Você está na página 1de 13

10/12/2008

ANESTESIA POR INFILTRAÇÃO


- Somente são necessária s uma agulha e uma seringa

- Delimitar o local da infiltração

- Aspirar antes de injetar (para evitar injeções intravasculares)


TÉCNICAS DE ANESTESIA
- Aplica-se aproximadamente 1 ml de anestésico por cada cm de longitude
LOCORREGIONAL EM
- Técnica
GRANDES ANIMAIS * primeiro fazer o botão
* introduzir a agulha
* puxar a agulha injetando o anestésico simultaneamente

- Para infiltrar várias camadas de tecido


* injeta-se primeiro no tecido subcutâneo
* depois se avança a agulha e se injeta nos tecidos profundos

ANESTESIA POR INFILTRAÇÃO

Botão anestésico Bloqueio incisional


ANESTESIA
POR
INFILTRAÇÃO

Bloqueio em anel Anestesia infiltrativa profunda

1
10/12/2008

ANESTESIA REGIONAL INTRAVENOSA (Bier)


- Técnica - Boa analgesia e sangramento mínimo ou ausente
1. Cateterização de uma veia
2. Bandagem de Esmarch e torniquete
3. Injeção do anestésico local (2-3 ml cães e 10-30 ml em grandes animais) - Possív eis complicações
4. Latência  15 minutos * Arritmias e até parada cardíaca (colocação inadequada do torniquete)
5. Injetar o mais distalmente possível (não usar adrenalina nem bupivacaína)
* Falha no bloqueio (torniquete ou exsangüinação inadequados)
* Colapso após remover o torniquete (liberação de toxinas)
* Lesões x isquemia (manter o torniquete máximo 1 – 1,5 horas)

- Usada freqüentemente em bovinos e com menor freqüência em


cães para amputação de dígitos

- Lidocaína a 1 ou 2% sem vasoconstritor, não se usa bupivacaína

ANESTESIA REGIONAL INTRAVENOSA (Bier) ANESTESIA REGIONAL


- Ocasionada pelo bloqueio de nervos específicos que inervam uma
área determinada

- Por exemplo: os bloqueios dos nervos da cabeça e os bloqueios


parav ertebrais

2
10/12/2008

INFILTRAÇÃO EM “L” INVERTIDO


- Dessensibiliza as regiões caudal e ventral à infiltração

- Infiltra-se uma linha caudal à última costela e outra ventralmente


desde a última costela até a 4ª vértebra lombar

- Usar uma agulha 40x12 e entre 100 e 250 ml de lidocaína a 2%

- Similar ao bloqueio por infiltração linear

- Vantagens
* Sem edema, hematoma, distorção da ferida nem interferência
com a cicatrização

- Desv antagens
* Requer um volume grande
* ↑ tempo para a infiltração
* Analgesia incompleta (camadas profundas principalmente peritônio)

Bloqueio paravertebral proximal


ANESTESIA PARAVERTEBRAL (Farquharson, Hall ou Cambridge)
- Realização de laparotomias em pé (cesárea, ruminotomia, cecotomia)
- Bloqueio dos nerv os espinais perto do forame intervertebral
- Locais de inj eção  cranial aos processos transversos de L1, L2 e L3
- Teoricamente pode ser realizada em todas as espécies e em
qualquer lugar da coluna, mas é mais usada em ruminantes na - Ramos v entrais e dorsais dos nervos espinhais T13, L1 e L2
região lombar
- São usados 20 ml  sendo 15 para o ramo ventral e 5 para o dorsal

- Fornece analgesia e relaxamento muscular da área inerv ada


- Agulhas longas (150x15) e latência de 10 minutos
pelos nerv os bloqueados
- Indicadores de sucesso no bloqueio
- Técnica fácil e quase sempre efetiva * Analgesia da pele
* Escoliose para o lado dessensibilizado (paralisia dos músculos)
* Aumento da temperatura da pele (vasodilatação)
- Somente é difícil em animais grandes e musculosos
- Duração da analgesia  aproximadamente 90 minutos.

3
10/12/2008

- Inserir a agulha até tocar o processo transverso

- Recuar e re-introduzir a agulha cranialmente até atrav essar o


ligamento intertransverso e depositar 15 ml de anestésico (não há
resistência)

- Retirar a agulha até ficar logo acima do ligamento e inj etar mais 5
ml (há um pouco de resistência)

4
10/12/2008

Bloqueio parav ertebral distal


- Vantagens
* Anestesia completa de pele, músculos e peritônio (Magda, Cakala ou Cornell)
* Não se necessita contenção química
* É utilizado pouco anestésico local
* Evita-se o local da incisão - As mesmas indicações do bloqueio proximal

