-se disseminadas nas regiões dorso-lateral e
posterior do pé, maleolar, pré-tibial e joelho, com diâmetros variáveis; as maiores
apresentavam múltiplas lesões satélites. Não foi observado qualquer sinal de sangramento ou
drenagem de secreções. No exame direto microscópico foram observadas células fúngicas
globosas paredes espessas e catenuladas. O resultado de exame anátomo-patológico realizado
evidenciou inflamação crônica granulomatosa com intensa fibrose e a presença de múltiplas
estruturas fúngicas.