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Acidentes e complicações em exodontia – Cirurgia, 28/11/2017

LESÃO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR


Extração de terceiros molares inferiores são os dentes mais prováveis de ocorrer parestesia. É muito importante
diagnosticar essas relações de intimidades entre as raízes e o nervo.
Podemos ter lesão do n. alveolar inferior e também do n. lingual, então nunca fazer retalhos por lingual
(principalmente relaxante vertical), o descolamento da região lingual é sempre delicado por que até o estiramento
pode provocar parestesia do n. lingual.
Se pegarmos uma radiografia em que o trajeto do canal está muito nítido em relação a raiz significa que está longe
ou pode estar longe; se tiver esfumaçado, nevoado, difícil pra identificar significa que o canal esta mais perto (dica
para poder suspeitar da relação do dente com o nervo).
O nervo tem vários fascículos e dentro destes fascículos temos vários filamentos que são encapsulados; o pior
prognostico para a gente quando fazemos lesão nervosa é quando secciona todo o nervo e tudo que ele fazia não
vai fazer mais
Neuropraxia: lesão menor comprimindo o nervo, ex: quando o implante comprime o nervo e ele se curva, quando
remove o implante resolve o problema.
Neurtmesis: consiste de completa destruição anatômica tanto do axônio como de todo o tecido conetivo ao redor
(ruptura do nervo).
Axonotmesis: consiste de interrupção anatômica do axônio, sem interrupção, ou com uma interrupção parcial
somente da estrutura do tecido conectivo.
N. com maiores chances de parestesia na odontologia: 1° N. alveolar inferior , 2° N. lingual. Quando fazemos lesão
de n. lingual ? quando faz um descolamento muito grande com molt e/ou secção no sentido vestíbulo lingual em
que a broca já chegou na lingual e a pessoa não se deu conta. Por isto é importante que vá com a broca mais
vertical para no lesar o nervo
N. mentoniano também pode se lesado se tiver muito próximo ao dente.
FRATURA DE INSTRUMENTAL CIRURGICO
Instrumentais mais propícios á fratura: alavanca, fórceps, lamina de bisturi, pinça hemostática
O grande risco é fraturar e o paciente aspirar ou engolir
ENFISEMA
É a coleção de ar nos tecidos nos planos faciais
Diferença para abcesso: Quando faz palpação, a enfisema crepita.
É decorrente de alta rotação, seringa de ar e também de situações em que o paciente encher balões, toca
instrumentos musicais de sopro, entre outros após a cirurgia. Não apresentam desconforto, o ar é reabsorvido.
Tratamento: há risco de infecção de planos mais profundos, por isso em caso de enfisemas maiores se faz
profilaxia antibiótica; coloca gelo. NÃO PODE FURAR.
EXPOSIÇÃO DE TÁBUA ÓSSEA
Se tiver osso exposto, removê-lo e deixar cicatrizar por segunda intenção.
COMUNICAÇÃO BUCO SINUSAL
Identificar se o dentes tem lesão ou não, para um bom planejamento na hora da cirurgia
Em dentes superiores, olhar a relação do seio maxilar com as raízes
Uma boa forma de ocorrer comunicação buco sinusal (CBS) é quando vai fazer odontosecção e a assoalho do seio
esta entrando dentro das raízes
Manobra: Pegar o campo fenestrado, tampar o nariz do paciente e pedir para ele fazer força, como se fosse assoar
o nariz. Se sair ar do alvéolo, fica confirmada a comunicação, esta manobra é chamada de manobra de valsalva.
Quando aperta o nariz, oq comunica o nariz com o seio é o ósteo do seio maxilar o ar vai para o seio e comunica
com a boca que sairá sangue e ar.
O tratamento será feito de acordo com o nível de lesão que foi feito na mucosa do seio: Vasoconstrictor nasal
(nafrin, sorine, etc), Analgésico, Antibiótico.