- Desvantagens - Os ramos ventral e dorsal de T13, L1 e L2 são bloqueados


* Difícil execução em animais obesos ou bem condicionados lateralmente aos processos transv ersos de L1, L2 e L4,
* Escoliose e arqueamento devido à paralisia muscular respectiv amente
* Anestesia de vísceras abdominais

- Agulha 18G (40x12), 15 ml para o ramo ventral e 5 para o dorsal


- Complicações
* Penetração da aorta ou da veia torácia longitudinal (lado esquerdo) ou
da veia cava (lado direito) - A latência também é de 10 minutos
* Perda do controle motor por migração caudal do anestésico (bloqueio de L3)

- Inserir a agulha ventralmente ao processo transverso, inj etar 15 ml


com mov imentos laterais

- Recuar a agulha e posiciona-la dorsalmente, injetar mais 5 ml

- Sem escoliose, nem risco de perfuração de vasos

- Variações anatômicas  ineficácia da técnica

5
10/12/2008

ANESTESIA PARA DESCORNA


- Dessensibiliza o corno e a base do corno

- Anestesia do ramo cornual do zigomático temporal (lacrimal) ramo


do trigêmeo

- Na borda temporal, a 2 cm da base do corno, a 1 – 2,5 cm de


profundidade. Palpar a borda latero-temporal do osso frontal, entre
os músculos frontal e temporal

- Agulha 25x12 ou 30x12 (18G)

- 5 a 10 ml de lidocaína

- Complementar com bloqueio em anel

ANESTESIA DAS PÁLPEBRAS EM BOVINOS

ACINESIA
- Bloqueio do ramo palpebral do nervo facial
- Palpável no arco zigomático, anteriormente à base dos músculos auriculares
- Agulha 25 x 6 ou 30 x 7
- 5 – 10 ml de anestésico (lidocaína a 2%)

ANESTESIA
- Bloqueio infiltrativo subcutâneo
- Circunferência 0,5 mm dorsal e ventralmente à margem das pálpebras
- Agulha 25 x 6 ou 30 x 7
- 10 ml de anestésico (lidocaína a 2%)

6
10/12/2008

BLOQUEIO RETROBULBAR EM BOVINOS

NERVOS ENVOLVIDOS

- Bulbo, conjuntiva, 3ª pálpebra, parte das pálpebras  ramo oftálmico do trigêmeo

- Músculos extra-oculares  fibras motoras do troclear, abducens e oculomotor

- Nervos oculomotor, troclear, abducens e ramos oftálmico e maxilar do trigêmeo


emergem do forame rotundo

INDICAÇÕES

- Enucleação
- Cirurgia ou radioterapia em animais com carcinoma de células escamosas

TÉCNICA
- Agulha 18G de 18 cm curvada
- Pode ser feita a penetração superior, inferior, medial ou lateralmente
- Proteger o bulbo do olho com o dedo indicador
COMPLICAÇÕES
- Medial  no fórnix conjuntival cranial à membrana nictitante, dorsomedial ao dedo
- 15 ml de lidocaína lentamente na medida que se avança a agulha - Hemorragia orbitária

- Aumento da pressão no bulbo do olho

ESTRUTURAS DESENSSIBILIZADAS - Penetração do bulbo


- Nervo óptico, múscu los el evad or
palp ebra l, reto med ial, reto dorsa l, reto - Lesão do nerv o óptico
ventral, ob líquo inferi or, oblíqu o sup erior,
músculos retrator es, reto latera l e - Estimulação do reflexo oculocardíaco
orbicular
- Inj eção no espaço subaraquenóide (morte)

7
10/12/2008

BLOQUEIO DE PETERSON
TÉCNICA
- Dessensibilização da pele com 5 ml de lidocaína
- Agulha guia introduzida anterior e ventralmente IMPORTANTE
- Agulha 18G x 12 cm
- Cabeça estendida ossos frontais e nasais paralelos ao chão - Requer mais habilidade do que o retrobulbar
- Avançar a agulha 7,5 – 10 cm
- Aspirar e injetar 15 ml de anestésico local - Mais seguro e efetivo se realizado adequadamente (?)

