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e de bloqueio (regionais - bloqueia o nervo,

ou tronculares).
2 - Requisitos para a realização de anestesias locais:
- 15/09/2022.
2.1. Anamnese do paciente: história anterior,
1 - Anestesia:
hipertensão, glicemia (alto teor de açúcar no
 Evitar a hiperssensibilidade do dente.
sangue), alergias (ex.: adrenalina - vasoconstritor).
 Dentina é porosa, orgânica, com túbulos
2.2. Pacientes mais idosos: dor nos seios da face
dentinários preenchidos por
pode ser dor anginosa.
prolongamentos odontoblásticos, cujo ápice
3 - Contra indicações para o tratamento dentário:
está ligado a ramificações e fluxos nervosos,
 Infarto do miocárdio nos últimos 6 meses
que possam levar a modificação do processo
(fatores antiplaquetarios afetados).
virológico.
 Derrame, AVC, nos últimos 6 meses
 Dentística: proteção do complexo dentina-
(medicação controlada para que tenha fluxo
polpa, para que aja reparação de diminuição
sanguíneo favorável).
de volume pulpar.
 Dor de angina em repouso.
 Anestesiar é bloquear a dor com produtos
 Pressão sanguínea superior a 200
químicos, para que a informação não chegue
mmHg/115mm (propensão à infarto, mais
no SNC (anestesia local na região do próprio
anestésico pode fazer os batimentos
órgão).
cardíacos acelerarem).
 Insuficiência cardíaca congestiva grave.
 Doença respiratória grave: ex.: bronquite
asmática - secamento da árvore brônquica
por causa de produtos químicos, como
formol.
 Epilepsia sem acompanhamento.

 Thomás Green Morton, dentista em 1846, em  Diabetes melitus tipo I sem controle

Boston - USA, aparelho para inalar éter (diminui cicatrização - mais lenta, aumenta

sulfúrico - comprovou que o paciente, após sangramento).

inalar dióxido nitroso, conseguiu fazer a  Não se opera paciente descompensado -

remoção de vários elementos dentários sem considerado paciente descompensado

dor para o paciente. quando a pressão não excede 150/90mmHg

 Bloqueio reversível da condução nervosa, (máximo).

determinando perda das sensações, em  Mão esquerda afasta os lábios do paciente

nivelação, sem alteração do nível de para que promova a punção do anestésico.

consciência. 4 – Requisitos para a realização de anestesias locais:

 Anestesia intrabucal - terminal (superiores 4.1. Conhecimento de anatomia:

ou tópicas - pomada, sedação temporária  Nervos - alveolar superior, anterior, médio e

rápida da mucosa e infiltrativas- infiltra o posterior, nervo alveolar inferior, nervo