 2mm ou menos: Sem tratamento especial, Assegurar-se da formação do coagulo e sutura bem oclusiva,
Evitar assoar o nariz, espirrar violentamente, beber com canudo e fumar, Não sondar – poderá lacerar
mucosa não rompida ou alargar o diâmetro da existência (além de também poder levar bactérias para o
seio)
 2 a 6mm de diâmetro: Descongestionantes nasais – contrair a mucosa nasal e manter óstio do seio aberto,
Ocorre drenagem normal do seio, Reduz a possibilidade de sinusite e de infecção do seio maxilar, aumento
a arsenal medicamentoso (antibiótico por 7 dias) e analgésico
 7mm: Considerar fechamento com retalhos: vestibular (mais comum, utiliza a mucosa jugal) ou palatino
(utiliza a mucosa palatina. Deve-se ter cuidado nesse caso para não romper a artéria palatina maior e
causa um sangramento, devendo a incisão ser em forma de U, abrangendo a artéria no retalho. Deve-se
tomar cuidado também para a incisão ser suficientemente grande para cobrir todo o alvéolo). Prescição
medicamentosa é a mesma e as considerações pós-operatórias também.
Quando não detecta o problema precocemente, o paciente pode ter uma sinusite de origem odontogenica.
NA COMUNICAÇÃO BUCO SINUSAL TAMANHO É DOCUMENTO, sem que sentido ??? Quanto maior pior.
Para prevenir: Radiografia ou tomografia para ver a intimidade do assoalho do seio com a furca dos dentes
superiores.
Diagnostico: fisicamente, manobra de valsalva ou avaliação radiográfica e/ou tomográfica.
Pós operatório: evitar assar o nariz (só de boca aberta), não beber nada de canudo, não assoprar bola.
INFECÇÃO PÓS OPERATORIA
Pode ocorrer abscesso cervical: mediastinite. A infecção é a causa mais comum de demora na cicatrização de
feridas. Para sua prevenção necessário que seja feita uma ótima assepsia, irrigação da área com soro fisiológico e
profilaxia antibiótica em pacientes que são pré-dispostos a infecções
PERICORONARITE
Dente parcialmente recoberto por tecido, gengiva vermelha e ás vezes com pus.
Primeiro procedimento: ver se o dente superior está tocando a mucosa recobrindo o dente inferior, visto isso,
desgastar com a broca.
Antibiótico e antisséptico bucal. Sessando a fase aguda, pode-se fazer a cirurgia.
LUXAÇÃO DA ATM
Acontece quando o côndilo fica para frente da eminência articular.
Ocorre principalmente em extração de terceiros molares. Pode ser uni ou bilateral. Pode ocorrer ao comer,
bocejar ou durante procedimentos odontológicos. É doloroso e causa espasmos musculares intensos. Deve-se
reduzir o mais rápido possível (reposicionar), restringir a abertura de boca por 2 a 4 semanas e o paciente deve
fazer uso de calor úmido e antiinflamatorios não esteroidais
FRATURA MANDIBULAR
Normalmente ocorre em extração de dentes inferiores por força excessiva (principalmente terceiro molar
impactado, no qual não é necessária grande força para causa fratura). O tratamento é fixar os fragmentos ósseos
cirurgicamente (estabilização da mandíbula) com barra de erich por 3 a 4 semanas.
Numa extração de 3 molar um erro é fratura de mandíbula pelo excesso de força aplicado
LESÃO DE TECIDOS MOLES
Ocorre por força excessiva e descontrolada. A laceração é a lesão mais comum, ocorrendo por ação da alavanca
ou descolador (perfuração de tecidos moles adjacentes) devido a retalho inadequado (para evitar deve-se realizar
um retalho de tamanho adequado, usar força excessiva em sua retração e, se necessário, realizar incisões
relaxantes). Se essa lesão ocorrer se deve-se reposicionar o tecido, suturar e lavar com soro fisiológico.
GASTEM MAIS TINTA INCLUSIVE SE IMPRIMIREM NA BIBLIO, BJSSS

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