- Menor edema e inflamação do que a infiltração das pálpebras e órbita

- Menor risco de hemorragia, penetração, pressão no bulbo, lesão do


nervo óptico e injeção subraquenóide

ANESTESIA REGIONAL NA CABEÇA (EQÜINOS) Acinesia das pálpebras


* Paralisia do músculo orbicular (sem analgesia)
Anestesia da pálpebra superior e da testa * Nervo aurículo-palpebral
* Nervo supra-orbitário * Agulha 25x6 e 5 ml de lidocaína a 2%
* Agulha 25x6 e 5 ml de lidocaína a 2% * Inserir a agulha na depressão caudal à mandíbula ventralmente à parte
* Forame supra-orbitário 5 cm acima do canto lateral do olho temporal do arco zigomático
* Inserir a agulha 1,5 cm, injetar 2 ml, retirar lentamente e injetar 1 ml e mais
2 ml na saída do forame no subcutâneo

8
10/12/2008

ANESTESIA PARA CASTRAÇÃO


Nervo infra-orbitário
* Lábio superior, narina, teto da cavidade nasal, pele rostral 1ª Técnica
* Agulha 25x6 e 5 ml de lidocaína a 2% * São injetados de 20 a 30 ml de anestésico em cada testículo
* No meio do caminho entre o vértice naso-maxilar e a crista facial, retirar o * Latência 10 minutos
músculo elevador superior do lábio

2ª Técnica
* Anestesia percutânea do cordão espermático
* Injetar o mais próximo possível do anel inguinal externo
* Agulha 30x8 e 20 – 30 ml de lidocaína a 2% com movimentos laterais
* Não transfixar pele, veia nem artéria espermática
* Infiltrar a pele do escroto com 5 – 10 ml de lidocaína antes da incisão
* Repetir no outro cordão espermático
* Técnica menos efetiva do que a injeção intra-testicular

3ª Técnica
* Injeção através do testículo dirigindo-se ao cordão espermático
* Agulha longa (15 cm) e 30 ml de lidocaína a 2%
* Infiltrar a pele do escroto com 5 – 10 ml de lidocaína antes de incisar

Neuroleptoanalgesia
* Xilazina (0,5 – 1,1 mg/k) + butorfanol (0,04 mg/kg)
* Acepromazina (0,025 – 0,05 mg/kg) + meperidina (2 – 4 mg/kg)

Castração em posição quadrupedal (?)

Castração em decúbito (?)

9
10/12/2008

ANESTESIA EPIDURAL

- Injeção de anestésico local ao redor da medula espinhal

- Com os anestésicos locais  bloqueio sensitivo e motor (analgesia e


paralisia)

- Epidural (ou peridural)  deposição do anestésico no espaço


extradural

- Espinhal (ou subaraquenóide)  se ultrapassa a dura-máter e se


injeta no espaço que contém o líquido cefalorraquidiano

ANESTESIA EPIDURAL
- Ocorre bloqueio dos nervos e anestesia da área cirúrgica

- O relaxamento muscular pode ser vantajoso ou prejudicial

- Pode ocorrer decúbito (dependendo do local e do volume da injeção)

- Dispersão cranial para a região torácia  ↓ da função ventilatória

- Se atingir a região cervical  parada respiratória

- Em grandes animais  região coccígea (epidural caudal ou baixa)

- Em pequenos animais  espaço lombossacro

- Em grandes animais também pode ser no espaço lombossacro


 ocorre decúbito (também com volumes altos)
 “epidural alta”

10
10/12/2008

TÉCNICA EM BOVINOS

- A medula espinhal termina na última vértebra lombar, mas o saco


meníngeo v ai até o 3º ou 4º segmento sacral

- Local: espaço intercoccígeo Co1-Co2 (primeiro ponto de articulação


na cauda)  pode ser feita entre S5 e Co1

- Volume: 1-2 ml / 100 kg lidocaína a 2%  não causa ataxia nem


paralisia

- Latência: 1-2 minutos / Duração: 1-2 horas

- Com 100-150 ml de lidocaína a 2%  analgesia de membros pélvicos,


glândula mamária, flancos e parede abdominal
 se esse for o objetivo melhor no espaço lombossacro
 se usa menos anestésico
 cuidado  risco de injeção subaraquenóide

- Procedimentos obstétricos e cirurgias perineais

- Anestesia segmentar  difícil execução, mas muito útil

11
10/12/2008

- Uso de xilazina
 Bloqueio mais consistente, abrangente e duradouro
 Entre 3 e 4 horas de anestesia
 Cuidado  maior risco de ataxia e efeitos sistêmicos
 Doses baixas (10 a 20 % da dose sistêmica): 0,004 a 0,05 mg/kg

TÉCNICA EM EQÜINOS
- A medula espinhal vai até a segunda vértebra sacral

- Realizado entre Co1 e Co2 (pode ser feito também no sacro-coccígeo)

- Identificar por palpação e flexão da cauda, 3,5 a 8 cm entre a pele e o


espaço epidural

- Botão anestésico (1 ml) / angulação da agulha (30 – 90º)

- Anestesia de anus, períneo, reto, vulva, vagina, uretra e bexiga

- 6 a 8 ml de lidocaína a 2% para um animal de 450 kg (0,26-0,35 mg/kg)

- Ataxia dos membros pélvicos e decúbito são indesejáveis no eqüino

- Técnicamente mais difícil do que no bovino

12
10/12/2008

13

Você também pode gostar