líquido próximo da região que vai trabalhar) mentual (forame mentual), inervam todos os
dentes a maxila e mandíbula.
 Forame mandibular - canal mandibular. para nao ter parestesia), dores nas
 Crista zigomaticomaxilar - arco zigomático. articulações ou orais.
 Processo condilar da mandíbula - côndilo -  Nervo Mentual: se ramifica para a mandíbula
cabeça da mandíbula e colo. e tecidos moles do lábio.
 Ossos do crânio: frontal, parietal, temporal,  A mandíbula é muito compacta, não
occipital, esferoide, maxila, zigomático, consegue anestesiar e penetrar na tábua
mandíbula, nasal. óssea.
 Seio maxilar, frontais.
 Músculos da face: occipitofrontal, orbicular
dos olhos e da boca, nasal, prócero, risório,
zigomático maior, menor, mentual, abaixado
do angulo da boca, abaixador do lábio
inferior, levantador do lábio superior,
levantador do angulo da boca. 4.2. Conhecimento do Instrumental:
 Toda técnica passa de aproximar o  Agulhas específicas de uso odontológico.
líquido anestésico o mais próximo ao  Seringa carpule.
osso possível, para que tenha melhor  Tubetes anestésicos de uso odontológico
anestesia - cuidar com as estruturas que está (líquido transparente e livre de partículas).
rompendo (M. Pterigoideo lateral prejudica  Êmbolo totalmente inserido no tubete.
a anestesia do nervo alveolar inferior).  Tubete de 1.8 mL são suficiente para o
 M. Pterigoideo medial: eleva e protrai a bloqueio regional e local de situações
mandíbula. odontológicas.
 M. Temporal: eleva, protrai e retrai a  Selo metálico do tubete deve estar íntegro.
mandíbula.  Nível do anestésico deve estar completo.
 N. Trigêmeo: ramo oftálmico, ramo maxilar  Caso ocorra vazamento pelo êmbolo,
(entra no trabeculado ósseo indo até os verificar se a haste da seringa está
ápices dentários, através dos nervos deformada.
alveolares superiores posteriores, médio e  No caso de quebra do tubete de vidro,
anteriores) e ramo mandibular (síndrome verificar se a haste da seringa não esta
do trigêmeo, paralisias faciais, síndrome de quebrada.
line- vem do carrapato que tem nos  Verificar a data de validade da droga.
cachorros, tem o nervo alveolar inferior, que  Agulhas de 35mm (27G - tem maior
inerva os dentes inferiores, se a mandíbula comprimento, melhor para a técnica do
fosse esponjosa, quebrava fácil, por isso é alveolar inferior), 25mm (30G, é a mais
hipercalcificado e hiper rígido, sendo mais usada, se for usar no alveolar inferior, tem
difícil de fazer anestesias, ATM próxima do que introduzir toda a parte posterior da
ouvido interno - se levar um soco, perde o agulha), 12mm (pediatria, vai até a
equilíbrio e cai, pode romper o alveolar - subderme), coloca a parte posterior que vai
odontosecção e tenta colocar o osso no lugar, romper o selo de borracha, atravessando da
parte posterior, empurrando o embolo e o  Remoção do aparelho ao final (do alveolar
liquido, saindo no bisel. A parte posterior entra a agulha pela direita e leva o
tem o mesmo comprimento, o que muda é a instrumento à esquerda, fica perpendicular
anterior. Remove o ar depois de encaixar a ao osso - movimento para cima, para trás e
agulha na seringa (ar que está no tubete e na para dentro).
agulha).  Uma anestesia não quebra a agulha, mas a
segunda anestesia tem que trocar de agulha.
4.3. Conhecimento dos anestésicos:
- Prilocaína, lidocaína, no primeiro trimestre de
gravidez tem que ter cuidado com drogas
adrenérgicas - podem acelerar o coração, afetar no
desenvolvimento intrauterino).
- Benzocaína - saliva age como isolante, tem
que secar (seringa tríplice, passa cotonete com
anestésico, espera 30 segundos, vê onde esta o bisel
e faz a punção).
 Ésteres: benzocaína, tetracaina, procaina,
 Unoject: rompe facilmente tecidos,
cloroprocaina. Anestésicos injetáveis.
tribiselada, siliconizada, quebra depois de
 Aminas: lidocaína, mepivacaina,
usar 2 tubetes.
bupivacaina, etidocaina, prilocaina,
 Colocar primeiro a agulha na agulha do que
articaina.
o tubete de anestésico (pode bater no selo
 Vaso constritores: adrenelina, epinefrina,
metálico e não perfurar a borracha).
noradrenalina, norepinefrina, fenilefrina,
 O bisel determina para que lado vai o
felipressina.
anestésico (tem que estar voltado para o
 Articaina não usar em gestantes (nem
osso), chega ao periósteo e faz o bloqueio
mepivacaina sem vasoconstritor), usar em
elétrico.
pacientes hepáticos, não usar epinefrina em
asmáticos.

 Posição correta do paciente.


 Cuidados para evitar ansiedade e dor.
 Secagem do local da punção (ar, passa
anestésico tópico).
 Atenção ao paciente e a técnica.
4.4. Conhecimento das técnicas: dependendo da inclinação, pode
 Secar a mucosa (saliva age como isolante). anestesiar com 45 graus, rente ou
 Depositar o anestésico com auxílio de um paralelo ao fundo de sulco.
cotonete ou bolinha de algodão.  O anestésico é depositado por vestibular,
 Tempo de aplicação: por volta de 30 e quer chegar ao ápice das raízes.
segundos.
 Bisel voltado para o osso.
 Infiltração lenta e suave.
 Introdução parcial das agulhas.
 Pausa na injeção, verificar refluxo (muita
resistência, volta sangue, raro).
 Atenção voltada ao paciente e a seringa.
 Nervo alveolar superior médio e anterior.
 Remoção da carpule ao final da técnica.
 Intrapapilar:
 Quanto tempo deve durar a anestesia: 1ml —
 Anestesiar as mucosas lingual e palatina,
—— 1 minuto, 1,8l ———- 1,8 minutos.
utilização de grampos e matriz.
 Quando e como deve ser realizado o refluxo?
 Não anestesiar o nasopalatino (muito
A verificação deve ser feita a cada terço do
anestésico tem risco de lesão e
tubete.
parestesia) - não procurar o forame
5 – Técnicas Intrabucais:
palatino posterior, anestesiar só a papila
5.1. Técnica Infiltrativa Terminal: superiores:
ou em volta do dente pela face palatina.
 Supraperióstea ou Sub-mucosa:
 Quando o grampo entra na papila, ele
 Região da maxila.
isquemia e faz a compressão da
 Pela porosidade da tábua óssea
terminação nervosa, parando de doer as
vestibular fina, que permite depositar
tonsilas da gengiva para o sistema
próximo ao periósteo a propagação do
nervoso central.
anestésico, que vai até ápice dos dentes.
 NÃO INJETAR NO FORAME (do forame
 A solução anestésica lançada no
sai o ramo principal) - é excesso de
periósteo os ápices das raízes dentaria
anestésico (pode necrosar a região -
difunde-se através do mesmo e das
evitar parestesia).
formações pessoas, alcançando as
 Indicação clínica de que já está com
fibrilas tanto dos nervos que penetram
quantidade/volume suficiente de
nos ápices das raízes quanto das que se
anestesia: região fica isquemiada
dirigem aos alvéolos e membranas
(branco).
peridentárias.
 Primeiro molar: anestesia para distal e
depois para posterior
 Fundo de sulco: abrangência de dois
dentes, cuidar a inclinação do osso
(relação agulha X bisel X osso) - se
depositar próximo ao canino,
 Intra-ligamentar:  Bloqueio do longo bucal: na vestibular,
 No ligamento periodontal. penetrar ⅓ da agulha na bochecha na frente
 Intra-pulpar: do ramo, pouco anestésico, mucosa e gengiva
 Endodontia. de V dos molares inferiores, ir papila por
5.2. Bloqueio: papila. No quadrante 4 é com o dedo
 Nervo alveolar superior posterior - maxila: indicador. Após inserir a agulha, tem que
referência - face distal do segundo molar lavar a boca do paciente e pedir para cuspir.
superior, para cima e para trás e para dentro,  Bloqueio do mentual: anestésico próximo ao
injetar na fossa pterigomaxilar (no primeiro forame e prés molares, o alvéolo e osso ficam
molar tem o processo zigomático, e não anestesiados, só o lingual não fica
consegue enfiar a agulha), seguindo a anestesiado (anterior).
inclinação óssea, penetra toda a agulha curta  Regional.
ou ⅔ da longa, complementar a raiz MV do  Troncular.
primeiro molar. 6 – Complicações locais associadas à anestésicos:
 Trismo: regride aposto poucos dias. Abre
demais a boca e pode ter um deslocamento.

 Hematoma: requer 14 dias para


desaparecer. Mais nos superiores e na
mentoniana.
 Nervo alveolar inferior e mentual -
 Lesões de tecidos moles: crianças.
mandíbula: nervo lingual, nervo bucal.
 Parestesia: 95% mandíbula e 70% nervo
Sempre que anestesiar o alveolar inferior,
lingual.
vai anestesiar o lingual na região posterior
(mais fácil depositar anestésico em tecido
mole, que se difunde rapidamente, e chegar
no lingual). Apalpar a linha oblíqua externa e
palpar linha oblíqua interna - local da
 Fratura da agulha: manobras paciente -
punção, deposita anestésico no periósteo.
cirurgião dentista.
Achar a linha oblíqua, secar, passar pomada,
 Alergia é bem raro.
penetrar 10mm injetar (anestesia o nervo
 Reações psicogênicas.
lingual), girar carpule até região de PM do do
 Glicemia (como o desmaio).
oposto e penetrar 15mm. Sintoma: dente,
lábio inferior e hemi língua anestesiados. Só
sai do quadrante três e quatro.

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